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terça-feira, 27 de maio de 2014

Holter: para avaliar seu coração!


O Holter é um monitor portátil que registra a atividade elétrica do coração e suas variações durante as 24 horas do dia ou mais e pode, assim, detectar alterações que em geral não aparecem num exame de tempo mais limitado, como num eletrocardiograma simples, por exemplo. Na verdade, o Holter é um eletrocardiograma gravado para ser lido posteriormente. O monitor recebeu este nome em homenagem a Norman J. Holter, que o inventou, em 1949. Desde então, o Holter evoluiu muito.

O primeiro aparelho pesava quarenta quilos e tinha que ser levado dentro de uma mochila! As viagens interespaciais levaram a NASA a aperfeiçoar os mecanismos de gravação do eletrocardiograma para análise posterior. Hoje em dia, o aparelho mais moderno é um minigravador digital do tamanho de um cartão de crédito e da altura de uma caixa de fósforos e pesa apenas noventa gramas, o qual registra os dados em um cartão semelhante ao de uma câmera fotográfica. Os aparelhos mais evoluídos permitem a transmissão dos dados via internet, possibilitando uma avaliação deles à distância e em tempo real.

A pele do corpo deve estar limpa, sem cremes e será livrada de seu engorduramento natural com álcool antes da colocação dos eletrodos. De três a oito eletrodos, conforme o modelo do aparelho, são aderidos ao corpo em posições determinadas pelo médico. O número e a posição deles pode variar de acordo o tipo de aparelho utilizado.

Estes eletrodos são conectados por fios a um receptor, preso ao cinto do paciente ou levado no bolso da sua camisa, o qual registra a atividade elétrica cardíaca durante todo o período em que está conectado. A pessoa monitorada deve fazer normalmente todas as suas atividades cotidianas, menos tomar banho.

Geralmente os pacientes são solicitados a registrar suas atividades, bem como os horários em que possam ter ocorrido os sintomas, para que esses eventos sejam cotejados com os dados do Holter. Normalmente os eletrodos levam de dez a quinze minutos para serem colocados e cinco minutos para serem retirados. Quando o aparelho é retirado, os dados captados por ele são analisados por um computador, indicando os componentes que devem merecer um melhor estudo posterior.

Os registros eletrocardiográficos contínuos fornecidos pelo Holter permitem informações sobre ocorrências eventuais e momentâneas do coração e são utilizadas pelos médicos e técnicos para selecionar as áreas de interesse para análise do traçado eletrocardiográfico.

O Holter é muito utilizado para diagnosticar alterações nos batimentos cardíacos, nas síncopes ou outras alterações paroxísticas, que muitas vezes não ocorrem durante uma consulta médica. Assim, ele está indicado para pacientes com arritmias cardíacas, palpitações ou perda de consciência. Utiliza-se também o Holter para monitorar o coração depois de um infarto do miocárdio ou de uma cirurgia cardíaca.

Os portadores de marca-passo e de desfibriladores têm esses aparelhos ajustados e programados a partir de informações do Holter. O procedimento não comporta riscos e não tem qualquer contraindicação. Alguns pacientes podem ser sensíveis aos adesivos dos eletrodos, mas as reações, nas raras ocasiões em que acontecem, são muito brandas. A pele onde estavam colocados os eletrodos não deve ser exposta ao sol durante três a cinco dias.

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