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sábado, 31 de agosto de 2013

Exame de fundo de olho


O exame de fundo de olho (fundoscopia ou oftalmoscopia) consiste em examinar as artérias, veias e nervos da retina através dos meios transparentes do olho (salvo em caso de patologias) que se interpõem entre o médico e a retina.

A retina localiza-se na parte posterior do globo ocular e tem como função transformar o estímulo luminoso em estímulo nervoso que permite a visão.

Além de propiciar um diagnóstico local, o exame da retina permite avaliar alguns aspectos da saúde do indivíduo de uma maneira geral, concentrando-se especialmente no nervo óptico, nos vasos retinianos e na sua região central, denominada mácula.

O exame de fundo de olho é a melhor forma de analisar o estado de nossos vasos sanguíneos sem utilizar um método invasivo.

O aparelho que o médico usa nesse exame é chamado oftalmoscópio, o qual projeta um feixe de luz no interior do olho e, mediante a reflexão dessa luz na retina, permite observar suas estruturas.

Para facilitar e ampliar a visão da retina o médico geralmente usa um colírio que dilata a pupila ocular. Essa dilatação, especialmente se muito intensa, ocasiona posteriormente uma fotofobia (aversão à luminosidade), que faz com que o paciente tenha que aguardar algum tempo antes de expor-se à claridade.

Existem dois tipos de fundoscopia:

•Direta: realizada pelo clínico geral que se vale de um aparelho simples e portátil, do qual se obtém uma imagem aumentada quinze vezes, mas com um campo de visão mais restrito.

•Indireta: geralmente realizada pelo oftalmologista, com equipamentos mais complexos, que gera uma imagem com ampliação menor, mas que permite uma visualização mais ampla da retina.

A fundoscopia faz parte da rotina no consultório dos oftalmologistas é um meio prático e fácil de avaliar a situação clínica de vários órgãos e fornecer informações sobre o desenvolvimento de algumas doenças.

O exame pode ser feito em pessoas de qualquer idade.

Bebês, prematuros ou não, cujas mães sofreram infecções durante a gestação devem ser submetidos ao exame, que pode, além disso, revelar a presença de tumores e de doenças locais ou sistêmicas.

Em adultos, o exame de fundo de olho é importante para o diagnóstico de doenças locais e para a detecção precoce de enfermidades sistêmicas (hipertensão arterial, diabetes e patologias neurológicas, entre outras).

No envelhecimento, o exame pode detectar o surgimento de drusas (depósitos de cristais brancos ou levemente amarelados) na retina, que podem levar à cegueira, e degenerações maculares próprias da idade.

As principais doenças que podem ser diagnosticadas ou acompanhadas por meio do exame de fundo de olho são:

•Doenças oculares ou sistêmicas dos recém-nascidos.

•Glaucoma.

•Degeneração macular relacionada ao envelhecimento.

•Hipertensão e hemorragia intracranianas.

•Diabetes mellitus.

•Hipertensão arterial.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Nistagmo: o que é isso?


Nistagmo são oscilações rítmicas, repetidas e involuntárias de um ou ambos os olhos conjugadamente, nos sentidos horizontal (de um lado para o outro), vertical (de cima para baixo) ou rotatório (movimentos circulares) que podem dificultar muito a focalização das imagens.

Como acontecimento fisiológico, o nistagmo é um reflexo que ocorre durante a rotação da cabeça, para estabilizar a imagem. Ou seja, a cabeça gira, mas os olhos não. O reflexo é dividido em duas fases, uma lenta e outra rápida.

A fase lenta visa compensar a rotação da cabeça e a fase rápida tem a função de reposicionar o movimento, porque caso contrário o olho atingiria a borda da órbita e se manteria lá enquanto durasse o movimento rotacional da cabeça.

Esta fase é comandada pelo sistema vestibular (veja imagem abaixo) e a fase rápida pelo tronco cerebral (mais abaixo). O nistagmo patológico ocorre quando os movimentos ocorrem mesmo se a cabeça está parada.



Quanto à direção do movimento dos olhos no nistagmo patológico, uma irritação do labirinto esquerdo produz movimentos lentos para a direita e movimentos rápidos para esquerda.

Na alteração do labirinto direito as coisas se passam do mesmo modo, em sentido inverso.

Os nistagmos são claramente percebidos pelas pessoas, embora em casos leves não sejam sentidos pela própria pessoa que os tem.

O nistagmo normal é simplesmente o reflexo que ajusta os olhos para a visão, mas em casos patológicos ele pode prejudicar a fixação e a eficiência visual, especialmente para visão à distância.

No caso de patologias, os olhos se movem primeiro na direção do lado lesionado (fase lenta do nistagmo) e em seguida faz uma rápida correção (fase rápida do nistagmo) para o lado oposto.

O nistagmo pode ser causado pelo uso de certos medicamentos, excesso de álcool, deficiência de vitamina B12, ferimentos na cabeça, labirintites, maculopatias (lesões da mácula, parte central da retina), albinismo e patologias neurológicas, entre outras causas.

Existe também um nistagmo congênito, geralmente brando e não percebido pela própria pessoa, que pode ter causas num defeito do olho ou na comunicação entre o olho e o cérebro.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Acromatopsia ou "cegueira de cores"


Na retina humana existem células fotorreceptoras: os cones e os bastonetes.

As primeiras são responsáveis pelo reconhecimento das cores, enquanto que as outras pelo reconhecimento da luz.

Os portadores de acromatopsia possuem defeitos nos cones e, assim, não conseguem enxergar as cores ou as enxergam imperfeitamente.

Na acromatopsia, popularmente conhecida como “cegueira de cores”, além da incapacidade para perceber cores há também uma acuidade visual insatisfatória em níveis elevados de iluminação, como a luz do sol.

Em geral os pacientes percebem tudo em tons de cinza. Alguns pacientes de acromatopsia são capazes de enxergar precariamente certas cores e essa condição é então denominada discromatopsia.

Tipos de acromatopsia

•Acromatopsia completa: os indivíduos com acromatopsia completa (completa impossibilidade de discriminar as cores) normalmente têm uma série de outras alterações oftalmológicas, como diminuição da acuidade visual na luz do dia, hemeralopia (cegueira ante a luz do sol), nistagmo (oscilações repetidas e involuntárias rítmicas de um ou ambos os olhos) e fotofobia (hipersensibilidade ou aversão a qualquer tipo de luz) severa.

•Acromatopsia incompleta (ou discromatopsia): os sintomas da acromatopsia incompleta são semelhantes aos da acromatopsia completa, mas de uma forma reduzida.

•Acromatopsia adquirida: associada com danos ao diencéfalo, mais comumente por tumores.

•Acromatopsia cerebral: é uma forma de daltonismo adquirido, causado por danos ao córtex cerebral, geralmente traumáticos.

•Acromatopsia congênita: devida ao mau funcionamento genético da fototransdução retiniana. A fototransdução é a transformação de energia luminosa em sinais elétricos biologicamente reconhecíveis, que se processa no segmento externo dos cones e bastonetes.

Na maior parte das vezes, trata-se de um distúrbio congênito (já se nasce com ele) raro, de natureza genética, de caráter autossômico recessivo. Mais raramente, pode ser adquirido por danos cerebrais.

A síndrome é primeiramente observada em crianças em torno de seis meses de idade, por sua fotofobia e/ou nistagmo (movimentos expontâneos laterais dos olhos).

Com o passar da idade o nistagmo torna-se menos perceptível e os outros sintomas da síndrome tornam-se mais ressaltados.

A acuidade visual e a estabilidade dos movimentos dos olhos em geral, melhora durante os primeiros 6 ou 7 anos de vida, mas o distúrbio da visão de cores permanece.

Outro sintoma, menos sabido e menos mencionado pelos pacientes, é a falta de conhecimento da tridimensionalidade do seu sistema visual e habitualmente eles não experimentam as características estereográficas das cenas visuais.

As formas congênitas da doença são consideradas estacionárias e não pioram com a idade.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Crise convulsiva febril


Convulsões durante episódios febris na infância são relativamente comuns (2 a 5% das crianças até cinco anos de idade) e, embora assuste muito os adultos (o familiar em geral pensa que a criança está morrendo), na maior parte das vezes são acontecimentos benignos, sem repercussões clínicas significativas. Nem todas as crianças sofrem convulsões, mesmo com febre muito alta.

Em alguns casos, ao contrário, as convulsões ocorrem assim que a temperatura começa a subir, antes mesmo que os pais notem que a criança tem febre.

