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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Selênio baixo pode estar associado ao aumento da prevalência de doenças na tireoide


O professor Bingyin Shi e colaboradores do Departamento de Endocrinologia do The First Affiliated Hospital of Xi'an Jiaotong University Health Science Center, na China, estudaram as concentrações de selênio no organismo e sua relação com a prevalência de doenças da tireoide.

Estudos epidemiológicos têm apoiado a premissa de que uma ingestão adequada de selênio é essencial para o bom funcionamento da glândula tireoide. Com o objetivo de investigar se a prevalência de doenças da tireoide difere em duas áreas semelhantes, porém diferentes apenas nas concentrações de selênio no solo/cultura agrícola, foi realizado um estudo transversal observacional em dois condados da província de Shaanxi, na China, aqui definidas como áreas de consumo adequado ou baixo de selênio.

Um total de 6.152 participantes foi selecionado por amostragem estratificada cluster. Os participantes preencheram questionários demográficos e dietéticos e foram submetidos a exames de ultrassonografia da tireoide e exame físico.

As amostras de soro foram analisadas para os parâmetros da função da glândula tireoide e da concentração de selênio. O selênio no soro foi comparado entre as diferentes categorias demográficas, alimentares e de estilo de vida nos dois condados. A relação entre o estado dos níveis de selênio, fatores dietéticos e as condições patológicas da tireoide foi explorada por meio de regressão logística.

Conjuntos de dados completos estavam disponíveis para 3.038 participantes com adequada ingestão de selênio e para 3.114 participantes com baixa ingestão de selênio nos quais a mediana (intervalo interquartílico) das concentrações de selênio diferiu quase duas vezes (P=0,001).

A prevalência de patologias da tireoide (hipotiroidismo, hipotireoidismo subclínico, tireoidite auto-imune e aumento da tireoide) foi significativamente menor no condado com ingestão adequada de selênio do que no condado com baixo consumo de selênio (18,0 vs 30,5%, P<0,001).

As medidas superiores de selênio sérico foram associadas à menor proporção de chances (intervalo de confiança de 95%) de tireoidite auto-imune, hipotireoidismo subclínico, hipotireoidismo e aumento da glândula tireoide.

Concluiu-se neste trabalho que o baixo status de selênio está associado ao aumento do risco de doenças da tireoide. O aumento da ingestão de selênio pode reduzir este risco em áreas de baixa ingestão de selênio que existem não só na China, mas também em muitas outras partes do mundo.

Exemplos de alimentos ricos em selênio são: castanha do Pará, semente de girassol, aveia, cogumelos, carne de frango, carne bovina, camarão e queijo.



Fonte: The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, volume 100, número 11, de 25 de agosto de 2015

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