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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Novo medicamento para o tratamento do Mieloma Múltiplo


O Food and Drug Administration (EUA) aprovou o Pomalyst (pomalidomida) para o tratamento de pacientes com mieloma múltiplo, cuja doença progrediu mesmo após o tratamento com outros medicamentos contra o câncer.

O mieloma múltiplo é um tipo de câncer do sangue que afeta principalmente os adultos mais velhos e surge a partir de células plasmáticas na medula óssea. O Pomalyst é uma pílula que modula o sistema imune do corpo para destruir as células cancerosas e inibir o seu crescimento. Ele é destinado a pacientes que receberam pelo menos duas terapias anteriores, incluindo lenalidomida e bortezomibe, cuja doença não respondeu ao tratamento e progrediu no prazo de 60 dias do último tratamento (reincidente e refratário).

A aprovação do Pomalyst oferece uma opção de tratamento adicional para pacientes que não responderam a outras medicações.

A segurança e a eficácia do medicamento foram avaliadas em um estudo clínico de 221 pacientes com mieloma múltiplo reincidente ou refratário. O estudo foi desenhado para medir o número de pacientes cujo câncer desapareceu completamente ou parcialmente após o tratamento (taxa objetiva de resposta ou TOR). Os pacientes foram aleatoriamente designados para receber somente Pomalyst ou Pomalyst com baixa dose de dexametasona, um corticosteroide.

Os resultados mostraram que 7,4% dos pacientes tratados apenas com o Pomalyst alcançaram a TOR. A duração mediana da resposta ainda não foi alcançada nestes pacientes. Em doentes tratados com Pomalyst associado a baixas doses de dexametasona, 29,2% conseguiram alcançar a TOR com uma duração mediana de 7,4 meses de resposta.

Efeitos colaterais comuns incluem neutropenia, fadiga e fraqueza, anemia, constipação, diarreia, trombocitopenia, infecções do trato respiratório, dor nas costas e febre. O Pomalyst não deve ser usado em mulheres grávidas, pois pode causar graves alterações embrionárias e fetais e também pode provocar a formação de coágulos sanguíneos.

Fonte: FDA News Release, de 8 de fevereiro de 2013

sábado, 28 de setembro de 2013

Dieta saudável


Para se manter vivo e desempenhar suas atividades cotidianas o ser humano necessita ingerir um certo número de calorias por dia, as quais, juntamente com o oxigênio inspirado, geram as energias de que necessita.

As necessidades nutricionais de cada indivíduo variam conforme o seu estilo de vida, sua idade e seu padrão metabólico.

Processar alimentos para transformá-los em calorias desgasta o organismo, o qual trabalha para converter uma coisa noutra. Esse desgaste pode ser maior ou menor para produzir um mesmo número de calorias, conforme os alimentos ingeridos, o que implica em maior ou menor desgaste da “máquina”.

Se as calorias são insuficientes, em virtude de falta ou inadequação dos alimentos, o indivíduo entra em desnutrição; se, ao contrário, elas são produzidas em excesso, acumulam-se sob a forma de gorduras, causando a obesidade.

Muitos alimentos, como as vitaminas, por exemplo, além de seus efeitos nutricionais, atuam positivamente sobre o organismo, seja protegendo-o, seja reparando-o quando doente.

Muitos deles são inclusive utilizados na prevenção de doenças ou para melhorar as potencialidades da saúde.

No entanto, alguns outros, como o sódio, por exemplo, podem afetar negativamente o organismo.

Alimentos que não se mostram imediatamente nocivos quando consumidos esparsamente ou uma única vez evidenciam seus malefícios se são consumidos por anos a fio.

Os interesses comerciais das indústrias de alimentos nem sempre coincidem com as conveniências nutricionais clínicas e por isso, através de uma propaganda perniciosa, elas contribuem para que os transtornos alimentares sejam comuns na sociedade de hoje, com graves consequências para a saúde.

Isso sem falar dos transtornos alimentares patológicos endógenos.

A alimentação saudável deve ser equilibrada em variedades e quantidades de alimentos benéficos e propiciar às crianças uma evolução física e psicológica normal, visando preservar nelas e nos adultos um peso ideal e uma boa saúde.

É importante formar hábitos alimentares saudáveis desde cedo porque assim eles tendem a se perpetuar. As dietas adotadas quando já existe algum problema de saúde geralmente não estão em acordo com o conceito ideal de alimentação saudável.

Normalmente, o indivíduo deve ingerir diariamente doses adequadas de proteínas, gorduras, carboidratos, fibras, vitaminas, cálcio, outros sais minerais e líquidos.

Se, por qualquer razão, uma restrição alimentar for necessária, uma complementação desses elementos deve ser feita para que a alimentação seja mais próxima de uma alimentação saudável.

Dietas variadas, constante de cereais, carnes, verduras, legumes e frutas geralmente contêm todos esses elementos nas quantidades que o organismo necessita.

Como são as vitaminas e os minerais que dão as diversas colorações aos alimentos, é importante que a alimentação seja tão colorida quanto possível e que a cada dia se varie as cores dos alimentos.

Um hábito alimentar saudável, para que seja sustentável, deve estar baseado em práticas alimentares regionais e ser de sabor agradável, sempre levando em consideração os aspectos comportamentais e afetivos relacionados às práticas alimentares.

Comer de maneira saudável é fazer uma poupança de saúde para o futuro, mas pode ser também muito monótono e enfadonho.

Uma dieta saudável nem sempre é a que mais agrada ao paladar e certas orgias alimentares episódicas parecem fazer falta às pessoas.

Essas transgressões às regras da boa alimentação podem não ter efeitos maléficos se conservarem seu caráter de eventualidades esparsas, mas cobrarão seu preço, em termos de saúde, caso tornem-se habituais.

Além do fator qualitativo existe também o quantitativo. Certos alimentos são benéficos se usados em doses adequadas e maléficos quando usados em excesso.

Por isso, use sua criatividade no sentido de fazer com que a alimentação saudável seja também agradável.

Fuja das armadilhas alimentares a que está exposto, como, por exemplo, a maioria das famosas “dietas para emagrecer”, ocasiões em que a alimentação, além de geralmente não ser agradável, pode deixar de ser saudável.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Por que Testemunhas de Jeová não aceitam transfusão de sangue? - Visão Religiosa


Seguimento retirado do site: http://www.jw.org/pt/, 1 de julho de 2013

O que acontece: Muitas Testemunhas de Jeová, incluindo crianças, morrem todo ano por não aceitarem transfusão de sangue.

Informação: Essa afirmação não tem nenhuma base. É comum cirurgiões realizarem procedimentos complexos, como operações cardíacas, cirurgias ortopédicas e transplantes de órgãos, sem o uso de transfusões de sangue. Os pacientes, incluindo crianças, que não recebem transfusão geralmente se recuperam tão bem quanto, ou até melhor, do que aqueles que aceitam transfusão.

De qualquer modo, ninguém pode dizer com certeza que um paciente vai morrer se recusar uma transfusão ou que vai sobreviver se aceitá-la.

Por que as Testemunhas de Jeová não aceitam transfusão de sangue?

Isso é mais uma questão religiosa do que médica.

Tanto o Velho como o Novo Testamento claramente nos ordenam a nos abster de sangue. (Gênesis 9:4; Levítico 17:10;Deuteronômio 12:23; Atos 15:28, 29). ?????

Mas, eu pergunto: "o que significa "abster-se de sangue"?

Além disso, para Deus, o sangue representa a vida. (Levítico 17:14). ????

Óbvio que sangue representa a Vida!

Mas, por conta disso, não se pode SALVAR uma Vida com transfusão de sangue?

Muito curioso!

"Então, nós evitamos tomar sangue por qualquer via não só em obediência a Deus, mas também por respeito a ele como Doador da vida."


Como citado, as referências são de um site que dá "informações" não bem elaboradas sobre o tema.

Faça suas reflexões sobre ele por uma questão de aprendizado.

Não pretendo fazer apologia de nenhuma forma de pensar, apenas sou a favor de defender a Vida, como deve pensar qualquer médico.



Referências
http://www.jw.org/pt/ensinos-biblicos/perguntas/biblia-transfusoes-de-sangue/
http://www.jw.org/pt/testemunhas-de-jeova/perguntas-frequentes/por-que-testemunhas-jeova-nao-transfusao-sangue/

Fonte: site iMeds

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Psicoterapias


Psicoterapias são métodos de tratamentos para problemas emocionais, visando remover ou modificar sintomas existentes e corrigir padrões disfuncionais de relações interpessoais.

Na maioria das vezes o terapeuta vale-se da palavra e estabelece um diálogo com a finalidade de corrigir comportamentos e/ou sentimentos anômalos, mas pode se valer também de expressão corporal, representações teatrais, etc.

Contudo, o verdadeiro diálogo terapêutico não deve ser um simples bate-papo, ainda que reconfortante, mas obedecer a princípios técnicos que envolvem uma técnica rigorosa.

Por isso, a formação do terapeuta é, necessariamente, longa e minuciosa.

O terapeuta tem a dupla tarefa de, por um lado, não deixar que a relação com os pacientes perca o necessário calor humano e, por outro, não deixar que ela seja uma simples conversação informal.

As técnicas utilizadas variam em função das teorias psicológicas em que se baseiam, dos objetivos que tenham, da frequência e da duração das sessões.

Uma boa relação profissional-paciente (médico-paciente, psicólogo-paciente, etc.) deve ser distinguida das psicoterapias.

Enquanto aquela deve existir em toda atividade profissional, qualquer que seja seu objetivo e pode basear-se apenas no bom senso, as psicoterapias têm como objetivos específicos tratar problemas psicológicos mediante técnicas especiais e só devem ser conduzidas por especialistas.

A literatura especializada faz menção a mais de 400 tipos diferentes de psicoterapias. Daí se vê, então, as dificuldades que enfrenta o profissional que tem que escolher o tipo de psicoterapia mais adequado para um determinado paciente.

Fatores de diversas naturezas devem ser levados em conta: tipo de problema psíquico do paciente, sua motivação, maior ou menor exigência de privacidade, disponibilidade de tempo e dinheiro, constituição da personalidade do paciente, capacidade de estabelecer uma boa relação interpessoal, existência ou não de profissionais especializados no local onde o paciente reside, etc.

Aqui serão mencionados apenas os tipos mais comuns:

Psicanálise

O termo “psicanálise” refere-se a:

1.Uma teoria psicológica.

2.Um método de investigação do inconsciente.

3.Uma técnica terapêutica.

Nesse último sentido, a psicanálise é a forma mais sofisticada de psicoterapia e exige do profissional uma preparação longa e custosa.

A psicanálise foi iniciada por Sigmund Freud em princípios do século XX, destinada a tratar as neuroses, e visa promover uma reformulação profunda e radical da personalidade.

Em geral, ela é um processo muito longo (alguns anos) que se desenvolve em 1 a 5 (!) sessões por semana.

O paciente deve ficar recostado num divã, com o psicanalista assentado à sua cabeceira.

Este se comporta de uma maneira neutra, sem expressar opiniões, fazer perguntas ou dirigir as entrevistas em qualquer sentido, concedendo ao paciente liberdade para escolher o rumo de sua conversação. Intervém em alguns momentos apenas para apontar certas conexões ou incoerências da fala ou do comportamento dos pacientes, não notadas por eles (inconscientes), visando com isso produzir insights no paciente.

A grande frequência de sessões e a conduta passiva permitem que se desenvolva uma regressão e uma relação transferencial em que o paciente desloca sentimentos originariamente dirigidos a pessoas do seu passado para a figura do analista, os quais devem ser tecnicamente manejados em benefício do paciente.

Nos últimos anos, sob a influência de Jacques Lacan, a psicanálise vem passando por grandes modificações teóricas e técnicas e fica difícil atribuir a ela parâmetros estáveis.

Psicoterapias de orientação psicanalítica

São psicoterapias baseadas na teoria psicanalítica da mente (freudianas, basicamente), mas destinadas a tratar problemas emocionais limitados e remover defesas patológicas, sem visar uma reformulação profunda da personalidade.

Em geral o divã, um instrumento destinado a promover ou facilitar a transferência, não é utilizado. O terapeuta deve observar alguns dos princípios terapêuticos da psicanálise, podendo, no entanto, comportar-se de forma mais interveniente, dirigindo as associações do paciente para aspectos patológicos mais específicos.

Psicoterapias breves e focais

São psicoterapias que se valem de recursos dinâmicos (psicanalíticos) ou outros (reforço do ego, experiência emocional corretiva, aprendizagem, etc.).

Caracteriza-se pelo estabelecimento de sintomas-foco, pela eleição de uma hipótese psicodinâmica e pela limitação do número de sessões (em torno de 20 sessões).

Ao contrário das terapias precedentes, interessa-se mais pelo futuro que pelo passado. O terapeuta age de maneira ativa, dirigindo as associações e mantendo o foco eleito e podendo mesmo ter atitudes de aconselhamento e apoio.

Psicoterapias de apoio

São terapias em que o terapeuta oferece suporte a um ego enfraquecido, sob a forma de encorajamentos, conselhos, exortações, ensinamentos, sugestões, direcionamentos, etc. Em geral são terapias de duração breve, direcionadas a crises, mas também podem ser terapias longas que procuram manter suportes para pessoas de ego constitutivamente frágil.

Geralmente o terapeuta adotará um papel ativo e transparente e aparecerá para o paciente como um modelo ao qual ele deve se identificar.

Elas são utilizadas em crises e não pretendem fazer modificação na personalidade, mas recompor o equilíbrio existente previamente.

Psicoterapias comportamentais

São terapias que se baseiam em alguns princípios da teoria da aprendizagem (condicionamento clássico, condicionamento operante, aprendizagem social, inibição recíproca, dessensibilização, etc.), segundo os quais os comportamentos anormais são resultantes de aprendizagem e podem ser reaprendidos.

As terapias comportamentais procuram detalhar ao máximo os sintomas do paciente: o que determina o aparecimento deles, o que os agrava ou desencadeia, quais seus antecedentes, em que situações se manifestam e quais situações os mantêm, que pensamentos os acompanham, quais as táticas utilizadas pelos pacientes para evitá-los, etc., e se vale das suas diferentes técnicas para fazer face a eles.

Cada vez mais os terapeutas comportamentais dão valor também a aspectos interiores da pessoa, como sentimentos e pensamentos disfuncionais.

A denominação de “cognitivo-comportamentais” que essas psicoterapias vêm assumindo, denotam a tendência a conceder importância também a fatores subjetivos dos comportamentos.

Psicoterapias de grupo

Trabalho com grupos reunidos em função de problemas comuns (grupos de gestantes, grupos de diabéticos, grupos de dependentes químicos, etc.) ou gerais.

Nos grupos podem ser mais bem observados e tratados os padrões anômalos de interação interpessoal.

Os terapeutas de grupo podem ter diversas orientações teóricas, mas visam sempre resolver problemas pessoais ou grupais, por meio de diferentes modos de intervenção (interpretações psicanalíticas, role playing, exercícios estruturados, etc.).

Além disso, o simples fato de participar de um grupo aumenta o sentimento de pertinência e solidariedade, facilita a sociabilização, permite constatar que muitos problemas são comuns a muitas pessoas e como pessoas diferentes os solucionam, além de permitir a catarse, através da ventilação dos problemas e emoções.

Ludoterapias

A ludoterapia é uma aplicação da psicoterapia às crianças.

Como elas ainda não conseguem manter um diálogo pelo tempo necessário, nem são capazes de entendê-lo cabalmente, a comunicação com as crianças é feita de maneira simbólica mediante o uso de brinquedos (fantoches, jogos, desenhos, etc.).

Estes são, ao mesmo tempo, a maneira como a criança se expressa e o material que o terapeuta interpreta e procura compreender. Quando, por exemplo, uma criança toma dois bonequinhos e simula uma briga entre eles e ao mesmo tempo pede que eles parem de brigar, por certo está reproduzindo uma cena conhecida que lhe é aflitiva.

Além disso, com sua imaginação a criança cria super-herois, fadas, dragões, feiticeiras e outras figuras míticas e interage com elas de modo a vivenciar seu heroísmo e vencer seus medos, o que as ajuda a criar maior confiança e coragem.

Ao mesmo tempo, a ludoterapia permite que a criança libere tensões, frustrações, inseguranças, agressividades e confusões, sem que a criança tenha consciência de estar fazendo isso.

Hipnose

A hipnose não é uma técnica psicoterápica, mas um recurso operativo utilizado por algumas correntes de psicoterapia.

A hipnoanálise, por exemplo, é uma variação (pouco utilizada) do método psicanalítico que usa a hipnose para vencer determinadas resistências, facilitar as livres associações e a expressão de emoções.

No entanto, nem toda pessoa é susceptível de ser hipnotizada e nem todo psicanalista tem treinamento para hipnotizar.

Ademais, é discutível se o ato de hipnotizar é compatível com os requisitos da técnica psicanalítica clássica.

Grande parte dos profissionais que atualmente se valem da hipnose não é formada de psicanalistas, mas de terapeutas de orientações próprias.

A chamada hipnoterapia é hoje uma corrente autônoma de tratamento. Em muitas oportunidades, a hipnose é utilizada com outras finalidades que não as psicoterápicas: tratamentos dentários, enfrentamento de situações específicas e até mesmo demonstrações em espetáculos.

Psicodramas

O psicodrama é uma variante das psicoterapias de grupo que as associa com técnicas de representação dramática oriundas do teatro.

Nela o terapeuta procura que o cliente atue, diante de um grupo de pessoas, aspectos especiais dos conflitos que verbaliza e se vale dessa atuação para fazer suas análises, levando em conta, também, as observações e comentários feitos pelo próprio grupo.

Na encenação, o paciente escolherá um cenário e outros membros do grupo como coadjuvantes para representar as pessoas de seu mundo real envolvidas em seus conflitos.

Assim, acrescenta ao relato aspectos novos que podem ser assinalados pelo grupo e percebidos por ele próprio.

Além disso, o paciente pode ser auxiliado a expressar suas dificuldades por outros membros do grupo que atuam como egos auxiliares.

Do ponto de vista do seu desenvolvimento, o psicodrama compreende três fases bem demarcadas: a do aquecimento, em que o grupo, através de conversações, chega ao problema a ser enfocado; a da representação propriamente dita, em que o paciente comanda a encenação dramática de seu problema e a da análise do representado, em que o grupo e o terapeuta fazem comentários sobre o representado.

Cada uma dessas fases compreende técnicas específicas, que devem ser introduzidas pelo terapeuta, conforme a conveniência.




Certamente há muito mais que aprender nesta área, mas esse é um bom resumo para começar!

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Intolerância ao glúten!


O glúten é uma mistura de proteínas (gliadina e glutenina) que se encontra na semente de muitos cereais como o trigo, a cevada, o centeio, o malte e a aveia.

Uma vez ingerido, o glúten, no íleo (porção do intestino delgado), transforma-se em uma espécie de cola e adere às vilosidades existentes em suas paredes, danificando-as.

O glúten está presente em muitos dos alimentos comuns ao brasileiro, como pães, biscoitos, bolos, macarrão, etc. e, embora seja inconveniente para todas as pessoas, é mais deletério para algumas pessoas específicas, que reagem a ele de modo especial.

A intolerância ao glúten é a incapacidade ou dificuldade permanente de digestão do glúten.

Isso acontece mais nitidamente nos indivíduos que têm uma doença geneticamente determinada, chamada “doença celíaca”, na qual o glúten danifica as vilosidades intestinais (paredes do intestino delgado) e provoca má absorção de outros nutrientes.

Essa doença manifesta-se quando se começa a introduzir cereais na dieta do bebê, no entanto pode surgir mais tarde, na idade adulta.

Embora geralmente seja genética, a intolerância ao glúten pode também ser devido à permeabilidade intestinal alterada por outras causas.

Os principais sinais e sintomas da intolerância ao glúten já podem ser observados no bebê, a partir de quando haja introdução de cereais na sua alimentação.