Fatores genéticos parecem atuar como predisponentes da convulsão febril infantil. Quando não há problemas neurológicos associados elas tendem a desaparecer com o crescimento da criança, após cinco ou seis anos de idade.

Em resumo, ela é uma crise epilética desencadeada por febre, mas em sua forma simples não deve ser classificada como epilepsia.

Desse conceito simples, contudo, devem ser excluídas as crianças que já apresentavam convulsões previamente, na ausência de febre.

Em geral, as convulsões febris são convulsões tônico-clônicas generalizadas, na qual há fortes contrações de todo o corpo, mais notadas nos braços e nas pernas e que se acompanham de perda da consciência, que é o sintoma que mais assusta aos que assistem as crises.

Esse tipo de convulsão é de curta duração (dura menos que 15 minutos).

Embora assustadoras, as convulsões febris habitualmente não representam risco de vida nem deixam sequelas neurológicas posteriores.

O fato de a criança ter tido um acesso convulsivo durante um episódio febril não significa necessariamente que ela terá novas convulsões nas febres seguintes.

Existem diversos tipos de crises convulsivas.

A crise convulsiva febril é uma crise tônico-clônica generalizada, na qual ocorrem alternadamente contrações e relaxamentos musculares rítmicos de todo o corpo, mais visíveis nos membros inferiores e superiores; com perda súbita da consciência; dificuldade de deglutir, com acúmulo de saliva na boca e a baba consequente e despertar lento e meio confuso. No despertar pode haver uma leve apneia (demora em retomar a respiração), o que é normal.

O primeiro cuidado deve ser dirigido a assistir à criança. Não adianta chamar o médico ou qualquer serviço de emergência médica; a convulsão cessará antes da chegada do socorro. Mantenha a calma: apesar de ser desagradável e assustadora, a convulsão geralmente não representa risco para a criança, que se recuperará dela espontaneamente. Afaste da criança qualquer objeto que possa feri-la.

•Coloque a criança deitada num lugar seguro e amplo, no qual ela possa se debater sem riscos;

•Afrouxe as roupas da criança;

•Proteja a cabeça da criança com as mãos ou um travesseiro para que ela não bata contra o chão e vire a cabeça para um dos lados ou deite a criança de lado, para evitar que ela aspire saliva;

•Limpe as secreções da criança com um lenço ou outro pano, para que ela respire livremente;

•Não se deve procurar imobilizar a criança, impedindo seus movimentos, nem colocá-la no colo ou sacudi-la, porque isso pode gerar falta de ar;

•Nunca coloque os dedos na boca da criança porque ela pode feri-los, involuntariamente;

•Após a convulsão a criança pode estar sonolenta e desejar dormir. Isso é normal. Permita que a criança repouse ou durma depois da crise;

•Não dê nada de comer ou beber ou qualquer medicamento até que a criança esteja bem desperta porque, devido à dificuldade de engolir, ela pode engasgar-se.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Laringites


Laringite é um processo inflamatório da laringe, onde estão as cordas vocais.

Ela pode também ser um mero acompanhante de um resfriado comum, de uma bronquite ou mesmo de uma pneumonia e cede espontaneamente ou com tratamento, mas se não cuidada adequadamente pode ocasionar problemas sérios como um tumor maligno que atinja as cordas vocais.

Mais comumente as laringites são causadas por vírus. Entretanto, elas podem ser também causadas por:

•Infecção bacteriana aguda ou crônica;

•Infecção por fungos;

•Reações alérgicas;

•Uso intenso das cordas vocais;

•Tosse excessiva;

•Fumo;

•Consumo de álcool.

A laringite aguda, de surgimento rápido, pode não durar muito tempo; na laringite crônica ocorrem longos períodos de rouquidão, que pode afetar permanentemente as cordas vocais ou os pulmões. Os principais sinais e sintomas da laringite variam de acordo com a sua gravidade, mas em geral são:

•Dor;

•Rouquidão ou perda total da voz;

•Dificuldade de deglutir;

•Falta de ar;

•Mal-estar;

•Dores e coceiras na garganta;

•Tosse seca;

•Dificuldade para engolir;

•Aumento de volume dos linfonodos do pescoço;

•Sensação de caroço no pescoço.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Uso de antipsicóticos por crianças pode aumentar risco de desenvolver diabetes tipo 2 em até três vezes


O aumento do número de prescrições de antipsicóticos para crianças e jovens tem levado à preocupação de que essa prática possa elevar o risco de desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2.

A pesquisa do Vanderbilt University Medical Center, publicada pelo The Journal of the American Medical Association in Psychiatry (JAMA Psychiatry), teve o objetivo de comparar o risco de diabetes tipo 2 em crianças e jovens de 6 a 24 anos de idade que estavam iniciando o uso de medicamentos antipsicóticos versus a propensão de seus controles pareados que recentemente tinham iniciado o uso de outra medicação psicotrópica.

Os participantes do estudo de coorte, retrospectivo, do programa Tennessee Medicaid Program, incluíam 28.858 iniciantes recentes de drogas antipsicóticas e 14.429 controles pareados. Pacientes que receberam previamente um diagnóstico de diabetes, de esquizofrenia ou de outras condições para as quais os antipsicóticos são a única terapia geralmente reconhecida foram excluídos da coorte.

Os principais resultados medidos foram diagnóstico de diabetes ou prescrição de medicamentos para tratar o diabetes durante o seguimento dessas crianças.

Crianças e jovens que usavam antipsicóticos tiveram um risco três vezes maior para diabetes tipo 2, o que ficou evidente no primeiro ano de acompanhamento. O risco aumenta com a dose cumulativa durante o seguimento. O risco permaneceu elevado até um ano após a interrupção do uso de antipsicóticos. Quando o grupo foi restrito a crianças de 6 a 17 anos de idade, os usuários de antipsicóticos tinham um risco mais do que três vezes maior para diabetes tipo 2 e aumentava significativamente com o aumento da dose cumulativa. O risco foi aumentado para uso restrito de antipsicóticos atípicos.

As conclusões da pesquisa mostram que crianças e jovens que fazem uso de antipsicóticos têm um risco elevado para diabetes tipo 2 e este risco aumenta com a dose cumulativa.

sábado, 24 de agosto de 2013

Dores no joelho? Tendinite ou rotura do tendão patelar?


O joelho é composto por três ossos: o fêmur, a tíbia e a patela, os quais recebem a inserção de vários tendões e ligamentos que conferem estabilidade e mobilidade a esta estrutura.

O ligamento patelar, ou tendão patelar, é a parte central do tendão do músculo quadríceps femoral, que continua até a tíbia, fazendo parte do chamado mecanismo extensor do joelho, já que a contração desse músculo, estando íntegras todas as estruturas auxiliares, faz a extensão da perna.

O ligamento patelar é sobrecarregado na prática de vários esportes, principalmente os de salto, como vôlei, basquete e certas modalidades de atletismo, mas também em outros, como futebol, corrida e tênis.

As lesões desse ligamento também são frequentes nos “atletas de final de semana”, devido à falta de condicionamento físico adequado.

A face posterior do ligamento patelar está separada da membrana sinovial por um coxim gorduroso e da tíbia por uma bolsa sinovial.

Esse coxim muitas vezes inflama-se e gera sintomas que frequentemente são confundidos com tendinite.

As lesões mais frequentes do ligamento patelar são as tendinites e as roturas do tendão. Em geral, essas lesões ocorrem nas proximidades da inserção do tendão na patela.

•Tendinites: as lesões do tendão patelar fazem parte das doenças que causam as "dores anteriores do joelho". As tendinites afetam o tendão patelar em diferentes graus de gravidade. As tendinites mais leves causam apenas um espessamento discreto do tendão, mas na medida em que progridem ou se agravam surgem alterações degenerativas, acompanhadas ou não de calcificações. Em fases mais avançadas elas podem causar rupturas parciais do tendão, o que o enfraquecem.

•Roturas do tendão: a rotura do tendão patelar pode ser completa ou incompleta. Se ocorrer uma ruptura completa, o mecanismo extensor da perna fica inviabilizado. A rotura completa, na grande maioria das vezes, ocorre em tendões que já apresentavam algum grau de tendinite. As rupturas em tendões sem antecedentes de processos inflamatórios são raras. Nos casos de rotura do tendão, a indicação é de tratamento cirúrgico, para sua reinserção óssea, geralmente na patela.

•“Over use” (uso excessivo): as sobrecargas causadas por tensões repetitivas excessivas sobre os joelhos podem levar a lesões dos tendões e ligamentos, pelo fato dessas estruturas possuírem uma capacidade de regeneração muito lenta.

