Pesquisar este blog

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Hérnia diafragmática


Hérnia diafragmática é um defeito ou "buraco" no diafragma, músculo que separa o tórax do abdômen, o que permite que o conteúdo abdominal passe à cavidade torácica. A hérnia diafragmática pode ser congênita ou adquirida.

A hérnia diafragmática congênita é o resultado de uma falha do tecido do diafragma do bebê ocorrida durante a gestação. As hérnias congênitas são, na maioria das vezes, de causa desconhecida. A hérnia diafragmática adquirida é devida a uma lesão traumática penetrante ou contusa do diafragma, geralmente causada por acidentes de trânsito, quedas ou outros tipos de traumas. Elas também podem se dever a complicações de cirurgias no abdômen ou tórax.

O diafragma é uma fina barreira muscular em forma de cúpula entre o tórax e o abdômen. Ele separa os órgãos do tórax (coração, pulmões, etc) dos órgãos abdominais (estômago, intestinos, vesícula biliar, fígado, etc). O diafragma é um dos músculos que a pessoa usa para respirar. A hérnia congênita do diafragma faz com que um ou mais órgãos abdominais do bebê passem para o tórax e ocupem o espaço destinado aos pulmões que, por isso, não conseguem se desenvolver normalmente. Na maioria dos casos, apenas um dos pulmões é afetado. Esse tipo de defeito é sempre uma emergência médica e requer cirurgia para sua correção.

Os sinais e sintomas da hérnia diafragmática dependem da sua causa e gravidade. Alguns sinais e sintomas são comuns tanto à hérnia diafragmática congênita quanto à hérnia diafragmática adquirida, variando apenas o momento em que aparecem: dificuldade respiratória, cianose (cor azulada da pele), taquipneia (respiração rápida), taquicardia (batimento cardíaco rápido), ruídos respiratórios diminuídos ou ausentes, ruídos dos intestinos na área do tórax, abdômen mais “vazio” que pode ser observado ao exame físico quando certas áreas são pressionadas.

O diagnóstico é feito a partir dos sinais e sintomas, mas deve ser complementado por radiografias, tomografia computadorizada ou ressonância magnética. A hérnia diafragmática congênita pode ser diagnosticada já antes do nascimento do bebê: os exames de imagens podem revelar a posição anormal dos órgãos abdominais no feto. Após o nascimento, podem aparecer os demais sintomas. Além desses exames, pode também ser feita uma análise de gases do sangue arterial (gasometria) para avaliação dos níveis de oxigênio, dióxido de carbono e acidez.

Tanto a hérnia diafragmática congênita quanto a adquirida devem ser tratadas como emergências cirúrgicas, para que os órgãos abdominais sejam retirados do tórax e o diafragma seja reparado.

O prognóstico da hérnia diafragmática depende da sua gravidade e dos danos causados aos pulmões. A taxa de sobrevida costuma ser superior a 80%.

Não há como se prevenir uma hérnia diafragmática congênita. Já para a prevenção da hérnia diafragmática adquirida pode-se tentar evitar lesões ao diafragma, como dirigir com segurança, evitar atividades em que haja risco de lesões no tórax ou abdômen, tomar cuidado nas proximidades de objetos afiados, como facas, tesouras, etc.

Nas hérnias congênitas, os bebês podem ter também outros defeitos de nascimento, doença pulmonar crônica, refluxo gastroesofágico, intestinos subdesenvolvidos, atrasos de desenvolvimento e perda da audição. Nas hérnias adquiridas por lesões, podem haver outras complicações, como hemorragia interna, por exemplo.

Nenhum comentário: