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quinta-feira, 11 de junho de 2015

Temperatura do corpo humano


A temperatura do corpo é dada pelo equilíbrio entre a sua capacidade para gerar ou absorver calor e para liberá-lo. Se o corpo se aquecer demais (hipertermia) os vasos sanguíneos da pele se dilatam e um maior fluxo sanguíneo transporta o excesso de calor à superfície da pele provocando o suor, na tentativa de reequilibrar a temperatura corporal.

Adicionalmente, no mesmo sentido, a evaporação do suor ajuda a resfriar o corpo. Se ele estiver muito frio, os vasos sanguíneos da pele se contraem, de modo que o fluxo de sangue para a pele fica reduzido, conservando calor. Para gerar mais calor, o indivíduo pode começar a ter arrepios e tremores que são tentativas naturais de reaquecer o corpo.

Normalmente o corpo humano consegue manter sua temperatura dentro de uma estreita faixa de variação, a despeito das grandes mudanças de temperaturas ambientais, pois dispõe de um centro nervoso regulador localizado no hipotálamo.

No entanto, se essas variações forem muito extremas, esse mecanismo de controle pode não dar conta de fazer um ajuste adequado e o corpo se esfria demais (hipotermia) ou se aquece demais (hipertermia).

Há espécies animais ditas de sangue frio, que não têm esse mecanismo de controle, nas quais o corpo assume a mesma temperatura do ambiente em que se encontra.

A temperatura corporal pode ser medida em vários locais do corpo, sendo boca, orelha, axila e reto os locais mais comumente usados. Entre nós, a via axilar é a mais usada.

As pessoas costumam fazer uma estimativa da temperatura corporal verificando com a mão a temperatura em sua testa, mas isso não é muito confiável, o ideal é usar um termômetro. Conforme o país, os termômetros para medir a temperatura corporal são calibrados em graus Fahrenheit (°F) ou graus Celsius (°C).

No Brasil, a temperatura corporal é medida em graus Celsius. A maioria das pessoas tem uma temperatura corporal "normal" (eutermia) que varia entre 35,5 e 37,0°C, com média entre 36,0 e 36,5°C, quando medida nas axilas, entre 36,0 e 37,4°C se medida na boca e entre 36,0 e 37,5°C com a medição feita no reto.

Além disso, a temperatura corporal sofre variação diária de até 0,6°C, dependendo da hora do dia e da atividade da pessoa, sendo mais baixa pela manhã.

A temperatura do corpo da mulher pode ser maior ou menor conforme a fase do ciclo menstrual em que ela esteja, sendo maior durante a ovulação.

Chama-se temperatura basal à temperatura mais baixa atingida pelo corpo humano durante o repouso prolongado, geralmente durante o sono. Uma temperatura axilar acima de 37,8°C, que pode ocorrer como reação a uma infecção, é considerada febre.

Outros fatores que podem elevar a temperatura do corpo são medicamentos como os antibióticos, narcóticos, barbitúricos, anti-histamínicos e outros. Também os traumas, um ataque cardíaco, o acidente vascular cerebral, a insolação ou as queimaduras podem ter o mesmo efeito.

Até mesmo outras condições médicas, tais como artrite, hipertireoidismo e alguns tipos de câncer podem fazer subir a temperatura corporal. A maioria das febres pode ser reduzida por medicamentos antipiréticos.

Por outro lado, uma temperatura corporal muito baixa pode ocorrer a partir da exposição ao frio, choque, álcool, uso de drogas, certas doenças metabólicas como a diabetes ou o hipotireoidismo. A baixa temperatura do corpo pode também estar presente em uma infecção, particularmente em recém-nascidos, idosos ou pessoas muito fragilizadas. Uma infecção severa, como a sepse, por exemplo, pode ser causa de temperaturas corpóreas anormalmente baixas. As temperaturas muito baixas podem ser uma condição grave, até mesmo levando ao risco de vida e constituem, por isso, uma emergência médica.

Quando o ajuste da temperatura, normalmente feito pelo hipotálamo, não acontece e ela sobe, temos a febre. A hipertermia, ao contrário, é causada pela exposição prolongada a altas temperaturas, quando as condições do corpo para suar e transferir o calor para o ambiente ficam reduzidas. Os bebês, as pessoas idosas e as que têm problemas crônicos de saúde têm maior risco de sofrerem este tipo de variação na temperatura.

Os sintomas da hipertermia incluem alterações tais como dores de cabeça, confusão mental, delírio, perda da consciência e pele avermelhada, quente e ressecada. A insolação por esforço pode se desenvolver quando uma pessoa trabalha ou se exercita sem moderação em um ambiente anormalmente quente.

Uma pessoa com hipertermia e esforço pode suar profusamente, mas ainda assim o corpo produz mais calor do que ele é capaz de eliminar. Os diversos tipos de insolação causam desidratação grave, criando uma emergência médica com risco de vida. Os medicamentos usados para baixar a febre não surtem efeito nessa condição. A temperatura deve ser abaixada através de outro procedimento: colocar a pessoa à sombra ou em um ambiente frio, dar de beber bastante água potável, remover as roupas que possam manter o calor, assentar na frente de um ventilador, tomar banho em água morna ou fria, etc.

Nas hipotermias, a temperatura corporal cai abaixo da que é necessária para o metabolismo e para exercer as funções corporais. Os sintomas usualmente começam a aparecer quando a temperatura corporal abaixa 1 a 2°C do normal. Isso pode ser deliberadamente induzido, sob controle, como recurso de certos tratamentos médicos.

A temperatura interna do corpo, também chamada temperatura central, medida no ânus ou na boca (sublingual), é normalmente mantida dentro de uma faixa estreita de modo que as reações enzimáticas essenciais possam ocorrer. A elevação ou diminuição significativa dessa temperatura por um tempo prolongado é incompatível com a vida. Essa temperatura em geral é cerca de 0,5°C mais elevada do que a temperatura periférica.

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