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sábado, 2 de dezembro de 2017

Antibióticos: use, mas não abuse!


Antibióticos (do grego: anti = contra + biotikos = seres vivos) são substâncias naturais, sintéticas ou semissintéticas, capazes de combater uma infecção causada por microrganismos. 

O termo antibiótico tem sido utilizado de modo mais restrito para indicar substâncias que afetam as bactérias, mas que não destroem outros organismos, como vírus, fungos, protozoários ou helmintos.

Atuam alterando mecanismos vitais desses microrganismos, matando-os ou impedindo a reprodução deles. 

Os antibióticos alterados em laboratórios visam evitar resistências bacterianas e diminuir seus efeitos colaterais. 

Ao mesmo tempo procuram atingir cada vez mais as cepas de bactérias que tenham mostrado resistência aos antibióticos anteriores.

Alexandre Fleming (na foto acima) foi o descobridor do primeiro antibiótico, a penicilina, no final da década de 20 do século XX.

Nem todos os antibióticos agem igualmente contra todas as bactérias. Idealmente, o uso deles deve ser precedido de um antibiograma que indica a sensibilidade dos microrganismos a um ou a alguns dos antibióticos pesquisados. 

Como nem sempre isso é possível, seja pela urgência da condição clínica, pela indisponibilidade do exame ou, ao contrário, porque o quadro clínico é muito simples e facilmente discernível, o médico muitas vezes tem de medicar empiricamente, baseado nas experiências anteriores registradas na literatura médica.

Um antibiótico é dito bactericida quando tem efeito letal sobre a bactéria que ataca e bacteriostático se apenas interrompe a reprodução da bactéria ou inibe seu metabolismo, mas não a destroi.

Alguns antibióticos (ciprofloxacina, ampicilina, amoxicilina ou azitromicina, por exemplo) eliminam a maior parte das bactérias e, por isso, são ditos antibióticos de largo espectro.

Eles usualmente são usados para tratar infecções urinárias, infecções no ouvido, olhos, rins, pele, ossos, órgãos genitais, cavidade abdominal, articulações, trato respiratório e digestivo, sinusite, furúnculos, úlceras infectadas, amigdalite, rinite, bronquite ou pneumonia, por exemplo.

Outros antibióticos têm uma ação menos geral e são ditos de espectro restrito ou limitado.

Existem diferenças de sensibilidade entre as bactérias Gram negativas (bactérias que não retêm a coloração pela violeta de genciana) e Gram positivas (que retêm a coloração pela violeta de genciana). 

Alguns antibióticos são direcionados a agentes infecciosos específicos.

Com uma tal variedade de possibilidades, deve caber sempre ao médico definir qual antibiótico deve ser usado, qual o modo de uso (oral, intramuscular, intravenoso, tópico, etc.), qual a dose e por quanto tempo. Ao paciente cabe seguir estritamente o que lhe for recomendado.

Os antibióticos apenas devem ser tomados sob indicação médica, pois eles tanto podem eliminar as bactérias patogênicas como as bactérias benéficas e necessárias ao organismo, como as que vivem nos intestinos, alterando a flora intestinal normal e provocando alterações no funcionamento do intestino, como a diarreia, por exemplo. 

Na pele ou mucosas podem causar o surgimento de problemas como candidíase ou outras infecções fúngicas. 

Também podem tornar as bactérias mais resistentes e a doença de mais difícil tratamento.

Alguns antibióticos podem interferir com a eficácia do anticoncepcional oral, sendo recomendável que a pessoa utilize outros métodos contraceptivos durante e algum tempo após o tratamento. 

O médico deve informar à paciente se um determinado antibiótico que ela deva usar interfere ou não com o efeito da pílula anticoncepcional.

O antibiótico deve sempre ser tomado durante o tempo que o médico indicar, mesmo quando existem sinais de melhoras passados apenas uns poucos dias de tratamento. 

Quase sempre eles são condicionados em embalagens que contêm a quantidade que deve ser consumida. Em geral, eles devem ser consumidos por 7 a 10 dias, mesmo que apareçam sinais de melhora já com 3 ou 5 dias. 

Se interrompidos antes do tempo devido, a infecção pode retornar, promovida agora por bactérias mais resistentes, aquelas que escaparam à ação inicial do antibiótico.

Os horários das tomadas também devem ser sempre respeitados, para garantir que haja uma taxa mais ou menos constante da substância no sangue e para que o tratamento tenha o efeito desejado.

Os principais efeitos colaterais dos antibióticos são complicações gastrointestinais, incluindo diarreia, alergias, micoses vaginais e outras, provocadas pela Candida albicans e erupções cutâneas ao sol (somente alguns antibióticos).

A penicilina causa alergia em cerca de 5% dos indivíduos, constituindo uma contraindicação do seu uso nestas pessoas.

Um cuidado especial deve ser observado com as interações medicamentosas. 

Usados em conjunto com a pílula anticoncepcional os antibióticos podem diminuir a eficácia delas. 

Alguns antibióticos são incompatíveis com leite, pois este pode diminuir a boa absorção da medicação. 

O álcool com frequência pode diminuir a eficácia do antibiótico. Alguns antibióticos não devem ser tomados durante a gravidez.

Um médico deve sempre ser consultado antes de usar um antibiótico.

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