Eles são muito variados, podendo ser leves e pouco específicos ou constituírem um quadro clássico de má absorção intestinal.

Os mais comuns são: diarreias frequentes (fezes volumosas e espumosas, de aparência oleosa e tendência à flutuação na água e de odor desagradável); vômitos; irritabilidade; perda do apetite; emagrecimento; dor abdominal; abdômen globoso; palidez; anemia ferropriva (por deficiência na absorção de ferro e ácido fólico); diminuição da massa muscular e óssea.

Muitos pacientes, sobretudo no início da enfermidade, podem ter queixas inespecíficas como, por exemplo, desconforto abdominal, flatulência, aftas bucais e, paradoxalmente, constipação.

Em alguns casos, pode não haver nenhum destes sintomas e a intolerância ao glúten só pode ser descoberta pelas manifestações e consequências da doença celíaca, tais como: baixa estatura; anemia refratária aos tratamentos convencionais; artralgias (dores nas articulações); prisão de ventre crônica; osteoporose e esterilidade.

Uma história clínica plena de sintomas típicos leva naturalmente à suspeição do distúrbio e da doença celíaca.

Pode-se testar esse diagnóstico alternando por dois a três meses uma dieta com e sem glúten e verificando se o paciente piora e melhora, coincidentemente. Um dos primeiros exames a ser feito visa detectar alterações na pele e nas unhas.

Além disso, devem ser feitos hemogramas, testes sorológicos que diagnostiquem a doença celíaca, provas de absorção intestinal, exames de fezes e de imagens que ajudem a confirmar ou descartar o diagnóstico.

Uma biópsia duodenal endoscópica poderá ser necessária para confirmação do diagnóstico.

Um diagnóstico diferencial rigoroso deve ser feito com várias outras doenças que se assemelham à intolerância ao glúten como, por exemplo, a doença de Crohn, a síndrome de Zollinger-Ellison (falo dela amanhã) e a intolerância à lactose (falei dela ontem).

O tratamento consiste na abstinência total de alimentos que contenham glúten. Uma única “escapada” pode botar a perder uma abstinência de vários dias.

Os alimentos que não contêm glúten tampouco devem ser preparados ou servidos nas mesmas vasilhas em que forem preparados os alimentos que o contenham.

A dieta, no entanto, não é fácil de ser seguida, porque o glúten está presente em muitos alimentos comuns no dia a dia das pessoas (pães, biscoitos, bolos, pasteis, alguns legumes, massas, etc.).

Algumas medicações sintomáticas podem ser utilizadas em momentos de crise ou para corrigir efeitos secundários da doença, mas elas têm pouco efeito e são apenas paliativas.

Deve também ser feita a reposição das carências originadas pela deficiência da absorção intestinal.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Intolerância à lactose


A lactose é um dissacarídeo presente no leite e seus derivados, formado por dois carboidratos menores, a glicose e a galactose e que deve ser adequadamente digerida para ser absorvida.

O leite humano contém de 6 a 8% dessa substância e o leite de vaca de 4 a 6%.

Na maioria dos mamíferos a digestão da lactose (hidrólise) depende da enzima lactase, que é sintetizada pelo intestino durante o período de amamentação e que ajuda no processo de digestão e absorção do leite.

Se faltar a lactase, a lactose não pode ser digerida, originando sintomas.

Essa deficiência afeta até 15% das pessoas de descendência europeia, até 80% dos latinos e afro-descendentes e até 100% dos índios americanos e asiáticos.

Essa crucial ausência de lactase pode existir desde a infância ou começar mais tarde, em razão de determinadas enfermidades.

Acredita-se que os antigos neandertais não tinham a capacidade de processar a lactose e que essa capacidade se desenvolveu por mutação após a domesticação do gado, sendo ainda falha em alguns indivíduos.

Mas há também a possibilidade de falta ou insuficiência de outras enzimas digestivas, porque há três tipos de intolerância à lactose (alergia ao leite), que se devem a processos diversos:

•Intolerância congênita: provavelmente hereditária, que acontece logo após o nascimento.

•Intolerância que ocorre depois de diarreias: comuns no primeiro ano de vida. Geralmente manifesta-se após episódio de diarreia infecciosa.

•Diminuição progressiva da capacidade de digestão da lactose: frequente a partir dos dois anos de idade até a idade adulta.

Crianças maiores e adultos podem não precisar de uma dieta que exclua totalmente a lactose e são capazes de tolerar pequenas quantidades das substâncias. Algumas, por exemplo, são capazes de tolerar alguns derivados do leite, outras não.

As causas principais da intolerância à lactose são: doenças e cirurgias intestinais e quadros de infecções do intestino delgado que podem afetar as células do revestimento do intestino ou uma falta congênita (genética) de lactase.

A concentração normal da lactase nas células intestinais é farta no nascimento e decresce com a idade.

A lactose não digerida torna-se uma fonte abundante de alimento para a flora intestinal, que então começa a crescer descontroladamente e gerar sintomas.

Os bebês prematuros têm intolerância à lactose com maior frequência que aqueles que nascem de gestação a termo.

Alguns desses últimos podem também mostrar sinais de intolerância à lactose, mas isso só ocorre após os três anos de idade, pelo menos.

Os principais sinais e sintomas da intolerância à lactose são: diarreia (por afetar a osmolaridade do intestino), cólicas e presença de gases intestinais, inchaço na barriga, náuseas e vômitos.

Esses sintomas se agravam de trinta minutos a duas horas após a ingestão de produtos lácteos e se aliviam se a ingestão de produtos lácteos for suprimida.

Em bebês o transtorno pode ocasionar perda de peso e um crescimento mais lento.

Em primeiro lugar, a intolerância à lactose poder ser sugerida pela história clínica.

Ela é parecida com a alergia à proteína, porém, têm causas e sintomas diferentes.

A primeira medida para distinguir uma da outra é tomar uma história clínica detalhada.

O exame laboratorial utilizado é o teste de tolerância à lactose, que consiste em medir os níveis sanguíneos de glicose após uma dose oral de lactose.

A diminuição de sintomas após a abstinência de lactose serve como mais um teste diagnóstico.

Outros exames para ajudar a diagnosticar a intolerância à lactose incluem a endoscopia intestinal, o teste do hidrogênio no ar expirado com lactose e o do pH das fezes.

É importante atentar-se para o diagnóstico diferencial porque outros problemas intestinais podem causar sintomas idênticos.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Neoplasia intraepitelial cervical: que doença é esta?


As neoplasias invasivas do colo do útero são precedidas por um longo período de alterações celulares, de tal modo que elas podem ser evitadas.

Chama-se a essas alterações pré-invasivas do colo do útero, limitadas ao epitélio escamoso do órgão, de neoplasia intraepitelial cervical (NIC) ou de Cervical intraepithelial neoplasia (CIN em inglês).

Microscopicamente, essas alterações se caracterizam por uma evolução que vai desde a simples atipia celular até graus mais severos de displasia ou de neoplasia intraepitelial cervical (NIC).

Usualmente, as neoplasias intraepiteliais cervicais (NICs) são classificadas em graus 1, 2 e 3 (neoplasia intraepitelial cervical leve, moderada e grave, respectivamente).

Quanto maior o grau da neoplasia intraepitelial cervical (NIC), maior a espessura do epitélio e a proporção nele de células indiferenciadas.

Assim, os graus 2 e 3 apresentam uma maior gravidade que o grau 1.

Essas alterações teciduais podem substituir parte ou toda a espessura do epitélio cervical normal e devem, então, ser vistas como pré-malignas.

O controle e tratamento delas pode evitar o câncer cervical do útero porque ela é de evolução lenta, com longo período de desenvolvimento das lesões.

O controle ginecológico periódico é de suma importância porque permite ao médico detectar e remover essas alterações numa fase pré-cancerosa.

O exame diagnóstico, chamado Papanicolaou é rotineiro nas consultas ginecológicas e extremamente simples e pode ser complementado, se houver necessidade, com outros exames, como citologia, colposcopia ou ultrassonografia transvaginal, por exemplo.

Entre as causas da neoplasia cervical, o papilomavírus humano - HPV (a virose mais comum de transmissão sexual) está sempre presente, no entanto, a maioria das anomalias cervicais causadas pela infecção pelo HPV não progride para neoplasia intraepitelial cervical (NIC) ou neoplasia do colo uterino e outros fatores são necessários para que isso aconteça, como outros tipos de inflamações ou infecções, por exemplo.

Há mais de 100 tipos de HPV, mas deles somente cerca de uma dúzia pode produzir as alterações que levam à neoplasia intraepitelial cervical (NIC).

A neoplasia intraepitelial cervical (NIC) não gera sintomas específicos e só pode ser detectada por meio do exame ginecológico de rotina.

A neoplasia intraepitelial cervical (NIC) não é um câncer e usualmente é curável.

A maioria dos casos que estão no grau 1 permanece estável ou é eliminada pelo sistema imunológico do indivíduo, sem intervenção médica, embora um a pequena percentagem de casos evolui para um câncer cervical.

Nenhum tratamento é recomendado para o grau 1 da alteração com duração menor de dois anos e apenas deve ser mantido um monitoramento cuidadoso.

A partir desse tempo, a alteração deve ser removida, por precaução. Nos graus 2 e 3 deve ser feita a remoção das células neoplásicas tão logo detectadas, por cauterização ou conização do colo do útero.

Vacinas contra o HPV DEVEM ser usadas na prevenção do vírus.


domingo, 22 de setembro de 2013

Um pouquinho de psiquiatria para você!


Vou fazer algumas colocações simplificadas sob esquizofrenia, mas, é bom recordar que o campo de conhecimento e divagações sobre esta enfermidade é vastíssimo...

1- Não existe um curso típico ou próprio para a Psicose Esquizofrênica. Talvez o mais característico da esquizofrenia seja, exatamente, a grande variabilidade de cursos encontrados, independentemente da sintomatologia apresentada no início da doença.

