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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Maconha medicinal pode causar doenças


Em alguns países, a maconha é utilizada como alternativa terapêutica. Contudo, pesquisa realizada na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, sugere que ela pode fazer mais mal do que bem.

De acordo com os pesquisadores, pacientes que utilizam a maconha por longos períodos de tempo podem começar a sofrer de uma síndrome chamada de hiperemese canabinoide, que causa dores abdominais e vômitos.

Metade dos pacientes atendidos pelo Centro de Controle de Intoxicações de Michigan com a síndrome de hiperemese canabinoide era usuário de maconha medicinal. Entretanto, os pesquisadores ressaltam que a condição não é muito frequente.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Tratamento antidepressivo: algumas informações


O tratamento antidepressivo deve ser entendido de uma forma globalizada levando em consideração o ser humano como um todo incluindo dimensões biológicas, psicológicas e sociais.

Portanto, a terapia deve abranger todos esses pontos e utilizar a psicoterapia, mudanças no estilo de vida e a terapia farmacológica.

Deve-se mencionar que não se trata "depressão" de forma abstrata mas sim pacientes deprimidos, contextualizados em seus meios sociais e culturais e compreendidos nas suas dimensões biológicas e psicológicas.

As intervenções psicoterápicas podem ser de diferentes formatos, como psicoterapia de apoio, psicodinâmica breve, terapia interpessoal, comportamental, cognitiva comportamental, de grupo, de casais e de família.

Fatores que influenciam no sucesso psicoterápico incluem: motivação, depressão leve ou moderada, ambiente estável e capacidade para insight.

Mudanças no estilo de vida deverão ser debatidas com cada paciente, objetivando uma melhor qualidade de vida.

Os antidepressivos produzem, em média, uma melhora dos sintomas depressivos de 60% a 70%, no prazo de um mês, enquanto a taxa de placebo é em torno de 30%.

Esta taxa de melhora dificilmente é encontrada em outras abordagens terapêuticas de depressão, a não ser o ECT (eletroconvulsoterapia).

Em termos de eficácia, em ensaios clínicos, parece não haver diferenças significativas entre as várias drogas, o que não significa dizer que cada paciente responderá a diferentes antidepressivos da mesma maneira.

Qual é o melhor antidepressivo?

Esta pergunta deveria ser formulada da seguinte forma: qual o melhor antidepressivo para quem? Todas as classes têm eficácia similar, portanto, a escolha do antidepressivo deve ser baseada nas características da depressão, efeitos colaterais, risco de suicídio, outros distúrbios clínicos, terapia concomitante, tolerabilidade, custo, danos cognitivos, etc.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Obesidade e Cuidados dentários


Para a saúde bucal, a obesidade não faz nada bem.

Ela está associada com um estado inflamatório crônico que pode levar a periodontite (inflamação e infecção no tecido em torno do dente, que pode alcançar os ossos e causar sérios problemas de saúde à distância da boca).

Isso porque o tecido adiposo funciona como um reservatório de citocinas, que regulam a resposta inflamatória e imunológica.

Assim, quando existe uma agressão à gengiva por bactérias causadoras da periodontite, há uma liberação de citocinas proporcional à quantidade de tecido adiposo.

Portanto, quanto mais obeso o indivíduo com periodontite, maior é a liberação destas substâncias, maior a resposta inflamatória na gengiva e, consequentemente, haverá um aumento da doença periodontal.

Mas, o que são "citocinas"?

É um termo genérico empregado para designar um extenso grupo de moléculas envolvidas na emissão de sinais entre as células durante o desencadeamento das respostas imunes. Constituem um grupo de fatores extra-celulares que podem ser produzidos por diversas células, como Monócitos, macrófagos, Linfócitos e outras que não sejam linfóides. Todas as citocinas são pequenas proteínas ou peptídeos, algumas contendo moléculas de açúcar ligadas (glicoproteínas). As diferentes citocinas podem ser enquadradas em diversas categorias: interferons (IFN), interleucinas (IL), fator estimulador de colônias (CSF), fator de necrose tumoral (TNFa e TNFb), e fator de transformação de crescimento (TGF b).

domingo, 28 de julho de 2013

Inconsciente


Meados do meio do século XIX e um pesquisador chamado E.H. Weber fez uma pesquisa interessante que vale a pena citar.

Ele posicionou pequenos pesos de massas diferentes, um de cada vez, num ponto da pele de voluntários para determinar a diferença de peso detectada pela pessoa, sendo que a diferença de peso entre cada objeto era mínima, embora certamente existente.

Na verdade, a diferença entre cada objeto estava logo abaixo do limite mínimo detectável pela sensibilidade humana.

Em seguida, embora não conseguissem discriminar os pesos, pediam para que o outro identificasse de qualquer forma qual o objeto mais pesado e indicasse, numa escala da 0 a 3, o grau de confiança que tinha em cada palpite.

Naturalmente, em quase todas as tentativas, os homens escolheram zero. Apesar da falta de confiança, na verdade eles selecionavam o objeto correto em mais de sessenta por cento das tentativas.

Bem mais do que se poderia esperar, considerando "o acaso"...

Quando repetiram o experimento com outros contextos, como na avaliação de superfícies, por exemplo, que diferiam levemente no brilho, Weber obteve resultados semelhantes.

Esta foi a primeira experimentação científica conhecida que comprova, ainda de modo simples, que há uma parte inconsciente da mente que trabalha com conhecimentos que escapam da parte consciente dela.

sábado, 27 de julho de 2013

Stents farmacológicos


Intervenção Coronária Percutânea (ICP) em tratamentos multiarteriais ainda é um desafio para a medicina.

Os stents farmacológicos presentes no mercado foram aprovados para o tratamento de lesões não complexas.

Contudo, pacientes diabéticos com doença multiarterial são tradicionalmente relacionados a maiores taxas de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM) após ICP.

Pesquisadores do Hospital do Coração de Sobral, no Ceará, Brasil, realizaram um estudo cuja finalidade foi observar o resultado clínico a longo prazo da implantação de stent farmacológico em pacientes de alto risco.

A partir desses dados, os pesquisadores concluíram que os stents farmacológicos são seguros e eficazes no tratamento de múltiplos em pacientes com Diabetes Mellitus.

O estudo foi apresentado durante o Congresso da SBHCI, que ocorreu entre os dias 24 e 27 de julho de 2013 em São Paulo, Brasil.


Fonte: XXXIII Congresso da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), 24 a 27 de julho, São Paulo, Brasil.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Hiperidrose?


A hiperidrose é uma situação caracterizada por uma sudorese excessiva, superior às necessidades de controle da temperatura.

A produção de suor é regulada pelo sistema nervoso autônomo simpático em relação direta com o controle da temperatura do organismo.

Ele exerce a função de controlar a temperatura do corpo e manter a pele hidratada e, além disso, eliminar água, gordura, sais minerais, ácido úrico e outras substâncias tóxicas.

