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segunda-feira, 31 de julho de 2017

Dermatite de contato 


A dermatite de contato (ou eczema de contato) é uma reação inflamatória na pele decorrente da exposição a um agente capaz de causar irritação ou alergia. Existem dois tipos de dermatite de contato a irritativa e a alérgica:

 – Irritativa: causada por substâncias ácidas ou alcalinas, como sabonetes, detergentes, solventes ou outras substâncias químicas. Pode aparecer na primeira vez em que entramos em contato com o agente causador, o que ocorre com um grande número de pessoas. As lesões da pele geralmente são restritas ao local do contato.

– Alérgica: surge após repetidas exposições a um produto ou substância. Depende de ações do sistema de defesa do organismo, e por esse motivo pode demorar de meses a anos para ocorrer, após o contato inicial. Essa forma de dermatite de contato aparece, em geral, pelo contato com produtos de uso diário e frequente, como perfumes, cremes hidratantes, esmaltes de unha e medicamentos de uso tópico, entre outros. As lesões da pele acometem o local de contato com a pele, podendo se estender à distância.

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Alguns produtos causam reações somente após exposição solar concomitante, como o sumo de frutas cítricas e perfumes. Outros itens podem entrar em contato com a pele quando carregados pelo ar, como inseticidas em spray e perfumes para ambientes. As dermatites de contato podem ocorrer tanto no ambiente doméstico como nas atividades de lazer e no trabalho. Neste último, é chamada de dermatite de contato ocupacional.

 

Veja a lista a seguir contendo algumas substâncias que podem causar alergia:

Plantas;

Metais: níquel ou outros presentes em bijuterias, relógios e adornos de roupas ou calçados;

Medicamentos tópicos: antibióticos, anestésicos e antifúngicos;

Cosméticos: perfumes, xampus, condicionadores, cremes hidratantes e esmaltes de unhas;

Roupas e tecidos sintéticos;

Detergentes e solventes;

Adesivos;

Cimento, óleos, graxas e tinta de parede.

 O diagnóstico pode ser esclarecido pelo teste alérgico de contato (patch-test) que consiste na aplicação de 30-40 substâncias na pele das costas. Esses adesivos ficam na pele por 48 horas; depois se observa se causaram alergia no local. De acordo com a substância testada, pode ser sugerida a causa da dermatite de contato.

 Sintomas

Os sintomas são variáveis e dependem da causa: ardor ou queimação até intensa coceira (prurido). As reações alérgicas podem ocorrer repentinamente ou meses após a exposição a uma substância, o que pode dificultar na descoberta do agente causador da alergia ou irritação. A dermatite alérgica, muitas vezes, provoca uma erupção vermelha no(s) local(is) no qual a substância entrou em contato. A reação alérgica surge de 24 a 48 horas após a exposição. A lesão pode ser vermelha, inchar e apresentar pequenas bolhas; ser quente; ou formar crostas espessas.

 Na dermatite irritante, os sintomas são mais discretos, com pouca coceira e sensação de dor e queimação. Ela torna a pele seca, vermelha e áspera, sendo que fissuras podem se formar no local. As mãos são um local comum da dermatite de contato. Vários agentes podem ser os causadores, como produtos de limpeza, cosméticos (cremes e loções hidratantes). As mãos, aliás, são frequentemente afetadas em atividades profissionais, como cabeleireiros, auxiliares de limpeza e pedreiros.

 Tratamento

O tratamento, feito por um médico, depende muito da extensão e da gravidade do quadro, e as medidas poderão ser apenas locais ou incluir a utilização de medicações via oral ou injetável. Um dos primeiros passos inclui a higienização com água para remover qualquer vestígio do irritante ou alérgeno que possa ter permanecido na pele. Quando as lesões estão muito úmidas, geralmente na fase aguda, pode-se utilizar compressas úmidas, secativas ou antissépticas.

 Cremes ou pomadas de corticosteroides são utilizados para reduzir a inflamação da pele. É fundamental seguir atentamente as instruções ao usar esses produtos. Isso porque, em excesso, mesmo os itens mais fracos podem deixar a pele dependente. Adicionalmente, ou para substituir os corticosteroides, o médico pode prescrever os chamados imunomoduladores tópicos, como tacrolimus. Em casos nos quais a pessoa sinta muita coceira, e/ou nos mais graves, pode ser necessário o uso de antialérgicos orais ou corticosteroides orais ou injetáveis.

Emolientes e hidratantes ajudam a manter a pele úmida e também auxiliam em sua reparação e proteção. Eles são utilizados nas fases de resolução, quando a pele começa a descamar e secar, além de ser parte fundamental para a prevenção e o tratamento da dermatite de contato, principalmente aquelas que envolvem contato frequente com água. Em caso de alergia, a pessoa jamais deve se automedicar ou buscar “soluções mágicas”, pois elas podem agravar ainda mais o problema. O correto é procurar sempre um médico.

 Prevenção

Deve-se identificar o agente irritante ou alergênico que desencadeou a dermatite e evitá-lo. Usar produtos hipoalergênicos e lavar as mãos após a exposição a substâncias que podem provocar a irritação também ajuda na prevenção. Nos casos de problemas que surgiram no ambiente de trabalho, é indicado o uso de vestimentas adequadas como luvas, calçados e uniformes, por exemplo.

 

 

domingo, 30 de julho de 2017

Fratura de nariz 



As fraturas no nariz acontecem quase sempre por causa de uma pancada direta no nariz. Os sintomas de um nariz quebrado são:

Dor

Sangramento

Edema

Deformidade;

Dificuldade de respirar pelo nariz;

Barulhos de ranger ou triturar quando os ossos do nariz são movimentados.


Diagnóstico de um Nariz Quebrado

O nariz deve ser examinado por um médico, que irá procurar por inchaço, sensibilidade, sangramento e verificar se os ossos se movimentam. O médico também irá olhar as narinas para verificar se há algum desvio de septo ou se o mesmo está inchado.

Pode ser necessário tirar um raio-x para se ter a certeza de que o nariz está mesmo quebrado ou até mesmo fazer uma tomografia computadorizada para verificar o estado do septo.


Tratamento do Nariz Quebrado

A primeira coisa a fazer é sempre estancar o sangramento. Depois, colocar o nariz no lugar, se for o caso.

Como parar o sangramento

Apertar as narinas com firmeza logo abaixo do osso nasal durante 10 minutos ou até que o nariz pare de sangrar;

Aplicar gelo sobre o nariz durante 20 minutos;

Inclinar-se para frente e respirar pela boca;

Caso o nariz não pare de sangrar com esses procedimentos, pode ser necessário colocar compressas de gaze para estancar o sangramento;

Não assoar o nariz quando parar de sangrar pois o sangramento pode recomeçar;

Evitar tomar aspirina ou algum anti-inflamatório porque esses medicamentos podem piorar o sangramento.

Se após a fratura o nariz ficar torto

O médico pode endireitá-lo logo após a lesão, por isso é importante procurá-lo o quanto antes, para evitar que a fratura fique consolidada com o osso mal posicionado. Se isso acontecer, é muito provável que seja necessário fazer uma cirurgia;

Há casos em que uma cirurgia é necessária para que o nariz volte ao normal, por exemplo se o septo ficar desviado e dificultar a respiração.

sábado, 29 de julho de 2017

Escotomas


Escotoma (do grego: Skotos = escuridão) é uma área de alteração do campo visual que consiste de uma diminuição parcial ou total da acuidade da visão, rodeada por um campo de visão normal ou relativamente bem preservado. 

As manchas do escotoma são como "buracos" escuros no campo visual em que o paciente não consegue ver nada. O escotoma não é uma doença, mas um sintoma que pode ocorrer em várias doenças.

Um escotoma pode ser um sintoma de dano a qualquer parte do sistema visual, tais como problemas na retina, em particular a sua porção mais sensível, a mácula e a degeneração da própria mácula, além de alterações desde o nervo óptico até o córtex visual.

As causas mais comuns de escotoma são as doenças desmielinizantes, a hipertensão arterial, as substâncias tóxicas, as deficiências nutricionais, os bloqueios vasculares tanto na retina, como no nervo óptico e degeneração macular, geralmente associada ao envelhecimento.

Numa grávida, o escotoma pode apresentar-se como um sintoma de pré-eclâmpsia grave. Da mesma forma, escotomas podem se desenvolver como resultado do aumento da pressão intracraniana.

Todas as pessoas têm um escotoma fisiológico em seu campo de visão, denominado “ponto cego” do olho. Este é um local sem células fotorreceptoras, constituído pelos axônios das células ganglionares retinais que formam a saída do nervo óptico. 

Muitas vezes, o indivíduo não tem consciência direta dos pequenos escotomas visuais ou eles são simplesmente considerados regiões de percepção reduzida dentro do campo visual. 

Ao invés de reconhecerem uma imagem como incompleta, os pacientes com escotomas relatam que as coisas "desaparecem" quando a imagem delas se sobrepõe à mancha escura.

O termo também é usado metaforicamente em vários campos, como neurologia, psicologia, filosofia, política e visão do mundo. 

Nesse sentido figurativo, significa uma lacuna na percepção, cognição ou compreensão de alguma situação. 

No sentido literal, no entanto, é causado pela ligação entre o sistema nervoso e a mente, através da cadeia das entradas sensoriais, a condução do nervo para o cérebro, a correlação cérebro-mente e a função psicológica. 

Assim, não há apenas uma incapacidade visual para ver, mas também uma incapacidade mental para conceber aquilo que é visualizado.

Na psicologia, escotoma pode referir-se à incapacidade de uma pessoa de perceber traços de personalidade em si mesma que são óbvias para os outros. 

E num sentido ainda mais alto de abstração, tem-se chamado de escotomas intelectuais à dificuldade de uma pessoa perceber distorções em sua visão de mundo que são óbvias para os demais.

Um escotoma patológico pode envolver qualquer parte do campo visual e pode ser de qualquer forma ou tamanho. 

O escotoma pode incluir e ampliar o ponto cego normal. Mesmo um pequeno escotoma que passa a afetar a visão central ou macular irá produzir uma deficiência visual grave, enquanto um grande escotoma na parte periférica do campo visual pode passar despercebido.