Dois grupos de pesquisas (Manfred Bleuler e Ciompi & Müller) conseguiram sistematizar oito cursos possíveis para a esquizofrenia. Huber e cols. apresentaram 12 cursos como os mais freqüentes. Com essa variedade não há como estabelecer-se um determinado modelo de curso que possa ser considerado característico da doença.

2- Apesar da diversidade de cursos que a Psicose Esquizofrênica pode seguir, a tão comentada tendência inexorável no sentido de uma deterioração progressiva das faculdades mentais não foi verificada em nenhum desses trabalhos. Ao contrário, apesar de remissões e reagudizações, o mais freqüente era que, após 5 anos de evolução se observasse uma tendência a estabilização.

Em nenhum trabalho observou-se tendência dos esquizofrênicos idosos de desenvolverem síndromes demenciais propriamente ditas, com característica psicorgânicas, como já havia sido suspeitado há tempos.

3- Em três estudos houve uma tendência a se atingir um estado de relativa estabilização. A este estado, digamos, estacionário que a esquizofrenia apresentava depois de algum tempo, Bleuler denominou de "end state". Bleuler tomou o cuidado de colocar o termo "end state" entre aspas por não se tratar, absolutamente, de uma situação irreversível imutável.

Quer dizer, a enfermidade pode voltar a se manifestar, de súbido, a qualquer momento da vida!

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Dietas!

Dieta saudável pode diminuir risco de depressão

Pessoas que consomem alimentos saudáveis correm menos risco de desenvolver depressão do que quem se alimenta mal, revela estudo realizado na Finlândia.

O estudo envolveu mais de 2.000 pessoas na meia-idade ou mais velhos que foram acompanhados entre 13 e 20 anos. A dieta dos voluntários foi medida através de um registro de frequência alimentar e as informações sobre depressão a partir do National Hospital Discharge Register, na Finlândia.

Os resultados mostraram que dietas saudáveis, que incluíam vegetais, frutas, frutas, grãos integrais, aves, peixes e queijo com pouca gordura, foram associadas com uma menor prevalência de sintomas depressivos e com um menor risco de depressão durante o período de seguimento.

Cento e quarenta voluntários passaram por intervenções no estilo de vida por três anos, o que resultou em uma diminuição do risco de depressão. No entanto, aqueles que seguiram uma dieta pouco saudável apresentaram aumento de sintomas depressivos com o passar dos anos.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Enxaquecas: para refrescar a memória!


A enxaqueca é uma doença neurológica de diagnóstico clínico com predominância em pessoas jovens, principalmente mulheres, que pode ser prevenida e tratada.

É apenas um dos quase 200 tipos de dores de cabeça que existem.

A doença se caracteriza por uma dor latejante que dura de quatro a 72 horas e afeta, em geral, apenas um lado da cabeça, mas pode afetar a cabeça toda.

Ela piora com luz (fotofobia), cheiro (osmofobia), barulho (fonofobia) e movimentos (cinetofobia).

Diferentemente do que muitos acreditam, viver com o problema não é comum ou normal.

E pior, tentar administrar o dia-a-dia com a enxaqueca pode ser prejudicial à saúde.

Ou seja, não tente relevar os sintomas ou medicar-se por conta própria, indiscriminadamente.

A partir do momento em que o paciente começa a tomar mais de dois analgésicos por semana, ele já deve procurar ajuda médica.

O uso abusivo destes medicamentos pode transformar uma dor de cabeça esporádica numa cefaleia crônica diária, que é uma das mais difíceis de tratar.

A automedicação é um problema muito sério, pois efetivamente atrapalha o tratamento verdadeiro!

Em recente pesquisa, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou a enxaqueca como a quarta doença crônica mais incapacitante, atrás apenas da quadriplegia, psicose e demência.

A atitude mais correta é procurar um médico para saber se a dor de cabeça recorrente pode ser diagnosticada como enxaqueca.

A partir do diagnóstico, é possível adotar o tratamento preventivo e evitar as crises agudas que podem até mesmo incapacitar temporariamente a pessoa para o trabalho, por exemplo.

Para o leigo, qualquer dor de cabeça é enxaqueca.

Só que há variações sintomáticas que podem indicar doenças diferentes.

A forma mais comum de enxaqueca é a sem aura.

Aura são alterações visuais como pontos escuros, luminosos, linhas em zigzag ou manchas na visão que podem anteceder ou acompanhar a dor de cabeça, duram de 5 a 60 minutos.

Na enxaqueca com aura a dor é precedida por alterações visuais ou sensitivas (dormência na mão, braço e língua).

Um alerta importante é que a enxaqueca com aura quando associada ao uso de anticoncepcional pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral (derrame).

Se, além do anticoncepcional, a paciente for tabagista, o risco é muito maior.

Existe uma dor de cabeça que é mais comum nos homens chamada “cefaleia em salvas”.

É considerada uma das piores dores que o ser humano pode ter.

É uma dor sazonal que pode ocorrer só uma vez por ano ou até a cada dois ou três anos.

Dura até três meses e o paciente pode ter de uma a oito crises por dia.

É uma dor sempre do mesmo lado, que pega o olho e a têmpora.

É como se "um ferro em brasa estivesse perfurando o crânio" do paciente.

De qualquer forma, o diagnóstico da enxaqueca deve ser feito pelo médico.

A enxaqueca é uma enfermidade caracterizada por episódios de cefaleia que variam entre quatro e 72 horas de duração associada a dois dos seguintes sintomas:

- Dor unilateral;

- Dor de intensidade média ou forte;

- Dor latejante ou pulsátil;

- Piora com a movimentação.


E um dos seguintes sintomas:

- Náusea ou vômito

- Fotofobia (sensibilidade à luz) ou fonofobia (desconforto provocado pelos sons).

Quando um médico atende um paciente com enxaqueca, pode indicar dois tipos de tratamentos medicamentosos: o para a crise em si e o preventivo.

O primeiro medicamento é essencial para abortar a crise de dor.

No caso do tratamento abortivo das crises, o princípio mais importante na enxaqueca já instalada é que o medicamento seja administrado assim que a dor se manifesta.

Aguardar até as dores ficarem mais fortes exigirá doses mais altas dos medicamentos, e mais tempo para aliviar a dor.

Podem ser utilizados como abortivos de enxaqueca medicamentos não específicos como analgésicos comuns e antiinflamatórios e medicamentos específicos para a enxaqueca.

Se for necessário o tratamento preventivo, o especialista pode prescrever um medicamento que deverá ser usado diariamente para tentar evitar as crises.

O tratamento preventivo pode levar de quatro semanas a três meses para fazer efeito, e poderá durar de seis meses a dois anos.

Em média, dois terços dos pacientes que recebem tratamento preventivo apresentam redução de até 75% no número e na intensidade das crises.

Para a prevenção da enxaqueca, podem ser utilizados vários medicamentos, e de classes diferentes tais como antidepressivos, anticonvulsivantes, anti-hipertensivos, medicamentos para labirintite etc.

Também a forte indicação de se fazer tratamento com Homeopatia e Acupuntura!

A medicação é escolhida de acordo com a necessidade de cada paciente.

É bom lembrar que a decisão pelo melhor tratamento, preventivo ou abortivo para a enxaqueca deve ser sempre tomada pelo médico em conjunto com o paciente.

Nunca tome medicamento por conta própria!

Um papel fundamental do médico é orientar sobre as mudanças nos hábitos de vida, introduzindo técnicas de relaxamento como a Ioga e o Biofeedback.

Outro recurso que tem sido utilizado com sucesso pelos médicos é fornecer ao paciente um diário no qual ele irá anotar todas as vezes que sentiu a dor, sua intensidade, frequência, o que pode ter desencadeado, entre outros detalhes.

Com essas informações, é possível identificar os fatores desencadeantes, que podem variar em cada pessoa.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

População idosa vai quadruplicar até 2060


Pesquisadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) afirmam que, até 2060, a população idosa do país vai quadruplicar, uma tendência que vem sendo observada em todo o mundo.

De acordo com o IBGE, a população maior de 65 anos no país deverá passar de 14,9 milhões (7,4% do total), em 2013, para 58,4 milhões (26,7% do total), em 2060.

A expectativa de vida média de vida do brasileiro deve aumentar dos atuais 75 anos para 81 anos, e as mulheres continuaram vivendo mais do que os homens, passando dos atuais os 78,5 anos para elas e 71,5 anos para eles, para 84,4 anos, contra 78,03, respectivamente, em 2060.

Os pesquisadores atribuem esse aumento da expectativa de vida às melhores condições de saúde e de alimentação. Contudo, o aumento da população idosa e a diminuição da população jovem acarretarão em mudanças significativas na economia nacional.

Fonte: Blog Boa Saúde.

TDAH


O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é uma condição neurobiológica de causa genética que acomete as crianças e que geralmente acompanha a pessoa por toda a vida.

ATENÇÃO: NÃO É "FRESCURA" OU "PREGUIÇA"! É UMA CONDIÇÃO NEUROBIOLÓGICA, QUER DIZER, "UM DEFEITINHO DE FABRICAÇÃO" QUE TEM COMO TRATAR COM AUXÍLIO DE ORIENTAÇÃO PSICO-PEDAGÓGICA E MEDICAÇÃO!

Suas manifestações são mais frequentes – ou mais nítidas – nos meninos que nas meninas.

Alguns autores acham que essa é uma doença “inventada” pela indústria farmacêutica, interessada em vender remédios, outros a descrevem como uma entidade nosográfica nítida e defendem sua existencial real.

Na verdade, a enfermidade não tem uma “marca registrada”, seja no sentido sintomático, seja no etiológico, que assegure a sua existência, mas a mesma coisa acontece com enfermidades que hoje já têm a sua existência consagrada, como as depressões, a esquizofrenia ou a ansiedade, por exemplo.

A verdade é que as pessoas que sofrem de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), seja ela meramente “um jeito diferente de ser” ou não, têm maior taxa de abandono escolar, reprovação, desemprego, divórcio e acidentes automobilísticos que as outras e melhoram substancialmente quando adequadamente tratadas.