A hiperidrose é dita primária (ou essencial) quando surge por si mesma ou secundária, quando decorre de outras situações patológicas.

Pode também ser generalizada em todo o corpo ou específica de determinadas regiões, como palmas das mãos, planta dos pés, axilas e virilhas, locais onde há maior número de glândulas sudoríparas.

Algumas hiperidroses parecem ter uma causa genética dominante, outras parecem ser adquiridas devido a um distúrbio da tireoide, da hipófise, do diabetes mellitus, da gota, da menopausa ou de tumores e certos medicamentos, ou de envenenamento por mercúrio.

Fisiologicamente, a hiperidrose deixa mãos e pés frios e constantemente molhados, podendo levar a infecções da pele e à desidratação.

A hiperidrose pode dificultar ou mesmo impedir certas atividades: a mão que tem de manejar ferramentas fica mais escorregadia; os papeis em que se escreve podem ficar molhados; as camisas podem ficar manchadas nas axilas; os sapatos abertos escorregam dos pés, há maior dificuldade para andar descalço; pode ser difícil trabalhar em ambientes quentes e úmidos; torna-se difícil manejar instrumentos musicais, etc.

Além disso, emocionalmente, a hiperidrose gera intensas repercussões sociais, motivando sentimentos como vergonha e constrangimento de todos os tipos.

A pessoa geralmente sofre inibições para cumprimentar as outras com um aperto de mãos ou evita certos movimentos que exponham sua condição, como levantar os braços ou mostrar as mãos, por exemplo.

Ademais, o suor geralmente é visto como sujeira ou mau cheiro, o que não é verdade. O mau cheiro que emana das pessoas que suam muito é causado pela proliferação de bactérias que convivem com o suor.

O tratamento paliativo é feito com antitranspirante (cloreto de alumínio) ou aplicação da toxina botulínica (Botox), que inibe a acetilcolina e inativa as glândulas sudoríparas. Ambos os tratamentos não persistem e precisam ser repetidos periodicamente: o cloreto de alumínio praticamente todos os dias e a toxina botulínica a cada seis a nove meses. Várias outras drogas anticolinérgicas de efeitos inespecíficos também diminuem a hiperidrose.

Ansiolíticos e antidepressivos são utilizados naqueles casos em que se acredita que a ansiedade possa ter um papel importante. Além disso, o cloreto de alumínio pode provocar reações na pele.

O tratamento definitivo é o cirúrgico. Existem vários métodos cirúrgicos para remoção ou destruição das glândulas sudoríparas. Essas cirurgias (simpatectomias) são feitas por meio de pequenas incisões na pele, que quase não deixam cicatrizes. Uma das possíveis complicações delas é uma hiperidrose compensatória nas regiões não operadas. Pode acontecer, também, que as mãos fiquem excessivamente secas (mãos de lixa).

quinta-feira, 25 de julho de 2013

OMS divulga as dez principais causas de morte no mundo de 2000 a 2011


Doença isquêmica cardíaca, acidente vascular cerebral, infecções respiratórias inferiores, doença pulmonar obstrutiva crônica, diarreia e HIV/AIDS permaneceram como as principais causas de morte durante a última década.

A tuberculose não está mais entre os 10 principais motivos de óbito, mas ainda figura entre as 15 primeiras, sendo responsável pela morte de um milhão de pessoas em 2011.

As doenças crônicas causam aumento do número de mortes em todo o mundo: cânceres de pulmão (juntamente com os tumores malignos de traqueia e brônquio) causaram 1,5 milhão (2,7%) de óbitos em 2011; contra 1,2 milhão (2,2%) de óbitos em 2000.

Da mesma forma, a diabetes causou 1,4 milhão (2,6%) de óbitos em 2011; contra 1,0 milhão (1,9%) de óbitos em 2000.

Os acidentes de trânsito custaram cerca de 3.500 vidas por dia em 2011 - cerca de 700 a mais do que no ano de 2000 - tornando-se uma entre as dez maiores causas de morte em 2011. A prematuridade foi responsável por menos 200.000 mortes infantis em 2011, comparado ao ano de 2000, mas permanece entre as dez principais causas.

Em 2011, cerca de 55 milhões de pessoas morreram em todo o mundo. As doenças cardiovasculares mataram quase 17 milhões de pessoas neste ano, ou seja, 3 em cada 10 mortes.

Destes, sete milhões de pessoas morreram de doença cardíaca isquêmica e 6,2 milhões de acidentes vasculares cerebrais.

As doenças não transmissíveis são responsáveis por dois terços de todas as mortes no mundo todo em 2011, acima dos 60% em 2000.

As quatro principais doenças não transmissíveis são as doenças cardiovasculares, o câncer, a diabetes e as doenças pulmonares crônicas.

Coletivamente, as condições maternas, perinatais e nutricionais e as doenças transmissíveis são responsáveis por um quarto das mortes globais, e os ferimentos causaram 9% de todas as mortes.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Cáries dentárias


A cárie dentária é uma doença infecciosa transmissível, de origem bacteriana, que se caracteriza pela destruição localizada dos tecidos dentários, formando uma cavidade no dente, a qual, se não tratada, pode progredir até destruí-lo totalmente.

Acomete grande parte da humanidade, com certo predomínio em algumas áreas, dependendo da alimentação, utilização do flúor, higienização dos dentes e de fatores genéticos.

As cáries dentárias constituem uma doença infecciosa oportunista crônica, de causas multifatoriais e são efetivadas especialmente pelos ácidos lático (principalmente), acético, butírico, propiônico e outros, produzidos pela fermentação ocasionada pelas bactérias que vivem na boca, de resíduos alimentares carbohidratados, contidos na dieta.

A queda do pH (quer dizer, a acidez) causada por esses ácidos ocasiona dissolução do esmalte dos dentes e transporta o cálcio e o fosfato para o meio ambiente bucal, retirando-os dos dentes e favorecendo o aparecimento das cáries.

Quando não se escova corretamente os dentes, acumulam-se sobre eles restos de alimentos, que, junto com as bactérias, aderem-se a eles formando uma placa, na qual as bactérias transformam o açúcar contido nesses resíduos em ácidos corrosivos, originando as cáries propriamente ditas.

A principal dessas bactérias é o Streptococcus mutans.

A mistura dos ácidos que elas ajudam a formar, dos resíduos de comida e da saliva forma a placa bacteriana, uma substância pegajosa que adere ao dente e, se não removida, se mineraliza e forma o tártaro (ou cálculo dental) e, então, as cáries não só aparecem, como se proliferam.

Os alimentos pegajosos também aderem com facilidade à superfície dos dentes e por isso são mais prejudiciais do que os não pegajosos. As pessoas com a síndrome de xerostomia (boca seca ou falta de saliva) têm maior propensão para cáries porque ficam privadas da proteção que a saliva confere ao ambiente bucal.