As causas mais comuns de lesões do ligamento patelar são os processos inflamatórios de natureza traumática, por submetê-lo a esforços excessivos ou intensamente repetitivos que, por vezes, podem ocasionar rupturas do tendão.

As rupturas do tendão patelar são facilitadas pela associação com degenerações, microtraumas repetitivos e exagero das cargas impostas ao joelho.

Algumas enfermidades sistêmicas como diabetes mellitus, insuficiência renal crônica, artrite reumatoide e lúpus eritematoso sistêmico favorecem essas rupturas, bem como podem acontecer também nas pessoas que tenham feito múltiplas infiltrações de corticosteroides, nos usuários de esteroides anabolizantes e corticosteroides.

Os principais sinais e sintomas dependem da natureza das lesões do ligamento patelar. Assim, podemos ter:

Tendinite: dor intensa no joelho, dor ao andar, correr ou saltar, sensibilidade aumentada em torno do tendão, hematomas na região do joelho e dificuldades em dobrar e esticar a perna.

Rotura do ligamento: a ruptura completa é totalmente incapacitante. Os sintomas principais são aparecimento de dor súbita, incapacidade de extensão ativa, patela fora de sua posição anatômica, inchaço, hematoma e limitação funcional.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Pé torto congênito


O pé torto congênito é uma deformidade congênita que envolve ossos, músculos, tendões e vasos sanguíneos.

Existem vários tipos de pés tortos congênitos, com diferentes graus de deformidade e diferentes mecanismos de correção e cura.

É uma condição de baixa incidência (um para cada cerca de mil bebês nascidos vivos), duas vezes maior em meninos que em meninas e que pode afetar um ou ambos os pés.

Não se conhece exatamente as causas do pé torto congênito, mas como ele é mais comum em determinadas famílias, talvez sofra a influência de um fator hereditário, embora fatores ambientais também possam estar implicados.

A importância de um fator hereditário é ainda acentuada pelo fato de que se uma criança nasce com a deformidade, a probabilidade de um irmão posterior nascer com a mesma condição é muito alta (1 a cada 35 nascimentos).

A frequência com que essa condição ocorre em diferentes raças e culturas também é muito variável, indo de um caso para cada 1.000 crianças caucasianas; metade disso entre japoneses; três vezes maior na raça negra e até seis vezes maior nos povos polinésios.

O adjetivo “congênito” quer dizer que ele já está presente no momento do nascimento. Os pais não precisam se considerar culpados pela ocorrência da anormalidade, porque ela não se deve a nada que eles tenham feito ou deixado de fazer durante a gravidez.

Existem várias modalidades de pés tortos congênitos:

•Pés equinovaros: a região posterior do pé mostra-se em acentuada flexão e inclinação interna, o meio do pé está rodado internamente e exibe um arqueamento intenso. Sua porção anterior está inclinada internamente.

•Pés metatarsos varos: apenas a parte anterior do pé está desviada internamente com relação ao restante do pé. Trata-se de uma deformidade um tanto mais benigna que se resolve frequentemente com o tratamento com gessos e cunhas.

•Pé plano valgo: nessa patologia, o talo (osso do pé que se articula com a perna) encontra-se em franca flexão plantar e há uma luxação fixa, rígida, do osso navicular do tarso sobre o colo do talo, que impede a redução da deformidade principal. O formato do pé é de um mata-borrão com a sola convexa e o calcâneo fazendo protrusão para trás.

•Pé calcâneo valgo: é a mais benigna das formas de pés tortos congênitos. Nela, observa-se o pé totalmente fletido no sentido dorsal.

O pé torto congênito pode vir associado com outros problemas ortopédicos como dedos extranumerários, por exemplo, ou frouxidão dos ligamentos.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Bronquiolite em lactentes


A bronquiolite em lactentes (zero a um ano) e crianças pequenas é a inflamação dos bronquíolos desses infantes. Ela é mais frequente durante o inverno e princípio da primavera.

Os bronquíolos são pequeninas ramificações dos brônquios, através das quais o ar chega aos alvéolos pulmonares, local onde se dão as trocas gasosas da respiração.

A bronquiolite é uma das infecções respiratórias mais frequentes nos primeiros dois anos de vida, sendo que 80% dois casos ocorrem no primeiro ano de vida, tendo um pico entre os dois e seis meses de idade.

A bronquiolite é causada pela infecção por várias classes de vírus e é agravada pelo inchaço das vias respiratórias e pelo acúmulo de muco que dificulta a passagem do ar, causando sintomas respiratórios.

Nos bebês e crianças pequenas, ainda imaturas, os bronquíolos são mais vulneráveis porque eles são ainda muito pequenos e isso facilita a obstrução e impede a passagem do ar.

O vírus sincicial respiratório é o agente causador mais comum, mas ela também pode ser causada pelo adenovírus, influenza, parainfluenza, rinovírus e enterovírus.

Quando o agente causal é o adenovírus, a doença pode evoluir para um tipo de bronquiolite conhecida como bronquiolite obliterante.

Os principais sinais e sintomas da bronquiolite são: nariz escorrendo, tosse e febre. Após dois ou três dias aparece dificuldade respiratória, chiado no peito e piora da tosse.

Em geral os bebês ficam mais irritadiços e inapetentes. Clinicamente costuma haver uma piora entre o terceiro e o quinto dias de sintomas, com resolução gradual dos sintomas em sete a dez dias. Sendo que a tosse pode persistir por várias semanas.

A maioria dos casos de bronquiolite é benigna e autolimitada, mas uma parte das crianças pode evoluir com piora.

Alguns dos vírus que causam bronquiolite podem causar também otites e/ou laringites e até pneumonia, com os correspondentes sintomas.

Os bebês prematuros, os que nasceram com problemas cardíacos ou pulmonares e os com deficiências no sistema imunológico são mais vulneráveis à bronquiolite e podem desenvolver uma insuficiência respiratória séria que necessita, inclusive, de cuidados hospitalares.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Entrando na Linha



A medida da sua cintura é muitas vezes vista como a melhor forma de verificar o risco de desenvolver uma doença crônica.

Medindo a circunferência da sua cintura você pode verificar de maneira simples a quantidade de gordura corporal que você tem e onde ela está localizada no seu corpo.

O local em que a gordura está localizada pode ser um sinal importante do seu risco de desenvolver um problema de saúde.

Independentemente da sua altura ou constituição, para a maioria dos adultos uma medição da cintura superior a 94 centímetros para os homens e superior a 80 centímetros para as mulheres indica o nível de depósito de gordura que reveste o coração, os rins, o fígado e o pâncreas e aumenta o risco de doença crônica

Como medir sua cintura:


1.Localize o ponto mais alto do osso do seu quadril e a parte inferior das suas costelas;

2.Expire normalmente;

3.Coloque uma fita métrica em torno de sua cintura, ou seja, no local que fica no meio do caminho entre esses dois pontos citados acima;

4.Verifique a sua medida.

Essa medida da cintura é adequada para ser usada para todas as pessoas?

As medidas de cintura devem ser usadas somente para os adultos para verificar o risco de desenvolver uma doença crônica.

As medidas de cintura são recomendadas para homens brancos e mulheres caucasianas e asiáticas.

As medidas de cintura ainda estão para ser determinadas para todos os grupos étnicos.

Para homens asiáticos, acredita-se que elas possam ser mais baixas, já que eles parecem ser mais susceptíveis ao diabetes mellitus e às doenças cardíacas.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Índice de Massa Corpórea


IMC significa Índice de Massa Corporal.

Ele é usado para indicar se você está abaixo do peso, com excesso de peso ou no peso ideal para a sua altura.

É uma medida importante de se conhecer, pois se o seu peso varia acima ou abaixo da faixa ideal, seus riscos para algumas doenças podem aumentar.

Não é uma informação ou um dado único com relação à possível obesidade, mas é importante para definir parâmetros relativos ao seu tratamento.

O IMC é calculado dividindo o peso corporal (em quilogramas) pelo quadrado da altura (em metros). A partir do resultado, basta olhar a tabela de referência e saber a zona de risco em que você se encontra.

Use a calculadora abaixo para calcular o seu IMC e verificar como está o seu peso. Coloque o seu peso corporal em quilogramas e a sua altura em metros. Ou seja, se você pesa 58.400 gramas e mede 1 metro e 75 centímetros, coloque na calculadora 58.4 para o peso e 1.75 para a altura. Clique em calcular e veja o resultado.