A Organização Mundial de Saúde reconhece a sua efetiva existência e na sua Classificação Internacional de Doenças, lista essa condição como um transtorno mental, sob o número F90 (transtornos hipercinéticos).

O fator causal principal parece ser uma susceptibilidade genética.

Estima-se em 70% a concordância para o problema entre gêmeos idênticos e quando um dos pais tem o problema, a chance do filho também tê-lo é o dobro do normal.

Se ambos os pais têm, a chance dos filhos é oito vezes maior.

Essa maior ocorrência familiar pode, contudo, estar relacionada também ao aprendizado de um padrão de comportamento desatento e hiperativo.

Afora isso, tem-se apontado maior incidência relacionada com problemas da gravidez e do parto e à exposição a determinadas substâncias (chumbo).

Danos cerebrais perinatais no lobo frontal, por meio de alteração de neurotransmissores (dopamina e noradrenalina) podem afetar processos de atenção, motivação e planejamento, relacionando-se indiretamente com a doença.

Problemas familiares, embora não sejam as causas únicas da doença, parecem torná-la mais aparente, como grande número de filhos, alto grau de brigas entre os pais, baixa instrução educacional, famílias com baixo nível socioeconômico, criminalidade dos pais, colocação em lar adotivo e/ou pais com transtornos psiquiátricos.

Por outro lado, a idêntica prevalência do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) em diversas regiões do globo parece indicar que as diferenças de estilo de educação ou das relações pais/filhos têm pouca ou nenhuma influência na geração do problema.

Deve-se falar, então, no máximo, de predisposição genética e não de determinação genética.

Os principais sinais e sintomas do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) são: desatenção, inquietude e impulsividade.

Em geral, as crianças afetadas são irrequietas e desatentas, apresentando dificuldades escolares e no relacionamento com os pais e com as demais crianças, e são etiquetadas com expressões como “bicho carpinteiro”, “avoadas”, “estabanadas”, “vivendo no mundo da lua”, etc.

Geralmente têm problemas de comportamento, porque têm dificuldades de absorver regras e limites.

Quando adultas essas pessoas têm desatenção para os problemas cotidianos bem como deficiências de memória.

Geralmente são inquietos, vivem “inventado coisas”, “passam o carro na frente dos bois” e não conseguem relaxar, a não ser quando dormem.

Frequentemente são considerados egoístas porque têm dificuldades de avaliar o próprio comportamento em função dos outros e costumam envolver-se com álcool e drogas.

Nas provas escolares as crianças atingidas cometem frequentes erros não por falta de conhecimento, mas por distração e em geral mostram-se muito esquecidas (esquecem recados, material escolar, compromissos, etc.).

Têm dificuldades de planejar as coisas ou de seguir o que tenha sido planejado para elas.

O diagnóstico do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é eminentemente clínico e não há nenhum exame capaz de “selar” o diagnóstico.

Por isso, ele somente deve ser feito por profissional que conheça profundamente o assunto.

O termo hiperatividade tem sido indevidamente empregado e muitas crianças têm sido rotuladas erroneamente como hiperativas.

A primeira suspeita diagnóstica geralmente parte de educadores como psicopedagogos ou fonoaudiólogos, mas deve ser confirmada por um médico (preferencialmente psiquiatra infantil ou um profissional especializado em neuropsicologia), juntamente com um psicólogo ou terapeuta ocupacional.

Hoje em dia já existem testes e questionários que ajudam no diagnóstico clínico e sabe-se que a área do cérebro envolvida nesse processo é a região orbital frontal, responsável pela inibição do comportamento e pela atenção sustentada.

O diagnóstico neuropsicológico, portanto, é feito através da aplicação destes testes, que são a única maneira de se avaliar a existência ou não de TDAH.

O diagnóstico diferencial deve ser feito com o transtorno bipolar, a depressão, outros problemas de conduta, etc.

Além disso, na avaliação neuropsicológica, é possível, através dos testes, observar se há algum outro componete físico que chame atenção e que justifique, por exemplo, o baixo rendimento escolar, como no caso de limitações na audição ou na visão, como, por exemplo também, no caso da dislexia, que é um dos diagnósticos diferenciais para esta situação.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Metformina foi associada a pior desempenho cognitivo em pacientes diabéticos


Com o objetivo de investigar a associação entre metformina, níveis séricos de vitamina B12, suplementos de cálcio e comprometimento cognitivo em pacientes com diabetes em uso de metformina, foi realizado um estudo publicado pela revista Diabetes Care.

Os participantes foram recrutados a partir do ensaio clínico conhecido como Primary Research in Memory (PRIME), do estudo sobre envelhecimento Australian Imaging, Biomarkers and Lifestyle (AIBL) e da região do Barwon no sudeste da Austrália.

Pacientes com doença de Alzheimer ou comprometimento cognitivo leve e aqueles que eram cognitivamente intactos foram incluídos na pesquisa. Os pacientes com acidente vascular cerebral ou com outras doenças neurodegenerativas que não a doença de Alzheimer foram excluídos do estudo.

As análises dos subgrupos foram realizadas tanto para os participantes que tinham diabetes do tipo 2 como para aqueles com tolerância diminuída à glicose.

Os participantes com diabetes tiveram pior desempenho cognitivo do que os participantes que não tinham diabetes.

Entre os participantes com diabetes, o pior desempenho cognitivo foi associado ao uso de metformina.

Após ajuste para idade, sexo, nível de escolaridade, histórico de depressão, níveis séricos de vitamina B12 e uso de metformina, os participantes com diabetes que estavam tomando suplementos de cálcio tiveram melhor desempenho cognitivo.

Concluiu-se que o uso de metformina foi associado ao pior desempenho cognitivo nos pacientes estudados.

O uso de vitamina B12 e de suplementos de cálcio pode aliviar a deficiência de vitamina B12 induzida pela metformina e foi associado a melhores resultados cognitivos.

Estudos prospectivos são necessários para avaliar os efeitos benéficos da vitamina B12 e do cálcio sobre a cognição de idosos com diabetes que tomam metformina.

Fonte: Diabetes Care, publicação online de 5 de setembro de 2013

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Não tomar café da manhã não influencia no peso


Tem quem dia que o café da manhã é a refeição mais importante do dia, pois acreditam que isso os fará sentir menos fome ao longo do dia.

Contudo, pesquisadores da Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos, mostrou que saltar essa refeição pode não afetar tanto o peso.

O relatório, publicado no The American Journal of Clinical Nutrition, analisou mais de 20 anos de literatura sobre o assunto e estudos nutricionais controlados que mostraram que saltar o café da manhã tinha pouco ou nenhum efeito sobre o peso.

Os pesquisadores realizaram, também, um estudo de 12 semanas que revelou que mulheres adultas que saltaram o café da manhã perderam a mesma média de peso que as mulheres que faziam tal refeição. Todas as voluntárias receberam dietas com a mesma quantidade de calorias.










fonte: Blog Boa Saúde

Dores "de crescimento"


Dores do crescimento são dores intermitentes, de intensidade variável, que acometem crianças em crescimento principalmente pela tarde ou à noite.

Elas são dores musculares. Localizam-se principalmente nos músculos das pernas (menos comumente nos braços) que nas articulações, presentes de ambos os lados.

Apesar de serem ditas "dores de crescimento" estas dores não se devem ao aumento de volume dos ossos ou músculos, que ocorre de forma progressiva e muito lenta, mas o uso já consagrou essa denominação de forma imodificável.

Não há nenhum substrato patológico para elas e elas geralmente cessam quando o indivíduo sai da infância.

As dores do crescimento incidem igualmente em meninos e meninas.

Suas causas são desconhecidas, mas costuma-se associá-las a defeitos posturais, distúrbio de perfusão sanguínea, fadiga e causas psicológicas.

Nesse último sentido costuma-se relacioná-las com fatores emocionais corriqueiros (nascimento de um irmão, ingresso na escola, mãe que começa a trabalhar, etc.) ou traumáticos e falta de suporte emocional da criança.

Alguns pais observam que essas dores, em seus filhos, estão relacionadas com exercícios físicos ou mudanças de humor na criança.

Elas parecem não guardar relação com surtos de crescimento da criança e serem desencadeadas por eletricidade estática.

A queixa principal são dores nas pernas, numa criança inteiramente saudável e ativa. Não há sinais de inflamação articular, como articulação inchada, vermelha e quente.

Essas dores geralmente são bilaterais ou se alternam numa e noutra perna, mudam frequentemente de local e acontecem principalmente no final do dia ou à noite, após um dia de grande atividade, acordando a criança já adormecida. São de curta duração, abaixo de vinte minutos.

As crises dolorosas podem ser diárias ou acontecerem esporadicamente e às vezes são referidas pelas crianças como muito intensas, podendo estar presentes por longos períodos antes de desaparecerem.

As dores do crescimento podem acontecer em qualquer idade, mas ocorrem principalmente entre os 3 e 5 anos e posteriormente entre os 8 e 12 anos, mas não configuram uma doença.

A criança que sofre tais dores é uma criança sadia e deve ser poupada da ideia de doença.

sábado, 14 de setembro de 2013

Transtorno da Leitura


Características Diagnósticas

A característica essencial do Transtorno da Linguagem Expressiva é um prejuízo no desenvolvimento da linguagem expressiva, demonstrado por escores em medições padronizadas, individualmente administradas, do desenvolvimento da linguagem expressiva, acentuadamente abaixo dos escores obtidos de medições padronizadas da capacidade intelectual não-verbal e do desenvolvimento da linguagem receptiva.

As dificuldades podem ocorrer na comunicação que envolve a linguagem tanto verbal quanto de sinais. As dificuldades de linguagem interferem significativamente no desempenho escolar ou profissional ou na comunicação social. Os sintomas não satisfazem os critérios para Transtorno Misto da Linguagem Receptivo-Expressiva ou Transtorno Invasivo do Desenvolvimento.

Em presença de Retardo Mental, déficit motor da fala, déficit sensorial ou privação ambiental, as dificuldades de linguagem excedem aquelas geralmente associadas a esses problemas.

As características lingüísticas do transtorno variam de acordo com sua gravidade e a idade da criança.