Durante muito tempo as cáries evoluem assintomaticamente. Normalmente elas só provocam dor de dente quando crescem muito e afetam os nervos (principalmente após ingerir alimentos ou bebidas doces, quentes ou frios); mau hálito e/ou fraturas no dente.

Se não forem tratadas, as cáries poderão dar origem a um abscesso ósseo ou mesmo à perda do dente. Os sinais mais chamativos das cáries são pontos escuros ou orifícios visíveis nos dentes, geralmente também de cor escura.

O dentista pode detectar as cáries ainda nos estágios iniciais, por meio de instrumentos apropriados. As radiografias dos dentes podem mostrar as cáries antes que elas sejam visíveis a olho desarmado.

A própria pessoa em geral só se dá conta de ter uma cárie quando nota um orifício nos dentes ou se eles começam a doer. Em algumas oportunidades, um orifício localizado numa região não visível da boca pode dar origem a uma sensação tátil denunciadora, percebida pela língua ao tocar contra as suas bordas.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Linfonodo Sentinela: o que é isso?


Dá-se o nome de linfonodo sentinela ao primeiro linfonodo (gânglio linfático) a receber células malignas oriundas de um tumor canceroso primário através da circulação linfática.

Ele constitui a primeira barreira defensiva do organismo contra o espalhamento do câncer (contra as metástases) e só depois dele outros linfonodos são afetados.

Mas como pode acontecer que os linfonodos não dêem conta cabal de sua missão defensiva no organismo, algumas células malignas podem escapar e se alojar em órgãos à distância.

As condições em que o linfonodo sentinela é encontrado indicam, com alto grau de precisão, o estado em que se encontram os outros linfonodos da região (axilar, inguinal etc.), mas mesmo um resultado negativo deles não exclui a possibilidade de metástases posteriores, embora isso seja mais raro.

A indicação maior da retirada do linfonodo sentinela faz-se nos casos de câncer de mama e para os raríssimos casos de carcinoma de células de Merkel (células que se localizam na camada basal da epiderme, onde estão ligadas a terminais nervosos da pele).

Sua utilização em outros tipos de câncer ainda é experimental.

O linfonodo sentinela orienta o médico quanto à direção da drenagem linfática do tumor e o estado em que se encontra, sugerindo ou não a retirada dos demais gânglios regionais.

Um dos métodos de identificar o linfonodo sentinela é por meio de um exame feito antes da cirurgia de retirada do tumor, chamado linfocintilografia, no qual uma substância radioativa é injetada na derme horas antes da operação, em regiões escolhidas de acordo com a localização do tumor.

Essa substância é absorvida pelas células cancerosas, gerando imagens que são captadas por uma sonda especial da radiação gama (geralmente um aparelho portátil que possui uma sonda de detecção e sistema de registro digital), permitindo, assim, a avaliação do exame pelo cirurgião.

Em casos de câncer da mama, o outro método consiste na injeção de um corante azul na região da aréola mamária minutos antes do procedimento cirúrgico, o qual é captado pelo linfonodo sentinela. Então o cirurgião procura na axila o linfonodo corado com esse azul e procede à retirada do mesmo.

Ambos os métodos apresentam bons resultados e poucas complicações.

Com o uso de substância radioativa, não é necessário nenhum preparo prévio para o exame; nem mesmo jejum ou suspensão de eventuais medicações que a paciente esteja tomando. Para realizar-se o exame, deve-se fazer a antissepsia do local da injeção com álcool e depois da injeção massagear bem o local. As injeções na pele podem provocar dor e ardência leves no local.

Após a localização do linfonodo sentinela, a projeção dele na pele será demarcada com uma caneta especial no intuito de facilitar a sua localização pelo cirurgião.

Durante a cirurgia de retirada do tumor, o linfonodo acusado como de maior captação (linfonodo sentinela) também é retirado, através de uma pequena incisão na pele e examinado por um patologista durante a operação. Se o linfonodo estiver livre de células tumorais o procedimento termina aí.

No caso de mostrar metástases, os demais linfonodos da região comprometida devem também ser retirados.

Depois da cirurgia, o linfonodo sentinela deve ser submetido a um exame histopatológico (avaliação ao microscópio) mais aprofundado, para detecção de células metastáticas e determinação do tipo delas.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Bebês com propensão a diabetes devem começar a comer antes dos seis meses


Segundo estudo publicado no JAMA Pediatrics, bebês com propensão a diabetes tipo 1 devem iniciar dieta com alimentos sólidos antes que as crianças sem esse risco.

Realizado na Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, o estudo sugere que esses bebês iniciem a alimentação aos quatro ou cinco meses de idade, o que contraria as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) de aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida.

A pesquisa indicou que tanto a exposição precoce (antes de quatro meses de vida) quanto a tardia (depois de seis meses) a alimentos sólidos estava associada ao risco de diabetes tipo 1. Dessa forma, os dados do estudo indicam que a idade ideal para a introdução de alimentos sólidos na alimentação das crianças é entre os quatro e cinco meses de idade, não se abandonando a amamentação.

sábado, 20 de julho de 2013

Toque retal: exame muitas vezes necessário


O toque retal é o exame feito através da introdução do dedo indicador do médico, revestido de luva esterilizada, no ânus do paciente, o que permite palpar a porção mais distal do reto (porção final do intestino grosso), bem como a próstata, e analisar possíveis anormalidades existentes nesses órgãos.

O toque retal é muito utilizado pelos urologistas para examinar a próstata, uma glândula externa ao reto, mas que repousa diretamente sobre ele.

Vou abordar especificamente sobre esse uso do toque retal.

Esse exame, juntamente com as dosagens sanguíneas de antígeno prostático específico (PSA), representa a melhor e mais segura maneira de detectar precocemente a suspeita ou a existência do câncer de próstata que, do contrário, pode evoluir silenciosamente e só exibir sintomas quando já estiver muito evoluído ou produzir metástases.

Por isso, recomenda-se que exames regulares de toque retal e dosagem de antígeno prostático específico sejam feitos em homens a partir dos 40 ou 50 anos de idade.

Afinal, costuma-se dizer, possivelmente com um exagero leigo, que o homem que viver muito "teve, tem ou terá" câncer na próstata.

A próstata é uma glândula exócrina, pertencente ao sistema reprodutor masculino, localizada abaixo da bexiga e à frente do reto, envolvendo a uretra. No homem adulto, a próstata normal pesa cerca de 20 gramas.

Ela pode ser dividida em quatro zonas:

•Zona periférica: envolve a uretra distal e é onde se alojam 70% dos cânceres de próstata.

•Zona central: envolve os ductos ejaculatórios, é de onde partem cerca de 25% de todos os cânceres de próstata.

•Zona transicional: raramente associada ao câncer, mas que é responsável por uma hiperplasia prostática benigna.