Raramente, os escotomas são bilaterais, mas podem ocorrer, por exemplo, quando um tumor na hipófise começa a comprimir o quiasma óptico (ponto em que os nervos provenientes dos dois olhos se unem). 

Normalmente o escotoma é representado por uma mancha escura, mas uma aura visual comum na enxaqueca é constituída por um escotoma cintilante. 

Menos comum, mas muito importantes, são os escotomas devido a tumores, tais como os que acometem a glândula pituitária, por exemplo, que podem comprimir o nervo óptico ou interferir com seu suprimento de sangue.

O principal elemento diagnóstico é o relato do próprio paciente. Os testes de campo visual, feitos no consultório do médico, captam sinais que podem sugerir o problema. 

Ao fazer isso, o campo visual em cada olho é "mapeado" de forma a localizar o escotoma. Um exame oftalmológico completo pode também identificar as causas do escotoma. Se o problema não for restrito ao olho, testes adicionais devem ser feitos, incluindo radiografia da cabeça, tomografia computadorizada e angiografia do olho.

O tratamento do escotoma dependerá da sua causa. Alguns escotomas se resolvem por si mesmos, enquanto outros podem chegar a necessitar de cirurgia.

Os escotomas às vezes são autorreversíveis e alguns necessitam cirurgia, na dependência das suas causas.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Taquicardias


Arritmia ou palpitação é um distúrbio do ritmo cardíaco, que provoca a sensação de que o coração deixou de dar uma batida. Na maioria das vezes, se ocorre ocasionalmente, esse fato não tem consequências. Em alguns casos, porém, pode ser sinal de um problema mais grave.

O ritmo das batidas de um coração normal descansado é de 60 a 100 por minuto. Os átrios (as duas câmaras menores do coração) contraem-se simultaneamente e o mesmo acontece, logo em seguida, com os ventrículos (as duas câmaras maiores). Esse mecanismo ocasiona a “batida dupla” característica do coração: tum-tá, tum-tá… Exercícios ou estresse emocional podem aumentar o ritmo cardíaco para até 200 ou mais pulsações. Em pessoas com coração sadio, quando a demanda de esforço volta ao normal, o ritmo cardíaco também se restabelece rapidamente.

Não entanto, às vezes as arritmias se instalam por um período maior de tempo. O coração pode bater demasiado lento (bradicardia), ou demasiado rápido (taquicardia).

Na maioria dos casos, as arritmias são breves, desaparecem espontaneamente e não representam risco para a saúde. No entanto, se o ritmo cardíaco acelerado tornar-se constante, pode conduzir à falência cardíaca congestiva. Arritmias graves, muitas vezes, ocorrem por causa de infartos do miocárdio.

Cafeína, fumo, álcool e outras drogas estimulantes (legais ou ilícitas) podem desencadear batimentos extras tanto nos átrios quanto nos ventrículos. Usualmente as arritmias desaparecem assim que a pessoa afasta os fatores desencadeantes. Todavia, se os batimentos extras forem rápidos ou muito lentos e vierem acompanhados de tontura e falta de ar, o quadro merece atenção porque pode indicar doenças cardíacas.

Um tipo de arritmia cardíaca grave, com risco de morte, é a chamada “fibrilação” que ocorre quando os átrios ou os ventrículos se contraem de forma irregular, descoordenada. Pessoas com aterosclerose estão particularmente sujeitas a essa anomalia, que vem acompanhada de dor no peito nos casos de infarto.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Gengivite 



A gengivite é uma inflamação da gengiva devido ao acumulo de placa bacteriana nos dentes, que causa sintomas como dor, vermelhidão, inchaço e sangramento.

Normalmente, a gengivite acontece quando não existe uma higiene bucal adequada, e os restos de comida armazenados nos dentes, dão origem ao tártaro, que é a placa bacteriana, que fica endurecida e irrita a gengiva causando a inflamação.

Os sintomas da gengivite incluem:

Gengivas inchadas;

Vermelhidão intensa das gengivas;

Sangramento ao escovar os dentes ou passar o fio dental;

Nos casos mais graves pode haver sangramento espontâneo da gengiva;

Dor e sangramento da gengiva ao mastigar;

Dentes que parecem mais longos do que realmente são porque a gengiva fica retraída;

Mau hálito e gosto ruim na boca.

Quando surgem estes sintomas é muito importante garantir que se está escovando os dentes corretamente e usando o fio dental, pois são a melhor forma de eliminar as bactérias e evitar o agravamento da infecção. Veja o passo-a-passo para escovar bem os dentes.

Se, com a escovação correta dos dentes, não houver melhora dos sintomas ou caso a dor ou sangramento esteja incomodando muito, deve-se consultar um dentista para iniciar o tratamento com a destartarização, uso de antibióticos em forma de pomadas e enxaguantes bucais, por exemplo.

Caso a gengivite continue não seja tratada, pode surgir uma doença mais grave, conhecida como periodontite, que provoca a perda de gengiva e até dos ossos que estão segurando os dentes.

Quem tem mais chances de ter?

Embora qualquer pessoa possa desenvolver uma gengivite, essa inflamação acontece mais em pessoas adultas que:

Não tem uma boa higiene bucal e não escovam os dentes diariamente, que não usam o fio dental, nem enxaguantes bucais;

Consomem muitos alimentos ricos em açúcar como bala, chocolate, sorvete e refrigerantes, por exemplo;

Fumam;

Tem diabetes descontrolada;

Durante alterações hormonais como ocorre na gravidez ou ao tomar remédios à base de hormônios;

Apresentam dentes desalinhados, com maior dificuldade para escovação eficaz;

Estejam usando aparelho ortodôntico fixo, sem adequada escovação;

Tem dificuldade para escovar os dentes devido a alterações motoras como acontece no Parkinson, ou em pessoas acamadas, por exemplo. 

Além disso, pessoas que fazem radioterapia na cabeça ou pescoço tendem a ficar com a boca seca, sendo mais propensa a desenvolver tártaro e gengivite.

Plástica das mamas


A plástica das mamas é uma cirurgia estética que visa aumentar, corrigir o formato ou devolver o volume dos seios. Muitas vezes é feita com a ajuda do implante de silicone. Há vários tipos de cirurgia plástica que podem ser feitos nos seios, dependendo do objetivo a ser alcançado, sendo possível

(1) aumentá-los,
(2) diminuí-los,
(3) levantá-los e até mesmo
(4) reconstruí-los, nos casos de remoção devido a um câncer da mama, por exemplo.

Este tipo de cirurgia é mais realizado em mulheres, mas também pode ser feito em homens, especialmente nos casos de ginecomastia, que é quando as mamas crescem devido ao desenvolvimento excessivo do tecido mamário no homem.

O implante de silicone é indicado para pacientes que desejam aumentar o tamanho das mamas. O silicone é um material inerte e não prejudica a saúde. A prótese de silicone também não interfere na fisiologia da mama e o processo de amamentação pode dar-se de forma normal.

A primeira providência é fazer uma ou algumas consultas com o cirurgião plástico para fazer uma avaliação completa sobre as possibilidades da cirurgia, para prestar informações ao paciente e esclarecer suas dúvidas a respeito da cirurgia. Exames laboratoriais deverão ser feitos com o intuito de verificar se o paciente dispõe de boas condições para passar pelo procedimento. O paciente deve informar sobre seu histórico médico e a respeito de remédios que esteja usando, principalmente os anticoagulantes. Antes da cirurgia, é recomendado jejum absoluto de, no mínimo, oito horas.

A prótese de silicone, se for o caso, pode ser colocada na região submuscular ou subglandular, segundo as características individuais de cada candidato à cirurgia. Logo após o procedimento, já se nota a mudança no formato e volume das mamas, mas o resultado completo só ocorre dentro de alguns meses. Até o fim do processo de cicatrização, deve ser usado o sutiã cirúrgico para sustentar as mamas. O retorno às atividades normais acontecerá dentro de alguns dias.

A cirurgia de aumento das mamas baseia-se na utilização de implantes de silicone para colocar as mamas no tamanho desejado, no caso, aumentando-as em volume. Antes da cirurgia deve ser feita uma avaliação médica e exames laboratoriais que constatem um bom estado geral e as boas condições das mamas.

Uma mamografia ou ultrassonografia das mamas ajuda nessas avaliações. A escolha da incisão e do local de colocação do implante obedece às particularidades anatômicas das mamas e a preferência da paciente e do cirurgião. Após a cirurgia, os resultados são imediatamente visíveis. É provável que haja dor e inchaço imediatamente após a cirurgia, que diminuirão com o tempo.

Alguns cuidados, no entanto, devem também ser adotados: os curativos devem ser trocados semanalmente; um sutiã especial deve ser usado por 60 dias; evitar dirigir ou carregar pesos nos primeiros 30 dias; não levantar os braços e/ou fazer esforço físico; dormir preferencialmente de barriga para cima; não tomar banhos de sol nos primeiros três meses após a cirurgia; não fazer exercícios físicos ou praticar esportes por 60 a 90 dias após a operação e fazer o controle periódico da prótese por meio de mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética.

A cirurgia de redução das mamas é, ao mesmo tempo, uma cirurgia estética e reparadora. É indicada para pacientes que tenham mamas grandes que se tonaram pendentes ao longo do tempo e que podem gerar sinais e sintomas como distúrbios posturais e dores na coluna.

Adicionalmente, essa cirurgia pode corrigir eventuais assimetrias das mamas e, em casos especiais, serve também como profilaxia de algumas doenças das mamas. Ela visa, além de diminuir o tamanho dos seios, reposicioná-los de maneira mais harmoniosa. Nessa cirurgia, são removidas porções de pele, tecido glandular e gordura. Geralmente a paciente permanece no hospital apenas por um ou dois dias.

A cirurgia para reverter o caimento dos seios (mastopexia) em função de fatores como envelhecimento, grande variação do peso ou amamentação, é feita para reposicionar as mamas, garantindo simetria entre elas. Para realizar a cirurgia, é necessário que a paciente esteja em jejum de oito horas. A anestesia pode ser local com sedação, geral ou peridural e pode haver ou não implante de silicone, dependendo da quantidade de tecido mamário.

