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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Propaganda anti-tabagismo funciona?



As medidas restritivas à propaganda de cigarro surtiram efeito positivo no Brasil.

Segundo estudo realizado através de uma parceria entre pesquisadores brasileiros e canadenses mostrou que um em cada três fumantes largou o cigarro entre 1989 e 2010, quando foram instauradas as restrições no país.

O estudo envolveu 1.830 entrevistados e revelou que 92% dos não fumantes e 89,1% dos fumantes acham que o governo deve intensificar o combate ao vício. 83,1% dos fumantes acreditam ser necessário maior rigor na venda de produtos à base de tabaco.

Quase metade dos entrevistados afirmou ser favorável à adoção de uma embalagem padronizada para cigarros (todos da mesma cor, sem desenhos ou logotipos).

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Cirurgia plástica de abdome



A abdominoplastia (chamada popularmente de “plástica de barriga”) é a cirurgia plástica realizada no abdome para retirar o excesso de gordura e reduzir a sua flacidez, que normalmente ocorre em sequência à perda rápida de peso ou após uma gravidez.

Geralmente, essa cirurgia obedece a razões estéticas, porque a flacidez abdominal raramente causa problemas clínicos.

Outros recursos para corrigir a flacidez abdominal que podem anteceder, vir junto, suceder ou serem separados da abdominoplastia, são os exercícios físicos e a lipoaspiração.

Os diversos tipos de abdominoplastia variam de acordo com a silhueta do paciente e a cirurgia planejada para cada paciente deve ser previamente discutida com ele.

Embora mais comumente essas cirurgias sejam feitas em mulheres, elas podem também ser realizadas em homens.

O procedimento cirúrgico em si mesmo é simples, mas os cuidados pós-cirúrgicos podem ser incômodos para muitas pessoas.

A cirurgia deve ser precedida pelos exames pré-operatórios solicitados pelo cirurgião e deve ser feita em ambiente hospitalar, com o paciente internado. O tempo de internação em geral é de 24 a 48 horas.

A cirurgia dura cerca de três horas. Durante a cirurgia o paciente está anestesiado por uma anestesia geral ou raquidiana, esta o mantém acordado, mas insensível da cintura para baixo.

A cirurgia consiste em fazer-se uma incisão ampla no baixo ventre, como se fosse uma cesariana nas mulheres, alargada de cada lado, conforme a necessidade.

Em seguida, o médico descola a pele em direção às costelas, até onde for necessário e reaproxima os músculos retos abdominais, colocando-os na posição original, corrigindo hérnias eventualmente existentes e retirando os tecidos em excesso.

Um cuidado especial é tomado em relação ao umbigo, que deve ser reposicionado ou ser corrigida alguma eventual deformidade dele.

Preferencialmente, a cirurgia em mulheres deve ser feita depois que ela já teve todos os filhos que deseja, porque uma nova gravidez pode anular os resultados do procedimento.

No pós-operatório imediato, o paciente deve usar dreno por aproximadamente sete dias, dormir com cabeceira da cama elevada e as pernas dobradas por quinze dias e não tomar sol diretamente na cicatriz nos seis meses após a cirurgia.

Nos dias que se seguem à cirurgia, o abdome estará dolorido e inchado, o que pode requerer analgésicos.

Durante os primeiros dois meses, o paciente (geralmente mulher) deve usar uma cinta de contenção, o que ajuda a reduzir o edema.

Em dez a catorze dias o paciente estará liberado para as suas atividades normais, inclusive dirigir, devendo, contudo, evitar esforços violentos.

Em 30 dias o paciente terá alta total.

Nos primeiros 15 dias, o paciente talvez não consiga estar inteiramente ereto, ficando algo curvado para frente, o que aos poucos vai se normalizando.

No primeiro mês após a cirurgia, o paciente deve evitar levantar os braços além da linha dos ombros ou distender demais o abdome. Durante algum tempo, o abdome terá a sua sensibilidade diminuída, o que, aos poucos, retornará ao normal.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Excesso de café?



Mesmo com vários estudos mostrando os benefícios do café para saúde, as autoridades norte-americanas estão preocupadas com o consumo exagerado da bebida.

De acordo com especialistas, os estudos atuais sugerem que o consumo moderado de café pode trazer alguns benefícios para a saúde, mas que a maior parte das pessoas está exagerando, o que pode trazer efeitos negativos.

A cafeína apresenta forte efeito estimulante, e está presente em um número cada vez maior de produtos, como refrigerantes (especialmente os de cola), energéticos e bebidas isotônicas. Segundo a USA Food and Drug Administration, o número de pessoas que procuram tratamento de emergência após a ingestão de bebidas energéticas dobrou no último ano.

Recentemente, a morte de uma mulher na Nova Zelândia foi atribuída ao consumo exagerado de refrigerante de cola, um produto que possui alta concentração de cafeína.

Tal fato alertou a comunidade cientifica sobre os possíveis efeitos acumulativos da cafeína no organismo humano.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Tumores cerebrais



Tumores cerebrais são crescimentos anormais, "benignos" ou malignos, de células dentro do crânio, levando à compressão e lesão das células normais do cérebro.

Pode ser um tumor primitivamente do crânio ou um tumor metastático que tem origem em outro órgão e que se espalhou pelo corpo, atingindo o cérebro.

Os tumores primitivos do cérebro frequentemente localizam-se na fossa craniana posterior (crianças) ou nos dois terços anteriores do cérebro (adultos).

Eles representam cerca de 1,4% de todos os cânceres e cerca de 2,4% das mortes causadas por câncer.

Existem mais de 100 tipos diferentes de tumores cerebrais, de acordo com o tipo de células que os constituem. Os principais são:

Meningiomas: representam uma grande parcela dos tumores cerebrais (cerca de 25%), normalmente provenientes das meninges do cérebro e medula espinhal. Alguns meningiomas são especialmente agressivos e podem retornar após a sua remoção.

Gliomas: mais da metade dos tumores cerebrais em adultos são gliomas, que estão divididos em três tipos:

1. Astrocitoma: desenvolvem-se a partir de células denominadas astrócitos. Alguns são bem delimitados enquanto outros são mais difusos. Nesses primeiros, a remoção cirúrgica completa é possível se o tumor estiver no início do seu desenvolvimento.

2. Ependimoma: desenvolvem-se a partir das células ependimais e do quarto ventrículo. Os ependimomas podem apresentar metástases dentro do próprio sistema nervoso central, pelo contato com o líquor.

3. Oligodendroglioma: desenvolvem-se a partir das células da oligodendroglia, um tipo de células de sustentação do tecido cerebral.

Meduloblastoma: são tumores que podem se desenvolver rapidamente e se espalhar para outras partes do sistema nervoso através do líquor.

Tumores da hipófise: geralmente os tumores da hipófise são benignos e secretam quantidades excessivas de hormônios estimulantes, mas também podem destruir tecidos secretores e provocar níveis insuficientes de hormônios.

Craniofaringioma: os craniofaringiomas são tumores que crescem na base do cérebro. Eles não costumam se espalhar, mas estão perto de estruturas importantes no cérebro e podem causar problemas sérios por compressão à medida que se desenvolvem.

Hemangioblastoma: tumores que crescem a partir de células dos vasos sanguíneos e podem se desenvolver no tronco cerebral.

Neuroma acústico: tumor que cresce no nervo acústico. A perda de audição em um dos ouvidos pode ser o primeiro sintoma do neuroma acústico.

Tumores da região pineal: são tumores raros da glândula pineal.

Tumores da medula espinhal: tumores raros, localizados na medula. Dependendo da localização, são capazes de comprometer várias funções orgânicas.

As causas dos tumores cerebrais são variadas e muitas vezes desconhecidas. O cérebro é uma sede frequente de metástases de tumores de outras origens.

Embora a grande maioria dos casos ocorra ao acaso, há alguns fatores relacionados a um risco aumentado para o câncer do sistema nervoso central (SNC), são eles:

•Mais comum em homens do que em mulheres.

•Incide mais acima de 65 anos, embora possa desenvolver-se em qualquer idade.

•Pessoas que anteriormente tenham sido submetidas à radioterapia na cabeça.

•Crianças que tenham passado por tratamento de leucemia durante a infância.

•Também ocorrem com maior frequência em pessoas que tenham se exposto ao cloreto de vinil (utilizado na produção de plástico).

•Pacientes com baixa imunidade ou com infecções pelo vírus da AIDS.

Os principais sinais e sintomas dos tumores cerebrais dependem da sua localização e tipo. Eles podem afetar diferentes funções e causar os mais diferentes sintomas, mas os mais comuns e gerais são:

•Dores de cabeça (o cérebro, em si, não dói, mas as dores podem advir das meninges, dos vasos sanguíneos ou de outras estruturas endocranianas. Pode também não haver dores de cabeça).

•Náuseas e vômitos.

•Distúrbios visuais e/ou auditivos.

•Convulsões (principalmente se ocorrem pela primeira vez em pessoas com 18 anos ou mais).

•Agitação psicomotora.

•Alterações da contratilidade, força muscular ou sensibilidade.

•Deficiência de coordenação muscular.

•Dificuldade de falar ou entender.

•Esquecimentos.

•Movimentos involuntários, etc.

Pela multiplicidade de funções do sistema nervoso, os demais sintomas que o paciente apresentará dependem substancialmente da função acometida.

Tumores menos agressivos, de crescimento relativamente lento, quase nunca retornam após remoção completa e geralmente não se espalham para outras regiões; os mais agressivos, por sua vez, são de crescimento relativamente rápido, tendem a retornar mesmo após serem completamente removidos e a apresentar metástases.

O diagnóstico de suspeita dos tumores cerebrais deve começar pelo histórico médico do paciente e por um minucioso exame neurológico que permita uma avaliação das diversas funções nervosas e de suas eventuais alterações.

Em seguida, o médico deverá pedir exames complementares, tais como: radiografia do crânio, eletroencefalograma, tomografia computadorizada, ressonância magnética, entre outros.

A tomografia computadorizada e a ressonância magnética, sobretudo, permitirão determinar a exata localização e as dimensões do tumor.

Uma biópsia, realizada antes (biópsia estereostática) ou durante a cirurgia permitirá determinar em definitivo, se o tumor é benigno ou maligno.

Como o crânio é uma "caixa fechada", todos os tumores cerebrais, sejam benignos ou malignos, causam um aumento de pressão no seu interior e podem comprimir estruturas vitais, impondo um pronto tratamento cirúrgico.

O tratamento cirúrgico, contudo, depende, essencialmente, da localização e do tipo do tumor.

Alguns tumores cerebrais podem ser removidos sem causar lesão no tecido cerebral normal, mas alguns outros se situam em áreas que tornam difícil a remoção, pelo risco de comprometer estruturas essenciais.

Por outro lado, a ressecção do tumor cerebral pode ser necessária mesmo que a cirurgia não seja curativa, se o seu crescimento afetar estruturas nervosas importantes. Muito frequentemente, o tratamento tem de ser acompanhado de radioterapia e quimioterapia.

A radioterapia pode ser usada isoladamente ou em combinação com a cirurgia, a quimioterapia ou com ambas.

A quimioterapia ataca as células tumorais, mas também as células normais e por isso é frequente aparecerem efeitos colaterais sérios.

Atualmente, tem-se usado medicações que inibem o crescimento dos vasos sanguíneos que alimentam o tumor.

A combinação individualizada das diversas modalidades de tratamento (cirurgia, radioterapia, tratamento sistêmico) oferece as melhores possibilidades terapêuticas aos pacientes.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Teste de QI (quociente de inteligência) pelos olhos?



Já imaginou um teste de inteligência feito apenas pelos olhos? Parece loucura, mas pesquisadores da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, acreditam que uma tarefa visual simples é capaz de medir a capacidade inconsciente do cérebro de filtrar movimentos visuais, o que pode prever a capacidade de QI.

Durante o estudo, voluntários assistiram a breves videoclipes de barras pretas e brancas que se deslocavam através de uma tela de computador. Depois, esses tinham que identificar qual a direção do movimento das barras: para a esquerda ou para a direita. As barras foram apresentadas em três dimensões, com a menor versão limitada ao círculo central onde a percepção do movimento humano é conhecido por ser o ideal, uma área mais ou menos a largura do dedo polegar, quando a mão está estendida. Os participantes também passaram por um teste de inteligência padronizado.

Publicado na revista on-line Currente Biology, o estudo constatou que pessoas com QI mais elevado eram mais rápidas na captura dos movimentos da barra quando observavam a imagem menor. Dessa forma, os pesquisadores constataram a relação existente entre a observação do vídeo e o índice de QI.

domingo, 26 de maio de 2013

Uveítes



Uma uveíte é uma inflamação que atinge a úvea (veja imagem) ou uma de suas partes: íris, corpo ciliar e coróide.

Ela pode ser anterior, intermediária e posterior, de acordo com a região afetada.

Pode acontecer de atingir apenas um olho, mas também pode afetar os dois.

Pode ser causada por vírus, fungos e bactérias.

Entretanto outras doenças podem causar uveítes, como, por exemplo, toxoplasmose, herpes, citomegalovirose, tuberculose e sífilis.

Além disso, observa-se que doenças reumáticas podem causar uveítes, como, por exemplo, a artrite reumática e o lupus eritematoso (sistêmico), da mesma maneira que moléstias degenerativas como a leucemia.

Traumas podem ser agentes causadores de uveítes, também.



Sintomas

* Hiperemia (olho vermelho);

* Fotofobia (sensibilidade à luz);

* Dor;

* Visão turva, embaçada;

* Pequenos pontos escuros que se movimentam.

Olho vermelho e dor são sintomas comuns nos quadros de uveítes e de conjuntivites.

Estabelecer o diagnóstico diferencial é de extrema importância, uma vez que as uveítes, quando não tratadas, podem comprometer a visão definitivamente.

O diagnóstico diferencial também é importante para determinar as enfermidades sistêmicas, reumáticas ou neoplasias que podem ser a causa primária de graves alterações oculares.

Elas podem acontecer em qualquer idade, mas são um pouco mais frequentes na juventude e está mais ligada à presença de toxoplasmose.

A conduta terapêutica varia de acordo com a causa das uveítes e pode exigir a orientação do oftalmologista e de um especialista na doença de base, pois o tratamento ocular promove apenas o alívio dos sintomas, se a causa primária não for resolvida.

Por essa razão, pode ser necessário associar a indicação de antibióticos, antivirais ou antifúngicos ao uso tópico de colírios específicos.

Nas formas autoimunes, é preciso prescrever corticóides ou imunomodeladores, quase sempre por tempo prolongado.

Já nos casos de uveíte anterior, a primeira medida é dilatar a pupila e prescrever anti-inflamatório de uso local para preservar a anatomia do olho.

sábado, 25 de maio de 2013

Alucinações: vamos aprender um pouco.



Alucinações são distúrbios da sensopercepção que consistem na percepção de objetos inexistentes, acompanhados da convicção inabalável na existência dos mesmos. As alucinações guardam as mesmas características das percepções verdadeiras:

•Constância: o objeto percebido mantém invariável sua forma.

•Contornos nítidos: os objetos aparecem com bordas nítidas.

•Exterioridade: os objetos são percebidos como exteriores ao indivíduo.

•Corporeidade: o objeto aparece em três dimensões e não como projetado sobre uma superfície.

•Opacidade: o objeto “encobre” aquilo a que se sobrepõe.

Costuma-se chamar de pseudoalucinações aqueles fenômenos perceptivos, patológicos ou não, que não observam essas características. Por exemplo: imagens produzidas pelos sonhos, por certas intoxicações e por certos tipos psicóticos.

Geralmente os doentes atribuem um sentido delirante às suas alucinações. As vozes que escuta, por exemplo, são interpretadas como sendo a voz do demônio, de Deus, dos espíritos, etc.

•Alucinações auditivas: podem aparecer sob forma de sons, vozes que transmitem ordens, diálogos, comentários sobre atos do paciente, críticas, injúrias e difamações sobre a pessoa que alucina ou sonorizar o pensamento do próprio paciente. Na maioria das vezes o conteúdo das vozes é desabonador, acusatório, infame e caluniador. Quando elas sonorizam seu pensamento, o paciente costuma alegar que pensa em voz alta. Outras vezes tem a impressão de que as vozes comentam seus atos: "ele levantou-se da cadeira", "ele ligou a televisão", etc. Algumas vezes as vozes podem dar ordens ao paciente, o qual as obedece mesmo contra sua vontade, situação de certo perigo, já que, em geral, essas ordens são eticamente condenáveis.

•Alucinações visuais: são percepções visuais errôneas, não corrigíveis pela argumentação lógica. O objeto alucinado pode ou não ter uma forma definida: clarões, chamas, raios, vultos, sombras ou pessoas, monstros, demônios, animais, santos, anjos, bruxas ou constituírem uma cena, como, por exemplo, ver palhaços dançando no meio da rua, etc. Em alguns casos, como no delirium tremens dos alcoólatras, elas em geral representam pequenos animais andando sobre o corpo, dando origem à grande ansiedade. Uma situação especial ocorre quando o paciente se vê fora de seu próprio corpo. Chama-se a isso de alucinação autoscópica.

•Alucinações táteis: as alucinações táteis se dão principalmente nas psicoses tóxicas e nas delirantes crônicas. No delirium tremens ou na dependência de cocaína, o paciente sente que pequenos animais caminham sobre sua pele, bem como tem a impressão de experimentar pancadas, alfinetadas, queimaduras, etc. Chama-se de alucinações cinestésicas quando se referem a sensações sobre a corporalidade (o corpo está aumentando ou diminuindo de tamanho ou se deformando, o fígado está se desfazendo, seus intestinos estão apodrecidos, o cérebro está esvaziado e assim por diante) e de cenestésicas, quando se referem a movimentos (o corpo está oscilando, o braço levantou-se, a parede está se movendo, etc.).

•Alucinações olfativas e gustativas: em geral as alucinações olfativas e gustativas estão associadas e são raras. Estados delirantes cujo tema diz respeito à putrefação podem estar associados a gostos e odores desagradáveis. Elas podem também ocorrer em algumas auras epilépticas.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Você convive com eles o tempo todo!



Você já parou para pensar em quantos fungos existem no seu corpo? Pois saiba que só nos seus pés existem mais de 200 tipos.

De acordo com os pesquisadores do Human Genome Research Institute, nos Estados Unidos, todas as partes do corpo abrigam fungo, mas nos pés essa concentração é maior. Os fungos inofensivos vivem naturalmente na nossa pele, mas podem causar infecção caso se multipliquem.

Os pesquisadores descobriram, também, que os fungos dos pés estão em constante fluxo. O calcanhar é a parte onde se pode encontrar mais tipos de fungo, 80. Entre os dedos, vivem 40 tipos, e nas unhas cerca de 60 tipos.

As palmas das mãos, o antebraço e o interior do cotovelo possuem entre 18 e 32 tipos diferentes e fungos, enquanto que na cabeça e no tronco podemos encontrar de dois a dez tipos de fungos.

Contra a "importação" de médicos.



CFM (Conselho Federal de Medicina) ingressa na PGR com representação contra três ministros

O Conselho Federal de Medicina (CFM) ingressou nesta quinta-feira (16), na Procuradoria Geral da República (PGR), com uma representação contra os ministros da Saúde, Educação e Relações Exteriores - respectivamente, Alexandre Padilha, Aloízio Mercadante e Antônio Patriota. A entidade quer esclarecimentos sobre supostos projetos e acordos para assegurar a entrada no país de médicos estrangeiros e de brasileiros portadores de diplomas obtidos no exterior.

Na representação, a entidade argumenta sobre os riscos da importação de médicos sem critérios. Para o CFM, esta medida fere a autonomia nacional, desrespeita a legislação que regula o ingresso de médicos no país, coloca em risco a qualidade da assistência oferecida à população e não resolve de forma definitiva o atendimento em saúde das áreas de difícil provimento no interior e nas periferias dos grandes centros.

Proteção de direitos - Em sua argumentação, o CFM conclama o Ministério Público a apurar as suspeitas de irregularidade para garantir a proteção dos interesses do cidadão brasileiro. "Não admitimos uma medicina de segunda para os mais carentes. Até porque quem está no governo, quando adoece, vai para os hospitais de primeira linha - no Rio de Janeiro e em São Paulo - e não se submete aos cuidados dos médicos importados aos lotes",afirmou o presidente do CFM, Roberto Luiz d'Avila.

Segundo ele, outro ponto polêmico na medida em gestação no Governo se vincula ao desrespeito aos Direitos Humanos. Caso se confirme a vinda de 6 mil médicos cubanos, conforme informado recentemente, estes profissionais teriam que submeter a um regulamento de trabalho que fere o direito constitucional brasileiro do ir e vir. O presidente do CFM lembrou, inclusive, que em médicos cubanos que participaram de missões semelhantes na Venezuela e na Bolívia e desertaram têm acionado estas nações acusando-as de cumplicidade com situações de trabalho escravo.

Campanha - Também na quinta-feira (16), o presidente do CFM apresentou a imprensa peças da campanha bancada pelos Conselhos de Medicina em favor da criação de uma carreira de Estado para os médicos do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele afirma que esta é a saída para assegurar a interiorização da medicina. "Não faltam médicos no Brasil, mas condições para que eles possam se fixar nos locais de difícil acesso",argumentou.

Com a implementação desta proposta, os médicos ganhariam uma carreira com estrutura parecida com a dos juízes e promotores, com atuação exclusiva no SUS. Além de remuneração compatível com a responsabilidade da função, esses profissionais teriam asseguradas condições de trabalho (infraestrutura física, equipamentos, insumos), suporte de equipe multidisplinar e apoio de rede de referência para encaminhar pacientes (leitos, exames, etc).

"Os médicos brasileiros querem a possibilidade de exercer a medicina em sua plenitude", argumentou Roberto d'Avila. Ele acrescentou ainda que os problemas da assistência em saúde não se limitam à falta de médicos. Em sua avaliação, a má gestão do SUS e o baixo investimento público na saúde são fatores fundamentais para o quadro atual. Por exemplo, na Inglaterra, o governo responde por 84% dos investimentos em saúde. Na Argentina, esse percentual fica em 68%. Enquanto isso, no Brasil, ele bateu na casa dos 44%.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Influenza A



Informações do CREMESP

Influenza A

Médicos devem reforçar necessidade da aplicação da vacina em grupos de risco!


O Estado de São Paulo concentrou 90% das mortes pela gripe A(H1N1) entre janeiro e meados de maio deste ano, de acordo com o Ministério da Saúde.

Dos 61 óbitos em razão da doença, 55 foram em São Paulo.

O Cremesp solicita aos médicos que reforcem a necessidade da vacina contra Influenza em grupos de risco (crianças de até dois anos, trabalhadores de saúde, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, indígenas, idosos e portadores de doenças crônicas).

Também enfatiza a importância dos profissionais encaminharem os pacientes para vacinação, principalmente gestantes e pessoas acima de 60 anos, que estão com índice de adesão muito abaixo do previsto pela campanha.

A vacina de Influenza é composta por fragmentos de vírus inativado. Ela não causa eventos adversos graves, má-formação fetal e nem aborto, e pode ser aplicada em qualquer período da gestação.

A meta de vacinação deste ano no Brasil superou 80% do público-alvo, atingindo 83,7% desse grupo. A previsão é que a campanha de vacinação termine no dia 29 de maio.

Casos confirmados

São Paulo teve 328 casos da gripe A(H1N1), sendo que 55 levaram o paciente a óbito. Em todo o País, foram 388 casos e 61 deles com morte. Em 2012, os 2.614 casos registrados levaram a 351 mortes.

Nos casos de Influenza, o medicamento antiviral Tamiflu (oseltamivir) deve ser utilizado nas primeiras 48 horas após a suspeita da doença, sem necessidade de confirmação por exame laboratorial.

Perda involuntária de urina em mulheres



Normalmente o ato de urinar é um ato voluntário, que permite à pessoa, dentro de amplos limites, regular o momento, a quantidade e o local apropriado para excretar sua urina.

Para que esse funcionamento se dê adequadamente, na fase de enchimento da bexiga ela deve permanecer relaxada e a uretra contraída, acontecendo o inverso no momento da micção.

Alguns transtornos, no entanto, podem levar as mulheres que sofrem alterações nesse controle a perderem urina espontaneamente.

Em geral, no princípio, a mulher passa a utilizar absorventes, a controlar a quantidade de líquido que bebe e ir ao banheiro com mais frequência, na tentativa de evitar que isso ocorra e na expectativa de que seja um problema passageiro.

Conforme as características clínicas, a incontinência urinária pode ser classificada como:

•Incontinência urinária de urgência: contração vesical durante a fase de enchimento da bexiga. Chamada de instabilidade em pacientes sem diagnóstico neurológico e de hiperreflexia em pacientes com comprometimento neurológico.

•Incontinência urinária de esforço: é a perda involuntária de urina que surge com aumentos da pressão intra-abdominal, causando problema social ou higiênico para as pessoas. Na incontinência urinária de esforço ocorre uma perda involuntária de urina quando a pressão vesical excede a pressão uretral máxima, sem que o músculo detrusor tenha se contraído.

•Incontinência urinária mista: quando se somam os sintomas das duas formas anteriores.

As causas da perda involuntária de urina em mulheres são múltiplas, mas há alguns fatores que aumentam a possibilidade disso ocorrer:

•Idade: por alterações hormonais e da musculatura do assoalho pélvico.

•Obesidade.

•Grande número de partos vaginais, ou mesmo por cesárea.

•Tosse crônica pelo tabagismo ou por outros motivos.

A mulher pode apresentar incontinência isoladamente ou mediante um esforço físico qualquer, como rir, tossir, espirrar, etc., em que há aumento da pressão intra-abdominal. No entanto, a causa mais comum da perda involuntária de urina em mulheres é a infecção urinária.

Ela também é frequente em pessoas idosas, mesmo não acompanhada de infecção, em razão de hiperatividade da bexiga ou de problemas neurológicos (acidente vascular cerebral, demências, etc.). A constipação intestinal e certos tipos de medicamentos também podem causar incontinência urinária.

Uma disfunção nervosa da bexiga (bexiga neurogênica), decorrente de lesões na medula nervosa também pode acarretar perda involuntária de urina em mulheres.

Em alguns casos, a incontinência transitória pode ser de origem psicogênica. Em crianças, pode haver também uma incontinência em virtude do pouco amadurecimento fisiológico ou por defeito congênito do esfíncter urinário.

É comum nas mulheres haver algum grau de incontinência após o parto ou cirurgias ginecológicas.

Muitas vezes a incontinência urinária em mulheres tem causas mistas e em outras não se consegue determinar as causas dela.

Na primeira etapa do diagnóstico da perda involuntária de urina em mulheres deve ser colhida uma história clínica criteriosa e feito um exame físico minucioso, pelo ginecologista ou pelo urologista. Nesse momento, o especialista poderá também avaliar alterações concomitantes, como por exemplo, a queda da bexiga, do útero, do reto e se há também perda involuntária de fezes ou gases.

Provavelmente, de início ele pedirá um exame mais simples de urina (EAS e Urinocultura), mas a seguir lançará mão da ultrassonografia e, eventualmente, da ureteroscopia, que podem prestar grande auxílio.

Mais adiante poderá lançar mão do exame urodinâmico, que o ajudará a analisar o tipo de incontinência urinária de cada paciente.

Muitos casos de perda involuntária de urina em mulheres podem ser tratados com fisioterapia ou eletroestimulação que vise fortalecer o assoalho pélvico e medicamentos (como no caso de infecções urinárias, por exemplo, ou outros que atuem sobre a fisiologia da musculatura vesical ou uretral), mas outros só podem ser solucionados por meio de cirurgias.

Atualmente, técnicas minimamente invasivas permitem uma recuperação pós-operatória mais rápida e melhor. Enquanto perdure o problema, podem ser usadas fraldas descartáveis.

Como evitar a perda involuntária de urina em mulheres?

•Evitar todos os meios que produzam aumento da urina, como beber muita água, por exemplo.

•Não ficar sem urinar por longos períodos de tempo.

•Fazer exercícios que fortaleçam a musculatura pélvica, especialmente na fase da gestação e após o parto.

•Procurar acompanhamento médico durante a gravidez e no período do climatério.

•A mulher deve conhecer sua anatomia e os exercícios que podem ajudar a manter a musculatura da região pélvica mais fortalecida.

Embora muitas incontinências urinárias possam ser transitórias, o problema costuma evoluir e gerar situações embaraçosas que deixam as mulheres angustiadas e com queda da autoestima.

A perda involuntária de urina em mulheres surge ou aumenta com a idade porque os fatores que a propiciam são mais comuns depois da menopausa.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Para quem vai viajar é importante: reforço de vacinação contra a febre amarela não é necessário!



Reforço de vacinação contra a febre amarela, aplicado dez anos após a vacinação inicial, não é necessário, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Um artigo publicado no WHO’s Weekly Epidemiological Record revela que o grupo Organization’s Strategic Advisory Group of Experts on Immunization (SAGE) revisou as últimas provas e concluiu que uma única dose da vacina é suficiente para conferir imunidade contra a doença da febre amarela ao longo da vida.

Desde que a vacinação contra a febre amarela começou, em 1930, apenas 12 casos conhecidos de febre amarela pós-vacinal foram identificados, depois que 600 milhões de doses foram dispensadas.

Evidências mostraram que entre este pequeno número de "falhas de vacinas", todos os casos desenvolveram a doença dentro de cinco anos após a vacinação. Isto demonstra que a imunidade não diminui com o tempo.

A orientação convencional tem sido que a vacinação contra a febre amarela deve ser reforçada após dez anos.

Avaliando evidências muito confiáveis, ficou bastante claro para o SAGE que, na verdade, uma única dose de vacina contra febre amarela é eficaz. Isto é extremamente importante para os países onde a febre amarela é endêmica, porque vai permitir-lhes reconsiderar a sua política de vacinação. Isto também é muito importante para os viajantes.

A febre amarela é uma doença hemorrágica viral aguda, transmitida por mosquitos infectados que é endêmica em 44 países em áreas tropicais da África e das Américas.

A infecção pelo vírus da febre amarela provoca diferentes graus de doença, desde sintomas leves até doença grave, como as formas hemorrágicas e ictéricas, podendo levar à morte.

Há uma estimativa de 200.000 novos casos de febre amarela em todo o mundo a cada ano.

Cerca de 15% das pessoas infectadas evoluem para uma forma grave da doença e cerca de metade deles morrem, já que não há cura para a febre amarela.

O tratamento destina-se simplesmente a reduzir o desconforto dos pacientes.

A grande maioria dos casos e das mortes ocorre na África subsaariana. Em regiões endêmicas da África, a imunidade natural contra a doença é adquirida com a idade, colocando as crianças em risco particularmente aumentado para a doença.

Ao longo das últimas duas décadas, o número de casos de febre amarela em todo o mundo tem aumentado devido à diminuição da imunidade da população às infecções, ao desmatamento, à urbanização, aos movimentos da população e às mudanças climáticas.

A vacinação é considerada a medida mais importante e eficaz contra a febre amarela. A imunidade protetora é desenvolvida dentro de 30 dias após receberem a vacina, para 99% das pessoas vacinadas.

O SAGE é o principal grupo da OMS de consultoria sobre vacinas e imunizações, ele estuda e avalia todas as doenças preveníveis por vacinas, incluindo aquelas que fazem parte da imunização infantil.

Fonte: Organização Mundial de Saúde, 17 de maio de 2013

terça-feira, 21 de maio de 2013

Avaliação Urodinâmica



Como o próprio nome indica, a urodinâmica é o estudo das várias fases do ato de produzir, transportar, reter e excretar urina, gerando parâmetros como volume produzido, excretado ou retido, tempo de produção, capacidade volumétrica das vias urinárias, pressão de fluxo no interior das vias urinárias, etc., os quais podem ser confrontados com dados normais.

Enfim, é um método para avaliar as condições funcionais do trato urinário baixo, comprometido muitas vezes por condições urológicas ou neurológicas disfuncionais, estudando, por exemplo, as fases de enchimento e esvaziamento da bexiga, avaliadas por medidas das pressões vesical, uretral e abdominal.

Normalmente, a bexiga armazena em seu interior a urina, graças ao fechamento da uretra, realizado pelo esfíncter vesical, um músculo de controle voluntário, liberando-a quando desejamos.

Juntamente com esse relaxamento esfincteriano, a pressão no interior da bexiga é aumentada graças ao músculo detrusor da bexiga e ao aumento da pressão intra-abdominal, fazendo a urina ser expulsa em jatos.

A urodinâmica ajuda a diagnosticar e precisar eventuais distúrbios nesse mecanismo.

Não há necessidade de nenhum preparo especial nem de suspender eventuais medicações.

O paciente que não seja portador de incontinência urinária deve chegar ao exame com a bexiga cheia.

Se houver incontinência, o paciente deverá proceder ao enchimento vesical artificial na clínica, pelo que deve chegar com antecedência ao horário marcado para o exame.

A ampola retal deve ser previamente esvaziada, porque isso facilita o exame, isso significa que o paciente deve tentar evacuar antes de fazer o exame.

Pacientes com suspeita de infecção urinária, diabéticos, debilitados, imunodeprimidos ou com outras condições que predisponham a infecções devem receber antibioticoterapia preventiva.

O paciente deve ser avaliado quanto a fatores que podem afetar a função miccional, tais como: diabetes mellitus, hipertensão arterial, neuropatias, passado de acidente vascular cerebral, traumatismo raquimedular, traumatismo crânio-encefálico, passado de tuberculose, uso de medicamentos, cirurgias anteriores, atividade sexual, paridade, abortos, menstruação, climatério, menopausa, neuroses e psicoses.

Com a finalidade de evitar risco de sangramentos anormais deve também ser avaliado quanto a doenças como hemofilia, insuficiência hepática e o uso de antiagregantes plaquetários ou anticoagulantes.

O exame em crianças abaixo de 10 anos de idade normalmente é mais demorado que em adultos.

O urinar normal é definido como a capacidade de verter urina voluntariamente, dentro de limites relativamente amplos, em quantidade e em locais adequados e sem quaisquer incômodos. O exame é utilizado sobretudo para refinar o diagnóstico, principalmente em casos de incontinência urinária, mas também fornece elementos valiosos em casos de retenção e outros distúrbios do ato de urinar.

De um modo geral, a urodinâmica está indicada:

•Se há vários sintomas urinários associados, como urgência urinária, incontinência urinária, nictúria, perda urinária involuntária, etc.

•Se os tratamentos (clínico ou cirúrgico) para incontinência urinária não apresentaram resultados satisfatórios.

•Se há incontinências urinárias recidivantes.

•Em pacientes com antecedentes de cirurgias da pelve.

•Em pacientes submetidas à radioterapia na região pélvica.

O exame de urodinâmica compreende uma série de exames diferentes (urofluxometria, cistometria, estudo miccional ou relação fluxo/pressão, perfil uretral e eletromiografia) e dura, no total, de 30 a 40 minutos.

Dependendo do caso, nem sempre é necessário o cumprimento de todas as fases.

1.Urofluxometria: esta é uma etapa não invasiva do exame em que nenhum aparelho é introduzido ou mesmo colocado em contato com o examinando. Ela apenas mede a relação entre o fluxo urinário e o tempo. O paciente deve estar de pé (homens) ou assentados numa cadeira apropriada (mulheres) e urinar normalmente em um recipiente sobre um urofluxômetro, o qual fornecerá várias medidas do fluxo urinário (tempo de fluxo, tempo até o máximo, pico de fluxo máximo, fluxo médio e volume urinado).

2.Cistometria: corresponde a estudar a relação entre o volume de urina e a pressão no interior da bexiga. Em geral o paciente estará deitado numa maca ou numa cama. Para tal, são introduzidas na uretra duas finas sondas vesicais embebidas num gel anestésico, uma para infusão de soro e outra para a medida da pressão intravesical. Uma terceira sonda, com balão de látex na extremidade, é introduzida no reto, para medida da pressão intra-abdominal. As sondas são introduzidas no organismo com um gel anestésico, tornando o exame indolor. Por uma das sondas uretrais introduz-se líquido na vesícula e mede-se a pressão no interior da bexiga. Depois de completado o enchimento vesical, o paciente deve voltar à cadeira de fluxometria e, novamente, esvaziar a bexiga. Esta etapa avalia o fluxo urinário em relação às pressões vesical e intra-abdominal, e tem por finalidade estudar a fase de esvaziamento vesical, analisando, simultaneamente, a atividade do músculo detrusor e do fluxo urinário. Esta fase deverá ser realizada, para homens na posição de pé e para as mulheres na posição sentada. Registra-se a pressões vesical (PV), abdominal (PA) e detrusora (PD), sendo esta última resultado da diferença entre PV e PA.

3.Estudo miccional: para iniciar o estudo miccional basta apenas retirar a sonda de infusão e colocar o paciente na sua posição habitual de micção. Pede-se ao mesmo tempo que, dentro das possibilidades, urine da forma como faria em sua própria casa. Diferentemente da fase anterior, que é por demais subjetiva, esta fornece dados bastante concretos a cerca do esvaziamento vesical e da função esfincteriana.

4.Perfil pressórico uretral: pode ser medido de forma passiva ou ativa e fornece dados sobre o grau de fechamento uretral em repouso e sob esforço e o segmento uretral efetivamente participante da continência ou incontinência urinária. Presta-se para avaliação de pressão máxima de fechamento e comprimento funcional apenas em pacientes com insuficiência esfincteriana.

5.Eletromiografia: corresponde ao estudo do esfíncter uretral externo, que comumente está alterado nas neuropatias, particularmente nas acompanhadas de comprometimento medular. Essa fase requer a colocação de eletrodos de contato ou de agulha, com o intuito de captar a atividade elétrica do esfíncter, observando-se seu sinergismo ou não com o músculo detrusor da bexiga.

Quase nunca o exame envolve riscos, no entanto, uma atenção especial deve ser dedicada aos portadores de lesão medular acima da sexta vértebra torácica (T6), que podem apresentar, principalmente durante a fase de enchimento da bexiga, uma 'disreflexia' autonômica potencialmente grave, com elevação da pressão arterial, sudorese excessiva e bradicardia.

No pós-exame imediato pode haver disúria e aumento da frequência urinária, que habitualmente regridem de 12 a 48 horas após o exame.

Alguns poucos pacientes podem apresentar sangramento uretral, via de regra pequeno e auto-limitado.

A ocorrência de bacteremia (febre, calafrios, astenia, inapetência, náusea, vômitos e cefaleia) é mais rara ainda e ocorre particularmente nos pacientes idosos, debilitados, imunodeprimidos ou com infecção urinária prévia.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

"Dieta" DASH para hipertensos!



A DASH Diet é baseada na pesquisa Dietary Approches to Stop Hypertension, a qual comprovou que este tipo de alimentação reduz a pressão arterial e o colesterol, além de melhorar a sensibilidade à insulina.

A dieta vai além da redução de sal ou sódio na alimentação. Tem como base a maior ingestão de frutas, vegetais, laticínios desnatados ou semi-desnatados, grãos integrais e pouca carne.

Ela foi desenvolvida para ser flexível o bastante para se encaixar no estilo de vida e preferências alimentares da maioria das pessoas e inclui todos os alimentos saudáveis da dieta mediterrânea.

Além da redução da pressão arterial, este plano alimentar traz benefícios para a saúde cardiovascular, redução do colesterol e da inflamação.

Também ajuda na manutenção do peso corporal, funciona para adultos e crianças, e toda a família pode se beneficiar dos bons hábitos adquiridos.

Estes alimentos fornecem nutrientes importantes como cálcio, potássio e magnésio.

Quando associada à prática regular de atividades físicas, abandono do cigarro e ao consumo moderado de álcool, colabora para a construção de uma vida saudável.

Tipo de alimentos / Porções para 2000 cal/dia

grãos (integrais) 7 a 8 por dia

frutas 4 a 5 por dia

vegetais 4 a 5 por dia

laticínios desnatados 2 a 3 por dia
ou semi-desnatados

carne vermelha magra 1 a 2 por dia
frango ou peixe

nozes, sementes e legumes 4 a 5 por semana

gorduras e açúcares ingerir o mínimo possível

domingo, 19 de maio de 2013

Quando o teste genético é indicado para prevenção do câncer?




Cerca de 10% dos tipos de câncer são causados por alterações genéticas passadas dos pais para os filhos, como as mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 – o caso da atriz Angelina Jolie. Conheça outros tipos de câncer em que os testes genéticos são indicados quando há mais casos na família.

Neoplasia endócrina múltipla tipo 2 – causa tumores na tireoide, uma glândula na região do pescoço. São causados por mutações no gene RET, localizado no cromossomo 10, e que promove crescimento celular. Os tumores aparecem precocemente, antes dos 20 anos de idade. Por isso, recomenda-se a retirada da tireoide em crianças com casos na família e testadas positivamente para as mutações. Em alguns tipos desse câncer, há risco de desenvolver tumores na língua, nos lábios e nos olhos.

Síndrome de Li-Fraumeni – aumenta em cerca de 50% as chances de desenvolver câncer nas mamas, nos ossos, no cérebro, nas glândulas em cima dos rins e nas células de defesa do organismo. É causada por alterações no gene TP53, localizado no cromossomo 17. Um estudo do AC Camargo Câncer Center descobriu que 0,3% da população do Sul e Sudeste do Brasil tem essas mutações, a maior concentração de casos no mundo.

Síndrome de Lynch – também conhecida como câncer colorretal hereditário não polipoide (HNPCC). Alterações em algum dos seguintes genes - MSH2, MSH6, PMS1, MSH3, PMS2, MSH2, MLH1 – aumentam riscos de desenvolver câncer no intestino e reto (até 82%), útero (60%) e ovários (12%).

Câncer de pele – entre 5% e 10% dos melanomas não são causados pela exposição excessiva à radiação solar, mas por causa de mutações passadas entre famílias. A maioria desses casos é desencadeada por uma mutação no gene CDKN2A, localizada no cromossomo 9. Essa alteração também aumenta os riscos de câncer no pâncreas.

sábado, 18 de maio de 2013

Depilação



A depilação consiste na extração intencional de pelos de certas regiões do corpo, de forma definitiva ou temporária, praticada principalmente pelas mulheres, por motivos estéticos e até mesmo de higiene e limpeza.

As regiões corporais mais comumente visadas são as sobrancelhas, axilas, pernas e regiões genitais (pelos pubianos). A depilação é também cada vez mais uma coisa masculina.

Fazer a barba é uma forma especial de se depilar, mas também os homens se preocupam cada vez mais com pelos no peito, abdome, costas, pernas, orelha, nariz e virilha.

O motivo para se depilar é basicamente estético e, raramente, higiênico. Esse fator estético, contudo, varia em cada momento e em cada cultura. A depilação é também necessária antecedendo algum procedimento médico ou cirúrgico, a conselho do profissional. Normalmente, pode ser auto-aplicável ou feita por outra pessoa.

O motivo para se depilar é basicamente estético e, raramente, higiênico.