•Zona fibromuscular anterior: composta somente de músculos e tecido fibroso. Anatomicamente, pode ser dividida em lóbulos anterior, posterior, laterais (direito e esquerdo) e medial.

Sua função principal é produzir e armazenar um fluido incolor e alcalino (pH 7,29) que constitui parte do volume do fluido seminal, o qual, juntamente com os espermatozoides, forma o sêmen. Seus músculos lisos ajudam a expelir o sêmen durante a ejaculação.

A correta função da próstata conta com a presença de hormônios masculinos, sobretudo a testosterona, produzida principalmente nos testículos.

São três as principais doenças que podem acometer a próstata:

•Hiperplasia benigna da próstata: caracterizada por um aumento benigno do tamanho da próstata, que normalmente se inicia após os 40 anos de idade.

•Prostatite: é a inflamação da próstata.

•Câncer da próstata: pode evoluir silenciosamente até que haja disseminação da doença.

O procedimento é muito simples e rápido, feito em consultório e dura apenas alguns minutos, se tanto.

Normalmente, o paciente estará deitado numa maca ou cama, em uma posição parecida à posição ginecológica das mulheres, de barriga para cima, com as pernas fletidas e abertas, ou deitado de lado, apoiado na mesa de exame, e deve manter o ânus acessível e relaxado.

O médico, usando luvas, é claro, lubrifica seu dedo indicador e o introduz no ânus do paciente, solicitando a ele que efetue um leve esforço defecatório e então palpa o interior do reto e, privilegiadamente, a próstata.

O exame é indolor e pode apenas ocasionar algum ligeiro desconforto, o qual pode ser aumentado devido ao não relaxamento da musculatura do ânus.

O preconceito que ronda o exame, da parte de muito homens, tem feito com que o câncer de próstata possa progredir muito antes de ser diagnosticado, dificultando sobremaneira o tratamento ou mesmo tornado-o impossível.

Deve-se ter em mente que alguns tumores de próstata são tão indolentes e de evolução tão lenta que nem chegam a necessitar tratamentos, mas outros são bem mais agressivos, crescendo e dando metástases mais rapidamente.

Daí ser de toda conveniência que sejam diagnosticados bastante precocemente.

O simples acompanhamento através das dosagens sanguíneas do antígeno prostático específico (PSA) não oferece segurança suficiente porque não há uma correspondência linear entre os níveis sanguíneos do PSA e a evolução do câncer de próstata.

Pessoas com PSA elevado podem não ter câncer e outras com PSA normal podem tê-lo. Além disso, o PSA sofre influência de muitos outros fatores que não o câncer.

Tampouco os exames de imagens podem substituir o toque retal. O câncer de próstata, ao contrário de outros cânceres, não forma um tumor, mas se distribui em numerosos pequenos nódulos que só podem ser percebidos ao toque retal.

O toque retal é um exame importante para a área da proctologia, já que muitos tumores e outras doenças se manifestam na porção terminal do reto.

É também de grande importância para a urologia porque permite palpar a próstata através do reto. Estima-se que todo homem que viver até os 100 anos terá algum tumor na próstata.

Como um meio de levantar precocemente a suspeita do câncer de próstata, o toque retal deve ser feito pelo menos uma vez ao ano por homens acima dos 50 anos, ou acima dos 40 anos para aqueles incluídos em grupos de risco: descendentes de negros, homens com parentes de primeiro grau que tenham tido câncer de próstata, homens com PSA acima de 2,5 ng/mL, etc.

No entanto, somente uma biópsia da próstata pode diagnosticar com certeza o câncer e determinar a sua gravidade.

O exame de toque retal é inadequado para diagnosticar ou monitorar muitas doenças que afetam o cólon porque ele apenas examina menos de 10% da mucosa do órgão.

Em geral, o toque retal pode ser usado para diagnosticar tumores retais; examinar a próstata; diagnosticar apendicite e casos de abdômen agudo; estimar a tonicidade do músculo esfíncter anal; fazer palpações ginecológicas de órgãos internos; avaliar hemorroidas etc.

Muitas vezes o resultado do exame pode sugerir uma proctoscopia (exame endoscópico do reto), uma colonoscopia (exame endoscópico do cólon) ou uma biópsia de próstata.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Aposentadoria mais tardia reduz risco de demência



Um estudo francês apresentado na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer (AAIC) 2013 associa a idade mais avançada na época da aposentadoria a um risco reduzido de desenvolver demência.

Evidências sugerem que o envolvimento em atividades intelectualmente estimulantes ao longo da vida pode proteger contra o desenvolvimento da doença de Alzheimer e outros tipos de demências. A atividade profissional pode ser um determinante importante da atividade mental.

No entanto, "muitos poucos estudos analisaram a idade na época da aposentadoria e o risco de demência", disse a coordenadora da análise, Dra. Carole Dufouil, PhD, diretora de pesquisa em neuroepidemiologia no INSERM, da Escola de Saúde Pública de Bordeaux, na França. Estas novas descobertas ressaltam a "importância de manter altos níveis de estimulação cognitiva e social por meio do trabalho e da vida do aposentado", afirma a Dra. Dufouil.

Nesta pesquisa foram avaliados dados de saúde e aposentadoria de 429.803 trabalhadores independentes que viviam na França e se aposentaram em 31 de dezembro de 2010. De acordo com os resultados do estudo, para cada ano a mais de idade no momento da aposentadoria, o risco de demência foi 3,2% inferior. Durante a AAIC 2013, Dufouil informou que "na amostra, todos os outros fatores de risco eram iguais. E aqueles que se aposentaram aos 65 anos de idade tiveram um risco 14,6% menor de desenvolver demência do que aqueles que se aposentaram aos 60 anos de idade".

Mesmo após a exclusão de trabalhadores com demência diagnosticada dentro de cinco anos após a aposentadoria, os resultados permaneceram inalterados e altamente significativos (P<0,0001).

O estudo foi financiado pelo Centro Internacional de Longevidade da França e apresentado oralmente na Conferência Internacional da Associação Alzheimer (AAIC) 2013. Os autores não declararam relações financeiras relevantes.

Fonte: Medscape, de 16 de julho de 2013

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)


Como o próprio nome indica, a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença crônica e progressiva que acomete os pulmões e destrói e/ou danifica os alvéolos.

Ela é insidiosa e se desenvolve aos poucos. Durante anos pode apresentar apenas sintomas ligeiros que se tornam mais intensos e limitantes nos seus estágios avançados.

A doença pulmonar obstrutiva crônica faz com que o ar fique retido nos pulmões e reduz a quantidade de capilares nas paredes dos alvéolos.

Estas alterações prejudicam as trocas gasosas (oxigênio por gás carbônico e vice versa) que ocorrem nos alvéolos.

Nas primeiras fases da doença, a concentração de oxigênio no sangue é reduzida, mas os valores de gás carbônico permanecem inalterados.

Em fases mais avançadas, os valores de gás carbônico no sangue se elevam, enquanto a concentração de oxigênio é reduzida ainda mais.

A doença é consideravelmente mais frequente em fumantes e em pessoas que tiveram tuberculose.

Ela é parcialmente reversível em alguns casos iniciais.

A doença pulmonar obstrutiva crônica é associada a enfermidades como bronquite crônica, asma crônica, enfisema pulmonar e bronquiectasia e também é causada ou agravada pelo tabagismo, pela exposição passiva ao fumo, à poeira e pela poluição ambiental.

Normalmente a doença desenvolve-se após vários anos dessas agressões aos pulmões, levando a danos irreversíveis, em geral.

Os fatores genéticos podem também influenciar no surgimento da doença pulmonar obstrutiva crônica, quando há a presença de enzimas relacionadas à destruição do parênquima pulmonar, como, por exemplo, uma afecção hereditária rara que desenvolve enfisema em crianças ou adolescentes.

Os sintomas da doença pulmonar obstrutiva crônica instalam-se aos poucos.

De início, a dispneia ocorre apenas quando o paciente realiza esforços maiores, porém, com o passar do tempo, o paciente apresenta dificuldades para respirar quando desempenha tarefas corriqueiras ou mesmo quando está em repouso.

O paciente fumante pode exibir, desde o início, uma tosse e pigarrear característicos. Os principais sinais e sintomas da doença pulmonar obstrutiva crônica estabelecida são:

•limitação do fluxo aéreo (dificuldade para respirar);

•dispneia (falta de ar);

•chiado no peito;

•hemoptise;

•tosse com expectoração (principalmente de manhã, em virtude de uma maior coleção de catarro à noite).

A hiperinsuflação dos pulmões leva a danos das fibras musculares do diafragma, fadiga muscular, insuficiência respiratória e outras consequências. No exame físico de alguns pacientes, pode-se encontrar tórax em tonel e dispneia.

Na ausculta, o médico pode observar alterações características dos sons pulmonares.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Antígeno Prostático Específico ou PSA


O antígeno prostático específico, geralmente referido como PSA (Prostate-specific antigen), é um marcador tumoral utilizado em conjunto a outros recursos para o diagnóstico e o acompanhamento da evolução do câncer da próstata. O nível de PSA é medido no sangue.

Níveis baixos de PSA no sangue são normais, mas eles podem aumentar em casos de câncer da próstata ou mesmo em condições benignas (não cancerosas), como as prostatites (inflamações da próstata) e a hiperplasia benigna da próstata (aumento benigno da próstata). Com a idade, há um aumento da chance de ocorrerem tanto as condições benignas quanto as alterações malignas.

A prostatite ou a hiperplasia benigna da próstata parecem não evoluir para o câncer, mas pode ocorrer que o homem tenha concomitantemente as duas situações e também um câncer da próstata. Isoladamente, os níveis de PSA não permitem distinguir entre essas condições, contudo, o médico os toma em conta juntamente com outros sinais e/ou sintomas.

O teste de PSA deve ser feito periodicamente em homens a partir de 50 anos, em conjunto com o exame de toque retal, como medida preventiva para detectar o câncer da próstata. Os homens que pertecem aos grupos de risco (herança, raça, dieta etc) devem fazer esses exames a partir de 40-45 anos.

Durante o exame de toque retal, o médico pode palpar a glândula prostática através da parede retal para procurar elevações ou áreas anormais. O teste do PSA e o exame de toque retal geralmente são usados como testes de rastreio para detectar precocemente o câncer da próstata ainda sem sintomas. O teste de PSA também pode ser usado para acompanhar pacientes com câncer da próstata e avaliar sua evolução. Diante de um nível aumentado de PSA, o paciente deve repetir o teste ou realizar outros exames complementares que ajudem a esclarecer a ocorrência.

Na maioria das vezes, a dosagem do PSA é pedida pelo médico para reconhecer ou excluir o câncer de próstata ou para analisar a evolução do câncer já instalado. O médico realiza, junto a este exame, o toque retal e a ultrassonografia transretal. O PSA sanguíneo é quase todo ele liberado a partir da próstata, embora essa enzima também exista em células das glândulas parótidas, mamárias e do pâncreas.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Líquen Plano


Líquen plano é uma doença inflamatória crônica que afeta as mucosas, a pele, as unhas e o cabelo, acometendo igualmente homens e mulheres, sendo inabitual em crianças. A área mais comumente envolvida é a mucosa da boca.

As lesões orais são mais frequentes e resistem mais ao tratamento que as cutâneas. O aparecimento das lesões, em geral, está associado ao estresse.

A doença começa com pequenas pápulas que logo se combinam até formarem placas rugosas e descamativas.

As lesões bucais podem ser lineares, anulares ou reticulares e terem diferentes formas clínicas: erosiva, reticular, atrófica, bolhosa, em placa ou papular.

A forma reticular, tipo mais comum, caracteriza-se pela presença de numerosas linhas ou estrias que se entrelaçam produzindo um padrão rendilhado.

Embora haja controvérsias entre autores, a Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica o líquen plano como uma condição pré-maligna.

Na verdade, apenas uma pequena parcela (menos de 0,5%) dos líquens planos transforma-se em cânceres, mas o risco de malignização aumenta na presença de fatores mutagênicos, como o álcool, o fumo e a candidíase.

Ainda são desconhecidas todas as causas de líquen plano, porém sabe-se que as lesões aparecem com mais frequência em situações de estresse. A doença tende a desaparecer por si só, mas volta a aparecer em alguns meses.

Os episódios da doença podem durar anos, são muito incômodos e desconfortáveis para o indivíduo.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Mieloma múltiplo


O mieloma múltiplo é um câncer de células plasmáticas da medula óssea que têm a função principal de produzir anticorpos que ajudam o corpo a combater as infecções.

A doença afeta principalmente adultos mais velhos.

No mieloma múltiplo, o crescimento descontrolado das células plasmáticas dificulta a produção de hemácias e plaquetas e forma tumores nas áreas sólidas dos ossos.

As causas ainda são desconhecidas, mas o tratamento prévio com radioterapia corresponde a um fator de risco.

Durante algum tempo o mieloma múltiplo pode evoluir sem sintomas, mas a partir do crescimento das células cancerosas, pode ocorrer dor nos ossos ou nas costas.

Se os ossos da coluna forem afetados, poderão pressionar as raízes nervosas, gerando dormência ou fraqueza nos braços e nas pernas.

O mieloma múltiplo também causa anemia, o que torna a pessoa mais propensa a infecções e hemorragias.

Além disso, pode haver febre, dificuldade para respirar e fraturas ósseas sem explicação.

Muitas vezes, a primeira suspeita é dada por achados sugestivos em exames feitos por outros motivos.

