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quinta-feira, 2 de maio de 2013

Histoplasmose



A histoplasmose é uma micose sistêmica causada por um fungo que afeta os órgãos internos. Ocorre com maior frequência ao longo dos rios Mississipi e Ohio, nos Estados Unidos, e também no Brasil, Venezuela, Guiana Francesa e outros países da América do Sul, bem como na África.

A histoplasmose é causada pelo fungo Histoplasma capsulatum, que geralmente é encontrado em cavernas de morcegos, regiões com alto número de pombos ou em galinheiros. Estes fungos alimentam-se de detritos orgânicos desses animais e a infecção humana acontece após inalação dos seus esporos. É, pois, uma zoonose.

As pessoas adquirem esta infecção através da inalação dos esporos do fungo, presentes no meio ambiente. Nos alvéolos eles provocam uma resposta inflamatória, se multiplicam dentro dos macrófagos, alcançam os linfonodos e depois a circulação, instalando-se em vários órgãos, onde causam focos inflamatórios.

Os esporos do Histoplasma capsulatum são absorvidos para os pulmões, onde se desenvolvem gerando formas de leveduras, as quais são fagocitadas por macrófagos e neutrófilos, no interior dos quais sobrevivem e se multiplicam.

Na maioria das vezes, as infecções são assintomáticas e não causam problemas. Os sintomas da infecção pulmonar são os típicos de pneumonia, com febre, tosse com expectoração e tremores. Como acontece com todos os parasitas intracelulares, surgem granulomas que visam impedir a disseminação das leveduras, mas que também são destrutivos por si mesmos. Nos indivíduos imunodeprimidos pode ocorrer aumento no tamanho dos linfonodos e infecções do fígado e do baço. Nestes casos, a doença pode tornar-se crônica, com febre, suores e mal-estar.

Em resumo, pode haver uma infecção pulmonar aguda que pode ser assintomática. Quando há sintomas, os mais comuns são: febre, calafrios, cefaleia, dispneia, mialgias, hiporexia, tosse e dor no peito ou uma infecção pulmonar crônica (às vezes difícil de diferenciar da tuberculose).

Os sinais clínicos mais evidentes são: febre baixa vespertina, perda de peso, sudorese noturna, dor no peito e tosse com expectoração hemoptoica (com sangue). Há também infecções que se disseminam no organismo, especialmente para órgãos ricos em macrófagos, mas que raramente são sintomáticas.

O diagnóstico da histoplasmose é feito identificando ao microscópio as leveduras de amostras de expectoração ou por biópsia. São também de ajuda no diagnóstico a cultura microbiana, a sorologia e a radiografia do tórax, além de outros testes laboratoriais, como imunodifusão, fixação do complemento e técnicas imunoenzimáticas, entre outras.

O tratamento da histoplasmose deve ser empreendido com medicamentos antifúngicos tais como anfotericina B, cetoconazol, fluconazol e itraconazol, por exemplo, e dependerá da síndrome clínica e do estado imunitário do indivíduo. A infecção pulmonar aguda, geralmente cura-se por si mesma, sem que seja necessário um tratamento específico. Nos casos de infecção crônica, a medicação de escolha deve ser o itraconazol, também recomendado para a forma pulmonar aguda, quando ela requerer tratamento.

Como prevenir a histoplasmose?

Evitar os locais que possam conter esporos do Histoplasma capsulatum.

Como evolui a histoplasmose?

A produção de anticorpos específicos no sangue do paciente leva à cura da infecção primária e torna os indivíduos resistentes a novas infecções.

Em indivíduos imunodeprimidos a progressão da doença pode ser rápida e fatal.

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