Essas características incluem uma fala de quantidade limitada, vocabulário restrito, dificuldade em adquirir novas palavras, erros na busca da palavra correta ou de vocabulário, frases abreviadas, estruturas gramaticais simplificadas, variedades limitadas de estruturas gramaticais (por ex., formas verbais), variedades limitadas de tipos de frases (por ex., imperativas, interrogativas), omissões de partes críticas das frases, uso de uma ordem inusitada das palavras e desenvolvimento lento da linguagem.

O funcionamento não-lingüístico (medido por testes de inteligência de execução) e as habilidades de compreensão da linguagem em geral estão dentro dos limites normais. O Transtorno da Linguagem Expressiva pode ser adquirido ou evolutivo.

No tipo adquirido, um prejuízo na linguagem expressiva ocorre após um período de desenvolvimento normal, em conseqüência de uma condição neurológica ou outra condição médica geral (por ex., encefalite, traumatismo craniano, irradiação).

No tipo evolutivo, existe um prejuízo na linguagem expressiva que não está associado com um agravo neurológico de origem conhecida.

As crianças com esta espécie de prejuízo freqüentemente começam a falar tarde e atravessam mais lentamente do que o habitual os vários estágios do desenvolvimento da linguagem expressiva.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

É mais fácil ouvir a voz de quem se gosta


Conversar em locais públicos e cheios é uma tarefa complicada, pois se torna difícil filtrar todas as vozes simultâneas e se concentrar apenas naquela da pessoa com quem se está dialogando.

Contudo, esse processo se torna mais fácil quando a voz é familiar, como a voz do parceiro.

Mas o que pode parecer romântico, também tem seu lado negativo: da mesma forma que é mais fácil distinguir a voz do parceiro na multidão, também é mais fácil ignorá-la.

Pesquisadores da Universidade de Queens, no Canadá, analisaram casais, com idades entre 44 e 79 anos, que gravassem instruções em voz alta.

Depois, cada participante colocou fones de ouvido e escutou a gravação do cônjuge simultaneamente com vozes desconhecidas. Os resultados mostraram que era mais fácil identificar o som da voz do parceiro do que as demais vozes, independente da idade.

Transtorno de Despersonalização


Características Diagnósticas

As características essenciais do Transtorno de Despersonalização consistem de episódios persistentes ou recorrentes de despersonalização, caracterizados por um sentimento de distanciamento ou estranhamento de si próprio.

O indivíduo pode sentir-se como um autômato ou como se estivesse em um sonho ou em um filme.

Pode haver uma sensação de ser um observador externo dos próprios processos mentais, do próprio corpo ou de partes do próprio corpo.

Vários tipos de anestesia sensorial, falta de resposta afetiva e uma sensação de não ter o controle das próprias ações, incluindo a fala, freqüentemente estão presentes.

O indivíduo com Transtorno de Despersonalização mantém um teste de realidade intacto (por ex., consciência de que isto é apenas uma sensação e de não ser realmente um autômato).

A despersonalização é uma experiência comum, devendo-se fazer este diagnóstico apenas se os sintomas forem suficientemente severos para causar sofrimento acentuado ou prejuízo no funcionamento.

Uma vez que a despersonalização é uma característica comumente associada a muitos outros transtornos mentais, um diagnóstico separado de Transtorno de Despersonalização não é feito se a experiência ocorre exclusivamente durante o curso de outro transtorno mental (por ex., Esquizofrenia, Transtorno de Pânico, Transtorno de Estresse Agudo ou outro Transtorno Dissociativo).

Além disso, a perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância ou de uma condição médica geral.

Características e Transtornos Associados

Características descritivas e transtornos mentais associados. Os indivíduos com Transtorno de Despersonalização freqüentemente podem ter dificuldade em descrever seus sintomas e temer que essas experiências signifiquem que estão "loucos".

A desrealização também pode estar presente, sendo vivenciada como um sentimento de que o mundo externo é estranho ou irreal.

O paciente pode perceber uma alteração insólita no tamanho ou forma dos objetos (macropsia ou micropsia) e as pessoas podem parecer estranhas ou mecânicas.

Outras características associadas incluem sintomas de ansiedade, sintomas depressivos, ruminação obsessiva, preocupações somáticas e uma perturbação do sentido de tempo.

Em alguns casos, a perda de sentimentos, característica da despersonalização, pode imitar um Transtorno Depressivo Maior e, em outros casos, coexistir com ele. Hipocondria e Transtornos Relacionados a Substâncias podem também coexistir com o Transtorno de Despersonalização.

A despersonalização e a desrealização são sintomas muito freqüentes de Ataques de Pânico.

Um diagnóstico separado de Transtorno de Despersonalização não deve ser feito quando a despersonalização e a desrealização ocorrem exclusivamente durante esses ataques.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Gestação e dieta saudável


O March of Dimes é uma instituição que trabalha para que toda gravidez seja bem planejada e bem- sucedida evitando o nascimento prematuro de bebês.

Com o objetivo de orientar as futuras mães sobre uma gravidez saudável e os cuidados que devem ser tomados desde o planejamento da gravidez até o nascimento do bebê, o March of Dimes publicou conselhos nutricionais baseados em evidências científicas.

Orientações sobre ganho de peso durante a gestação

O ganho excessivo de peso na gravidez não só torna mais difícil perder o excedente após o nascimento, como também aumenta os riscos da mãe desenvolver diabetes gestacional, ter aumentos da pressão sangüínea (o que pode levar à pré-eclampsia), precisar fazer uma cesariana e sofrer infecção pós-parto.

Para o bebê, o excesso de ganho de peso da mãe aumenta o risco de defeitos de tubo neural, trauma ao nascimento e morte fetal.

Mulheres com peso normal devem ganhar entre 11 e 16 kg durante os 9 meses de gravidez; mulheres acima do peso, de 7 a 11 kg; mulheres abaixo do peso, entre 12 e 18 kg. Uma grávida de gêmeos pode ganhar um pouco mais de peso, sempre com orientação médica.

Como deve ser uma dieta saudável para as grávidas?

A dieta saudável de uma grávida segue os mesmos princípios básicos da dieta de um adulto normal. Ela necessita de apenas mais 300 calorias por dia para nutrir adequadamente o bebê que está carregando, desde que venham de alimentos nutritivos. Então o cardápio deve ter:

Grãos integrais - arroz integral, pão integral, macarrão integral, granola ou aveia integral: 6 a 11 porções por dia.
Derivados do leite - leite desnatado, iogurte ou queijo: 3 a 4 porções por dia.
Proteínas – carne vermelha, frango, peixe, feijão, soja, nozes ou ovos: 3 porções por dia.
Vegetais - brócolis, cenoura, vagem, tomate, couve-flor ou beterraba: 3 a 5 porções por dia.
Frutas - laranja, banana, pêra, mamão, melão, melancia, uva, manga ou maçã: 2 a 4 porções por dia.

Exemplos do que é uma porção: uma fatia de pão, meia xícara de arroz ou macarrão, uma xícara de cereais, uma xícara de leite ou iogurte, dois cubos de 3 cm de queijo, 55g de carne cozida, frango ou peixe, meia xícara de feijão seco, duas colheres de sopa de manteiga de amendoim, meia xícara de vegetais cozidos ou picados, uma xícara de salada verde, três quartos de xícara de suco de vegetal; uma maçã, banana ou laranja, meia xícara de frutas picadas, três quartos de xícara de suco de fruta.

Alimentos que devem ser evitados durante a gravidez:

Peixe cru e moluscos, possível fonte do parasita Toxoplasma que pode causar cegueira e dano cerebral fetal.
Peixes predatórios grandes, como peixe-espada, tubarão, cavala e atum branco (fresco ou enlatado), que pode conter níveis arriscados de mercúrio.

O Departamento de Alimentos e Drogas diz para limitar o atum (branco) para 200g por semana, mas é aceitável comer até 400g de atum light, camarão, salmão, badejo e bagre.

Carne, frango e frutos do mar crus ou mal passados: o ideal é usar um termômetro de carne e cozinhar o porco e a carne moída a 160 graus; bife, vitela e carneiro a 145; frango inteiro a 180 graus e peito de frango a 170 graus.

Leite não pasteurizado e queijos pastosos - feta, brie, Camembert, Roquefort, queijo branco e queijo fresco, a não ser que o rótulo diga "feito com leite pasteurizado". Eles podem estar contaminados com a bactéria Listeria, que pode provocar aborto, parto prematuro, bebê natimorto ou doença fatal ao recém-nascido.

Salsichas e frios, a não ser que sejam cozidos antes da ingestão, pois podem ter sido contaminados por Listeria depois do processamento.

Patês, pastinhas de carne e frutos do mar defumados (a não ser cozidos antes da ingestão). Versões enlatadas são seguras.

Ovos mexidos moles e alimentos como molhos feitos de ovos crus ou pouco cozidos. Cozinhe os ovos até que a clara e a gema estejam firmes, para evitar contaminação por Salmonella.

Brotos crus, inclusive alfafa, trevo, rabanete e feijão-mungo.

Chás de ervas e suplementos, pois sua segurança na gravidez não foi estudada. Alguns, como o remidamim ou grandes quantidades de camomila, podem aumentar o risco de aborto ou de parto prematuro.

O álcool pode causar dano fetal, inclusive retardo mental e comportamento anormal. Apesar de um drinque ocasional não impor risco, nenhuma quantidade segura foi estabelecida.

Evitar a ingestão de mais de 2 xícaras de café por dia.

O uso de vitaminas antes e durante a gravidez

Mulheres que estejam planejando engravidar e as que já estão grávidas devem fazer uso diário de polivitamínicos que contenham:

Entre 0,4 a 0,6 miligramas de ácido fólico, para ajudar a prevenir defeitos de tubo neural no bebê.
18 a 27 miligramas de ferro para prevenir a anemia, que está associada a nascimentos prematuros de bebês e baixo peso ao nascer.
Os suplementos vitamínicos usados no pré-natal não contêm cálcio suficiente - 1.000 miligramas por dia são necessários para proteger os ossos da mulher grávida e dar ossos e dentes fortes ao bebê. Por isso as grávidas devem ingerir quantidade suficiente de alimentos ricos em cálcio como leite, queijo e folhas verdes ou tomar um suplemento diário de cálcio.