Tabela de Referência:

IMC < 18,5 = Baixo Peso 18,5 < IMC < 24,9 = Normal 25 < IMC < 29,9 = Pré-Obesidade ou Sobrepeso = Aumentado 30 < IMC < 34,9 = Obesidade Grau I = Moderado 35 < IMC < 39,9 = Obesidade Grau II = Grave IMC > 40 = Obesidade Grau III = Muito Grave



Baixo peso (IMC inferior a 18.5)

Você está abaixo do peso para a sua altura. É importante procurar manter-se dentro de sua faixa de peso saudável. Estar na faixa de peso saudável vai melhorar a capacidade do seu organismo de combater as infecções ou outras doenças.

Se você está preocupado com seu peso ou se você está perdendo peso sem esforço, converse com seu médico e nutricionista para se certificar de que não existem quaisquer outros problemas que causam isso.

Normal ou Peso saudável (IMC de 18.5 a 24.9)

Você está com o peso saudável para a sua altura. Recomendamos que você também verifique a sua relação cintura-quadril.

Procure manter-se dentro da faixa de peso ideal através de uma dieta saudável, bem equilibrada e faça exercícios regularmente. A maioria dos adultos deve fazer exercícios físicos regulares durante 30 minutos na maioria dos dias da semana.

Um estudo com idosos australianos mostrou que o estado geral de saúde pode ser mais importante do que estar levemente acima do peso. Alguns pesquisadores sugeriram que a faixa de IMC entre 22 e 26 kg/m² é aceitável para idosos australianos.

Pré-obeso ou Sobrepeso (IMC de 25 a 29.9)

Estar acima do peso aumenta o risco de desenvolver doenças coronarianas e outras condições de saúde, como diabetes mellitus. Manter um peso saudável vai ajudá-lo a controlar a sua pressão arterial e os seus níveis de colesterol. Você perde peso quando a quantidade de energia que entra no seu corpo é menor do que o que está sendo usado por seu organismo. Isso geralmente acontece com pessoas que se dedicam a se exercitar mais e a comer uma dieta equilibrada e saudável. Para obter um aconselhamento médico e dietético individualizado, consulte o seu médico e um nutricionista.

Obesidade (IMC superior a 30)

Com o aumento do IMC, o risco de desenvolver doenças coronarianas, diabetes mellitus ou alguns tipos de câncer aumenta. É importante que você tome medidas para reduzir o seu peso corporal. A boa notícia é que mesmo perder pequenas quantidades de peso pode beneficiar a sua saúde. Você perde peso quando a quantidade de energia que entra no seu corpo é menor do que o que está sendo usado por seu organismo. Isso geralmente acontece com pessoas que se dedicam a se exercitar mais e a comer uma dieta equilibrada e saudável.

A obesidade está associada a alguns riscos à saúde, tais como apneia do sono, osteoartrite, pressão arterial elevada (hipertensão arterial), resistência insulínica (diabetes tipo 2), colesterol elevado, doenças coronarianas, acidentes vasculares cerebrais (AVC ou derrame), muitos tipos de câncer, depressão, morte prematura, dentre outros.

Para obter um aconselhamento médico e dietético individualizado consulte o seu médico e um nutricionista. Se o seu IMC está acima de 35, o seu médico poderá aconselhá-lo sobre algumas opções adicionais disponíveis para ajudá-lo na perda de peso.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Psoríase: novo tratamento


O Food and Drug Administration (FDA) aprovou um novo medicamento para o tratamento da psoríase em placas, o Stelara (ustekinumab). A nova medicação é um produto biológico para uso em adultos com psoríase moderada ou severa.

A psoríase em placas é uma doença do sistema imunológico que resulta em produção rápida de células da pele. Ela é caracterizada pelo surgimento de lesões avermelhadas e descamativas, bem limitadas e de evolução crônica.

Stelara é um anticorpo monoclonal produzido em laboratório que mimetiza o trabalho dos anticorpos produzidos naturalmente pelo sistema imunológico. O medicamento trata a psoríase bloqueando a ação de duas proteínas que contribuem para o aumento na produção de células da pele e para a inflamação.

Três estudos com 2.266 pacientes avaliaram a segurança e a efetividade do medicamento.

Uma vez que o Stelara reduz a habilidade do sistema imune lutar contra infecções, há um risco maior de desenvolver infecções. Algumas infecções sérias foram relatadas em pacientes em uso do novo medicamento, por vezes ligando-as à necessidade de hospitalização. Estas infecções podem ser causadas por fungos, vírus ou bactérias que se espalharam pelo corpo. Também pode haver um risco maior de desenvolver câncer.

O FDA está exigindo uma avaliação de risco e estratégia de atenuação para o Stelara que inclui um plano de comunicação direcionado a profissionais de saúde e uma orientação sobre o medicamento aos pacientes.

Fonte: FDA

sábado, 17 de agosto de 2013

Asma


A asma brônquica é uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias, que se expressa pela redução ou obstrução no fluxo do ar respirado, devido ao edema da mucosa dos brônquios, à hiperprodução de muco nas vias aéreas e à contração da musculatura lisa dessa região.

Além disso, pode ocorrer a presença de células inflamatórias nas vias aéreas, exsudação de plasma, hipertrofia muscular, rolhas de muco e descamação do epitélio.

O estreitamento das vias aéreas geralmente é reversível, de forma espontânea ou através de medicações, mas pode também tornar-se irreversível, em pacientes com asma crônica. A asma brônquica pode se iniciar em qualquer momento da vida, mas na maioria das vezes começa na infância.

A asma é causada por uma hipersensibilidade dos brônquios, na maioria das vezes de causa hereditária. Sua fisiopatologia está relacionada à interação entre fatores genéticos e ambientais.

Por um lado, cerca de um terço dos asmáticos possui um familiar (pais, avós, irmãos ou filhos) com asma ou com outra doença alérgica.

Por outro lado, alguns fatores ambientais como alterações climáticas, contato com pólen, mofo, poeira, pelo de animais, fumaça, cheiros fortes, gripes e resfriados e ingestão de certos alimentos ou medicamentos podem atuar como precipitantes ou agravantes da enfermidade.

Em geral os sintomas aparecem ciclicamente com períodos intermitentes de melhora e de piora. Eles se mostram como dificuldade respiratória, dor ou ardência no peito e chiado (sibilância).

Além disso, quase sempre há tosse, expectoração com aspecto de "clara de ovo".

Esses sintomas podem aparecer a qualquer momento do dia, mas tendem a predominar pela manhã ou à noite.

Quando se tornam especialmente intensos, de forma aguda, constituem o que se costuma designar de “crise de asma”.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Entorse de tornozelo


A torção (ou entorse) do tornozelo pode provocar uma situação em que os ligamentos do tornozelo são alongados, as articulações são forçadas e as estruturas que envolvem toda a região, como as fácias, são submetidas a tensões extraordinãrias e quando o pé gira para dentro, podendo até se romper parcial ou totalmente.

Mas, o mecanismo pode ser inverso, com a torsão da região para fora, também, embora naturalmente mais raro...

De qualquer modo, as estruturas "moles" que envolvem os ossos do tornozêlo podem ser afetadas em variados graus, na dependência da extensão do entorse.

A torção no tornozelo pode ocorrer quando se “pisa em falso” num buraco ou degrau, ou então durante a prática de um esporte, quando, por um desequilíbrio, o pé pisa mal no chão.

Outra causa comum da torção do tornozelo são os saltos muito altos, quando se quebram ou quando se “cai” deles.

Esse efeito fica potencializado quando a pessoa tem uma causa qualquer de enfraquecimento dessa articulação.

Também é intensificado quando o paciente é obeso e sobrecarrega a região com o peso extra durante o entorse.

Geralmente as torções de tornozelo se resolvem por si mesmas, em alguns dias.

Podem ser utilizados analgésicos para aliviar as dores.

Deve-se suspender as atividades físicas e evitar-se apoiar o pé no chão, o qual deve ser mantido para cima, o maior tempo possível.

Pode-se aplicar gelo no local, na fase inicial do problema, para reduzir o processo inflamatório decorrente do estresse provocado nos tecidos.

A necessidade ou não de se imobilizar o tornozelo deve ser decidida pelo médico.

No tratamento, a fisioterapia pode ajudar para que a mobilidade e a força normal do tornozelo sejam recuperadas mais rapidamente.

A cirurgia apenas é indicada em casos muito graves e na dependência da extensão de lesões devidas ao trauma.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Fraqueza muscular


A fraqueza muscular é uma das razões mais comuns que levam pacientes a procurarem o consultório médico e é considerada a perda de força muscular, apesar de que muitas pessoas também usam esta expressão quando se sentem fatigados de uma maneira geral ou quando apresentam alguma limitação em função de dor muscular ou articular.