Esse fator estético, contudo, varia em cada momento e em cada cultura.

A depilação é também necessária antecedendo algum procedimento médico ou cirúrgico, a conselho do profissional.

Normalmente, pode ser auto-aplicável ou feita por outra pessoa.

Existem depilações temporárias e definitivas. A depilação feminina e masculina obedece praticamente os mesmos princípios e o método escolhido para se depilar depende muito da região a ser depilada e da preferência de cada pessoa.

As depilações temporárias podem ser:

•Depilação com linha: consiste em rolar uma linha de algodão sobre os pelos, que são assim entrelaçados a ela e arrancados pela raiz. É um método útil para pessoas que tenham pele muito sensível ou que sofram de alergia, em que os produtos químicos devem ser evitados. É um método muito usado para depilação no rosto, que é uma região corporal de pele muito sensível. Trata-se de um método simples, não produz rugas nem outras irritações na pele, além de clareá-la e suavizá-la, sem retirar a camada superficial da pele.

•Depilação com cera: consiste em aplicar na região a ser depilada uma cera quente ou fria, adequadamente preparada, que gruda sobre os pelos e depois arrancá-la juntamente com eles. A depilação com cera, no entanto, só deve ser aplicada a regiões de pele mais resistentes (pernas, por exemplo), podendo ferir ou mesmo arrancar a pele se aplicada a regiões de pele mais sensível, como as virilhas. Normalmente, a depilação com cera é um processo inócuo, mas alguns cuidados podem torná-la mais confortável. Evite tomar sol forte antes da depilação, porque pode deixar a pele mais sensível e dolorida. Os hidratantes também podem ser usados no dia da depilação, após o procedimento, mas sem excessos. Evite se depilar no período menstrual, em que a mulher em geral fica mais sensível. Um banho morno antes da depilação ajuda a remoção dos pelos e um banho depois da depilação, com sabonete antisséptico, ajuda a eliminar as bactérias da pele.

•Depilação com creme depilatório: consiste em aplicar generosamente um creme especial sobre os pelos que se deseja retirar, e deixá-lo por algum tempo, o que os amolece e dissolve. Em seguida os pelos podem ser retirados por espátula, esponja ou toalha úmida. Os cremes depilatórios são feitos de substâncias químicas que dissolvem ou enfraquecem a haste dos pelos, sem afetar suas raízes. Por isso, eles voltam a crescer mais rapidamente. Por outro lado, os cremes depilatórios são mais susceptíveis a causar alergia (dermatite de contato). Devem ser aplicados sobre a pele sadia, sem lesões, longe das mucosas, dos olhos e da boca. Depois de aplicado e retirado, lave bem a região com água e sabão. Evite exposição ao sol e o uso de qualquer outro produto químico nas 24 horas seguintes.

•Depilação com depilador elétrico: aparelho mecânico com dispositivos em forma de pinças que retiram os pelos pela raiz. Para depilar com ele, basta encostá-lo à pele, sem pressionar, deslizando-o na direção contrária ao nascimento dos pelos. Dois dias antes da depilação esfolie a pele para remover as células mortas e evitar que os pelos encravem. Antes de se depilar evite expor-se ao sol; evite depilar-se quando a pele tiver com algum ferimento, mesmo que leve. Não use o aparelho comum em regiões sensíveis como o rosto. Tome um banho quente antes de depilar-se, porque isso dilata os poros e facilita a remoção dos pelos.

•Depilação com lâminas descartáveis: é um método tradicional, muito usado principalmente pelos homens ao se barbearem. Algumas mulheres optam pela depilação com lâminas descartáveis pela facilidade e rapidez do procedimento. Para um melhor resultado, é aconselhável passar a lâmina no sentido oposto ao do crescimento dos pelos. Como ela não arranca os pelos pela raiz, depois de um ou dois dias eles crescem de volta. Apesar de prática, a lâmina resseca bastante a pele, pois raspa um pouco das células epiteliais superficiais e deve ser usada com cuidado, principalmente quando está nova e afiada, para evitar cortes.

As depilações definitivas podem ser:

•Depilação a laser: é um engano pensar-se que a depilação a laser seja uma maneira de acabar em definitivo com os pelos. Na verdade, deve-se fazer entre quatro e oito sessões com intervalo de um a dois meses entre cada uma delas, para obter 80% de redução do número de pelos, embora os 20% restantes nasçam mais finos e espaçados. A resposta é melhor nas pessoas ou regiões corporais de pele clara e pelos mais escuros. Como o laser tem uma atratividade especial pela melanina, deve ser utilizado com muito cuidado em peles morenas ou negras, nas quais pode produzir queimaduras. As pessoas que se submetem à depilação por laser devem evitar a exposição ao sol pelo menos duas semanas antes e duas depois da aplicação, em virtude da maior concentração de melanina que isso acarreta. Pode ser usado um anestésico tópico cerca de uma hora antes do procedimento para diminuir o incômodo/dor que a depilação a laser pode causar em algumas pessoas.

•Depilação com luz pulsada: consiste na exposição à luz intensa pulsada por um aparelho que emite vários tipos de luzes, de comprimentos e ondas diferentes. Esse tipo de depilação tampouco é definitivo. Ela elimina substancialmente os pelos e os que restam nascem mais delgados e inaparentes, mas a depilação deve ser repetida por pelo menos umas seis sessões e deve ser feita uma manutenção uma vez ao ano para produzir um bom efeito. Não se pode realizar o tratamento em áreas de mucosa ou nas sobrancelhas, em que o disparo pode alcançar diretamente os olhos. O tratamento tem melhores efeitos quanto mais escuros forem os pelos, porque eles contêm mais melanina. Por outro lado, se a pele estiver mais bronzeada que o normal, o profissional deve ser avisado, pois o ideal é que o sol seja evitado quinze dias antes e quinze dias após o procedimento para não manchar a pele. Os pelos brancos não sofrem efeitos do tratamento.

Cada método tem sua aplicação própria e todos têm a sua eficácia, desde que utilizados corretamente.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Botox ou toxina botulínica



Botox é o nome comercial de um dos tipos da toxina botulínica (tipo A - C6760H10447N1743O2010S32), obtida a partir da bactéria anaeróbia Clostridium botulinum. Para fins unicamente médicos, é utilizada uma forma injetável da toxina purificada.

A toxina botulínica aplicada por via muscular produz uma paralisia muscular localizada, por denervação química, a qual produz uma atrofia do músculo que, posteriormente, desenvolve novos receptores para a acetilcolina e a debilidade que se instalará acaba se revertendo.

Em pequenas doses, a proteína botulínica bloqueia a liberação da acetilcolina, responsável por levar as mensagens elétricas do cérebro aos músculos e então, como resultado, o músculo não recebe a mensagem para contrair.

Assim, se aplicada na face, para efeitos estéticos (aplicação mais comum), as linhas de expressão são suavizadas e, em muitos casos, uma semana após a aplicação elas ficam praticamente invisíveis e os efeitos duram de quatro a seis meses.

Após este período ela pode ser reaplicada.

O Botox deve ser aplicado por injeções, diretamente no músculo que se deseja afetar.

O procedimento deve ser realizado por profissionais experientes e treinados.

A toxina botulínica deve ser diluída em cloreto de sódio 0,9% em volume de acordo com as indicações.

A toxina sofre desnaturação por agitação violenta, por isso o diluente deve ser injetado suavemente para dentro do frasco.

O produto liofilizado e o diluente não contêm conservantes ou preservativos.

A solução resultante é incolor e livre de partículas e deve ser descartada sempre que não conservar essas características.

O produto, conservado em temperatura fresca (congelador entre 2 e 8°C) deve ser aplicado dentro de quatro horas após ser retirado do congelador e reconstituído.

A administração intramuscular é local, segundo indicações específicas.

Além das indicações terapêuticas, o medicamento também é usado com finalidades estéticas ou higiênicas.

Na dermatologia tem sido utilizado para tratamento de rugas de expressão, sorriso deprimido e para tratamento de hiperidrose palmar e ou axilar.

Medicamente, o Botox é utilizado para tratar o estrabismo, o blefaroespasmo, o espasmo hemifacial, as distonias e espasticidades musculares, bem como condições urológicas como incontinência urinária ou bexiga hiperativa.

No caso das distonias (contração muscular involuntária causando distúrbios funcionais, dolorosos e estéticos) e espasticidades (contração muscular involuntária e permanente que causa dores e posturas anormais) a toxina botulínica é aplicada diretamente nos músculos comprometidos, provocando relaxamento e bloqueando a atividade motora involuntária.

O Botox também é utilizado para tratamento de crianças com problemas musculares, permitindo a elas terem um grau maior de flexibilidade muscular.

A toxina botulínica é um veneno natural muitíssimo mais poderoso que o cianureto, mas a dosagem aplicada para fins terapêuticos e estéticos é muito pequena e incapaz de desencadear as reações do envenenamento.

Na verdade, ela é o mais potente veneno conhecido.

A intoxicação alimentar pela toxina botulínica, no entanto, é uma condição extremamente grave e frequentemente fatal, que causa uma paralisia muscular progressiva incurável, que pode afetar a musculatura respiratória e levar à morte.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Dores nos quadris (dor no quadril)



A principal articulação do quadril une a cabeça do fêmur à bacia.

Como qualquer outra articulação que possui muito movimento e é responsável pela sustentação de peso do corpo, ela está sujeita a muitas lesões.

Também a articulação pubiana pertence ao quadril. A dor no quadril é a dor em quaisquer das articulações do quadril ou nas proximidades delas.

Nem sempre a dor que se origina nos quadris é sentida nele.

Ela pode ser sentida no meio da coxa ou na virilha. Inversamente, uma dor que se sente no quadril pode ser originária de um problema fora dele, como na coluna, por exemplo.

As dores no quadril afetam pessoas de todas as idades, mas são mais frequentes em indivíduos acima dos 40 anos.

Costumam ser muito frequentes em praticantes de esportes de impacto.

As dores no quadril podem ter diferentes etiologias, características distintas, localizações diversas, serem pontuais ou abrangentes, espontâneas ou perceptíveis apenas com movimento.



As causas mais comuns de dores nos quadris são as fraturas, que se tornam mais frequentes à medida que envelhecemos, pois as pessoas com osteoporose são especialmente susceptíveis a fraturar um osso, às vezes mesmo durante atividades rotineiras simples.

Outras possíveis causas de dor no quadril são, entre outras, artrite, bursite trocanteriana ou isquiática, dor lombar, torção, tendinite.

Na gravidez as dores lombares (“dores nas cadeiras”) são comuns, sejam devido ao maior peso no abdome, à distensão causada nas articulações ou à necessidade de novas posturas de equilíbrio.

A evolução da dor no quadril depende, evidentemente, da sua causa e em geral tem o mesmo curso que elas.

Se a causa for uma fratura no quadril, a mais comum, isso pode mudar significativamente a qualidade de vida da pessoa. Menos da metade das pessoas que sofreram fratura no quadril voltam à sua atividade anterior.