Quantidade de água e atividade física durante a gravidez

Beber bastante água – cerca de 2 litros por dia - e exercitar-se regularmente também é muito importante para uma gravidez saudável e para o bem-estar da mãe e do bebê.

Mulheres grávidas podem caminhar, dançar, nadar e fazer ioga, desde que não haja nenhuma contra-indicação médica para a prática de exercícios físicos.

Atividades de alto risco como mergulho e esqui devem ser evitadas. O ideal é que toda atividade física seja orientada por um profissional de saúde responsável e com prática em acompanhar mulheres gestantes.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Perda auditiva


Cerca de dez por cento das pessoas possuem algum grau de perda auditiva e a incidência desta enfermidade se eleva com o passar da idade.

A maioria das perdas auditivas se desenvolve lentamente ao longo do tempo.

Pode ocorrer surdez súbita, mas é menos comum do que aquela que se instala lentamente.

Elas podem ser classificadas como condutivas (nas quais há uma lesão secundária no conduto auditivo externo, na membrana timpânica ou na orelha média) ou neurossensorial (provocadas por lesões tanto da orelha interna – sensorial – como no nervo do oitavo par craniano, que é o nervo auditivo – neural.

Podem, ainda ser mistas, quer dizer, podem acontecer lesões em todos os níveis de percepção auditiva.

As causas podem ser classificadas anatomicamente, levando-se em consideração se a perda é condutiva, neurossensorial ou ambas.

De modo geral, as causas mais comuns são:

- Acúmulo de cerume

- Perda relacionada com ruídos

- Envelhecimento

- Infecções persistentes ou intensas

O ruído pode gerar perda auditiva neurossensorial gradativa ou súbita.

No trauma acústico a perda auditiva decorre da exposição a ruído externo e único (explosão, por exemplo) e alguns pacientes desenvolvem zumbidos, nestes casos.

A perda pode ser temporária, a não ser que ocorra uma lesão destrutiva de estruturas dos órgãos acústicos.

Quando a exposição prolongada é a causa, é necessária a exposição a ruídos com intensidade maior que 85 dB, embora exista variações de suscetibilidades individuais.

As Otites Médias Agudas e Crônicas são as causas mais frequentes de perda auditiva e podem surgir em razão de uma disfunção secundária ou primária da tuba auditiva ou tuba de Eustáquio.

As mal-formações da região da cabeça (região cefálica) são causas comuns de perdas auditivas.

Doenças congênitas podem ser causadoras desta enfermidade, como, por exemplo, a neurofibromatose tipo 2, que acarreta neuromas acústicos bilaterais (pequenos tumores de tecido nervoso).

As perdas podem ser, também, uni ou bilaterais, quer dizer, atingir um ou os dois lados do aparelho auditivo.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Hipertensão Arterial na Infância


A hipertensão arterial essencial de adultos é a doença crônica de maior prevalência em todo o mundo e um importante fator de risco para doenças graves, cardiovasculares, renais e acidentes vasculares cerebrais. Contudo, apenas nos últimos anos a hipertensão arterial passou a ter a devida atenção da pediatria.

A mudança desfavorável dos hábitos de vida da criança (alimentação rica em gordura e pobre em fibras, grandes períodos de tempo frente à televisão e ao computador, impossibilidade de sair de casa por causa da violência, etc.) está tornando a obesidade na infância (uma das causas da hipertensão na infância) uma verdadeira epidemia.

A Sociedade Brasileira de Hipertensão estima que 5% da população com até 18 anos tem níveis pressóricos elevados.

A incidência de pressão arterial alta em crianças varia de 1 a 11% em diversas estatísticas, dependendo dos critérios usados na pesquisa.

Hoje sabemos que muitas hipertensões arteriais em crianças são secundárias a alguma outra doença, mas podem também ser o início precoce da hipertensão essencial do adulto.

A hipertensão arterial na infância parece ter causas tanto genéticas como ambientais e essa concorrência de fatores genéticos e ambientais inicia-se muito precocemente, ainda no período pré-natal.

Os fatores genéticos resultam de anormalidades em um conjunto de sistemas orgânicos, como o transporte de eletrólitos e os mecanismos de controle endócrino e simpático e contribuem com pelo menos 20 a 50% da variação da pressão arterial.

Entre os fatores ambientais pode-se apontar uma dieta rica em sódio e/ou pobre em potássio, a obesidade, o estresse e o sedentarismo.

Algumas hipertensões infantis são essenciais ou iatrogênicas (causadas por outros tratamentos), mas outras são secundárias a doenças renais, vasculares ou a algumas enfermidades endócrinas.

A hipertensão constatada no primeiro ano de vida deve ser vista como potencialmente secundária, mas já na idade escolar e, em particular, nos adolescentes, a hipertensão pode ser primária ou essencial.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Câncer de mama e as metástases ósseas.


O osso é o local mais comum de recorrência do câncer de mama. O câncer de mama é o local mais comum de origem de depósitos metastáticos no esqueleto.

Este tipo de metástase é mais comum em mulheres com mais de 40 anos de idade.

A imagem acima é de uma metástase na tíbia.

As metástases ósseas do câncer de mama afetam mais frequentemente a coluna vertebral, as costelas, os ossos da pelve e ossos longos proximais.

Embora o prognóstico para pacientes com câncer de mama que se espalhou para os ossos fosse pobre no passado, hoje em dia esses pacientes estão vivendo muito mais tempo e se sentindo muito melhor devido às melhorias em tratamentos médicos e cirúrgicos para esta condição.

Muitas vezes as metástases aparecem de maneira silenciosa, sem gerar sintomas, podendo ser detectadas em um exame de imagem realizado como parte dos exames iniciais de diagnóstico de um câncer de mama ou em exames realizados para outros problemas de saúde. Em outros casos a dor é o sintoma mais comum.

A fratura patológica raramente ocorre sem uma história de algumas semanas ou meses de dor cada vez mais intensa no osso. Algumas vezes, o paciente tenta ignorar ou negar os sintomas.

Outras, ele pensa que uma lesão óssea dolorosa é uma “dor muscular" ou uma "entorse" e fortes analgésicos são prescritos, permitindo que o paciente continue a tolerar a dor muito intensa antes que a verdadeira natureza do problema seja descoberta.

Também podem ocorrer sintomas sistêmicos, tais como hipercalcemia ou falta de ar.

Apenas o fato de que o paciente teve câncer anteriormente não prova que a lesão que existe no osso é metástase do câncer. Não devem ser ignorados a história clínica cuidadosa, o exame físico meticuloso e uma avaliação completa só porque o paciente já tem um diagnóstico prévio de câncer de mama. Outras lesões, tais como fraturas de compressão da coluna vertebral e cistos de osteoartrite podem ser parecidos com lesões tumorais. Lembre-se também que sarcomas ósseos primários, tais como osteossarcoma e condrossarcoma, podem ocorrer em uma paciente adulta do sexo feminino.

Quando um médico atender uma mulher com mais de 40 anos de idade com histórico de câncer de mama e múltiplas lesões ósseas, ele deve pensar na possibilidade de ser um câncer de mama metastático.

Vários exames podem ser solicitados para esclarecer este diagnóstico e definir as condutas de tratamento a serem seguidas.

Alguns desses exames são dosagens sanguíneas de marcadores tumorais, radiografias, ultrassonografias, tomografias computadorizadas, cintilografias ósseas, ressonância nuclear magnética (RNM), dentre outros.

A cintilografia óssea é útil na identificação de lesões que estão espalhadas por todo o esqueleto. No entanto, algumas lesões podem não ser visualizadas no exame ósseo.

A RNM irá mostrar essas lesões ocultas, mas não está indicada como uma ferramenta de triagem primária. Antes de planejar qualquer tratamento de uma lesão óssea, a imagem de todo o esqueleto deve ser feita para garantir que não há tumores distais.

O N-telopeptídeo (NTX) é um marcador bioquímico do metabolismo ósseo que pode ser dosado na urina. Ele é usado para prever o risco de doenças ósseas e é útil na monitorização da resposta ao tratamento.

Receber o diagnóstico de um câncer de mama metastático quase sempre traz muita tristeza, medo, raiva, ansiedade, angústia.

Esta é uma reação normal e não há problema algum em se sentir assim.

Passado o choque inicial, é hora de entender que este diagnóstico significa que você passará por um tratamento que pode ser longo ou que pode durar para o resto de sua vida e que a sua cooperação e força serão essenciais nesta fase.

Os avanços médicos e os vários tratamentos disponíveis para o controle de um câncer de mama metastático permitem que muitas pessoas nesta mesma condição vivam durante meses ou anos com uma boa qualidade de vida.

O apoio dos familiares, amigos, vizinhos, médicos, terapeutas, grupos de apoio para pessoas que estão vivendo situações semelhantes à sua é muito válido.

As informações devem vir principalmente de um médico oncologista com experiência no assunto e que tenha a sua confiança.

Os tratamentos devem ser individualizados, de acordo com a necessidade.

Algumas pessoas precisam fazer radioterapia, quimioterapia ou hormonioterapia, dependendo do quadro clínico que apresentam. Você e seu médico irão conversar e decidir juntos o melhor a fazer em cada situação.

Não há praticamente nenhum papel para a cirurgia curativa.

Estabilização ortopédica de ossos enfraquecidos deve ser feita rapidamente, antes que possam ocorrer fraturas.

O atraso no tratamento é normalmente associado ao aumento do risco de complicações ou de um resultado menos favorável.

Uma vez que a sobrevivência pode ser prolongada, reconstruções cirúrgicas devem ser feitas com cuidado e projetadas para durar.

Pacientes com doença extensa ou avançada ainda devem receber um tratamento completo de acordo com seus desejos e princípios médicos razoáveis.

A estabilização ortopédica de fraturas patológicas reais ou iminentes não deve ser suspensa, a menos que o paciente não possa tolerar anestesia ou não se beneficie definitivamente com a cirurgia.