Outras vezes, são os sintomas de alguma complicação que dão a primeira notícia do problema.

Uma biópsia de medula óssea é decisiva para selar o diagnóstico desse tipo de câncer, mas alguns outros exames podem oferecer indícios valiosos.

Além do hemograma, que fornece a quantidade e o tipo de células sanguíneas, os demais exames de sangue normalmente são usados para verificar os níveis de cálcio, o nível específico de certas proteínas e a função renal.

Exames de urina também ajudam a avaliar a excreção desses mesmos elementos.

As radiografias e os outros exames de imagem podem mostrar áreas ocas dentro dos ossos ou fratura dos mesmos.

A densitometria óssea pode mostrar a perda de substância óssea.

sábado, 13 de julho de 2013

Retinopatia Diabética


A retinopatia diabética é uma complicação microvascular que pode ocorrer no diabetes mellitus, afetando a retina, e que pode levar à perda total da visão, sendo a principal causa de cegueira entre adultos acima de 20 anos.

A retinopatia diabética ocasiona rompimento dos vasos sanguíneos da retina, causando hemorragia e infiltração de gordura em seu interior.

O diabetes tipo 1 causa complicações oculares mais frequentes e mais graves, mas o diabetes tipo 2, muito mais incidente, é responsável por um número maior de casos de pacientes com baixa visão em razão da retinopatia diabética.

O tempo de duração do diabetes mellitus é o fator de risco mais importante para a retinopatia diabética.

Após 20 anos de evolução do diabetes, esta complicação está presente em praticamente todos os pacientes com diabetes tipo 1 e em 50 a 80% dos pacientes com diabetes tipo 2.

Um segundo fator de risco é o grau de hiperglicemia.

Níveis normais ou perto no normal de açúcar no sangue previnem ou retardam o início da retinopatia diabética. Outros fatores de risco são a hipertensão arterial e a nefropatia.

Também a gestação, bem como a puberdade e a realização de cirurgia de catarata são condições que podem promover avanço das lesões da retinopatia diabética. O uso de aspirina, por seu turno, não aumenta o risco de hemorragias.

O efeito do fumo é controverso, mas deve-se evitar a obesidade, o consumo de álcool, a dislipidemia e o sedentarismo.

Nos pacientes com diabetes tipo 1, a retinopatia geralmente se instala após três a cinco anos de evolução da doença e raramente surge antes da puberdade.

Em contrapartida, em pacientes com diabetes tipo 2, a retinopatia pode já estar presente em algum grau no momento em que for diagnosticado o diabetes.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Pessoas alegres correm menos risco de infartos!



Segundo estudo do Johns Hopkins Hospital, nos Estados Unidos, que envolveu 1.483 pessoas saudáveis, mas que apresentaram eventos coronarianos antes dos 60 anos de idade, que foram monitoradas dos cinco aos 25 anos de idade.

Publicado no American Journal of Cardiology, o estudo mostrou que depois de uma média de 12 anos de acompanhamento, foram documentados 208 eventos coronarianos (ataques cardíacos, morte súbita cardíaca, síndrome coronariana aguda, necessidade de implantação de stents ou de cirurgia de bypass.

Os pesquisadores descobriram que o bem-estar positivo dos participantes foi associado com uma redução de um terço em eventos coronarianos, mas entre aqueles que apresentam maior risco de um evento coronário, houve uma redução de quase 50%.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Fratura de fêmur


O fêmur é o osso mais longo, mais volumoso e mais resistente do corpo humano, localizado na coxa, entre o quadril e o joelho.

Uma pessoa com 1,80 metro de altura normalmente tem um fêmur de aproximadamente 50 centímetros de extensão e pode, quando normal, suportar uma pressão de até 1.200 Kg por centímetro quadrado.

Ele é formado por uma diáfise, a haste longa do osso, e duas epífises, extremidades alargadas por meio das quais articula-se proximalmente com o osso do quadril e distalmente com a patela e a tíbia.

A extremidade proximal, chamada cabeça do fêmur, é lisa e arredondada e se liga ao corpo do fêmur (diáfise), através do colo do fêmur, que forma um ângulo obtuso com a sua haste.

No entanto, quando afetado pela osteoporose (doença que acomete uma grande percentagem de mulheres depois da menopausa, mas que também pode afetar os homens e que consiste num enfraquecimento dos ossos), devido a uma desmineralização que ela acarreta aos ossos, o colo do fêmur pode sofrer fraturas com facilidade.

A fratura da porção proximal do fêmur (colo do fêmur) e da sua área articular é um dos problemas ortopédicos mais comuns nos idosos, sobretudo em mulheres. O osso pode tornar-se tão enfraquecido que um simples movimento de torção provoca uma fratura patológica.

Uma pessoa idosa pode cair e quebrar o quadril, mas em muitos pacientes a queda deve-se a uma fratura precedente. Nesses casos, a pessoa não fratura porque cai, mas cai porque fratura.

Ocasionalmente, uma pessoa sadia também pode fraturar o colo do fêmur em razão de um traumatismo violento, mas isso é mais raro.

A fratura do colo do fêmur pode ser completa ou incompleta e a linha de fratura pode localizar-se em qualquer nível do osso.

Quanto mais horizontal ela for, melhor será o prognóstico do tratamento.

O tratamento da fratura do colo do fêmur é cirúrgico, precedido de uma tração que visa recolocar no lugar as partes ósseas afetadas, as quais devem, em seguida, serem fixadas por meio de pinos ou parafusos.

Desde o primeiro dia, o paciente pode assentar-se na cama ou numa poltrona e deve começar a andar o mais cedo possível, mesmo que de início usando muletas, as quais podem ser completamente abandonadas ao final da segunda semana.

Pessoas idosas devem ser especialmente cuidadas quanto à possibilidade de ocorrerem trombose venosa da panturrilha (“batata” da perna), embolismo pulmonar, pneumonia ou úlceras de decúbito.

Se houver outros fatores de risco para essas ocorrências, os anticoagulantes podem ser usados, mas no geral elas podem ser evitadas por outros cuidados, tais como:

•Deambulação precoce (andar o mais cedo possível).

•Movimentação adequada das pernas e dos pés.

•Mudanças frequentes de posição, etc.

Em alguns casos é necessário colocar uma prótese de uma liga de titânio em substituição à cabeça do fêmur.

Em crianças, se não ocorre deslocamento, a fratura do colo do fêmur pode ser tratada por redução fechada e engessamento, mas se há luxação deve-se preferir a fixação interna, com cirurgia.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Quer engravidar? Cuidado com o que você come


Mulheres que estão tentando engravidar devem ser ainda mais cuidadosas com sua saúde, e mudar a alimentação faz parte desse processo.

O ácido fólico é essencial para a gestante, e médicos indicam que é bom iniciar seu consumo até mesmo três meses antes da gestação começar.

Isso aumenta as chances de o bebê ser saudável.

Também é indicado que a mulher abandone açúcares refinados e gordura saturada.

Troque esses alimentos por opções saudáveis que tenham os nutrientes necessários para o bom funcionamento do corpo.

Procure comidas ricas em proteínas, cálcio e ferro.

Gestantes vegetarianas podem precisar de suplementação de ferro.

Adotar hábitos melhores antes de a mulher engravidar pode ajudá-la a manter uma dieta mais saudável durante a gestação.

Porém, é essencial que a mulher converse com seu médico e se informe quanto à sua nutrição, lembrando-se que cada caso é diferente, e ela pode ter necessidades específicas que apenas o profissional saberá abordar.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Memória?


Ler, escrever e praticar atividades que estimulam o cérebro em qualquer idade pode ajudar a prevenir a perda de memória na velhice.

Pesquisadores do Centro Médico da Universidade Rush, nos Estados Unidos, recrutaram 294 pessoas que passaram por testes anuais que mediam sua memória uma vez ao ano durante seis anos. A idade média de morte foi de 89 anos.

Os voluntários responderam, também, a questionários sobre hábitos de leitura, escrita e participação em outras atividades que estimulam o cérebro durante a infância, a adolescência, a fase adulta e na sua idade atual.

Os resultados, publicados na edição on-line da revista Neurology, mostraram que a taxa de declínio mental foi reduzido em 32% nas pessoas que realizaram atividades estimulantes ao longo da vida.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Cálculos Biliares


Cálculos biliares, cálculos na vesícula ou “pedras” na vesícula são termos usados para referir-se a concreções que se formam no interior da vesícula biliar, um órgão que se localiza junto ao fígado e tem a função de armazenar a bile produzida por ele.

Em grande parte (cerca de 90%) esses cálculos são formados de colesterol e, em menor parte (cerca de 10%), por pigmentos de bilirrubina.

Os cálculos biliares podem ser únicos ou múltiplos (às vezes centenas), e se formam no interior da vesícula, podendo migrar para os ductos que a ligam ao intestino.

Eventualmente, podem causar infecções na vesícula ou obstruir o colédoco (canal de escoamento da bile), causando dor aguda, conhecida como cólica biliar.

Existe uma inegável predisposição genética, mas há outros fatores que favorecem o aparecimento dos cálculos na vesícula, como:

•Obesidade.

•Perda importante de peso.

•Uso de anticoncepcionais orais.

•Dieta rica em gorduras.

•Pressão arterial elevada.

•Vida sedentária.

•Tabagismo.

•Anemia hemolítica crônica, em virtude da destruição das células vermelhas do sangue.

Esses distúrbios predominam no sexo feminino, na idade avançada e na gravidez.

Muitas vezes, os cálculos na vesícula são assintomáticos e a pessoa nem imagina que os tenha. O sintoma mais gritante que produzem é a cólica biliar, que ocorre quando provocam inflamação da vesícula ou quando migram, obstruindo os canais que drenam a bile, causando uma distensão aguda da vesícula biliar.

A história clínica do paciente, em geral bastante característica, é o primeiro dado sugestivo.

A confirmação dos cálculos pode ser feita por meio da ultrassonografia abdominal, uma vez que eles, ao contrário dos cálculos renais, não aparecem na radiografia simples do abdome.

Também a cintilografia pode ser utilizada e fornece informações sobre o fluxo de bile e, indiretamente, sobre os cálculos.

sábado, 6 de julho de 2013

Cirrose Hepática


Cirrose é o nome genérico que se dá à patologia que transforma as células originais do tecido de um órgão em tecido fibroso.

É um processo cicatricial e acontece em virtude da ação de diversos elementos agressores.

Com isso, o órgão perde sua especificidade funcional, porque o tecido fibroso não desempenha qualquer função fisiológica.

Geralmente o termo cirrose, sem adjetivação, é utilizado para designar a fibrose do fígado porque esse é, de longe, o tipo mais comum de cirrose.

A cirrose hepática surge devido a um processo crônico e progressivo de inflamações, que resultam numa fibrose difusa, na formação de nódulos, e frequentemente, necrose celular.

Esse processo estrangula a circulação do sangue que chega ao fígado através da veia porta (grande tronco venoso que drena o sangue vindo do sistema digestivo para o fígado), provocando um aumento de pressão no interior desta veia e a uma insuficiência hepática progressiva que pode terminar numa falência total do fígado.

O álcool é apenas a causa mais conhecida de cirrose hepática, mas toda inflamação que afete o fígado pode levar a ela.

Assim, as diversas formas de hepatites, virais ou não, doenças metabólicas, distúrbios vasculares, colangites, insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência congênita de ductos intrahepáticos, etc., podem levar a esta condição.

Há, também, uma cirrose criptogênica, de causa desconhecida.

A cirrose é considerada uma doença terminal do fígado e para ela convergem diversas doenças diferentes, levando a complicações decorrentes da destruição de suas células, da alteração da sua estrutura e do processo inflamatório crônico.

Durante um bom tempo praticamente não há sintomas, porque a parte saudável do fígado consegue compensar as funções das partes afetadas.

Mais tarde podem surgir sinais e sintomas devidos ao aumento de pressão na veia porta, como ascite, esplenomegalia e hemorragia digestiva, entre outros, e de insuficiência hepática, desnutrição, hipoproteinemia, icterícia, ginecomastia, encefalopatia hepática.

Outros sintomas podem ocorrer, na dependência do grau de evolução e da natureza da doença como, por exemplo, aranhas vasculares na pele, cãibras, síndrome hepatorrenal, eritema palmar, unhas abauladas em forma de baquetes, fraqueza, adinamia, fadiga, anorexia, náuseas, irregularidades menstruais.

O diagnóstico precoce é difícil, porque durante muito tempo a parte sadia do fígado compensa a parte lesada, mas o diagnóstico de cirrose deve ser suspeitado toda vez que existam indícios clínicos e laboratoriais de insuficiência hepática.

Na dependência da gravidade da enfermidade esses sinais podem ser muito discretos (como fadiga ou hipoalbuminemia, por exemplo) ou muito intensos (como hemorragias por varizes, por exemplo).

Exames de imagem podem ajudar no diagnóstico, mas a confirmação deve ser feita pela biópsia hepática.

Quando a cirrose já está estabelecida, as provas de funções hepáticas geralmente são muito alteradas.

O médico procurará, também, pela causa da cirrose que, em alguns casos, não conseguirá determinar.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Cálculo renal


Cálculos renais, cálculos urinários, urolitíase, nefrolitíase, ou “pedra nos rins” são concreções de cristais minerais que se formam no interior da árvore urinária e que podem migrar através dela ou obstrui-la, causando dor, muitas vezes muito intensa!