Além disso, uma fratura no quadril pode ser seguida por muitas complicações, com risco de morte.

O tratamento da dor no quadril depende de suas causas, mas em geral são utilizados analgésicos, anti-inflamatórios, corticoides ou medicações específicas.

As medidas a seguir não devem substituir o tratamento médico, mas somar-se a ele:

•Faça alongamentos antes e depois dos exercícios ou atividades físicas.

•Evite descer ladeiras correndo, o que provoca muito impacto no quadril. Prefira caminhar.

•Dê preferência a andar de bicicleta ou nadar em vez de correr.

•Reduza a quantidade de exercícios que pratica.

•Se praticar corrida, faça-o em uma superfície regular, horizontal e lisa. E use tênis adequado para esta prática esportiva.

•Se você estiver acima do peso, procure emagrecer.

•Se tiver pé chato, procure usar palmilhas ortopédicas.

•Só use tênis que tenham um bom sistema amortecedor.

•Se houver sinais de inflamação, aplique gelo três a quatro vezes ao dia.

•Tente não ficar em pé por longos períodos de tempo.

•Ao deitar, não durma sobre o lado que tem problemas.

•Ponha um travesseiro entre os joelhos quando se deitar de lado.

•Use calçados que reduzam os impactos para as articulações dos membros inferiores.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Claudicação intermitente: o que é isso?



Quando se exercitam, os músculos consomem mais oxigênio que quando em repouso e por isso, se houver alguma deficiência da irrigação vascular por uma obstrução arterial, por exemplo, o indivíduo sentirá dor ao caminhar, que o obrigará a parar.

A claudicação intermitente corresponde, pois, a uma sensação dolorosa em uma ou em ambas as pernas, que ocorre durante exercícios ou caminhada, como resultado de um déficit de suprimento muscular de oxigênio.

Normalmente as artérias que conduzem o sangue têm seu interior liso e desobstruído mas, com o envelhecimento, podem apresentar estreitamentos e obstruções devidos à arteriosclerose.

A causa mais importante de claudicação intermitente é a insuficiência circulatória causada pelo estreitamento das artérias que irrigam os membros inferiores por placas de gordura ou ateromas (doença arterial obstrutiva periférica), em geral devido à arteriosclerose.

Ela pode também ser indicatória de arteriosclerose em outras partes do corpo, como o coração e o sistema nervoso central, por exemplo.

Os principais fatores de risco para a aterosclerose são: hereditariedade, sedentarismo, estresse, diabetes, dislipidemias, tabagismo, colesterol alto, pressão alta e obesidade.

Os principais sinais e sintomas da claudicação intermitente são: dor, cansaço, câimbra, peso e fraqueza nas pernas, afetando sobretudo a panturrilha, mas que também pode se manifestar nos quadris, nádegas, coxas, canelas ou parte superior dos pés.

Esses sintomas se iniciam com a realização de atividades físicas, como caminhadas, se exacerbam rapidamente quando os exercícios são intensificados e desaparecem rapidamente quando são interrompidos. Comumente, a dor também piora quando o membro inferior é elevado.

Com a progressão do quadro, a capacidade de caminhar sem sentir dor diminui cada vez mais, até finalmente o indivíduo apresentar o desconforto mesmo em repouso.

Frequentemente a dor impede que o indivíduo durma.

Com a redução acentuada da irrigação sanguínea, o pé torna-se frio e insensível; a pele pode tornar-se seca e descamativa; as unhas se atrofiam; os pelos caem.

Nos casos mais graves pode ocorrer a formação de úlceras, sobretudo após uma lesão. O membro inferior pode atrofiar-se ou aparecer uma gangrena necessitando uma amputação.

A claudicação neurogênica, que acontece por um estreitamento do canal vertebral levando à compressão de raízes nervosas, deve ser diferenciada da claudicação intermitente.

A claudicação intermitente consiste em uma dor muscular que surge se o indivíduo tiver percorrido uma determinada distância, obrigando-o a parar por alguns minutos.

Esse alívio é bem mais rápido, após a interrupção da marcha, na claudicação de origem vascular do que na claudicação de origem neurológica, variando de um a três minutos na primeira e de cinco a vinte minutos na segunda.

A dor de origem vascular não é agravada simNão sendo adequadamente tratada, a enfermidade que causa a claudicação intermitente pode levar a lesões isquêmicas nas extremidades e até a amputações.plesmente pela postura ortostática e não se altera com os movimentos da coluna lombar.

Na claudicação vascular o indivíduo exibe outras alterações características de doença arterial, como ausência de pulsos distais e alterações tróficas da pele.

Acompanhando a claudicação neurogênica costuma haver também sintomas autonômicos como a incontinência fecal, urinária e priapismo (ereção involuntária e sustentada do pênis, independente de qualquer estimulação).

O diagnóstico da claudicação intermitente é eminentemente clínico, baseado na história médica do paciente e no exame físico com avaliação dos pulsos do paciente e de eventuais sopros cardíacos à ausculta.

Após essa avaliação inicial o médico pode solicitar um teste de caminhada em esteira, angiografia, ecografia com Doppler, angiotomografia computadorizada ou angiorressonância magnética.

O primeiro tratamento para a claudicação intermitente é feito com exercícios (caminhadas em solo ou esteira) adequados e programados. Aquecer os membros e controlar os fatores agravantes, como o tabagismo, a hipertensão arterial, as dislipidemias, o diabetes, a glicemia, etc.

Alguns medicamentos, como vasodilatadores ou antiagregantes plaquetários podem ser usados. Em casos mais severos, a cirurgia, com ou sem colocação de stent (uma espécie de mola em espiral, destinada a manter a artéria aberta) pode ser indicada.

Como evitar a claudicação intermitente?

•Se fumante, parar de fumar.

•Fazer exercícios com regularidade.

•Manter níveis sanguíneos adequados de açúcar e colesterol.

•Controlar a pressão arterial.

•Manter o peso ideal.


terça-feira, 14 de maio de 2013

Colostomia



Colostomia é um procedimento cirúrgico que consiste em fazer-se uma abertura na parede abdominal (estoma), temporária ou permanente, e ligar nela uma terminação do intestino, pela qual as fezes e gases passam a ser eliminados.

A este estoma acopla-se uma bolsa adesiva, coletora dos produtos intestinais.

A colostomia geralmente tem de ser feita quando há obstruções transitórias ou permanentes do cólon terminal ocasionadas por imperfuração anal, neoplasias, processos inflamatórios, corpos estranhos introduzidos no reto, amputação do reto, fístulas retovaginais, perfurações cólicas, lesões extensas ao redor do ânus ou como paliativo nos casos de neoplasia obstrutiva inoperável.

O paciente deve estar ou ser hospitalizado.

Sob anestesia geral é feita uma incisão no abdome, à qual o tecido sadio do intestino é preso, constituindo assim um orifício por onde as fezes e os gases passam a serem eliminados, sendo colhidos por uma bolsa adesiva, posicionada em torno dessa abertura e que deve ser esvaziada periodicamente.

Atualmente, já existem dispositivos que filtram o volume e odor de gases.

Geralmente esse ânus artificial é feito no nível do cólon transverso ou do sigmoide, mas, conforme o caso, pode ser feito em outro ponto do intestino. Quanto mais alto for, pior será a digestão e a absorção dos alimentos e da água.

Mais frequentemente são utilizadas a porção proximal do cólon transverso e a porção livre do sigmoide, mas o segmento intestinal a ser exteriorizado depende do local comprometido do intestino, do tipo de afecção, das condições clínicas do doente e da preferência do cirurgião.

Nos primeiros dias após a cirurgia, o estoma pode ficar inchado, mas isso logo regride. Então ele assume uma coloração rósea viva, semelhante à mucosa da boca e, como não tem terminação nervosa, é indolor.

Quais são os cuidados que o paciente colostomizado deve observar?

•Evitar carregar peso em excesso, que crie maior pressão intra-abdominal.

•Evitar exercícios ou atividades que exijam grande esforço.

•Evitar o uso de cintas que possam comprimir o estoma.

•Evitar alimentos ou bebidas que produzam muitos gases.

•Mastigar bem os alimentos.

•Manter a pele em volta do estoma sempre limpa e depilada.

•Não usar, sobre a pele que circunda o estoma, substâncias agressivas, como álcool, mercúrio, mertiolate, etc. A limpeza da pele ao redor da colostomia deve ser feita com água e sabão neutro.

•Não esfregar com força e não usar esponjas ásperas.

•Cuidar para que insetos, em especial as moscas, não pousem na colostomia ou na pele ao redor.

A colostomia requer cuidados especiais, de preferência prestados por uma enfermeira experiente, sob orientação médica, com vigilância diária para troca dos curativos e da bolsa coletora, controle das eliminações, monitoramento do orifício e das possíveis reações ou complicações dele.

Entre as complicações mais comuns estão: irritação da pele ao redor do orifício da colostomia; infecções da pele e/ou do tecido subcutâneo; sangramento; prolapso do coto intestinal; necrose do coto intestinal; estenose (fechamento) do estoma, etc.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Andadores para crianças: sim ou não?



Essa é para você decidir:

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) condena os andadores e o Canadá proibiu o uso do aparelho.

Por quê? Basicamente, porque o aparelho pode causar acidentes graves, às vezes até fatais e ainda atrasa o desenvolvimento motor dos bebês ao diminuir o esforço deles para andar.

Além disso, os andadores não trazem nenhum benefício ao desenvolvimento das crianças, como demonstrou pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Afinal, as crianças aprendem a andar mesmo SEM andador e não há nenhuma demonstração de que o aparelho facilite o processo.

Infelizmente, mesmo assim os andores ainda são muito comuns entre nós.

Uma criança começa a dar seus primeiros passos por volta de 12 meses de idade.

Os andadores conferem à criança uma autonomia de movimentos rápidos que ela ainda não está apta para usar. Assim, eles podem carregá-la para situações perigosas sem que elas possam evitá-las.

Podem disparar em rampas, se aproximarem perigosamente de panelas, tomadas ou escadas; chocar-se contra objetos; travar suas rodinhas; revirar, etc.

Além disso, o aparelho pode atrasar o desenvolvimento psicomotor da criança, visto que criar dificuldades motoras ajuda na superação delas e o andador faz justamente o contrário.

Com o andador a criança não usa os músculos que ela precisa para andar e, assim, eles não ficam bem desenvolvidos. Por outro lado, queima etapas, diminuindo ou suprimindo a importante etapa do arrastar-se ou engatinhar.

Além disso, dispensando os adultos de dar a mão à criança ou colocá-la no colo os deixa menos atentos à criança.

O risco maior com os andadores são as quedas.

Como o bebê em geral “capota” sobre o andador seu órgão de choque é a cabeça.

O mínimo que pode acontecer é um “galo” enorme, mas pode também acontecer um acidente de maiores consequências como, por exemplo, um traumatismo craniano mais grave.

Os andadores, contudo, não têm apenas aspectos negativos. Pode-se ver a alegria das crianças ao descobrirem que podem ter mais liberdade.

A criança brinca com ele como um carrinho. Como dissemos, eles parecem em nada contribuir com o desenvolvimento da criança, mas tampouco prejudicam.

Deve-se decidir se esse lado positivo compensa os riscos. Parece que não. Mas, se ainda assim, você decidir usar o andador com seu filho, observe o seguinte:

•Esteja atento (a) ao bebê o tempo todo. Não se distraia fazendo outras coisas. Isso pode evitar quedas.

•Só coloque no andador crianças acima de nove meses de idade.

•Limite o tempo de uso do andador em cerca de vinte minutos, no máximo duas vezes ao dia.

•Compre um andador de base bem larga, que tem menos chance de virar.

•Só deixe a criança andar em chão plano e livre de tapetes, fios, sapatos, brinquedos ou quaisquer outros objetos.

•Nunca deixe uma criança usar um andador em locais onde haja escadas por perto.

sábado, 11 de maio de 2013

Urocultura



A urocultura (ou cultura de urina) consiste em colocar-se uma pequena quantidade de urina em um meio que favorece o crescimento de eventuais germes presentes, chamado “meio de cultura” e assim facilitar a detecção e a identificação deles.

Ao mesmo tempo, os germes encontrados são submetidos a diferentes antibióticos, indicando a quais deles eles são sensíveis ou resistentes.

O exame simples de urina já pode indicar a presença ou ausência de micro-organismos, mas não é capaz de identificá-los.

Normalmente, os rins e a bexiga são ambientes estéreis e por isso a presença de bactérias na cultura de urina é fortemente indicativa de infecção urinária, mas não quer dizer que sempre haja uma infecção de urina, porque algumas bactérias podem colonizar a uretra ou a bexiga sem produzir sintomas ou serem oriundas de contaminações exteriores.

A urinocultura (ou urocultura) é o exame mais indicado para indicar uma infecção urinária, seja da bexiga ou dos rins. Ela é também de ajuda quando o primeiro curso de antibióticos não eliminou uma infecção conhecida, para indicar outros antibióticos mais eficazes para tratá-la.

Também está indicada em casos de febres de origem indefinida, para pesquisar uma possível infecção urinária ou quando uma infecção urinária é recidivante, e antes de procedimentos cirúrgicos urológicos, nos quais as vias urinárias devem estar esterilizadas.

Mesmo que o médico tenha certeza quanto ao diagnóstico de infecção urinária apenas pelos dados clínicos, o antibiograma ajuda-o a escolher o antibiótico mais eficaz.

A urina que se destina ao exame deve ser colhida em um frasco esterilizado, geralmente fornecido pelo laboratório que fará o exame e levada ao laboratório o mais prontamente possível. Se isso não for possível, a urina deve ser conservada em geladeira.

Preferencialmente deve ser colhida a primeira urina da manhã, por ser a que ficou mais tempo na bexiga e que permite a maior multiplicação das bactérias.

Para o exame, bastam 50 a 100 ml de urina.

A região periuretral deve ser bem higienizada (principalmente nas mulheres), e o primeiro jato de urina, que faz uma lavagem da uretra, deve ser desprezado.

Ao urinar, deve-se procurar que a urina seja vertida diretamente do meato urinário para o pote coletor, evitando o contato da urina com a pele do prepúcio (em homens) ou dos grandes lábios vaginais (em mulheres).

Dessa forma, procura-se evitar a contaminação da urina por bactérias contidas nessas regiões.

O paciente não deve tomar nenhum tipo de antibiótico antes de colher a urina, embora possa tomá-lo antes do resultado do exame, que leva cerca de 48 a 72 horas, se o caso for muito agudo, modificando posteriormente o tratamento, se isso for necessário.

Se a urina contiver micro-organismos, em 48 horas formam-se colônias de bactérias, permitindo assim a identificação do tipo delas e a que antibióticos elas são sensíveis.

Normalmente, o resultado da urinocultura expressa o número de colônias de bactérias encontradas, os tipos de micro-organismos identificados e os antibióticos a que eles são sensíveis ou resistentes.

É considerado um resultado positivo quando se identifica mais de 100.000 colônias de bactérias.

O resultado se apresenta como duvidoso quando essas colônias estão abaixo de 100.000, mas na maioria dos casos um resultado abaixo de 10.000 colônias é desprezível.

Pode haver um resultado falso positivo, quando há contaminação da urina por bactérias estranhas a ela, por sangue ou por drogas, ou um resultado falso negativo quando o paciente esteja tomando um antimicrobiano, diuréticos ou tenha um pH urinário abaixo de 6 (muito ácido).

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Aviso para as gestantes!



O Food and Drug Administration (FDA) está alertando os profissionais de saúde e as gestantes sobre o risco do uso de medicamentos contendo valproato de sódio durante a gestação.

Estes medicamentos podem causar diminuição das pontuações de QI em crianças cujas mães tomaram a medicação durante a gravidez. Portanto, essas drogas são contraindicadas (nunca devem ser usadas) em grávidas para a prevenção de enxaquecas.

Produtos que contêm valproato incluem o valproato de sódio, o divalproato de sódio e o ácido valproico.

As indicações conhecidas para estes medicamentos incluem a prevenção de enxaquecas, o tratamento da epilepsia (convulsões) e o tratamento de episódios maníacos associados ao transtorno bipolar (doença maníaco-depressiva).

Além do risco de redução do QI, já é sabido que essas medicações podem causar defeitos congênitos.

Medicamentos com valproato nunca devem ser usados em grávidas para a prevenção de enxaquecas porque agora temos ainda mais dados que mostram que os riscos para as crianças superam quaisquer benefícios de tratamento.

Para os seus outros usos aprovados - transtorno bipolar e convulsões - o valproato pode ter algum valor para as gestantes, mas só deve ser tomado se outros medicamentos não controlam os sintomas.

As mulheres que possam vir a engravidar não devem usar o valproato a menos que seja essencial para a gestão da sua condição de saúde e todas aquelas em idade fértil que precisem tomar produtos com valproato devem usar um método contraceptivo eficaz.

Grávidas que estão em uso desta medicação devem conversar com seu profissional de saúde imediatamente.

As mulheres não devem parar de tomar a medicação sem o conhecimento de seu médico, pois a interrupção abrupta do tratamento pode causar problemas de saúde sérios e potencialmente fatais para a mulher ou para o feto em desenvolvimento.

Desconhece-se se existe certo período de tempo, durante a gravidez, quando a exposição ao valproato pode resultar na diminuição do QI.

As mulheres no estudo Neurodevelopmental Effects of Antiepileptic Drugs (NEAD), o qual apoia as novas orientações, foram expostas a drogas antiepilépticas durante a gravidez.

A diferença na média de QI entre as crianças que haviam sido expostas ao valproato e as crianças que haviam sido expostas a outras drogas antiepilépticas variou entre 8 e 11 pontos, dependendo da droga antiepiléptica utilizada.

Fonte: FDA News Release, de 6 de maio de 2013

quinta-feira, 9 de maio de 2013

"Médicos Sem Fronteiras"



Resolvi publicar o anúncio do CREMESP, que entendo como plenamente procedente. Não consigo entender como um governo opta por trazer profissionais de outro país (curiosamente Cuba - não poderia ser da Bélgica, da Finlândia, do Reino Unido?) totalmente despreparados para a realidade brasileira ao invés de efetivamente adequar a SAÚDE do País.

Aliás, tem tanta coisa que precisa ser corrigida!

Aí vai!

CREMESP REPUDIA A ENTRADA DE MÉDICOS ESTRANGEIROS SEM REVALIDAÇÃO E ALERTA: GOVERNO FEDERAL COLOCARÁ EM RISCO A SAÚDE DA POPULAÇÃO

O governo federal anunciou que irá permitir a entrada de médicos estrangeiros no Brasil, a começar por 6.000 profissionais cubanos.

Tal iniciativa, se por um lado resolve o problema de seis mil cubanos desempregados, passa longe de atender as necessidades de saúde da população brasileira.

É importante assinalar que o ministro Alexandre Padilha e a presidenta Dilma Rousseff, em recente audiência com as entidades médicas, comprometeram-se com a necessidade de ampliação do debate antes da tomada de decisões que envolvem a qualidade do exercício da medicina no país.

Mais uma vez, vimos a público alertar a população, os prefeitos e os secretários municipais de Saúde sobre os riscos de contratação de médicos estrangeiros ou brasileiros formados no exterior sem a devida revalidação de diplomas e sem registro nos Conselhos de Medicina.

Repudiamos medidas que ignoram a importância da atual legislação e que irão implantar no país a prática da medicina pobre para os mais pobres.

O governo federal omite os reais motivos da ausência de médicos em pequenos municípios e nas periferias: o subfinanciamento do Sistema Único de Saúde e a ausência de condições de trabalho, de remuneração e de carreira de Estado para profissionais que trabalham nos serviços públicos.

Não podemos admitir a extinção do Revalida, o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por universidades estrangeiras, criado pelo próprio governo federal, que tem critérios técnicos justos e transparentes. Vale ressaltar que o índice de aprovação nos exames já realizados não chegou a 10%, o que demonstra a formação inadequada destes profissionais.

Quem se forma em outro país deve comprovar que possui as competências e habilidades mínimas para o exercício profissional. O Revalida protege a população brasileira de médicos mal formados em escolas estrangeiras.

Sem revalidação de diplomas, que inclui a proficiência na língua portuguesa, médicos estrangeiros não conseguirão se comunicar adequadamente com os pacientes.

Além disso, conforme estudos do CFM-Cremesp, médicos estrangeiros, mesmo aqueles com diplomas revalidados, não ficam por muito tempo no interior e nas áreas carentes, migram em sua maioria para os grandes centros e capitais, aumentando a concentração e a desigualdade na distribuição de profissionais no país.

Por fim, juntamente com as demais entidades médicas, tomaremos iniciativas políticas e eventuais medidas judiciais para impedir essa afronta à saúde da população e à dignidade da medicina brasileira.

Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Siringoma: você sabe do que se trata?



Siringoma é o nome de um tumor anexial (anexos da pele) intraepidérmico, benigno, do ducto sudoríparo (canalículo da desembocadura da glândula sudorípara na pele).

Caracteriza-se por pequenas elevações da pele, de dois a cinco milímetros, amareladas ou da mesma cor da pele, endurecidas, apresentando-se em pequeno ou grande número, raramente únicas e mais incidentes entre as mulheres adultas de pele clara. Pode ter uma etiologia genética e acometer várias pessoas de uma mesma família.

Quando as lesões são pequenas e muito numerosas, a pele apresenta-se toda encaroçada, na região afetada.

Como as lesões geralmente ocorrem em regiões muito visíveis, frequentemente na face, elas criam uma aparência bastante inestética.

Por isso, embora o siringoma não represente um problema médico, seu tratamento tem importante finalidade estética.