Nos casos em que não é necessário o uso de silicone, faz-se a retirada do excesso de pele e o reposicionamento do tecido mamário para dar um novo contorno à mama. A cirurgia dura, em média, 2 ou 3 horas. O tempo de internação é de um dia. Além dos exames necessários antes de qualquer cirurgia, é recomendado que seja feita a avaliação da mama através dos exames de ultrassonografia e mamografia. Após a cirurgia, os braços não devem ser elevados acima do nível dos ombros por duas semanas.

O ideal é que a paciente abandone o hábito de fumar, mas, se não for possível, deve ficar pelo menos um mês sem fumar. Em geral, o médico pode receitar anti-inflamatórios, antibióticos e, se necessário, analgésicos. A paciente deve observar repouso de 15 dias, mas só voltar a dirigir depois de 21 dias. Alguns exercícios leves, como a caminhada, por exemplo, podem ser feitos depois de um mês. Exercícios mais “pesados” só depois de dois meses. O sutiã cirúrgico deve ser usado por 30 dias.

A cirurgia de reconstrução da mama pode ser realizada através de várias técnicas de cirurgia plástica que tentam restaurar a mama após uma mastectomia terapêutica ou um trauma que suprima a mama, considerando-se a sua forma, aparência e tamanho. Para algumas mulheres, a reconstrução mamária pode ser difícil ou impossível, devido a outros problemas de saúde, como obesidade, anorexia ou problemas circulatórios.

A escolha da técnica depende dos tipos de mama e de certas opções da paciente e do médico. Das características da mama são levados em conta o tamanho, a quantidade de tecido a ser retirada e a presença de cicatrizes prévias. Basicamente podem ser usados retalhos de músculos e pele de outras regiões do corpo, além de implantes de vários tipos. Aréola e papila são reconstruídas posteriormente. O resultado final da cirurgia de reconstrução da mama pode ser muito satisfatório, porém, a mama não ficará exatamente como era antes.

terça-feira, 25 de julho de 2017

Micoses de pele 



As micoses superficiais da pele, em alguns casos chamadas de “tineas”, são infecções causadas por fungos que atingem a pele, as unhas e os cabelos. Os fungos estão em toda parte podendo ser encontrados no solo e em animais. Até mesmo na nossa pele existem fungos convivendo “pacificamente” conosco, sem causar doença.

A queratina, substância encontrada na superfície cutânea, unhas e cabelos, é o “alimento” para estes fungos. Quando encontram condições favoráveis ao seu crescimento, como: calor, umidade, baixa de imunidade ou uso de antibióticos sistêmicos por longo prazo (alteram o equilíbrio da pele), estes fungos se reproduzem e passam então a causar a doença.

Existem várias formas de manifestação das micoses cutâneas superficiais, dependendo do local afetado e também do tipo de fungo causador da micose. Veja, abaixo, alguns dos tipos mais frequentes:

– Tinea do corpo (“impingem”): forma lesões arredondadas, que coçam e se iniciam por ponto avermelhado que se abre em anel de bordas avermelhadas e descamativas com o centro da lesão tendendo à cura.

– Tinea da cabeça: mais frequente em crianças, forma áreas arredondadas com falhas nos cabelos, que se apresentam cortados rente ao couro cabeludo nestes locais (tonsurados). É muito contagiosa.

– Tinea dos pés: causa descamação e coceira na planta dos pés que sobe pelas laterais para a pele mais fina.

– Tinea interdigital (“frieira”): causa descamação, maceração (pele esbranquiçada e mole), fissuras e coceira entre os dedos dos pés. Bastante frequente nos pés, devido ao uso constante de calçados fechados que retém a umidade, também pode ocorrer nas mãos, principalmente naquelas pessoas que trabalham muito com água e sabão. Veja mais.

– Tinea inguinal (“micose da virilha, jererê”): forma áreas avermelhadas e descamativas com bordas bem limitadas, que se expandem para as coxas e nádegas, acompanhadas de muita coceira. 

– Micose das unhas (onicomicose): apresenta-se de várias formas: descolamento da borda livre da unha, espessamento, manchas brancas na superfície ou deformação da unha. Quando a micose atinge a pele ao redor da unha, causa a paroníquia (“unheiro”). O contorno ungueal fica inflamado, dolorido, inchado e avermelhado e, por consequência, altera a formação da unha, que cresce ondulada. 

– Intertrigo candidiásico: provocado pela levedura Candida albicans, forma área avermelhada, úmida que se expande por pontos satélites ao redor da região mais afetada e, geralmente, provoca muita coceira. 

– Pitiríase versicolor (“micose de praia, pano branco”): forma manchas claras recobertas por fina descamação, facilmente demonstrável pelo esticamento da pele. Atinge principalmente áreas de maior produção de oleosidade como o tronco, a face, pescoço e couro cabeludo. Veja mais.

– Tinea negra: manifesta-se pela formação de manchas escuras na palma das mãos ou plantas dos pés. É assintomática.

– Piedra preta: esta micose forma nódulos ou placas de cor escura grudados aos cabelos. É assintomática.

– Piedra branca: manifesta-se por concreções de cor branca ou clara aderidas aos pelos. Atinge principalmente os pelos pubianos, genitais e axilares e as lesões podem ser removidas com facilidade puxando-as em direção à ponta dos fios.

Como evitar as micoses ?

Hábitos higiênicos são importantes para se evitar as micoses. Previna-se seguindo as dicas abaixo:

Seque-se sempre muito bem após o banho, principalmente as dobras de pele como as axilas, as virilhas e os dedos dos pés.

Evite ficar com roupas molhadas por muito tempo.

Evite o contato prolongado com água e sabão.

Não use objetos pessoais (roupas, calçados, pentes, toalhas, bonés) de outras pessoas.

Não ande descalço em pisos constantemente úmidos (lava pés, vestiários, saunas).

Observe a pele e o pêlo de seus animais de estimação (cães e gatos). Qualquer alteração como descamação ou falhas no pêlo procure o veterinário.

Evite mexer com a terra sem usar luvas.

Use somente o seu material de manicure.

Evite usar calçados fechados o máximo possível. Opte pelos mais largos e ventilados.

Evite roupas quentes e justas. Evite os tecidos sintéticos, principalmente nas roupas de baixo. Prefira sempre tecidos leves como o algodão.



domingo, 23 de julho de 2017

Hanseníase


A hanseníase, antigamente conhecida como lepra, é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, tendo sido identificada no ano de 1873 pelo cientista Armauer Hansen. É uma das doenças mais antigas, com registro de casos há mais de 4000 anos, na China, Egito e Índia. A doença tem cura, mas, se não tratada, pode deixar sequelas. Hoje, em todo o mundo, o tratamento é oferecido gratuitamente, visando que a doença deixe de ser um problema de saúde pública. Atualmente, os países com maior detecção de casos são os menos desenvolvidos ou com superpopulação. 

Em 2016, o Ministério da Saúde registrou no Brasil mais de 28.000 casos novos da doença!

A transmissão do M. leprae se dá por meio de convivência muito próxima e prolongada com o doente da forma transmissora, chamada multibacilar, que não se encontra em tratamento, por contato com gotículas de saliva ou secreções do nariz. 

Tocar a pele do paciente não transmite a hanseníase. 

Cerca de 90% da população tem defesa contra a doença. O período de incubação (tempo entre a aquisição a doença e da manifestação dos sintomas) varia de seis meses a cinco anos. A maneira como ela se manifesta varia de acordo com a genética de cada pessoa.

A suspeição da hanseníase é feita pela equipe de saúde e pelo próprio paciente. O diagnóstico é feito pelo médico e envolve a avaliação clínica dermatoneurológica do paciente, por meio de testes de sensibilidade, palpação de nervos, avaliação da força motora etc. 

Se necessário, será feita a baciloscopia, que corresponde à coleta da serosidade cutânea, colhida em orelhas, cotovelos e da lesão de pele, e ainda pode ser realizada biópsia da lesão ou de uma área suspeita.

Sintomas

Podemos classificar a doença em hanseníase paucibacilar, com poucos ou nenhum bacilo nos exames, ou multibacilar, com muitos bacilos. A forma multibacilar não tratada possui potencial de transmissão.

A hanseníase pode se apresentar com manchas mais claras, vermelhas ou mais escuras, que são pouco visíveis e com limites imprecisos, com alteração da sensibilidade no local associado à perda de pelos e ausência de transpiração. Quando o nervo de uma área é afetado, surgem dormência, perda de tônus muscular e retrações dos dedos, com desenvolvimento de incapacidades físicas. Nas fases agudas, podem aparecer caroços e/ou inchaços nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos, cotovelos e pés.

Classificação da hanseníase:

 Paucibacilar:

1.a. Hanseníase indeterminada: estágio inicial da doença, com um número de até cinco manchas de contornos mal definidos e sem comprometimento neural.

1.b. Hanseníase tuberculoide: manchas ou placas de até cinco lesões, bem definidas, com um nervo comprometido. Podendo ocorrer neurite (inflamação do nervo).

Multibacilar

2.a. Hanseníase borderline ou dimorfa: manchas e placas, acima de cinco lesões, com bordos às vezes bem ou pouco definidos, com comprometimento de dois ou mais nervos, e ocorrência de quadros reacionais com maior frequência.

2.b. Hanseníase virchowiana: forma mais disseminada da doença. Há dificuldade para separar a pele normal da danificada, podendo comprometer nariz, rins e órgãos reprodutivos masculinos. Pode haver a ocorrência de neurite e eritema nodoso (nódulos dolorosos) na pele.

Tratamento

O tratamento é gratuito e fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Varia de seis meses nas formas paucibacilares a um ano nos multibacilares, podendo ser prorrogado ou feita a substituição da medicação em casos especiais. O tratamento é eficaz e cura. Após a primeira dose da medicação não há mais risco de transmissão durante o tratamento e o paciente pode conviver em meio à sociedade.

Prevenção

Naturalmente, ter hábitos saudáveis, alimentação adequada, evitar o álcool e praticar atividade física associada a condições de higiene, contribuem para dificultar o adoecimento pela Hanseníase. 

A melhor forma de prevenção é o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, assim como o exame clínico e a indicação de vacina BCG para melhorar a resposta imunológica dos contatos do paciente. 

