Pesquisar este blog

terça-feira, 10 de junho de 2014

Pressão intra-ocular: elevação


As variações da pressão intraocular são devidas ao humor aquoso, um líquido que fica contido entre a íris e a córnea, constituído por 98% de água e 2% de sais, o qual é continuamente produzido e eliminado pelo organismo. É a quantidade desse líquido que dá a pressão intraocular. Se há um desequilíbrio no mecanismo de produção/eliminação a pressão intraocular varia, geralmente no sentido de aumento, gerando uma hipertensão intraocular.

A pressão intraocular pode aumentar por ocasião do estresse, pela ingestão de certos alimentos, de forma secundária a outras doenças e por causas psicossomáticas ainda pouco conhecidas. Uma forma particular de elevação da pressão intraocular é conhecida como glaucoma, uma doença grave do olho, que pode conduzir a uma lesão do nervo óptico, a uma diminuição da visão e mesmo à cegueira.

No caso de um aumento da pressão intraocular por outras causas, pode não se verificar qualquer diminuição da visão nem lesões no nervo óptico. O aumento da pressão intraocular geralmente é devido a uma obstrução dos canais que drenam o fluido do globo ocular. Desconhecem-se as causas reais que motivam estas obstruções dos canais excretores. Pessoas extremamente míopes ou diabéticas também têm tendência ao aumento da pressão intraocular.

A pressão intraocular pode aumentar de maneira gradativa ou abrupta, devido a um aumento da produção ou dificuldade de escoamento do humor aquoso, podendo gerar consequências oftalmológicas graves, inclusive cegueira. Esse fato assume ainda maior importância porque, quando gradativa, ela pode ser assintomática, a princípio. Mas mesmo assim, ela comprime as células sensoriais da retina e do nervo óptico, podendo levar a prejuízos progressivos da visão. Quando o aumento da pressão intraocular acontece de forma aguda o paciente pode sentir dor nos olhos, fotofobia, dores de cabeça, vômitos e pode ainda ter perda da visão periférica, em razão da afetação das células nervosas. O aumento da pressão intraocular pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais evidente a partir dos 40 anos e nos afro-americanos mais que em outras pessoas.

A pressão intraocular pode ser medida pelo oftalmologista através de um processo simples com a ajuda de um instrumento chamado tonômetro, que pode ser tonômetro de contato ou tonômetro livre de contato. No primeiro, o aparelho é levemente pressionado contra a córnea anestesiada; no outro, o tonômetro gera um impulso de ar que faz deformar a córnea e o oftalmologista mede então o tempo que a córnea necessita para voltar ao seu estado original. Há ainda outras técnicas que permitem medir ou estimar a pressão intraocular. O desconforto causado por ele é mínimo, mas é necessária colaboração do paciente em manter fixo o olhar, pelo que pode ser mais difícil de ser executado em crianças pequenas.

Em geral, o exame é simples, rápido e indolor, não durando mais do que cinco minutos. Se o paciente, por qualquer motivo, não permite esses tipos de exames, o médico pode realizar a manobra de colocar os dois dedos indicadores sobre a pálpebra superior, com o paciente de olhos fechados e olhando para baixo, e pressionar o globo ocular, para ter uma noção da pressão intraocular. Embora pouco preciso, esse método pode ser o único exequível, em determinadas circunstâncias. Não há nenhuma restrição pós-exame e o paciente pode voltar de imediato às suas atividades normais. O resultado do exame é fornecido em milímetros de mercúrio (mmHg). A pressão normal varia entre 10 e 20 mmHg.

Para a maioria dos pacientes, o tratamento é clínico, com a utilização de colírios que reduzem a pressão intraocular, mas para alguns, a solução é cirúrgica. Ao mesmo tempo devem ser tratadas pelos meios adequados as enfermidades que estejam causando a pressão intraocular aumentada.

Em virtude de ser assintomática em muitos casos a pressão intraocular elevada deve ser periodicamente monitorada pelo oftalmologista.

A hipertensão ocular não controlada ou tratada pode afetar progressivamente a visão e levar à cegueira

Nenhum comentário: