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sábado, 12 de outubro de 2013

Colangiografia


Colangiografia é um exame que permite a visualização do trajeto da bile desde o fígado até o duodeno e permite identificar eventuais obstruções dos canais por onde a bile passa, bem como outras lesões, estenoses ou dilatação desses ductos.

Esses canais podem ser obstruídos por tumores, cálculos biliares, parasitas ou corpo estranho.

A colangiografia pode ser endovenosa, endoscópica, intra ou pós-operatória.

A colangiografia endovenosa consiste em administrar um contraste na corrente sanguínea do paciente, o qual será eliminado pela bile.

Então serão tomadas imagens em postura ântero-posterior a cada trinta minutos após a injeção do contraste, até o encerramento do exame, a critério médico, as quais permitirão estudar os ductos biliares.

A colangiografia endovenosa está indicada quando a vesícula biliar não pode ser observada num colecistograma oral, em pacientes que a tenham previamente retirado ou que apresentem quadros que impossibilitem a absorção do contraste.

Pacientes colecistectomizados devem ser mantidos em decúbito direito durante todo o exame.

Pacientes que fazem usos de anticoncepcionais ou antibióticos terão as imagens prejudicadas.

A colangiografia endoscópica é realizada por meio da introdução, por via oral, de um tubo fino e flexível que porta uma microcâmera em sua extremidade (endoscópio), a qual possibilita a visualização da papila pela qual os ductos biliares, pancreáticos e do fígado desembocam no duodeno.

Através dela é introduzida uma delgada cânula, por meio da qual é injetado o contraste radiológico utilizado para estudar os canais biliares e pancreáticos.

Esse exame exige um jejum prévio de, no mínimo, seis horas.

O paciente deve informar ao médico as medicações que esteja usando, bem como a existência de alergias ou de doenças de que seja portador.

Antes do exame, o paciente receberá um sedativo que evitará que ele sinta dor e desconforto.

Em seguida, o paciente é deitado em uma mesa radiológica onde será feito o exame, o qual deverá durar entre uma e duas horas. Nesse tempo, o paciente é monitorado em seu ritmo respiratório e frequência cardíaca.

O paciente deve comparecer ao exame acompanhado, pois os produtos sedativos que receberá podem impedi-lo de se orientar sozinho.

As complicações da colangiografia endoscópica são raras.

A mais frequente é a pancreatite, mas podem acontecer também sangramentos, infecções, perfurações intestinais ou reações adversas aos sedativos.

Na colangiografia intra-operatória há a administração de contraste diretamente na árvore biliar durante a cirurgia de remoção da vesícula e são realizadas diversas imagens radiográficas que permitam a visualização dos ductos biliares.

A colangiografia pós-operatória é realizada com o objetivo de estudar os ductos biliares após a cirurgia de remoção da vesícula, como forma de diagnosticar e prevenir complicações causadas por cálculos residuais não detectados durante o procedimento cirúrgico.

Essa forma de colangiografia exige uma preparação prévia.

Durante a cirurgia é deixado no canal biliar principal um tubo em T (tubo de Kehr), pelo qual futuramente será injetado o contraste que permitirá o estudo da árvore biliar após a cirurgia de remoção da vesícula e possivelmente retirar os cálculos por meio de um cateter especial.

Este exame chama-se colangiorressonância, quando as imagens são obtidas por meio da ressonância magnética.

As principais contraindicações da colangiografia compreendem os casos de hipersensibilidade ao contraste, infecções do sistema biliar e níveis elevados de creatina e/ou ureia, que denunciam mau funcionamento renal.

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