Desta forma, a cadeia de transmissão da doença pode ser interrompida.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Escabiose 


A escabiose, popularmente conhecida como sarna humana, é uma doença de pele contagiosa, que tem como agente etiológico um ácaro da espécie Sarcoptes scabiei.

A transmissão desse parasita ocorre por meio do contato direto entre os individuos e pelo compartilhamento de vestimentas. Esta afecção é comum entre os humanos e não está relacionado à falta de higiene, embora seja mais comum em ambientes de elevada aglomeração e pouco higiênicos.

Este ácaro alimenta-se de queratina, a proteína que compõe a camada externa da pele. Por conseguinte ao acasalamento, a fêmea deposita os ovos (em media seis por fêmea), que ecloedem após duas semanas.




Entre duas a seis semanas de ocorrido o contato com algum indivíduo contaminado ou com objetos pessoais do mesmo, surgem às manifestações clínicas. Como este ácaro perfura a pele do seu hospedeiro, isso causa lesões de pele (erupções), acompanhadas de intenso prurido, sendo este presente especialmente durante a noite.

As lesões apresentam-se como pequeno trajeto linear da cor da pele ou um pouco avermelhado, sendo que estas normalmente não são observadas, uma vez que o ato de coçar a torna irreconhecível. Na maior parte dos casos, são observados diminutos pontos escoriados ou cobertos por crostas. O ácaro em si não representa perigo, mas, devido à coceira, podem ocorrer infecções secundárias que podem ser graves, especialmente em pacientes portadores de doenças que afetam o sistema imune.

As áreas mais acometidas por esse parasita entre os dedos das mãos e dos pés, ao redor dos pulsos e cotovelos, nas axilas, na dobra do joelho e ao redor da cintura; todavia, pode afetar qualquer área do corpo. Em crianças pequenas e bebês é comum acometer as regiões da cabeça, pescoço e palmas das mãos.

Indivíduos que já foram acometidos pelo parasita no passado poderão desenvolver os sintomas dentre de poucos dias, pois já foram sensibilizados anteriormente, bem como apresentar sintomatologia mais branda.

O diagnóstico é obtido por meio do exame clínico, podendo ser confirmado através da visualização do ácaro pela microscopia.

O tratamento é realizado com inseticidas especiais ou escabicidas. Estes devem ser aplicados no corpo inteiro, exceto acima da linha do nariz e das orelhas, por aproximadamente 3 dias. 

É de extrema importância que a aplicação seja feita novamente após 7 a 10 dias para combater o ácaro oriundo dos ovos que não haviam eclodido durante a primeira aplicação. 

Alguns fármacos por via oral também são úteis na terapêutica dessa afecção, sendo estes em dose única, podendo ser necessária a repetição após 1 semana.

A família inteira e/ou parceiros devem ser submetidos a tratamento simultaneamente para que não haja uma reinfestação. Além disso, é importante ressaltar que as roupas, tanto de cama como as de uso pessoal, devem ser esterilizadas.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Icterícia do recém-nascido 


Muitos bebês, logo depois que nascem, ficam com um tom de pele amarelo-alaranjado que pode se estender também para as conjuntivas (o branco dos olhos) e outros tecidos do corpo. 

O nome desse quadro é icterícia neonatal, uma doença comum entre os recém-nascidos e que, se detectada e controlada, não apresenta maiores riscos

O problema acontece devido ao aumento no sangue do pigmento amarelo bilirrubina. 

Da mesma forma que outras substâncias, ele é produzido naturalmente pelo organismo como o resultado do rompimento das células vermelhas do sangue, que vivem por um curto período de tempo. 

Assim que essas células morrem, a hemoglobina presente nelas se transforma em bilirrubina e é transportada para o fígado, no qual é metabolizada e em seguida excretada pelas fezes. 

Quando esse processo não ocorre adequadamente, o acúmulo de bilirrubina no sangue deixa a pele amarelado. 

O excesso do pigmento também pode ser decorrente da incompatibilidade de sangue entre mãe e filho. Nesses casos, exige maior atenção. 

Quando a mãe tem sangue Rh-, e o filho, Rh+, por exemplo, ocorre uma grande e, por vezes, rápida destruição dos glóbulos vermelhos.

Esse aumento ultrapassa a capacidade hepática de depurar a bilirrubina, elevando sua concentração no sangue. 

Daí, o produto se esparrama pela pele e por outros tecidos e também pode atravessar a barreira entre o sangue e o sistema nervoso central.

Talvez ainda ocorra o excesso de produção de bilirrubina se o bebê nascer com hemoglobina demais (um componente dentro da célula sanguínea que se degrada e forma a bilirrubina), se sofrer algum trauma que gere a formação de hematomas pelo corpo ou se houver a demora na ligadura do cordão umbilical. 

Nessas situações, ocorre uma “limpeza” do hematoma (local em que ocorreu um sangramento com depósito de hemoglobina) com a consequente elevação de bilirrubina. 

Nos recém-nascidos, tal aumento se deve também à imaturidade do fígado, que pode apresentar uma capacidade limitada para processar o pigmento. 

Trata-se apenas de um processo evolutivo, de adaptação e que tem fácil tratamento.

Na maioria dos casos, aliás, a icterícia desaparece espontaneamente ou depois de mudanças na frequência da amamentação. Isso pode ocorrer quando o bebê mama poucas vezes ao dia, tendo maior dificuldade para excretar a bilirrubina pelas fezes. Mas nada de pânico. 

É uma situação transitória, que passa assim que a oferta de leite aumentar e o estabelecimento da lactação estiver pleno e bem-sucedido.


A icterícia costuma aparecer entre o segundo e o terceiro dia de vida e dura em média dez dias, com exceção nos que nascem prematuros, que podem apresentar formas mais intensas e prolongadas. 

Quando o sinal surge depois desse período, geralmente está associado a uma doença (como infecção urinária e doenças congênitas) e precisa ser investigado com maior afinco.

Para diagnosticar a icterícia, o médico pressiona com o dedo primeiramente a testa, o nariz e o tórax do bebê, pois o distúrbio costuma surgir primeiramente na cabeça e ir descendo até os pés. 

O curioso é que começa a desaparecer no sentido contrário: pés, pernas, barriga, braços, tórax e testa. Quando esse tipo de investigação não é suficiente, é feita uma leitura no bilirrubinômetro transcutâneo, um equipamento que, colocado na testa da criança, faz a leitura do problema sem a necessidade de coleta de sangue. 

Mas vale ressaltar que somente pelo sangue é possível determinar com exatidão o nível de bilirrubina.

Se o médico considerar que a icterícia não vai desaparecer espontaneamente, existe a possibilidade da fototerapia, o popular banho de luz. 

Com essa técnica, a criança é colocada num aparelho com várias lâmpadas. 

Ailuminação especial desencadeia uma alteração na estrutura da bilirrubina, ajudando a diluir o pigmento, que assim é mais facilmente eliminado pelo intestino.

 Normalmente são prescritos um ou dois dias de fototerapia. Porém o tempo dependerá do quão acentuada está a icterícia.

O processo não muda a rotina de amamentação e de cuidados com o bebê. 

Entretanto pode acontecer de a mãe ter alta da maternidade antes do filho, o que geralmente causa angústia e expectativa. 

É um processo difícil, mas necessário porque, apesar de ser uma circunstância muito simples, se não for bem cuidada, a icterícia pode se agravar e causar sérios danos, como impregnar o sistema nervoso central e causar uma encefalopatia. 

Além disso, no futuro a criança pode vir a sofrer de algumas complicações, como anemia falciforme. Por isso, é fundamental que o bebê continue a ter o acompanhamento médico mesmo depois de ir para casa.

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Cianose 


Cianose é a coloração azulada da pele ou das mucosas, mais comum de ocorrer na extremidade dos dedos e nos lábios e é causada quando os tecidos não recebem a quantidade adequada de oxigênio.

Pode ser central, quando o sangue que deveria vir bem oxigenado dos pulmões, chega com pouco oxigênio aos tecidos e que ocorre em algumas doenças do pulmão ou do coração.

Na cianose periférica, o sangue é oxigenado adequadamente nos pulmões, mas há lentificação local da circulação, o que não permite que o sangue chegue oxigenado nos tecidos.

Pode acontecer quando o corpo é exposto a baixas temperaturas ou altas altitudes, ou em algumas doenças auto-imunes, quando ocorre o fenômeno de Raynaud.

Existem diversas causas para cianose, que são listadas abaixo:

- doenças cardíacas: podem ser congênitas ou adquiridas. As doenças cardíacas congênitas, como a tetralogia de Fallot, são causadas por malformações do coração, que não permitem que os pulmões recebam o sangue para oxigená-lo, ou que permitem a mistura do sangue venoso com o arterial. São diagnosticadas logo após o nascimento, pela presença de sopros, cianose ou falta de ar. As causas adquiridas podem ser várias, como o infarto do miocárdio, que pode deixar como sequela um pertuito entre as câmaras cardíacas, que permite a mistura do sangue arterial com o venoso. O diagnóstico é feito pela presença de cianose, sopro, falta de ar e alteração no ecocardiograma.

- doenças pulmonares: os pulmões são incapazes de oxigenar o sangue. Pode acontecer, por exemplo, no enfisema pulmonar, na fibrose cística e nas pneumonias extensas.

- doenças circulatórias: quando o sangue é oxigenado nos pulmões, mas não chega aos tecidos. Pode ocorrer, por exemplo, no choque hemorrágico ou séptico, nas obstruções arteriais ou na doença de Raynaud.

- doenças hematológicas: como a anemia falciforme, em que a baixa disponibilidade de hemoglobina carreadora do oxigênio é a responsável pela cianose.

- intoxicações: por exemplo, após o uso de sulfas, como a dapsona. Em algumas pessoas, pode acontecer o acúmulo de metahemoglobina, que não é eficaz em transportar o oxigênio do sangue aos tecidos.