Ela pode afetar poucos ou vários músculos e pode acontecer de maneira súbita ou progressiva.

Pode atingir grupos musculares específicos, como, por exemplo aqueles envolvidos com os movimentos dos olhos, da deglutição e da respiração.

As causas da frqqueza muscular são classificadas de acordo com a localização da lesão que origina o problema e, geralmente, lesões em determinadas localizações manifestam achados clínicos que condizem com a sua origem provável.

Algumas csusas mais comuns de fraqueza muscular:

Tumores cerebrais;

Esclerose múltipla;

Acidente vascular cerebral;

Compressão da medula espinal, por trauma, tumor ou espondilose ("bico de papagaio");

Esclerose Lateral Amiotrófica;

Síndrome pós-poliomielite;

Paralisia bulbar progressiva;

Doenças virais semelhantes à pólio;

Neuropatia relacionada ao uso de álcool;

Polineuropatia de doenças crôncias (como diabetes, por exemplo);

Síndrome de Guillian-Barré;

Neuropatia induzida por drogas;

Neuropatias hereditárias;

Neuropatias infecciosas (difteria, hepatite C, HIV, etc)

Neuropatia morota multifocal;

Neuropatia tóxica (por mercúrio, por exemplo);

Deficiência de vitaminas (Tiamina, B6, B12);

Botulismo;

Miastenia grave e

Intoxicação por organofosforados (agrotóxicos)...

Há outras causas menos comuns.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Porfíria


Porfiria é um grupo de distúrbios raros, hereditários ou adquiridos, que se manifestam como problemas na pele e/ou no sistema nervoso central e que se devem a alterações enzimáticas no processo de formação do heme (grupamento químico contendo um átomo de ferro que se junta às porfirinas para formar a hemoglobina e a mioglobina).

Existem diferentes tipos de porfirias, classificadas de acordo com as deficiências enzimáticas do processo de síntese do heme. Porfiria (do grego porphýra = pigmento roxo) faz referência à coloração arroxeada dos fluidos corporais dos pacientes durante um ataque da doença. As porfirias hereditárias são transmitidas de geração a geração.

A porfiria se transmite de uma geração à geração seguinte, num mecanismo herdado que envolve certas enzimas participantes do processo de síntese do heme.

Normalmente, o corpo produz o heme num processo dividido em diversas etapas, que produz a porfirina.

A fisiopatogenia (como ela funciona) da doença provavelmente está ligada aos precursores da porfirina, o ácido δ-aminolevulínico (ALA) e porfobilinogênio (PBG).

Os portadores de porfiria têm uma deficiência de certas enzimas necessárias para que esse processo se desenvolva normalmente, o que causa o acúmulo de quantidades anormais de porfirina no corpo.

Sabe-se que drogas, infecções, álcool e hormônios, como o estrogênio, podem desencadear ataques de porfiria.

São três os sintomas que formam o conjunto sintomático típico de porfiria:

1.Dor ou cólicas abdominais.

2.Sensibilidade à luz.

3.Problemas com o sistema nervoso e os músculos (convulsões, distúrbios mentais, lesões nos nervos).

As porfirias agudas, de origem hepática, afetam primariamente o sistema nervoso, resultando em dor abdominal, vômitos, neuropatia aguda, convulsões e distúrbios mentais.

Se houver acometimento do sistema nervoso autônomo, pode ocorrer constipação, elevação ou queda da pressão arterial, taquicardia e outras arritmias cardíacas.

Em casos mais graves, pode ocorrer distúrbio eletrolítico, paralisia do bulbo cerebral e distúrbio psiquiátrico grave. Os ataques da doença podem ser desencadeados por diversas drogas e por outros agentes químicos ou alimentos. Os pacientes com porfirias hepáticas têm risco aumentado de terem câncer de fígado.

As porfirias eritropoiéticas afetam primariamente a pele, levando à fotossensibilidade, bolhas, necrose da pele, prurido, edema e aumento do crescimento de pelos.

Em algumas formas de porfiria, o acúmulo de precursores do heme excretados podem mudar a cor da urina, para um vermelho escuro ou púrpura.

Também pode haver acúmulo dos precursores nos dentes e nas unhas, levando-os a adquirir uma coloração avermelhada.

Alguns sintomas da porfiria (pressão arterial baixa, desequilíbrio eletrolítico grave e choque) podem representar risco de vida.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Esôfago de Barrett: o que é?


O esôfago de Barrett é uma condição em que há uma metaplasia (mudança anormal) de células da porção inferior do esôfago, causada pela exposição prolongada ao conteúdo ácido proveniente do estômago.

A condição recebeu esse nome em homenagem ao cirurgião australiano Norman Barrett, que a descreveu pela primeira vez em 1957.

Ele é duas vezes mais frequente em homens brancos que em mulheres e tem uma incidência aumentada em alcoólatras e tabagistas.

É raro entre descendentes de africanos e asiáticos.

O esôfago de Barrett é considerado uma lesão pré-maligna porque pode evoluir para um adenocarcinoma.

O conteúdo do estômago é muito ácido.

Por causa disso, o estômago possui um revestimento especial para resistir a esta acidez alta. No entanto, o esôfago não possui esse revestimento e sofre as consequências da acidez quando o conteúdo do estômago reflui para o esôfago, na doença do refluxo gastroesofágico.

O esôfago de Barrett ocorre, então, em pacientes com refluxo gastroesofágico de duração de vários anos, favorecido pela hérnia de hiato.

Os principais sinais e sintomas do esôfago de Barrett são idênticos aos dos pacientes com doença do refluxo gastroesofágico.

Podem ocorrer também sintomas atípicos e dispépticos e azia noturna.

O tratamento clínico desta enfermidade pode durar anos!

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Glicemia elevada X Demência


É sabido que o diabetes mellitus é um fator de risco para o desenvolvimento de demência. Desconhece-se se os níveis de glicose mais elevados aumentam o risco de demência em pessoas sem diabetes.

O estudo, publicado pelo The New England Journal of Medicine (NEJM), usou 35.264 medições clínicas de níveis de glicose e 10.208 medições dos níveis de hemoglobina glicosilada, de 2.067 participantes sem demência, para examinar a relação entre os níveis de glicose e o risco de demência. Os participantes faziam parte do estudo Adult Changes in Thought e incluíam 839 homens e 1.228 mulheres, com idade média de 76 anos no início do estudo.

Eram portadores de diabetes 232 participantes e 1.835 não tinham a doença. Após análises estatísticas e ajustes para idade, sexo, nível educacional, nível de atividade física, pressão arterial e o estado em relação às doenças coronarianas e cerebrovasculares, fibrilação atrial, tabagismo e tratamento para a hipertensão arterial, foram analisados os resultados.

Durante uma média de acompanhamento de 6,8 anos; 524 participantes desenvolveram demência (74 com diabetes e 450 sem a doença). Entre os participantes sem diabetes, os níveis de glicose médios mais elevados, nos últimos cinco anos, foram relacionados a um risco aumentado de demência, sendo que com um nível de glicose de 115 mg por decilitro (6,4 mmol por litro) comparado a um nível de glicose de 100 mg por decilitro (5,5 mmol por litro), a razão de risco ajustada para demência foi de 1,18 (intervalo de confiança de 95%.

Entre os participantes com diabetes, os níveis de glicose médios mais elevados também foram relacionados a um risco aumentado de demência, sendo que com um nível de glicose de 190 mg por decilitro (10,5 mmol por litro), comparado a um nível de glicose de 160 mg por decilitro (8,9 mmol por litro), a taxa de risco ajustada foi de 1,40.

Estes resultados sugerem que os níveis de glicose mais elevados podem ser um fator de risco para a demência, mesmo entre pessoas não diabéticas. A pesquisa foi financiada pelo National Institutes of Health dos Estados Unidos.

Fonte: The New England Journal of Medicine, volume 369, número 6, de 8 de agosto de 2013

sábado, 10 de agosto de 2013

Autismo: novidades!


Um grupo de cientistas decifraram uma série de padrões biológicos que possibilitam o diagnostico do autismo em crianças menores de um ano, segundo uma pesquisa apresentada nesta quinta-feira na cidade australiana de Adelaide.

A pesquisa, divulgada durante a Conferência para o Autismo na Ásia-Pacífico, mostra como a rede genética interrompe a produção de células cerebrais que acarretam nesta doença, que afeta um em cada 100 crianças em maior ou menor medida.