Eles começam bem pequenos e vão crescendo progressivamente, podendo atingir tamanhos descomunais, em referência às dimensões dos rins.

Incidem mais nos homens que nas mulheres.

Na maior parte dos casos, os cálculos são formados por uma combinação de cálcio, oxalato e fosfato.

Os cálculos de ácido úrico são menos comuns.

Há também outros elementos capazes de formá-los e alguns cálculos são formados por uma associação de vários elementos.

Aqueles devido a infecções - chamados estruvitas - são ainda menos comuns, mas podem atingir grandes tamanhos.

Nem sempre é possível saber a causa da formação dos cálculos renais.

Embora se saiba que certos alimentos favoreçam a sua formação em pessoas susceptíveis, parece que nenhum alimento específico causa cálculos renais em pessoas não susceptíveis. Há a implicação de um fator familiar na formação de cálculos.

Pessoas em que membros da família tenham o problema têm maior possibilidade de também desenvolver “pedras nos rins”.

Outros fatores relacionados à formação de cálculos são as infecções, transtornos bioquímicos ou do fluxo urinário e algumas perturbações metabólicas sistêmicas.

Algumas medicações à base de cálcio (diuréticos e antiácidos, por exemplo), também parecem aumentar a chance da formação de “pedras nos rins”.

A inflamação crônica do intestino é outro fator que pode favorecer a formação de cálculos renais(!).

Os cálculos formados por oxalato de cálcio costumam ter sua incidência diminuída quando se evita alimentos ricos em oxalato, como espinafre, beterraba, germe de trigo, amendoim, chocolate, chá preto indiano, batata doce, uva, aipo, pimentão, morango e fígado.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Lítio é eficaz para reduzir risco de suicídio em pacientes com transtorno de humor


Para avaliar se o lítio tem um efeito preventivo específico no risco de suicídio e em pessoas com distúrbios de humor unipolar e bipolar, foi realizado um estudo publicado pelo British Medical Journal (BMJ).

A revisão sistemática e meta-análise foi baseada em dados do Medline, Embase, CINAHL, PsycINFO, Central, registros de ensaios clínicos da web, principais livros, autores de documentos importantes e outros especialistas na disciplina e sites de empresas farmacêuticas.

Dois revisores avaliaram os estudos para inclusão e risco de viés e extraíram os dados.

Os principais resultados foram o número de pessoas que completaram o suicídio, envolveram-se em auto-mutilação deliberada, e morreram por qualquer causa.

Os resultados de 48 ensaios clínicos randomizados (6.674 participantes, 15 comparações) foram incluídos.

O lítio foi mais eficaz do que o placebo na redução do número de suicídios e de mortes por qualquer causa.

Não há claros benefícios observados com lítio, em comparação com placebo, na prevenção de auto-mutilação deliberada.

Na depressão unipolar, o lítio foi associado a uma redução do risco de suicídio e também do número total de mortes em comparação com o placebo.

Quando o lítio foi comparado a cada tratamento, uma diferença estatisticamente significativa foi encontrada apenas com a carbamazepina para auto-mutilação deliberada.

O medicamento apresentou uma tendência a ser melhor do que as outras substâncias ativas da comparação, com pequena variação estatística entre os resultados.

Concluiu-se que na presente revisão da literatura, o lítio mostrou-se um tratamento eficaz para reduzir o risco de suicídio em pessoas com transtornos do humor.

Ele pode exercer os seus efeitos anti-suicidas reduzindo as recaídas de transtorno de humor, mas mecanismos adicionais devem também ser considerados, porque existe alguma evidência de que o lítio diminui a agressão e, possivelmente, a impulsividade, que pode ser um outro mecanismo mediando o efeito anti-suicida.
Fonte: BMJ, de 27 de junho de 2013

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Refluxo gastro-esofágico


O refluxo esofagiano ou gástrico, que mais corretamente deve ser chamado de refluxo gastroesofágico, consiste no retorno de conteúdo do estômago para o esôfago.

O esôfago é um tubo muscular de mais ou menos 35 centímetros de comprimento, revestido de mucosa semelhante à da boca, que tem a sua extremidade superior ligada à faringe e sua extremidade inferior ligada ao estômago.

Nos casos de refluxo, retorna do estômago um material ácido que não é apropriado ao esôfago, embora ele também possa ser constituído de bile e, portanto, ser alcalino.

O ácido gástrico agride a mucosa do esôfago e provoca a sua irritação ou ulceração, o que causa desconfortos.

O refluxo ácido pode chegar até a boca, provocando ardor, queimação, mal-estar e, em casos extremos, a morte, se for aspirado para a árvore brônquica.

A regurgitação que geralmente acompanha o refluxo gástrico é a percepção do retorno para o esôfago (e às vezes para a boca) de conteúdos do estômago.

Os sintomas mais comuns são a azia (sensação de queimação retroesternal, ou seja, atrás do principal osso do peito que se chama esterno) e a sensação de regurgitação.

Pode ocorrer também dor precordial em queimação, problemas respiratórios ou da orofaringe (tosse, pigarro ou rouquidão); dificuldades para engolir, dor torácica crônica, dor crônica no ouvido, dores agudas (pontadas) no tórax, náuseas e sinusites.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Beber muita água realmente faz bem à pele?


Dizem que quanto mais água se bebe, mais bonita é a pele.

Mas, será que isso é verdade? Será que existe uma quantidade exata de água a ser consumida diariamente para manter a pele viçosa?

Apesar de a quantidade de água recomendada ser diferente de um país para o outro, o conselho é sempre o mesmo: o consumo de água mantém a pele hidratada.

Por mais surpreendente que pareça, existem poucas evidências científicas que confirmam essa teoria.

A falta desses estudos se dá, principalmente, por questões financeiras: como a água não pode ser patenteada, poucas instituições se interessam em financiar estudos sobre ela.

Se não existem muitas provas de que consumir muita água faz bem à pele, o fato é que a falta de água prejudica a elasticidade da mesma, o que pode causar ressecamentos e rugas.

Então, pode-se concluir que, mesmo que não se existam provas de que beber muita água deixe a pele bonita, consumir menos do que a quantidade indicada pelas autoridades de saúde pode torná-la menos atraente.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Pedestres podem se acidentar devido ao uso do celular


Uso do celular por pedestres pode aumentar o número de distrações, fazendo assim com que o risco de acidentes também fique elevado.

De acordo com uma nova pesquisa, 1.500 pessoas precisaram de atendimento médico emergencial em 2010 por estarem andando enquanto utilizavam o celular nos Estados Unidos.

Em 2005 esse número foi 256 e em 2004 as vítimas chegaram a 559.

O pesquisador Jack Nasar diz que “se as tendências atuais continuarem, não ficarei surpreso se o número de lesões a pedestres causadas por celulares dobrar de novo entre 2010 e2015”.

A pesquisa será publicada em Agosto no periódico Accident Analysis and Prevention