O alívio da dor com a estabilização de ossos danificados pode justificar o tratamento cirúrgico, mesmo que o paciente não possa desfrutar de nenhum benefício funcional, como o aumento da capacidade de se locomover.

Uma das novidades mais excitantes é uma classe de drogas conhecida como bifosfonatos (Aredia, Fosamax e outros).

Estes fármacos têm a capacidade de bloquear a progressão de células tumorais no osso, conduzindo a uma enorme redução no número de lesões e fraturas ósseas, em pacientes com câncer ósseo que fazem seu uso.

Os bifosfonatos podem mesmo parar a propagação do câncer da mama para outros órgãos, tais como o fígado ou pulmões, mas a razão para isto é desconhecida.

Nos ossos, os osteoclastos são estimulados pelo câncer a quebrar e a reabsorver a matriz óssea e o cálcio, levando a dores e fraturas.

Essas drogas bloqueiam os osteoclastos e mantém os ossos fortes.

Os bifosfonatos podem levar a alguns efeitos colaterais importantes tais como fibrilação atrial e crescimento de ossos frágeis conhecidos como “ossos de crescimento”.

Consulte sempre o seu médico sobre estes tratamentos.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Hemoptise


Hemoptise é a tosse com sangue do trato respiratório.

Quando maciça acontece grande eliminação de volume de sangue pela tosse.

Na hemoptise, geralmente o sangue é oriundo da circulação brônquica, exceto quando as artérias são lesadas por trauma, erosão de linfondo, tumor, ou, mais raramente, cateterismo pulmonar e até mesmo por inflamação de capilares pulmonares.

A expextoração de estrias de sangue é muito comum em muitas doenças respiratórias altas, de pequeno porte, como gripes, resfriados e bronquite inflamatória de origem viral.

Em adultos, 70 a 90% dos casos são causados por:

Bronquite

Bronquiectasia (refere-se à dilatação e distorção irreversível dos brônquios em decorrência da destruição dos componentes elástico e muscular de sua parede)

Tuberculose pulmonar

Pneumonia necrosante ou abscesso pulmonar

Câncer pulmonar primário em tabagistas

Infecção cavitária por fungo (Aspergillus) - mais raro.

Em crianças, as causas mais comuns são:

Infecção do trato respiratório inferior

Aspiração de corpo estranho (muito comum em crianças pequenas)

A hemoptise maciça tem como causas mais comuns:

Carcinoma broncogënico (câncer pulmonar com características marcadamente genéticas)

Bronquiectasia (já citado)

Tuberculose avançada

Pneumonias com complicações

O que deve chamar atenção?

Hemoptise maciça, Dor lombar intensa e persistente, mal-estar, perda de peso, fadiga, falta de ar em repouso e, ao exame clínico, riqueza de ruídos na ausculta pulmonar.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Daltonismo


O daltonismo é um tipo de acromatopsia (“cegueira de cores”) caracterizado por uma perturbação da percepção da visão devido à incapacidade de reconhecimento e distinção de algumas cores, principalmente o vermelho do verde.

Ele pode também afetar a discriminação entre todas as outras cores sendo, nesse caso, mais propriamente denominado discromatopsia.

O distúrbio foi chamado assim em homenagem ao químico inglês John Dalton (1766-1844), que foi quem primeiro estudou esta condição.

O daltonismo tem causa genética. Está relacionado a um gene recessivo localizado no cromossoma X e ocorre com maior frequência entre os homens que entre as mulheres. A mulher pode ter visão normal, mas ser portadora do gene recessivo e transmiti-lo aos filhos.

Assim, podemos ter a mulher de visão normal, não portadora do gene; a mulher de visão normal, mas portadora do gene; a mulher daltônica; o homem normal, não portador do gene e o homem daltônico.

O daltonismo pode também resultar de uma lesão neurológica ou dos órgãos responsáveis pela visão. A anomalia é causada por defeitos ou ausência dos cones (um dos tipos de células responsáveis pela visão das cores).

O oftalmologista deve basear seu diagnóstico no quadro clínico relatado pelo paciente, já que o exame de fundo de olho não mostrará anormalidades.

Contudo, um teste simples de cores pode contribuir para o diagnóstico e uma eletroretinografia (exame que avalia a função da retina utilizando eletrodos que captam a sua atividade elétrica, em resposta a estímulos luminosos) pode ajudar a selar o diagnóstico, revelando ausência de resposta normal dos cones e resposta normal dos bastonetes.

O campo visual estará normal ou modificado muito ligeiramente.

O daltonismo não tem cura; contudo, suas consequências podem ser minimizadas. A diminuição da luminosidade que atinge os olhos pode auxiliar no controle das manifestações clínicas.

O paciente com daltonismo não deve escolher atividades profissionais que requeiram uma visão íntegra.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Febre Crônica (FC)


Acontece quando a temperatura corporal (retal) é maior ou igua a 38,3 graus centígrados e não é decorrente de doença autolimitada e transitória, doença rapidamente fatal oi doença com nítidos sintomas e sinais de localização ou com alterações em exames subsidiários comuns, como radiografias, exame de urina ou de sangue.

Atualmente a FC é classificada em quatro categorias, a saber:

Febre por mais de 3 semanas, sem causa identificada, após 3 dias de avaliação em hospital ou 3 ou mais consultas em ambulatório;

FC em pacientes hospitalizados, internados para tratamento de curta duração e sem infecção pre-existente ou em incubação no momento da internação e se a causa da fc não determinado após período de 3 ou mais dias de internação;

FC neutropênica em pacientes que possuem valores de neutrófilos (um dos tipos de células brancas do sangue) inferior a 500 por contagem ou que se admite que alcancem este valor em 2 dias e se o diagnóstico permanecer indeterminado por período de 3 ou mais dias de avaliação, incluindo pesquisas com hemocultura;

FC associada à infecção por HIV, com mais de 4 semanas de diagnóstico, em período maior que 3 dias, em regime de internação hospitalar e sem diagnóstico adequado no período de avaliaçõ já citado.

Causas:

Infecciosas - 25 a 50% dos casos;

Reumatológicas - 10 a 20%;

Neoplasias (câncer) - 5 a 35% e

Outras causas - 15 a 25%.


Algumas causas efeticas de FC: abscessos abdominais, doença da arranhadura do gato (raro no Brasil), infecção por CMV (citomegalo-vírus), infecção por EBV (vírus de Epstein-Baar), trombose venosa profunda (dores em panturrilhas), infecção por HIV, Endocardite infecciosa, Osteomielite, Sinusite e Tuberculose.

Essas são apenas algumas das causas...

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Dor Pélvica


A dor pélvica é um desconforto na porção inferior do abdome e se trata de uma queixa relativamente comum em mulheres, sendo considerada em separado da dor no períneo, região que envolve a área genital e anal.

Ela pode ser originada dos órgãos internos do sistema reprodutor - útero, ovários e anexos)ou de outros órgão próximos, como intestinos, mas, muitas vezes a dor não tem como ser caracterizada efetivamente.

As causas mais comuns de dores pélvicas são a dismenorreia (dores durante a menstruação), ovulação, endometriose, gastro-enterites, tumores, obstipação intestinal, abscessos, síndrome do colo irritável, cistites, calculoses urinárias, dores musculares (após atividade física exagerada para o real preparo do paciente), estiramentos musculares, dores psicogênicas, gravidez ectópica (fora do útero) e outras.

Na gestação pode ser um sinal normal, de adaptação funcional às estruturas do útero e pode ser um sinal de alarme para risco na gestação.

É necessária a avaliação cuidadosa a cada caso e muitas vezes alguns exames de laboratório ou de imagem auxiliam para o diagnóstico final.

O tratamento depende sempre da causa e pode até mesmo ser cirúrgico.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Fibromialgia


Para refrescar a memória: a Síndrome da Fibromialgia (FM) pode ser definida como uma síndrome dolorosa crônica, não inflamatória e de origem desconhecida, que se manifesta no sistema músculo-esquelético e que pode apresentar alterações em outros órgãos ou sistemas.

Na verdade, esta síndrome sempre foi envolvida em controvérsias, graças à falta de substrato anatômico para confirmar sua existência, quer dizer, não há uma maneira de comprovar que ela exista através de exames de laboratório e para complicar ela pode ser acompanhada de depressão e da Síndrome da Fadiga Crônica!

Entretanto, desde a década de 1980 ela vem sendo encarada como existente em função da ciência de um mecanismo de sensibilização do sistema nervoso central à dor.

Há critérios para estbelecer o quadro de FM, como a existência dos chamados "pontos dolorosos", ou tender points, áreas mais sensíveis à dor e que, em função do número deles, pode-se avaliar a extensão do quadro como um todo.

Hoje sabe-se que cerca de 2% da população apresenta FM e que cerca de 15% das consultas em consultórios de reumatologia referem-se a ela.

Não há comprovação de que a FM seja algum tipo de variante da Depressao Maior.

Não se pode constatar que seja uma enfermidade puramente psico-emocional e tampouco unicamente orgânica.

Sabe-se que a dor do portador de FM é real e que existe uma disfunção do processamento sensorial, de modo geral.

Há, também, que considerar uma alteração do sono muito frequente em portadores de FM, do tipo que impede o sono profundo, interferindo não somente no surgimento de crises de dores, mas também na atenção, concentração e memória.

A depressão está presente em cerca de 30% dos portadores de FM e a ansiedade também!

O melhor exame clínico que se pode fazer é a avaliação da presença dos tender points e a história clínica do paciente, não existindo qualquer exame de laboratório que possa dar diagnóstico definitivo.

O diagnóstico diferencial passa pela Síndrome de dor miofascial; Reumatismo extra-articular; Polimialgia remuática, Polimiosites, Dermatopolimiosites; Miopatias endócrinas (por exemplo, por disfunção da tireóide); Miopatia metabólica por álcool, Doença de Parkinson, Neoplasias e efeito colateral pelo uso de drogas variadas, lícitas e ilícitas.

Evidentemente cabe ao médico clinico ou ao reumatologista a avaliação e diferenciação do quadro e do tratamento.