O autismo é uma síndrome comportamental que causa comprometimentos no relacionamento e interação com outras pessoas, na linguagem e apresenta comportamentos restritos e repetitivos.

Atualmente há a tendência de denominar o autismo dentro de um "espectro autista" tamanha a diversidade de manifestações que integram este quadro!

Abaixo estão exemplos do que pode acontecer ou não com um bebê ou uma criança autista. O diagnóstico só poderá ser determinado por um especialista.

A criança não se reconhece pelo nome. Os pais a chamam e ela não responde. Como ela é capaz de identificar outros sons, não se trata de um problema de surdez.

A criança prefere ficar sozinha. Quando deixada deitada no berço ela não reclama, parece preferir o berço ao colo dos pais.

A criança não fala, não olha e mostra certa apatia. Têm uma fisionomia pouco expressiva e não interage com outras crianças.

Crianças sem autismo geralmente imitam os adultos e querem todas as atenções voltadas para ela, já as crianças com sinais de autismo não acompanham os acontecimentos a sua volta.

Quando a mãe sai para trabalhar ou volta do trabalho, a criança não mostra interesse por ela.

Crianças de cerca de um ano com autismo vão de colo em colo e não estranham as pessoas, como seria esperado de uma criança nesta idade.

Durante a amamentação, a criança com autismo não interage com a mãe.

Os autistas muitas vezes separam os objetos por cor, tamanho, etc. mantendo comportamentos repetitivos e sem finalidade aparente.

A criança fica horas fazendo o mesmo movimento, com o mesmo objeto. No início pode parecer apenas ser uma criança tranquila, mas isso pode ser um dos sinais da doença. Um dos movimentos mais comuns é ficar rodando um objeto.

A criança pode apresentar movimentos corporais repetidos, como movimentos de balanço, às vezes, até de forma violenta.

A criança utiliza as pessoas como instrumento. Pega na mão do adulto e o leva até o lugar onde quer que ele faça algo que ela deseja, ao invés de pedir o que quer na forma de uma solicitação verbal.

Ainda não existe um exame complementar, laboratorial ou de imagens para diagnosticar o autismo infantil. Ele ainda é identificado através de exames clínicos.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Fratura óssea


Uma fratura óssea é a perda da continuidade de um osso, que o divide em dois ou mais fragmentos. As fraturas ósseas são acontecimentos muito frequentes.

Embora haja várias causas acidentais de fraturas, cerca de 40% das fraturas acontecem no ambiente doméstico.

Algumas fraturas são tão simples que nem chegam a ser percebidas ou resolvem-se espontaneamente, mas outras podem ser tão graves que acarretam risco de morte.

Elas podem ocorrer aleatoriamente a todas as pessoas, mas há uma maior incidência em certos grupos específicos, tal como em mulheres após a menopausa, devido à osteoporose (diminuição da densidade do osso pela menor produção de hormônios estrogênicos) e em idosos, devido ao maior número de quedas e à fragilidade óssea e muscular.

Os traumatismos que incidem sobre os ossos com forças superiores a sua capacidade de deformação são as causas mais frequentes de fraturas.

Isso acontece, sobretudo, em quedas, pancadas e acidentes, mas há também fraturas que ocorrem devido a impactos mínimos ou até espontaneamente, chamadas fraturas patológicas, as quais se devem a um anormal enfraquecimento dos ossos, devido à osteoporose ou a tumores ósseos.

As queixas mais comuns são dores, inchaço, incapacidade total ou parcial de movimentos, deformidades e posturas anormais, sinais do traumatismo, como hematomas, lesões cutâneas, etc. Nas fraturas expostas ou complicadas podem aparecer outros sinas e sintomas além desses, dependendo do tipo de evento.

Há uma grande variedade de fraturas. Elas podem ser múltiplas ou únicas, por encurtamento muscular violento ou por torção, completas ou incompletas, oblíquas, epifisárias, fechadas ou abertas, etc. Podem ainda ser classificadas segundo outros critérios:

•Segundo as suas causas:

◦Fraturas traumáticas: representam a maioria das fraturas e são causadas pela aplicação sobre o osso de uma força maior que sua resistência. Podem ocorrer no local do impacto (por exemplo, uma fratura de úmero por uma pancada) ou à distância (por exemplo, uma fratura da clavícula quando se apoia com a mão, após uma queda). Podem ocorrer também por uma contração muscular violenta ou serem devidas à aplicação repetida e frequente de pequenas forças sobre um osso, enfraquecendo-o progressivamente.

◦Fraturas patológicas: muitas vezes ocorrem espontaneamente ou em razão de traumatismos mínimos sobre um osso previamente fragilizado por osteoporose ou por um tumor ósseo.

•Segundo a lesão envolvida:

◦Fraturas simples: apenas o osso é atingido e não há perfuração da pele ou lesão de outras estruturas adjacentes.

◦Fraturas expostas: a pele é rompida e o osso fica exposto ao exterior. Nesse tipo de fratura com frequência ocorre infecção bacteriana e mesmo que ela ainda não esteja presente, justifica-se o uso preventivo de antibióticos.

◦Fraturas complicadas: quando são atingidas outras estruturas além dos ossos, como vasos sanguíneos, nervos, músculos, etc.

Usa-se chamar de politraumatizado ao paciente que tenha sofrido ao mesmo tempo várias fraturas num mesmo ou em diversos ossos. Fraturas cominutivas são aquelas em que o osso se parte em vários pequenos fragmentos.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Tumores ósseos


O tumor ósseo é um nódulo ou uma massa que se forma num osso quando células se dividem de forma incontrolável.

Alguns tumores ósseos nascem no osso e são ditos primários; outros se originam em outras partes do organismo e se espalham para o osso, o que se denomina de metástases ósseas.

Progressivamente, os tumores substituem o tecido ósseo normal pelas células malignas, enfraquecendo os ossos e levando a fraturas patológicas. A maioria dos tumores ósseos é benigna e localizada.

Os tumores ósseos primários malignos podem levar a metástases à distância, em outros ossos ou em outros órgãos, através do sangue ou do sistema linfático.

Os tumores ósseos podem ser benignos (osteocondromas, encondromas, fibromas condromixoides, osteomas osteoides, tumor de células gigantes, condroblastomas) ou malignos (osteossarcomas, tumores de Ewing, condrossarcomas, mielomas múltiplos, plasmocitomas, metástases ósseas), originários do próprio osso ou de órgãos à distância e estabelecidos neles como metástases.

Na medula do osso também podem ocorrer tumores de comportamentos diferentes, que podem simular tumor ósseo primário, mas que, na verdade, são cânceres das células do sangue, os quais são produzidos dentro da medula óssea. Os tumores metastáticos no tecido ósseo podem provir de outros órgãos como mama, próstata, rim e intestino, dentre outros.

Os tipos mais comuns de tumores ósseos malignos são:

•Mieloma múltiplo: é um tumor maligno da medula óssea. É o tumor primário mais comum do osso. A maioria dos casos atinge pacientes com idades compreendidas entre os 50 e os 70 anos e qualquer osso pode ser acometido.

•Osteossarcoma: é o segundo tumor ósseo mais comum, mas é um tumor raro. A maioria dos casos ocorre em adolescentes.

•Sarcoma de Ewing: é mais comum entre os cinco e os 20 anos de idade.

•Condrossarcoma: ocorre mais comumente em pacientes entre 40 e 70 anos de idade.

Os tumores ósseos primários têm causa desconhecida. As causas dos tumores metastáticos dependem de seus órgãos de origem.

Alguns pacientes não têm quaisquer sintomas e apenas percebem uma massa indolor. Quando há sintomas, a dor é o sintoma mais frequente dos tumores ósseos.

É uma dor, intensa e contínua que pode ocorrer em qualquer período do dia, mas que predomina à noite.

Certo número de tumores ósseos geram lesões que enfraquecem o osso e levam a microfraturas ou verdadeiras fraturas que se dão espontaneamente ou ante um traumatismo mínimo e que pioram a dor.

Quando a massa tumoral é próxima a uma articulação, pode provocar diminuição ou bloqueio de movimentos e, se comprime estruturas vizinhas, pode gerar os sintomas correspondentes.

A febre pode partir do tumor em si ou de uma osteomielite (inflamação do osso) superveniente.

Da mesma forma, a íngua (linfonodo crescido) também pode estar relacionada ao processo inflamatório, bem como à disseminação do tumor ósseo.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Hematúria


Hematúria é a perda de sangue pela urina.

Normalmente há a presença de algum sangue na urina, mas em muito pequena quantidade.