As áreas mais acometidas são as pálpebras e regiões periorbitárias, mas outras áreas também podem ser afetadas, tais como tórax, pescoço, regiões glútea, pubiana e vulvar.

As lesões são assintomáticas, porém algumas vezes podem coçar.

Os siringomas ocorrem aleatoriamente, de preferência em pessoas do sexo feminino, mas existem formas hereditárias, autossômicas dominantes, que afetam igualmente os dois sexos.

Normalmente aparecem como lesões isoladas que vão aumentando em quantidade, porém pode acontecer a forma eruptiva, de início abrupto na adolescência, com grande número de lesões que se tornam disseminadas.

As lesões podem coalescer (se fundirem), criando placas.

Parece haver uma associação dessas lesões com a síndrome de Down porque elas são mais comuns nos indivíduos com essa condição.

O diagnóstico do siringoma é clínico e histológico e geralmente não são necessários outros exames laboratoriais.

Histologicamente (aparência ao microscópio), o siringoma consiste da proliferação de numerosos pequenos ductos (canais) das glândulas sudoríparas acometidas.

Um diagnóstico diferencial normalmente precisa ser feito com o xantelasma (conjunto de pequenas bolsas amareladas ligeiramente salientes, situadas nas pálpebras) e com o milium (pequenos elementos duros e esbranquiçados, de localização mais superficial que resultam da proliferação de células da epiderme dentro da derme, também chamado brotoeja).

O siringoma não exige tratamento por razão médica; o objetivo é somente estético.

Raramente, o prurido exige o uso de alguma medicação.

O tratamento do siringoma depende do volume, quantidade e extensão das lesões e visa a destruição e remoção das lesões, tornando a pele mais lisa.

Pode ser feito por meio de uma pequena cirurgia, normalmente feita com o uso de um anestésico tópico sob a forma de cremes ou pomadas.

Apenas em alguns casos, em que a lesão é maior, precisa-se fazer um anestésico local injetável. Outras técnicas de tratamento são a eletrocauterização, a dermoabrasão, a aplicação de laser ou de técnicas que combinam o uso do ácido tricloroacético e o laser de CO2.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Tendinites



Há tendões em todas as articulações dobráveis do corpo, ligando os músculos aos ossos.

Tendinite é a inflamação aguda ou crônica de qualquer um desses tendões.

Usualmente ela ocorre em pessoas que realizam tarefas repetitivas e os grupos de pessoas mais afetados são os trabalhadores em linhas de montagem ou que utilizam demais o mouse de computador.

Embora ela possa ocorrer em qualquer lugar, os locais mais afetados pela tendinite são ombros, mãos, cotovelos, punhos, quadril, joelhos e tornozelos.

Além do esforço físico intenso ou repetido, as tendinites podem ter outras causas variadas, como traumas mecânicos, infecções, doenças reumáticas ou imunológicas, distúrbios metabólicos, processos degenerativos das articulações, neuropatias várias, etc.

Os sinais e sintomas das tendinites incluem dor e inchaço de intensidades variáveis, diferentes graus de restrição dos movimentos e da força muscular, impedindo a pessoa de realizar atividades simples, como escrever, caminhar ou subir escada, por exemplo.

A pele que recobre o tendão afetado pode ficar aquecida e avermelhada.

As profissões mais afetadas pela tendinite costumam ser as de telefonistas, instrumentistas, bailarinos, atletas, digitadores, etc.

O diagnóstico da tendinite é clínico, dependendo de uma boa história e exame físico do paciente, complementado com radiografias, ultrassonografias, ressonâncias magnéticas e provas laboratoriais.

No entanto, nenhum desses exames é capaz de oferecer 100% de certeza na caracterização das tendinites. O diagnóstico de certeza depende do exame anatomopatológico do tendão.

O tratamento da tendinite depende da gravidade do caso.

É SEMPRE recomendável o tratamento com ACUPUNTURA.

HOMEOPATIA também ajuda muito no tratamento das tendinites.

Muitas vezes apenas são prescritos anti-inflamatórios; outras vezes, pode haver necessidade de imobilizar o membro afetado. Em casos mais graves pode-se aplicar corticoides.

Além dessas medidas terapêuticas, deve-se observar repouso e fazer fisioterapia.

Medicações sintomáticas também podem se utilizadas: analgésicos, anti-inflamatórios, etc.

Se o tratamento não for feito de maneira adequada, podem ficar algumas sequelas da tendinite e até mesmo ocorrer o rompimento do tendão.

Inflamação de longa duração aumenta o risco de futuras lesões aos tendões.

Os sintomas da tendinite tendem a retornar.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Vacinação HPV



Um ensaio clínico randomizado, publicado pelo periódico JAMA, avaliou a importância do uso global da vacina contra o papilomavírus humano (HPV) para prevenir o câncer cervical e seu impedimento devido ao alto custo da vacina.

Um esquema de duas doses para as meninas pode ser possível, ao invés daquele de três doses atualmente usado.

O objetivo do presente estudo foi determinar se os níveis médios de anticorpos para HPV-16 e HPV-18 entre as meninas que receberam duas doses da vacina contra o HPV não foram inferiores aos das mulheres que receberam três doses.

As pacientes participaram de uma pesquisa randomizada, multicêntrica, estratificada por idade.

Meninas de 9 a 13 anos foram randomizadas para receber três doses da vacina quadrivalente contra o HPV com 0, 2 e 6 meses ou duas doses com intervalo de 0 e 6 meses. Mulheres jovens de 16 a 26 anos receberam três doses em 0, 2 e 6 meses .

Os níveis de anticorpos foram medidos aos 0, 7, 18, 24, e 36 meses.

Concluiu-se que entre as meninas que receberam duas doses de vacina contra HPV, com 6 meses de intervalo, as respostas ao HPV-16 e HPV-18, um mês após a última dose não foram inferiores àquelas entre mulheres jovens que receberam três doses da vacina no prazo de 6 meses.

Por causa da perda de não inferioridade de alguns genótipos aos 24 e 36 meses em meninas que receberam duas doses versus três doses, são necessários mais dados sobre a duração da proteção antes de reduzir as doses recomendadas.

Fonte: JAMA, volume 309, número 17, de 1° de maio de 2013

sábado, 4 de maio de 2013

Refrigentes com açúcar: fazem mal para a saúde?



O objetivo da presente análise foi investigar a associação entre o consumo de bebidas adocicadas (ou seja, sucos e néctares de fruta, refrigerantes açucarados e refrigerantes adoçados artificialmente) e a incidência de diabetes tipo 2 em uma amostra Europeia.

O consumo de bebidas adocicadas e o aumento na incidência do diabetes mellitus tipo 2 tem sido demonstrado principalmente em populações americanas!

O EPIC-InterAct Study avaliou esta associação em adultos europeus e foi publicado pelo periódico Diabetologia da European Association for the Study of Diabetes (EASD).

Dados do estudo do European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition (EPIC) foram usados e os pesquisadores estabeleceram uma amostra com 12.403 casos incidentes de diabetes tipo 2 e uma subamostra aleatória de 16.154 indivíduos.

Modelos de riscos proporcionais foram utilizados para estimar a associação entre o consumo de bebidas adocicadas (dados obtidos a partir de questionários dietéticos validados) e a incidência do diabetes tipo 2.

Os resultados mostraram que, após os ajustes necessários, o consumo de 340 ml de refrigerantes açucarados por dia está associado ao aumento da incidência do diabetes tipo 2, mas a associação do consumo de refrigerantes adoçados artificialmente (nutrasweet, por exemplo) e o diabetes tipo 2 tornou-se estatisticamente não significativa.

O consumo de suco ou néctar de fruta não foi associado ao aumento na incidência da doença!

Este estudo reforça a associação entre o aumento da incidência de diabetes tipo 2 e o alto consumo de refrigerantes açucarados em adultos europeus.

Fonte: Diabetologia, publicação online de 24 de abril de 2013

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Rubéola



A rubéola é uma doença infecciosa viral, causada por um Togavírus e transmitida de uma pessoa a outra por via respiratória.

A doença afeta principalmente crianças entre cinco e nove anos e é mais frequente nos países com climas temperados, durante a primavera.

Desde a introdução da vacina, ela se tornou rara ou mesmo extinta nos países desenvolvidos, embora continue comum nos países mais pobres.

A rubéloa é causada pelo Rubella virus.

A transmissão se faz por contato direto (secreções de nariz, boca e garganta ou por sangue, urina ou fezes) ou por secreções ou gotículas expelidas por meio de espirros, tosse, beijo, etc.

Depois de multiplicar-se na faringe e em órgãos linfáticos, o vírus dissemina-se pelo sangue e pela pele.

O período de incubação da rubéola dura de 12 a 19 dias.

Seus principais sintomas são parecidos com os de outras doenças virais comuns na infância e envolvem febre baixa; manchas avermelhadas pelo corpo; dores de cabeça e no corpo; dificuldades de deglutir; entupimento nasal e crescimento dos gânglios.

As manchas avermelhadas são causadas principalmente pelos mecanismos de defesa do organismo e não pelo vírus propriamente dito.

Elas aparecem primeiro na face e atrás das orelhas e depois se espalham pelo corpo inteiro.

O vírus da rubéola pode atravessar a barreira placentária e causar malformações fetais ou aborto espontâneo, algumas simples, mas outras extremamente graves (glaucoma, catarata, malformação cardíaca, retardo no crescimento, surdez, etc.).

Nem sempre o diagnóstico clínico é fácil, devido à semelhança da rubéola com outras doenças causadas por vírus.

O exame sorológico é capaz de detectar os anticorpos específicos.

A rubéola não tem tratamento específico. Os tratamentos possíveis visam minorar os sintomas (febres, dores, etc.) enquanto o organismo desenvolve sua resistência ao vírus. Geralmente a rubéola cura-se sozinha, sem tratamento.

Deve-se observar moderado repouso e beber muita água, sucos e chás, para ajudar a repôr as perdas de líquidos, sais minerais e vitaminas.

A melhor maneira de prevenir a rubéola é a vacinação. A vacina antirubéola pode ser tomada juntamente com a antisarampo (dupla viral) ou com a antisarampo e anticaxumba (triplice viral).

Mulheres gestantes não devem receber a vacina e as que tenham sido vacinadas devem evitar engravidar dentro do prazo de um mês, pelo risco de contaminação do feto pelo vírus da vacina, mesmo enfraquecido.

Pessoas contaminadas devem ter seus copos, talheres e pratos separados das pessoas não imunizadas.

As pessoas infectadas devem evitar locais públicos durante o período da doença em que sejam transmissores.

A infecção, geralmente, tem evolução autolimitada e em metade dos casos não produz qualquer manifestação clínica perceptível.

A vacina deve ser tomada por todas as mulheres que pretendam engravidar, pois a rubéola adquirida durante a gravidez tem altos riscos de causar morte fetal, parto prematuro, aborto espontâneo e malformações fetais.