- falta de oxigênio no ar inspirado: ocorre quando estamos em locais em que o ar é rarefeito, como nas grandes altitudes.

terça-feira, 18 de julho de 2017

Dismenorreia 



Nas aulas de biologia, aprendemos que a cólica menstrual também pode ser chamada de dismenorreia. Esse termo de origem grega significa menstruação difícil ou dolorosa, o que vai dificultar o ciclo menstrual e causar desconforto na mulher pode ser a produção de prostaglandinas, o que é normal nesse período, ou até mesmo alguma doença associada. Por isso, classificamos esta cólica em dismenorreia primária e dismenorreia secundária respectivamente¹.

A dismenorreia primária faz parte do ciclo menstrual e é totalmente comum às mulheres. Sua causa é a produção de substâncias chamadas de prostaglandinas, que fazem o útero contrair-se para eliminar o conteúdo do endométrio¹ (a camada mais interna do útero). Já a dismenorreia secundária está relacionada a alterações do sistema reprodutivo, por exemplo: endometriose, mioma e doença inflamatória pélvica. 

Por isso, dizemos que a dismenorreia secundária é extrínseca ou adquirida, ou seja, não faz parte de um ciclo menstrual saudável, já que é causada por alguma anormalidade.

Na dismenorreia secundária, assim como na primária, há o aumento da produção de prostaglandinas, pois o útero precisa contrair-se para liberar o endométrio na menstruação. 

Porém, o que ocorre na dismenorreia secundária é que temos as prostaglandinas atuando concomitantemente com o fator etiológico – nesse caso uma doença orgânica pélvica – potencializando os fenômenos inflamatórios e dolorosos.

Na dismenorreia primária, a dor é aguda e espaçada, ao contrário da dismenorreia secundária, cuja dor é pesada e contínua. 

Outra diferença é o período de duração das cólicas: 

Na dismenorreia primária, a dor tem duração típica de dois a três dias, e está associada ao início do fluxo menstrual. 

Nos casos de dismenorreia secundária, a dor pode iniciar até duas semanas antes da menstruação e persistir durante todo o ciclo.

Ocorre que, na maioria das vezes, as mulheres nem imaginam que têm alguma doença pélvica, e acham que os sintomas estão associados somente à menstruação quando, na verdade, há um fator agravante. 

Por isso, é muito importante estar atenta à intensidade das dores e procurar um ginecologista se alguma anormalidade for constatada. 

Com o diagnóstico, é possível eliminar a doença de base e, consequentemente, tratar as cólicas excessivamente dolorosas.

Crises histéricas


A histeria é uma forma de neurose caracterizada por exagero teatral das reações emocionais e pela conversão de conflitos psíquicos em sintomas físicos. Muitas vezes a histeria dá a impressão (sem ser) de simulação. 

Os sintomas da histeria são polifacéticos e podem imitar praticamente qualquer enfermidade. 

Eles são de dois tipos: sintomas conversivos, constituídos por expressões físicas de conflitos emocionais (paralisias, parestesias, contraturas, anestesias, perda da fala ou da visão, etc.) e sintomas dissociativos, em que ocorre uma cisão da consciência, originando bizarrias psicológicas como automatismos, estados crepusculares, amnésias, desmaios, etc.

Os histéricos reagem às pessoas e situações com grandes arroubos emocionais caricatos e procuram chamar a atenção sobre si exibindo o que consideram ser características atraentes (beleza física, superioridade moral, bons modos, vestir-se bem, etc.) ou buscando causar compaixão ou ciúmes. 

Eles geralmente adornam suas falas com termos superlativos e suas performances logo se mostram pouco autênticas e sem genuinidade. 

São interiormente anárquicos, não sabem bem o que querem; são impontuais e despreocupados com detalhes. Guiam-se mais por intuições e impressões repentinas que por juízos serenos e bem fundamentados. 

Sentem-se aborrecidos com as tarefas rotineiras, mas só se envolvem em empreendimentos novos se eles prometem atrair atenção.

Outros traços psicológicos são:

Emocionalidade: Os histéricos habitualmente reagem aos acontecimentos com uma exuberância emocional inadequada, chegando, por vezes, a serem espalhafatosos. No relacionamento pessoal parecem efusivos e cordiais, e decepcionam-se com o que lhes parece ser a frieza das demais pessoas. A sua linguagem, além de superlativa, é recheada de frases de efeito e eles podem tornar-se pouco fieis à verdade se algum adorno que a falseia parece conferir a ela um aspecto mais bombástico.

Dramatização: Ao invés de apenas falar, os histéricos dramatizam sua expressividade e fazem isso principalmente em relação às doenças. Ao invés de apenas falar que a perna lhes dói, os histéricos a arrastam. Quando tristes, irrompem em choros convulsivos e se estão alegres explodem em gargalhadas altissonantes. Suas manifestações e suas vestes, por exemplo, são planejadas para chamar atenção. Nas mulheres há um exagero caricatural da feminilidade e nos homens uma certa afetação.

Sedutividade: Os histéricos procuram ter um comportamento sedutor. Muitas vezes a sedutividade dos histéricos é dissimulada sob a forma de galanteios ou elogios, mas às vezes é claramente erotizada. Para tal, as mulheres histéricas podem até tornarem-se sexualmente promíscuas. As pessoas que também se utilizam dessas mesmas táticas são vistas por elas como rivais.

Sugestionabilidade: Os histéricos são também muito sugestionáveis e podem ser influenciados tanto por pessoas quanto por situações. Se, por exemplo, acompanhar algum doente, é possível que tempos depois o histérico venha a sentir os mesmos sintomas da pessoa a quem assistiu. Quando admiram determinada pessoa, dentro em pouco estão se comportando como ela. Se passarem a conviver num meio social novo, adotam rapidamente os costumes dele.

 As crises histéricas são episódios em que os sintomas histéricos sobrevêm de maneira repentina, em geral à raiz de uma situação emocional desagradável. Um caso especial delas é o representado pelos desmaios histéricos, que imitam os desmaios epilépticos. 

Os fatores desencadeantes dessas crises em geral são ligados à vida amorosa (o namorado que foi flagrado com outra, o amante que partiu, o marido que brigou com a paciente, dentre outros). 

Esses fatos dificilmente são tomados na sua expressão real e o histérico acrescenta a eles uma boa dose de fantasia, de modo a torná-los ainda mais drásticos.



domingo, 16 de julho de 2017

Dislalia 



A dislalia é um distúrbio que afeta a fala, caraterizado pela dificuldade em articular as palavras.

Basicamente consite na má pronúncia das palavras, ou seja, a pessoa troca as palavras por outras similares na pronúncia, omitindo, acrescentando ou trocando os fonemas por outros ou distorcendo-os ordenadamente. Estas alterações podem ainda ocorrer em fonemas ou sílabas. Resumidamente, as manifestações clínicas da dislalia consistem em omissão, substituição ou deformação dos fonemas.

A dislalia é mais frequente em crianças. Quando as crianças começam a falar, é normal que não o façam corretamente. No entanto, com o avanço da idade a linguagem deveria melhorar a pronúncia, mas nem sempre acontece.

Quando se encontra um paciente dislálico, deve-se examinar os órgãos da fala e da audição a fim de se detetar a causa.

As dislalias são compostas por um vasto grupo de perturbações orgânicas ou funcionais da palavra. As primeiras resultam de malformações ou alterações na língua, na abóboda palatina ou noutro órgão da fonação. 

São exemplo destes casos as malformações congénitas, tais como as fendas palatinas ou como consequência de traumatismos dos órgãos fonatórios. Por outro lado, as dislalias podem ser causadas por alterações no sistema nervoso central.

Nas segundas, quando não se encontra nenhuma alteração física que possa ser justificativa para a dislalia, então pensa-se que talvez possa haver influência da parte hereditária; possa ser por imitação ou alterações emocionais. Este tipo de dislalia é frequente em crianças hiperativas e com paralisia cerebral, podendo ser de tal forma grave que a linguagem apenas possa ser acessível ao grupo familiar da criança.

Pode-se dizer que a palavra do dislálico é fluída, ainda que possa ser incompreensível, sendo que o desenvolvimento da linguagem pode ser normal ou atrasado. Não há intervenção na musculatura responsável pela emissão das palavras.

Até aos quatro anos, os erros articulatórios podem ser normais, dependendo do fonema que está alterado. As crianças com dislalia trocam os fonemas, distorções de sons próximos, omitem, ou seja, deixam de pronunciar os fonemas nas palavras, fazem trocas na ordem de apresentação dos fonemas e acrescentam fonemas nas palavras. Dificuldades na linguagem oral podem interferir na apredizagem da escrita.

Este distúrbio é mais comum em meninos.


Tipos de dislalia:

A dislalia é muito variada, existindo quatro tipos de dislalias, sendo elas:

1- Dislalia evolutiva que é considerada como normal, até aos quatro anos de idade e geralmente corrige-se por si mesma.

2 - Dislalia funcional – é a mais frequente e caracteriza-se pelo incorreto ponto e modo de articulação do fonema, onde ocorre a substituição ou eliminação de fonemas durante a fala.

3 - Dislalia orgânica – faz com que a criança tenha dificuldades para articular determinados fonemas por problemas orgânicos, causadas por alterações físicas ou cerebrais, quando apresentam estas alterações nos neurônios cerebrais, ou alguma má formação ou anomalias nos órgãos da fala.

4 - Dislalia audiógena que se caracteriza por problemas auditivos. A criança sente-se incapaz de pronunciar corretamente os fonemas porque não os ouve bem. Em alguns casos, é necessário que as crianças utilizem próteses.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Depressão no idoso 


Na terceira idade, típicas do envelhecimento, existem normalmente poucas queixas de tristeza que, por sua vez, é muitas vezes substituída por hipocondria e preocupações somáticas. 

No entanto, a depressão tem vindo a aumentar, reduzindo a qualidade de vida, aumentando incapacidades físicas – sendo uma das principais causas da dependência funcional de cuidadores para atividades da vida diária como a higiene e a alimentação, e é um dos maiores prenúncios de suicídio na terceira idade.

Muitas das vezes, a depressão na terceira idade vem acompanhada de perdas cognitivas, sendo nestes casos denominada de pseudodemência depressiva, o que dificulta o diagnóstico diferencial entre depressão e demência. 