Diz-se que há hematúria quando se constata a presença de cinco ou mais hemácias por campo da análise microscópica do sedimento urinário, confirmada em pelo menos duas amostras de urina.

Diz-se, também, que a hematúria é macroscópica quando há perda visível de grande quantidade de sangue pela urina, o que confere a ela uma coloração avermelhada clara (cor de caldo de carne) ou marrom (cor de coca-cola), quando o sangramento for intenso.

Alguns alimentos, como beterraba, páprica e ruibarbo e algumas medicações podem alterar a cor da urina e dar uma falsa impressão de hematúria.

Ela é microscópica quando apenas há perda de pequena quantidade de sangue, não havendo alteração da cor da urina. A hematúria microscópica só pode ser diagnosticada por uma análise feita ao microscópio.

A hematúria é um sinal que não pode ser ignorado, porque tanto pode dever-se a algo simples e fisiológico, como um exercício físico mais intenso, como a algo grave, como um tumor, por exemplo.

Em geral, a hematúria sinaliza alguma doença dos rins ou do trato urinário, mas também pode dever-se a uma causa extra-urinária, como uma doença hematológica ou metabólica, por exemplo.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Caspa (dermatite seborreica)


A caspa é uma descamação excessiva do couro cabeludo, na qual surgem entre os fios de cabelo pequenas escamas brancas, sem a presença de inflamação do couro cabeludo. É considerada a variedade mais comum e mais branda de dermatite seborreica.

A caspa pode ser assintomática ou acompanhada de prurido leve. Sua intensidade costuma piorar nos meses do inverno, principalmente devido aos banhos quentes, que interferem de modo mais acentuado na oleosidade da pele.

Existem diversos tratamentos para a caspa. A via de administração mais utilizada é a tópica, com a utilização de xampus contendo piritionato de zinco ou cetoconazol, por exemplo.

O piritionato de zinco cura o couro cabeludo ao normalizar a queritinização epitelial e a produção sebácea.

Também pode ser utilizado o sulfato de selênio. Há ainda a utilização de xampus com coaltar, mas após a divulgação de pesquisas indicando que sua utilização em longo prazo pode ser carcinógena, o produto em questão tem sido preterido.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Autismo


O autismo é uma síndrome comportamental que causa comprometimentos no relacionamento e interação com outras pessoas, na linguagem e apresenta comportamentos restritos e repetitivos.

Abaixo estão exemplos do que pode acontecer ou não com um bebê ou uma criança autista. O diagnóstico só poderá ser determinado por um especialista.

A criança não se reconhece pelo nome. Os pais a chamam e ela não responde. Como ela é capaz de identificar outros sons, não se trata de um problema de surdez.

A criança prefere ficar sozinha. Quando deixada deitada no berço ela não reclama, parece preferir o berço ao colo dos pais.

A criança não fala, não olha e mostra certa apatia. Têm uma fisionomia pouco expressiva e não interage com outras crianças.

Crianças sem autismo geralmente imitam os adultos e querem todas as atenções voltadas para ela, já as crianças com sinais de autismo não acompanham os acontecimentos a sua volta.

Quando a mãe sai para trabalhar ou volta do trabalho, a criança não mostra interesse por ela.

Crianças de cerca de um ano com autismo vão de colo em colo e não estranham as pessoas, como seria esperado de uma criança nesta idade.

Durante a amamentação, a criança com autismo não interage com a mãe.

Os autistas muitas vezes separam os objetos por cor, tamanho, etc. mantendo comportamentos repetitivos e sem finalidade aparente.

A criança fica horas fazendo o mesmo movimento, com o mesmo objeto. No início pode parecer apenas ser uma criança tranquila, mas isso pode ser um dos sinais da doença. Um dos movimentos mais comuns é ficar rodando um objeto.

A criança pode apresentar movimentos corporais repetidos, como movimentos de balanço, às vezes, até de forma violenta.

A criança utiliza as pessoas como instrumento. Pega na mão do adulto e o leva até o lugar onde quer que ele faça algo que ela deseja, ao invés de pedir o que quer na forma de uma solicitação verbal.

Ainda não existe um exame complementar, laboratorial ou de imagens para diagnosticar o autismo infantil. Ele ainda é identificado através de exames clínicos.

É fundamental que pessoas que trabalham e convivem com crianças saibam identificar sinais ou sintomas típicos de autismo em bebês ou crianças pequenas. Cerca de 60% das crianças com autismo apresentam sinais da doença ao nascer.

Uma vez identificado que o processo de desenvolvimento está alterado, a criança deve ser examinada por um especialista (pediatra, psiquiatra infantil, neurologista infantil) para que o diagnóstico seja feito e os tratamentos reconhecidamente eficazes sejam instituídos.

O diagnóstico precoce e a implantação correta dos tratamentos resultarão em significativa melhoria no desenvolvimento infantil e na qualidade de vida da criança e de seus familiares.

domingo, 4 de agosto de 2013

Alergia e Rinite


Resposta alterada do sistema imunológico diante de substâncias que normalmente são inofensivas à maioria dos seres humanos.

A função deste sistema é distinguir o que faz parte do nosso corpo daquilo que nos é estranho; quando detecta um intruso, o organismo age por meio de uma resposta.

Devido à condição genética do indivíduo alérgico, a reação imunológica é exagerada quando a exposição à substância estranha – chamada de alérgenos – se repete.

Isso provoca manifestações clínicas que dependerão da região do organismo em que estas respostas ocorrerem.

Quando esta alergia se manifesta nas narinas, é chamada de rinite alérgica.

Obstrução nasal, espirros freqüentes, prurido nasal e coriza (secreção) clara abundante.

Coceira na garganta e nas orelhas podem estar presentes, assim como alguns sintomas oculares associados: lacrimejamento, prurido, inchaço e vermelhidão nas pálpebras.

Voz desnasalizada, diminuição do olfato, respiração oral, ronco noturno e mau rendimento físico e mental também podem aparecer.

Não é rara a associação da rinite alérgica com outras manifestações alérgicas como asma brônquica, dermatites e conjuntivites alérgicas.

Muito comum que a rinite alérgica tenha como manifestação, também, a dor de cabeça e isso faz as pessoas equivocadamente dizer que são portadoras de sinusite!

sábado, 3 de agosto de 2013

Medicina Ortomolecular


A Medicina ortomolecular (pronuncia-se ôrto ou órto) é um princípio das atividades da chamada Medicina Alternativa no qual se evidência que as doenças são resultado de desequilíbrios químicos.

Assim, os tratamentos ortomoleculares buscam a restauração dos níveis de vitaminas e minerais considerados ideais no organismo.

Medicina Ortomolecular é o ramo da ciência cujo objetivo primordial é restabelecer o equilíbrio químico do organismo. Este acerto (orto=certo) das moléculas se dá através do uso de substâncias e elementos naturais, sejam vitaminas, minerais, e/ou aminoácidos.

Estes elementos,além de proporcionarem um reequilíbrio bioquímico, combatem os radicais livres.

Mas por que o organismo se desequilibra?

Para entendermos como isto se dá, podemos partir de uma analogia.

O organismo é uma máquina que está permanentemente se produzindo. Durante este processo de produção podem surgir falhas, seja na chegada de matéria-prima (vitaminas, minerais, etc.), seja na própria integração de todo e qualquer sistema que compõe a máquina.

Estes sistemas devem trabalhar de forma harmoniosa, como uma engrenagem.

Estas engrenagens são os sistemas : NEUROENDÓCRINO, PSÍQUICO E IMUNE. Qualquer falha em algum ponto ou mecanismo desta máquina (ser humano) compromete toda a produção (vida), surgindo os defeitos (doença).

Por exemplo: uma pessoa deprimida tem mais chances de apresentar infecções recorrentes, já que uma falha no sistema psíquico leva conseqüentemente a alterações no sistema imune.

Outro fator importante na gênese de várias enfermidades, como artrite e câncer, é a formação de radicais livres.

Podemos entendê-los da seguinte forma: o organismo utiliza cerca de 98 a 99% do oxigênio que consumimos para produzir energia.

A pequena parcela que sobra (1 a 2%) não participa do processo, formando as espécies tóxicas reativas do oxigênio - os radicais livres.

Estes correspondem a átomos ou grupos de átomos com um elétron não emparelhado em sua órbita mais externa, sendo, portanto, muito reativos pois para recuperar o equilíbrio precisam 'doar' o elétron desemparelhado.

