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terça-feira, 3 de novembro de 2015

Síndrome da Fadiga Crônica


A síndrome da fadiga crônica, também chamada síndrome da disfunção imune ou encefalomielite miálgica, é uma doença caracterizada por fadiga extrema e duradoura, que não pode ser explicada por nenhuma condição médica subjacente. Esta fadiga costuma piorar com a atividade física ou mental, mas não melhora com o repouso.

As causas da síndrome da fadiga crônica ainda não são bem conhecidas, embora existam muitas teorias a respeito, que vão desde infecções virais até estresse psicológico. Alguns estudos sugerem que haja uma predisposição genética. Muitas vezes, a doença se instala insidiosamente depois de um episódio infeccioso e, por razões desconhecidas, depois que a infecção vai embora, permanecem sintomas dessa síndrome, que melhoram e retornam periodicamente, durante meses ou anos.

Uma combinação de vários fatores pode estar envolvida nas causas e incluem infecções virais, problemas no sistema imunológico e desequilíbrios hormonais. Apesar de que as causas da síndrome da fadiga crônica ainda não estejam totalmente esclarecidas, alguns fatores são reconhecidamente capazes de aumentar o risco de ocorrência da doença, como idade entre os 40 e os 50 anos, pessoas do sexo feminino e estresse na vida rotineira.

O principal sintoma da doença, evidentemente, é a fadiga, mas há outros sinais e sintomas, como perda de memória ou de concentração, inflamação da garganta, aumento dos gânglios linfáticos no pescoço ou nas axilas, dor muscular inexplicável, dores migratórias nas articulações, dores de cabeça, sonolência recorrente e intermitente e exaustão extrema após exercício físico ou mental. Além desses sinais e sintomas, os pacientes podem apresentar também febre, irritabilidade e confusão.

O diagnóstico da síndrome de fadiga crônica é eminentemente clínico, porque não há nenhum teste específico capaz de confirmar o diagnóstico. No entanto, alguns testes devem ser feitos para descartar possíveis outras causas que possam estar envolvidas, como distúrbios do sono, anemia, diabetes, disfunções da tireoide, depressão, ansiedade, transtorno bipolar e esquizofrenia. Um rigoroso diagnóstico diferencial é impositivo, porque a fadiga é um sintoma comum a muitas doenças.

O tratamento para a síndrome da fadiga crônica visa principalmente o alívio dos sintomas e deve envolver medicamentos (analgésicos, antidepressivos, pílulas para dormir, etc.), terapia, exercícios leves e alongamentos. Um fisioterapeuta é o profissional mais indicado para escolher quais exercícios são mais convenientes em cada caso. Já no que se refere ao acompanhamento psicológico, a terapia deve ser conduzida por um profissional que ajude a entender alguns motivos pelos quais a pessoa possa ter desenvolvido sintomas negativos, como depressão, ansiedade, estresse e tristeza. Além disso, a pessoa deve reduzir o estresse, melhorar seus hábitos de sono, organizar suas atividades de modo a não fazer o mesmo todo dia e aprender a gerenciar melhor suas ocupações.

Ainda não é possível prevenir a síndrome da fadiga crônica, pode-se apenas mitigar os seus efeitos.

A evolução no longo prazo da síndrome da fadiga crônica varia de uma pessoa para outra, de modo que é difícil prever quando os sintomas terminarão. Alguns pacientes se recuperam completamente dentro de seis meses a um ano, mas a síndrome pode durar pelo resto da vida.

Se não for tratada adequadamente, a síndrome da fadiga crônica pode levar a algumas complicações de saúde, como depressão, isolamento social e restrições do estilo de vida. Além disso, a pessoa tem que contar com os efeitos colaterais dos medicamentos.

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