Muitos dos sintomas depressivos, como a desmotivação, apatia, embotamento afetivo, dificuldades de concentração, discurso e psicomotricidade mais lentos são também sintomas de quadros demenciais.

A ordem de ocorrência dos sintomas ajuda a distinguir depressão de demência, pois normalmente os doentes cujas alterações cognitivas precedem os sintomas depressivos parecem ter maior probabilidade de estarem a desenvolver uma “verdadeira” demência do que aqueles em que a sintomatologia depressiva precede as alterações cognitivas.

Pessoas com depressão "catastrofizam" as suas dificuldades e podem até ter resultados inferiores à média nos testes de memória, mas isto apenas acontece não por dificuldades cognitivas reais mas por pouca motivação para o desempenho de tarefas.

Normalmente apresentam maiores dificuldades na memória a longo prazo, o que poderá ser confirmado através de uma avaliação de neuropsicologia, que escrutina as várias memórias. 

É também fundamental avaliar se as dificuldades cognitivas se instalaram súbita ou gradualmente e se o idoso tem historial familiar de depressão ou demência.

No entanto, muito frequentemente, um quadro clínico de demência pode ser acompanhado de depressão, o que dificulta o diagnóstico diferencial.

O diagnóstico diferencial deverá ser realizado preferencialmente por um médico especialista, nomeadamente de neurologia ou psiquiatria.

De entre os vários exames complementares que poderão ser requisitados, tais como a T.A.C. (Tomografia Axial Computorizada) ou R.M. (Ressonância Magnética) crânio-encefálicas, é também aconselhável a realização de uma avaliação neuropsicológica.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Minoxidil


Minoxidil é um fármaco capaz de reduzir a pressão arterial por promover vasodilatação potente e de longa duração.

Sua ação hipotensora foi descoberta em 1965 e teve impacto significativo no tratamento da hipertensão arterial pois funciona em casos mais agressivos da doença.

Como provoca hirsutismo, seu metabólito é associado a cremes para tratamento da calvície (mas não a cura) e em casos de alopécia androgenética, não sendo conhecido seu real mecanismo de ação para este fim.

É indicado para pessoas com idade inferior a 40 anos e na situação de perda recente dos fios, estimulando o crescimento do cabelo e retardando a calvície.

Em uma revisão sistemática Cocha né Minoxidil é um fármaco capaz de reduzir a pressão arterial por promover vasodilatação potente e de longa duração.

Sua ação hipotensora foi descoberta em 1965 e teve impacto significativo no tratamento da hipertensão arterial pois funciona em casos mais agressivos da doença.

Como provoca hirsutismo, seu metabólito é associado a cremes para tratamento da calvície[3] (mas não a cura) e em casos de alopécia androgenética, não sendo conhecido seu real mecanismo de ação para este fim.

É indicado para pessoas com idade inferior a 40 anos e na situação de perda recente dos fios, estimulando o crescimento do cabelo e retardando a calvície. 

Em uma revisão sistemática sobre tratamentos para queda de cabelo em mulheres, que investigou e mapeou todas as terapias disponíveis e testados (até julho de 2015) por ensaios clínicos randomizados (5290 pacientes, 47 estudos), demonstrou que o minoxidil é o único tratamento com evidências de eficácia e segurança. 

Além disso, o minoxidil a 2% versus 5% não apresentaram diferença.sobre tratamentos para queda de cabelo em mulheres, que investigou e mapeou todas as terapias disponíveis e testados (até julho de 2015) por ensaios clínicos randomizados (5290 pacientes, 47 estudos), demonstrou que o minoxidil é o único tratamento com evidências de eficácia e segurança. 

Além disso, o minoxidil a 2% versus 5% não apresentaram diferença.

terça-feira, 11 de julho de 2017

Síndrome de Sjögren



É uma doença auto-imune de causa desconhecida que afeta as glândulas lacrimais e salivares, causando olho e boca seca. Os sintomas de olho seco podem apresentar-se como sensação de areia nos olhos ou de corpo estranho, dificuldade para abril os olhos pela manhã, vermelhidão. A boca seca leva a dificuldade de comer alimentos secos sem ingerir líquido, língua grudada no céu na boca pela manhã, feridas pequenas nos cantos da boca, cáries freqüentes e quebra fácil dos dentes.  

É um tipo de reumatismo porque pode causar inflamação nas articulações, músculos. Tem dois tipos de S. de Sjögren: a primária, quando o paciente só tem essa doença e a secundária quando ela é associada com outra doença reumatológica como a Artrite Reumatóide, Lúpus Eritematoso sistêmico.  

A causa é ainda indefinida, entretanto, causas ambientais e genéticas estão relacionadas com o aparecimento da doença.   

A queixa do paciente de olho e boca seca ajudam muito no diagnóstico. Além disso, a confirmação por um Oftalmologista, da medida da quantidade de lágrima é fundamental (Teste de Schirmer) e se o olho já tem lesão (Corante) A cintilografia das glândulas salivares revelar a dificuldade de salivação Algumas vezes é necessário uma biópsia da glândula salivar na gengiva. Exames de sangue também ajudam no diagnóstico como um FAN ou Fator reumatóide positivos.  

Pele seca, dor articular, comprometimento pulmonar, vagina seca, cansaço fácil, alergias freqüentes, cálculos renais, sintomas neurológicos, pulmonares (bronquite, tosse seca, e falta de ar).   

Deve ser feito para todos os pacientes: usar colírios constantemente para lubrificar os olhos e evitar lesões como úlcera de córnea, usar saliva artificial, ingerir muito líquido, higiene oral, ir ao dentista freqüentemente. Tratar os órgãos acometidos com medicações específicas: Articulações, fadiga, olho e boca seca- hidroxi-cloroquina Pele-hidratação especialmente com hidratantes com pouca água para não evaporar rapidamente Pulmão- corticoesteróide e outros imunossupressores.   

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Hipnose os dois tipos mais importantes


A hipnose, segundo o dicionário, é um estado semelhante ao do sono, resultado de um processo de indução. Porém, diferentemente do sono, a pessoa nesse estado possui certo grau de consciência, sendo assim mais suscetível à sugestões.

O uso da hipnose para fins terapêuticos ficou conhecido como hipnoterapia, e consiste em induzir o paciente a ter hábitos mais saudáveis, especialmente no quesito mental.

O hipnólogo, por meio de técnicas específicas, pode ajudar a construir a autoestima, modificar problemas comportamentais, eliminar medos, fobias e ansiedade, tratar a depressão e aumentar a concentração, por exemplo. 

O tratamento é feito por meio de comandos que ficam gravados no subconsciente do paciente e difere de acordo com os tipos de hipnose existentes.

A HIPNOSE CLÁSSICA DE DAVE ELMAN (acima)

Dave Elman é conhecido como o pai da hipnose médica, além de ser o autor de obras importantes que servem de referência para o desenvolvimento da técnica, como Hypnotherapy, lançado em 1970.

Nesta abordagem, o hipnólogo aplica uma técnica de relaxamento muscular e mental em seu paciente para induzi-lo a um estado de transe visualmente parecido com o do sono.

Normalmente esse processo é feito em um grupo muscular de cada vez, sendo os das pálpebras primeiro, seguidos pelos músculos maiores como o do braço e depois um relaxamento mental.

Para relaxar a mente, o hipnoterapeuta também pode pedir a seu paciente para contar de 100 até 1, inspirando e expirando profundamente, por exemplo.

Outra possibilidade para conseguir acessar níveis mais profundos de consciência é por meio da imaginação do paciente, o que permite que vários fenômenos hipnóticos aconteçam. Quando o paciente se encontra completamente em transe, é possível sugestionar conselhos, visto que a hipnose altera a percepção e deixa o paciente mais aberto a novas ideias.

A HIPNOSE ERICKSONIANA DE MILTON H. ERICKSON

A Hipnose Ericksoniana foi desenvolvida pelo psiquiatra Milton Erickson, profissional especializado em terapia familiar. Graças a ele foi possível revolucionar os tratamentos hipnóticos, pois seu modelo, diferentemente dos outros da época, proporcionava uma maior interação entre o terapeuta e o paciente.

O método é personalizado, ou seja, respeita as características individuais de seus pacientes, o que proporciona um maior foco na resolução de problemas. Segundo Erickson, os próprios pacientes são responsáveis por sua cura, sempre considerando que “não há pacientes resistentes, e sim maus terapeutas”.

Desse modo, o papel do hipnoterapeuta nessa abordagem é instruir o paciente para que ele entre em profunda concentração, a fim de colocá-lo em contato consigo mesmo. A ideia é usar os recursos de seu próprio subconsciente para tratar o que tem causado aflição.

Assim, a Hipnose Ericksoniana tem sido de grande valia para pacientes que desejam alcançar um maior nível de autoconhecimento e autocontrole. Além disso, é uma maneira natural e não invasiva de cura.

Podemos concluir, então, que ambos os tipos de hipnose são opções de tratamento interessantes, e que cada técnica deve ser utilizada respeitando a individualidade do paciente. 

Além disso, é possível associar ambas para a obtenção de uma abordagem mais completa ou adaptada à determinada situação.

domingo, 9 de julho de 2017

Atenolol 



O atenolol é um medicamento que faz parte da classe dos betabloqueadores, também chamados de bloqueadores beta-adrenérgicos. Outros fármacos conhecidos desta classe são: propranolol, bisoprolol, metoprolol, nebivolol, carvedilol e timolol.

Os fármacos betabloqueadores agem impedindo a ação da adrenalina e da noradrenalina sobre os receptores beta que estão presente em vários órgãos, tais como coração, pulmões e vasos sanguíneos.

Existem 2 tipos de receptores beta: beta-1 e beta-2.

Os receptores beta-1 estão presentes principalmente no coração, rins, intestino, olhos e em menor quantidade nos pulmões. Já os receptores beta-2 existem predominantemente nos pulmões, nos vasos sanguíneos, no pâncreas e em menor quantidade no coração.

O atenolol é um bloqueador beta-1 seletivo, ou seja, ele age predominantemente nos receptores beta-1. O alvo principal da sua ação é o coração.

Como resultado do bloqueio dos receptores beta-1, o atenolol promove:

– Redução da frequência cardíaca.

– Redução da força de contração do músculo cardíaco.

– Redução do volume de sangue bombeado pelo ventrículo esquerdo.

– Redução da produção de renina pelos rins, o que inibe a retenção de sal e líquidos.

– Atraso na condução de impulsos elétricos pelo nodo AV do coração.

O atenolol começa a ter efeito com cerca de 60 minutos e o pico ação ocorre com 2 a 4 horas. O seu efeito tem duração de cerca de 24 horas.

Na hipertensão arterial, o efeito máximo do medicamento só é atingido após 1 a 2 semanas de uso contínuo.

A seletividade beta-1 do atenolol reduz-se conforme a sua dose vai sendo elevada, de forma que, em doses altas, o medicamento inibe tanto os receptores beta-1 quanto beta-2.

PARA QUE SERVE O ATENOLOL

As ações betabloqueadoras sobre os receptores beta-1 fazem com que o atenolol seja útil no tratamento das seguintes situações:

Hipertensão arterial

Angina de peito

Infarto do miocárdio 

Insuficiência cardíaca não descompensada

Arritmias cardíacas que cursam com frequências cardíacas elevadas

A redução do trabalho cardíaco pela inibição dos receptores beta-1 ajuda a reduzir o gasto de energia e necessidade de sangue do coração, o que é útil nos quadros de isquemia, como na angina e no infarto.

A redução da força de contratilidade do coração e do volume de sangue bombeado pelo ventrículo esquerdo, associado à redução da retenção de líquidos e sódio pelos rins, ajuda no controle da pressão arterial.

Por fim, a redução da velocidade de transmissão dos impulsos elétricos cardíacos ajuda a controlar as arritmias, como o flutter atrial, a fibrilação atrial e a taquicardia supraventricular.


quinta-feira, 6 de julho de 2017

Queloides 


Durante o processo de cicatrização, seja após uma cirurgia ou de um corte mais profundo na pele, o resultado pode ser afetado pelo aparecimento de um queloide - uma sequela estética indesejada e que incomoda, principalmente quando aparece em regiões mais expostas ou se manifesta depois de uma plástica, quando tudo o que uma pessoa quer é ficar mais bonita.

Queloide é uma cicatriz imperfeita que surge por uma resposta cicatricial intensa do organismo, que extrapola os limites de um dano cutâneo ocasionado por uma inflamação, queimadura ou incisão cirúrgica.

Clinicamente, o queloide mostra-se como um inchaço endurecido, róseo, com coceira, por vezes dolorosa, localizado na região onde foi realizada a incisão cirúrgica ou não. 

Esse tipo de cicatriz pode ocorrer em qualquer lugar do corpo, como nos lóbulos da orelha, ombros, região peitoral e tronco superior, mas raramente se desenvolve nas mãos, pés, axilas ou couro cabeludo. 

Num mesmo indivíduo, um ferimento localizado na mão pode não desenvolver o queloide, enquanto que no abdome ele pode aparecer de forma bem intensa. 

Isso ocorre devido às características da pele de cada região, como espessura, pigmentação, quantidade de colágeno, presença de glândulas e pelos, entre outras.

Para controlar a manifestação desse problema é fundamental que o paciente, quando for submetido a algum procedimento cirúrgico, informe ao médico se existe história familiar ou pessoal de queloide. 

É impossível ao médico predizer se a cirurgia formará uma cicatriz como essa, mesmo num paciente predisposto, contudo o profissional poderá tomar condutas que reduzam essa probabilidade, como iniciar o tratamento 24 horas após a cirurgia.

Existem diversas formas de tratamento, com sucesso variável, embora haja evidências de a terapêutica combinada seja mais eficiente que a monoterapia, ainda não há consenso quanto às características da lesão que são responsáveis pela melhor resposta terapêutica.

Entre as condutas terapêuticas destacam-se o uso de radioterapia local, betaterapia (radioterapia), placas de silicone, injeções de corticosteróides, fitas oclusivas de corticosteróides, cirurgias redutoras, terapia fotodinâmica e criocirurgia (congelamento do local).


quarta-feira, 5 de julho de 2017

Derrame ocular 


A palavra derrame está associada a vários acidentes vasculares diferentes, que podem ter consequências graves para a saúde. 

Desde os famosos AVCs, passando pela embolia pulmonar e até mesmo o derrame ocular. 

Em todos esses casos, é importante que os sintomas sejam reconhecidos o mais rápido possível para que as consequências não sejam permanentes.

Pensando na saúde dos seus olhos, separamos três sintomas do derrame ocular em adultos. 

O derrame sub conjuntival é aquele que acontece na superfície dos olhos, entre a conjuntiva e a esclera (parte branca dos olhos). 

À primeira vista ele pode assustar, visto que o sangramento é facilmente percebido pelo tom vivo de vermelho nos olhos. 

Entretanto, esse tipo de episódio não representa riscos para a visão e o sangue acumulado é reabsorvido pelo organismo. 

Mesmo assim, quando os sintomas surgirem, é fundamental procurar a ajuda de um médico oftalmologista para garantir que não existem lesões graves por trás desse sintoma.

Enquanto o sub conjuntival tem um sintoma bem claro e não oferece riscos à saúde, o derrame ocular interno tem sintomas silenciosos e, em alguns casos, pode levar à perda total da visão. 

Por isso, é fundamental saber identificá-los e procurar ajuda médica rapidamente. Essas hemorragias não podem ser identificadas a olho nu, apenas com a ajuda de aparelhos no consultório. 

Entretanto, se você notar uma súbita perda na qualidade da visão, é hora de agendar uma consulta em caráter de emergência.

Existem diversos quadros que podem contribuir para que a hemorragia intraocular aconteça. 

Além do sintoma principal explicado no tópico anterior, existem alguns outros associados a essas doenças e que contribuirão para o diagnóstico. 

Entre as causas do derrame ocular estão a retinopatia diabética, o glaucoma e traumas sofridos nos olhos ou no rosto. É nessa hora que você deve ter a atenção redobrada.

Caso você se enquadre em algumas dessas situações, a atenção com a saúde dos olhos deve ser constante. 

A retinopatia diabética, por exemplo, tem outros sintomas associados e que podem dar dicas sobre um derrame ocular. 

Por exemplo, a visão dupla, perda de visão periférica, moscas ou flashes flutuantes. Já no caso do glaucoma, os sintomas são lentos. 

Gradativamente a visão periférica começa a ser afetada. Se você já começou a notar esses sintomas e a sua visão piorou progressivamente, é hora de procurar um médico.

O derrame ocular não acontece sem motivo. 

Eles estão associados a uma série de doenças oftalmológicas e podem ser tratados quando identificados a tempo. 

terça-feira, 4 de julho de 2017

Mamografia digital 3D


​Também conhecida como mamografia 3D, a tomossíntese mamária foi desenvolvida com a finalidade de reduzir os efeitos da sobreposição de tecido mamário denso na mamografia convencional 2D.

Diversos estudos têm demonstrado que seu uso está associado a um aumento de até 40% na taxa de detecção do câncer de mama e a uma redução significativa nas taxas de reconvocação e na necessidade de incidências mamográficas complementares.

Atualmente, realiza-se a tomossíntese em adição à mamografia convencional, e não como substituta.

As finas imagens seccionais/tomográficas de baixa dose da tomossíntese são obtidas imediatamente após a realização de cada incidência mamográfica 2D, durante a mesma compressão, e com duração de poucos segundos. 

Após a aquisição, essas imagens da mama, em conjunto com a mamografia 2D, são enviadas para uma estação de trabalho dedicada, com monitores de alta resolução, e analisadas.

Convém lembrar que existem preocupações sobre o aumento da radiação ionizante utilizada na tomossíntese, que, de fato, ocorre, porém a dose total empregada fica abaixo da dose máxima aceitável. Dessa forma, o exame é considerado seguro.

A tomossíntese está potencialmente indicada para o rastreamento do câncer de mama em mulheres com ou sem alto risco para a doença, seguindo o que já se preconiza para a mamografia 2D, ou como método diagnóstico nas mulheres com sintomas clínicos, achados palpatórios ou dúvidas encontradas no exame convencional. 

Nas pacientes de alto risco, contudo, o novo exame não substitui a ressonância magnética quando houver indicação desta.​


Fonte: Laboratório Fleury 

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Distúrbio Bipolar 



A Doença Bipolar, tradicionalmente designada Doença Maníaco-Depressiva, é uma doença psiquiátrica caracterizada por variações acentuadas do humor, com crises repetidas de depressão e «mania». 

Qualquer dos dois tipos de crise pode predominar numa mesma pessoa sendo a sua frequência bastante variável. As crises podem ser graves, moderadas ou leves.

As "viagens" do humor, num sentido ou noutro têm importante repercussão nas sensações, nas emoções, nas ideias e no comportamento da pessoa, com uma perda importante da saúde e da autonomia da personalidade.

MANIA

O principal sintoma de «MANIA» é um estado de humor elevado e expansivo, eufórico ou irritável. Nas fases iniciais da crise a pessoa pode sentir-se mais alegre, sociável, activa, faladora, auto-confiante, inteligente e criativa. 

Com a elevação progressiva do humor e a aceleração psíquica podem surgir alguns ou todos os seguintes sintomas:

Irritabilidade extrema; a pessoa torna-se exigente e zanga-se quando os outros não acatam os seus desejos e vontades;

Alterações emocionais súbitas e imprevisíveis, os pensamentos aceleram-se, a fala é muito rápida, com mudanças frequentes de assunto;

Reação excessiva a estímulos, interpretação errada de acontecimentos, irritação com pequenas coisas, levando a mal comentários banais;

Aumento de interesse em diversas actividades, despesas excessivas, dívidas e ofertas exageradas;

Grandiosidade, aumento do amor próprio. A pessoa, pode sentir-se melhor e mais poderosa do que toda gente;

Energia excessiva, possibilitando uma hiperatividade ininterrupta;

Diminuição da necessidade de dormir;

Aumento da vontade sexual, comportamento desinibido com escolhas inadequadas;

Incapacidade em reconhecer a doença, tendência a recusar o tratamento e a culpar os outros pelo que corre mal;

Perda da noção da realidade, ideias estranhas (delírios) e «vozes»;

Abuso de álcool e de substâncias.