Desta forma, combinam avidamente com as várias estruturas celulares do corpo, o que resulta em destruição e, conseqüentemente, em enfermidades. Entre estas podem ser citadas o câncer, osteoartrite, lúpus, enfisema e doenças cardio vasculares.

O Homem está sendo permanentemente submetido a condições que levam ao excesso de radicais livres como, por exemplo, o estresse, o fumo, a poluição, exposições prolongadas ao sol, entre outras.

A Medicina Ortomolecular, através do uso de vitaminas e minerais, objetiva, entre outros, neutralizar os efeitos tóxicos destas espécies reativas, proporcionando uma melhor qualidade de vida.

Ela também trata das deficiências de uma série de nutrientes. Sabe-se, por exemplo, que um fumante gasta 25 mg de vitamina C a cada cigarro que consome.

Caso esta pessoa fume um maço por dia, estará perdendo 500 mg desta vitamina diariamente. E, hoje em dia, sabemos os inúmeros benefícios que esta vitamina proporciona, seja no combate a radicais livres, na síntese de hormônios, ou mesmo estimulando o sistema imunológico.

Todavia, apesar da medicina ortomolecular ter um sentido curativo, ela também é eminentemente preventiva.

Assim, p. ex.,é possível tratar uma pessoa com estresse antes que ele evolua para uma hipertensão arterial. Da mesma forma, é possível tratar obesidade antes que ela ocasione diabetes.

O mais importante é que com a Medicina Ortomolecular o paciente volta a ser encarado como um todo, um conjunto que deve funcionar em harmonia.

Com esta visão global, qualquer tratamento torna-se muito mais vantajoso, pois encontra a origem dos problemas, a verdadeira raiz a partir da qual todo o processo patológico se desenvolve.

Ou, ainda, voltando à analogia, se encontrarmos o defeito exatamente onde ele origina-se na máquina, é muito mais fácil consertá-la antes que o problema atinja toda a produção, que nada mais é do que a própria vida.

É fundamental saber que a Medicina Ortomolecular através dos seus componentes pode ser adquirida em qualquer farmácia tradicional e sem prescrição médica, mas o ideal é que se consulte um médico para não causar hipervitaminose no organismo.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Para que servem?


Por que os homens têm mamilos?

Os mamilos têm uma função óbvia no corpo feminino. Mas para os homens eles parecem não ter importância. Assim, cabe a pergunta: por que os homens têm mamilos?

A resposta é bastante simples. Durante as primeiras semanas da gestação todos os fetos se desenvolvem como um corpo feminino, formando tecido mamário e também os tecidos que formam os mamilos. Após cerca de quatro semanas é iniciado o processo de diferenciação sexual, e o desenvolvimento das mamas nos fetos masculinos pára.

Pesquisadores acreditam que devido a importância que o bom funcionamento dos seios em mulheres tem para a reprodução, a pressão adaptativa não foi suficiente para que a evolução excluísse essas estruturas durante seu processo de modificações.

fonte: Blog Boa Saúde

A medicina ainda não conseguiu explicar a fixação que homens sentem por seios, mas um novo estudo aponta um motivo que pode fazer muito sentido.

O pesquisador Larry Young, da Universidade Emory (EUA), afirma que a evolução do ser humano desenvolveu um circuito neural antigo que tinha o objetivo de fortalecer a ligação entre mãe e bebê através da amamentação. Atualmente, esse circuito funcionaria também como uma forma de estreitar laços entre casais, o que faria com que homens gostassem de seios da mesma forma que os bebês.

Quando os mamilos da mulher são estimulados durante a amamentação, seu cérebro recebe grandes quantidades de oxitocina, conhecida como o hormônio do amor. Isso ajudaria a mulher a concentrar sua atenção e afeto no bebê.

Porém, estudos recentes mostram que esse mecanismo não afeta exclusivamente o relacionamento entre mãe e filho. A estimulação dos mamilos da mulher durante a relação sexual ativa as mesmas áreas responsáveis pela estimulação vaginal e do clitóris. Assim, quando o parceiro toca os mamilos da mulher com suas mãos ou boca, também ocorre a liberação da oxitocina, fazendo com que a mulher se concentre em seu parceiro e fortaleça seus laços com ele.

A evolução fez com que os homens desejassem se tornar mais desejáveis para as mulheres através da estimulação dos seios durante as preliminares e durante a relação sexual.

Dessa forma, a atração que homens sentem por seios seria “um efeito de organização cerebral que ocorre em machos heterossexuais quando eles passam pela puberdade. A evolução selecionou essa organização cerebral em homens que faz com que eles (se sintam atraídos) por seios em um contexto sexual, porque o resultado é que isso afeta o circuito de vinculação feminino, fazendo as mulheres se sentirem mais ligadas a eles. É um comportamento que os homens desenvolveram para estimular o circuito maternal feminino de vinculação”, explica Young.

O pesquisador debate a teoria com mais profundidade em seu novo livro The Quemistry Between Us.

Fonte: Live Science, 26 de setembro de 2012

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Artrite e Artrose


Artrite e artrose são doenças com causas e tratamento diferentes, porém com sintomas que podem ser muito semelhantes, o que costuma causar alguma confusão, fazendo com que as duas condições, que realmente são parecidas, sejam erradamente tratadas como uma patologia única.

A articulação é a região onde há conexão de dois ou mais ossos distintos. Exemplos: joelhos, cotovelo, punhos, tornozelo, ombros, etc. A ilustração à esquerda mostra a articulação do ombro.

As articulações ao longo do corpo não são todas iguais.

Algumas articulações são conectadas por um tecido fibroso, que cola um osso ao outro, tornando-os imóveis, como no caso dos ossos do crânio; outras são ligadas por cartilagens e permitem uma pequena mobilidade como os discos vertebrais que unem as vértebras da coluna; há ainda as articulações móveis, que normalmente são ligadas por uma cartilagem e uma bolsa cheia de líquido (líquido sinovial) permitindo amplo movimento dos ossos com mínimo atrito entre eles, como é o caso do joelho, cotovelo, ombros, etc.

Artrite é o nome que damos quando há um processo inflamatório das articulações; falando de modo mais simples, quando uma ou mais articulações estão inflamadas.

Os principais sintomas da artrite são dor, vermelhidão, inchaço e dificuldade para mover uma ou mais articulações.

Existem várias doenças que podem cursar com artrites, entre elas podemos citar:

- Artrite reumatóide
- Lúpus
- Febre reumática
- Gota
- Psoríase
- Síndrome de Reiter
- Doença de Crohn
- Espondilite anquilosante
- Granulomatose de Wegener
- Outras doenças auto-imunes
- Artrite séptica
- Traumas

Chamamos de poliartrite quando 4 ou mais articulações encontram-se inflamadas ao mesmo tempo.

As poliartrites costumam ocorrer em doenças sistêmicas como no lúpus e na artrite reumatoide.

Monoartrite é quando apenas uma única articulação apresenta inflamação; ocorrem geralmente na gota ou na artrite séptica (artrite infecciosa).

A causa mais comum de artrite, porém, é a artrose. É dela que vamos falar a seguir.

A artrose, também chamada de osteoartrite, osteoartrose ou artrite degenerativa, é uma artrite que ocorre por degeneração das cartilagens das articulações. A cartilagem é um tecido que serve como “almofada” ou “amortecedor” entre dois ossos.

Dos mais de 100 tipos de artrite conhecidos, a osteoartrose é o mais comum.

Ela pode acometer qualquer articulação que tenha cartilagem, porém, na maioria dos casos a doença ataca as articulações das mãos, joelho, quadril e coluna. A osteoartrose pode acometer uma ou várias articulações ao mesmo tempo.

A degeneração da cartilagem na artrose ocorre geralmente pelo envelhecimento da mesma.

Podemos dizer que ela vai “gastando” ao longo dos anos, até o momento que os ossos passam a entrar em contato direto um com outro, fazendo com que o atrito dos movimentos também leve a lesão destes.

Este processo de destruição da cartilagem, e posteriormente dos ossos, causa incapacitação da articulação afetada uma vez que qualquer movimento torna-se muito doloroso.

Além da idade, outros fatores contribuem para o aparecimento das artroses como a genética, obesidade, diabetes, hipotireoidismo etc…

Todas as causas de artrite citadas anteriormente também podem acelerar a destruição das cartilagens, podendo causar osteoartrose precocemente.

Outro fator importante são os traumas nas articulações.

A osteoartrose é uma doença progressiva e sem cura; quanto mais insultos sofrerem as articulações ao longo da vida, mais cedo ela se manifesta.

Uma vez destruída, a cartilagem não se regenera.