DEPRESSÃO

O principal sintoma é um estado de humor de tristeza e desespero.

Em função da gravidade da depressão, podem sentir-se alguns ou muitos dos seguintes sintomas:

Preocupação com fracassos ou incapacidades e perda da auto-estima. Pode ficar-se obcecado com pensamentos negativos, sem conseguir afastá-los;

Sentimentos de inutilidade, desespero e culpa excessiva;

Pensamento lento, esquecimentos, dificuldade de concentração e em tomar decisões;

Perda de interesse pelo trabalho, pelos hobbies e pelas pessoas, incluindo os familiares e amigos;

Preocupação excessiva com queixas físicas, como por exemplo a obstipação;

Agitação, inquietação, sem conseguir estar sossegado ou perda de energia, cansaço, inacção total;

Alterações do apetite e do peso;

Alterações do sono: insónia ou sono a mais;

Diminuição do desejo sexual;

Choro fácil ou vontade de chorar sem ser capaz;

Ideias de morte e de suicídio; tentativas de suicídio;

Uso excessivo de bebidas alcoólicas ou de outras substancias;

Perda da noção de realidade, ideias estranhas (delírios) e «vozes» com conteúdo negativo e depreciativo;

Por vezes o/a doente tem, durante a mesma crise, sintomas de depressão e de «mania», o que corresponde às crises MISTAS.

Varia muito o tempo de duração de uma crise.

A pessoa pode estar em fase maníaca ou depressiva durante alguns dias, ou durante vários meses. Pode durar anos. 

Os períodos de estabilidade entre as crises podem durar dias, meses ou anos. O tratamento adequado encurta a duração das crises e pode preveni-las.

Umas terão uma ou duas crises durante toda a vida, outras pessoas recaem repetidas vezes em certas alturas do ano (caso não estejam tratadas!). 

Há doentes que têm mais do que 4 crises por ano (CICLOS RÁPIDOS).

Pode começar em qualquer idade, durante ou depois da adolescência.

Aproximadamente 1% da população sofrem da doença, numa percentagem idêntica em ambos os sexos.

Há vários factores que predispõem para a doença, mas o seu conhecimento ainda é incompleto.

Os fatores genéticos e biológicos (na química do cérebro) têm um papel essencial entre as causas da doença, mas o tipo de personalidade e os stresses que a pessoa enfrenta desempenham também um papel relevante no desencadeamento das crises.

Devido às consequências dramáticas que as crises podem ter, no plano social, familiar e individual, a vida da pessoa complica-se e perturba-se muito, restringindo de forma marcante a sua capacidade de adaptação e autonomia.

O tratamento adequado para a prevenção das crises (se são graves e/ou frequentes) é essencial para evitar os muitos riscos inerentes à doença.

Não há nenhum tratamento que cure a doença por completo. No entanto, há grandes possibilidades de controlar a doença, através de medicamentos estabilizadores do humor, cuja acção terapêutica diminui muito a probabilidade de recaídas, tanto das crises de depressão como de «mania». 

Os estabilizadores do humor são a Olanzapina, a Lamotrigina, o Valproato, Carbonato de Lítio, Quetiapina, Carbamazepina, Risperidona e Ziprasidona.

As crises depressivas tratam-se com medicamentos ANTIDEPRESSIVOS ou, em casos resistentes, a elecroconvulsivoterapia. As crises de mania tratam-se com os estabilizadores do humor atrás referidos e com os medicamentos neurolépticos ANTIPSICÓTICOS.

Naturalmente, o apoio psicológico individual e familiar é um complemento indispensável para o tratamento.

As crises graves obrigam a tratamento hospitalar em muitos casos.

A noção de doença mental na opinião pública é, em geral, muito confusa e pouco correta.

Verifica-se uma tendência para considerar negativamente as pessoas que sofrem de doenças psiquiátricas e é frequente a ideia de que as doenças mentais são qualitativamente diferentes das outras doenças. 

É muito comum imaginar que há uma «doença mental» única («a doença mental»), atribuindo às pessoas que tenham sofrido crises, um prognóstico negativo de incurabilidade, aferido erradamente pelos casos de doentes mentais mais graves e crónicos. 

Por vezes o diagnóstico médico das diferentes doenças psiquiátricas não se faz na altura própria, por variadas razões, e isso acontece, com alguma frequência, na Doença Bipolar.

O conhecimento, mesmo que simplificado, das características da Doença Bipolar facilita a seu reconhecimento aos próprios (que a sofrem) e aos outros, possibilitando uma maior ajuda a muitas pessoas que carecem de um tratamento médico adequado e de uma solidária compreensão humana.

domingo, 2 de julho de 2017

Micoses de pele / tinea corporis / ringworm 



A dermatofitose é uma infecção de pele causada por fungos.

As irritações na pele podem ter a aparência de um pequeno círculo e causam as erupções cutâneas em formato redondo ou circular. 

Na dermatofitose, as erupções cutâneas aparecem em várias regiões da pele, exceto no couro cabeludo, virilha, palma da mão e sola dos pés.

A doença é comum e altamente contagiosa, mas não é grave e pode também ser chamada de tinea corporis devido ao tipo de fungo que causa a infecção.

Causas

Um grupo de fungos chamado dermatófitos causa a dermatofitose. Os dermatófitos se alimentam de uma substância chamada queratina, um tecido encontrado em muitas partes do corpo de uma pessoa, incluindo unhas, pele e cabelo. Na dermatofitose, o fungo infecta a pele.

A dermatofitose também é chamada de tinea corporis (o dermatófito específico que causa essa doença se chama tinha). Outras infecções causadas por fungos têm nomes similares, incluindo:

"tinea pedis", vulgarmente chamada de pé-de-atleta;

"tinea curtis", também conhecida como intertrigo;

"tinea capitis", também conhecida como tinha do couro cabeludo

Como é?

Os sinais da dermatofitose normalmente aparecem entre cerca de quatro a 10 dias após o contato com o fungo.

A dermatofitose se parece com erupções cutâneas com o formato de anéis ou círculos com bordas levemente elevadas. A pele no meio dessas erupções cutâneas com formato do anel tem aparência saudável. Geralmente, as erupções cutâneas causam coceiras e se espalharão de acordo com o avanço da infecção.

Os sinais de uma infecção mais grave incluem anéis que se multiplicam e se fundem. A pessoa também pode desenvolver bolhas e lesões cheias de pus perto dos anéis.

Contágio 

A infecção da dermatofitose pode ser transmitida de muitas formas diretas e indiretas, incluindo:

de pessoa para pessoa: contato direto com a pele de uma pessoa infectada pela dermatofitose;

de animal para pessoa: contato direto com um animal de estimação infectado. Tanto cães como gatos podem transmitir a infecção para pessoas. Cavalos, coelhos, porcos, cabras e furões também podem propagar a dermatofitose para pessoas;

de objeto inanimado para pessoas: contato indireto com objetos, incluindo o cabelo de uma pessoa infectada, roupas, chão, cama, chuveiros e pisos;

do solo para pessoa: a dermatofitose pode ser transmitida raramente pelo contato com solo extremamente infectado por um longo período de tempo.

Riscos

As crianças são mais suscetíveis à dermatofitose quando comparadas com adultos. No entanto, todo mundo corre algum risco de ser infectado. De acordo com o Serviço Nacional de Saúde (NHS - National Health Services) do Reino Unido, por volta de 10 a 20% das pessoas serão infectadas por um fungo em algum ponto de suas vidas (NHS, 2011).

Fatores que podem aumentar o risco de infecção incluem:

viver em regiões úmidas;

transpiração excessiva;

participar de esportes de contato;

vestir roupas apertadas;

ter o sistema imunológico debilitado;

dividir vestimentas, roupas de cama ou toalhas com outras pessoas.

Diagnóstico

Se suspeitar que o paciente tenha dermatofitose, o médico examinará a pele e poderá pedir por alguns exames para eliminar a suspeita de outras doenças que não são causadas por fungos, como dermatite atópica ou psoríase. Geralmente, um exame de pele resultará em um diagnóstico.

O médico também poderá observar raspas da região da pele afetada em um microscópio para procurar por fungos. Uma amostra poderá ser enviada para um laboratório para confirmar o diagnóstico. O laboratório poderá fazer um exame de cultura para verificar se os fungos crescerão na amostra.

Tratamento

Medicamentos tópicos de venda livre contra fungos geralmente são o suficiente para tratar a infecção. O medicamento poderá ser fornecido na forma de pó, pomada ou creme e deve ser aplicado diretamente nas regiões afetadas da pele. Esses medicamentos incluem marcas de venda livre como:

clotrimazol (Lotrimin AF);

miconazol (Micatin);

terbinafina (lamisil);

tolnaftato (tinactin).

Se a dermatofitose for generalizada, grave ou não responder aos medicamentos citados acima, o médico poderá prescrever medicamentos tópicos mais fortes ou um fungicida que o paciente tomará por via oral. Griseofulvina é um tratamento administrado por via oral prescrito frequentemente para infecções causadas por fungos (Departamento de Saúde e Serviços do Estado de Nova York, 2011).

Complicações

Essa infecção não é grave e raramente se disseminará para além da superfície da pele. No entanto, pessoas com o sistema imunológico enfraquecido, como HIV ou AIDS, podem ter problemas para eliminar a infecção.

Assim como ocorre com outros tipos de infecções e problemas de pele, uma pele irritada, com coceira e rachada pode propiciar infecções bacterianas secundárias que podem requerer tratamento com antibióticos.

Prevenção

A dermatofitose pode ser prevenida evitando-se o contato com pessoas infectadas. Isso inclui contato direto e indireto com essa pessoa.

Algumas medidas preventivas devem ser adotadas:

não dividir toalhas, chapéus, escovas de cabelo e roupas com uma pessoa infectada;

levar animais de estimação ao veterinário se houver suspeita de que estejam infectados;

a pessoa infectada deve manter uma boa higiene pessoal quando estiver com outras pessoas e evitar coçar as regiões afetadas da pele;

depois do banho, a pessoa deve secar muito bem a pele, especialmente entre os dedos e em lugares nos quais a pele toca a pele como na virilha e axilas.