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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Arritmias Cardíacas



O coração geralmente pulsa num ritmo regular e a uma frequência considerada normal, a qual se mede em batimentos cardíacos por minuto (bpm).

Os batimentos cardíacos são comandados por impulsos elétricos emitidos pelo nó sinusal (grupo de células localizadas no alto da aurícula direita), estabelecendo assim um ritmo de batimentos cardíacos (contrações e dilatações) que, em repouso, varia de 60 a 100 bpm (nos atletas pode chegar a 55 bpm) e que pode aumentar, de acordo com a maior ou menor necessidade de oxigênio do coração.

Arritmias cardíacas são alterações do ritmo normal dos batimentos cardíacos devido a alterações na emissão dos impulsos nervosos a partir desse nó ou da condução deles até os músculos cardíacos. As arritmias se devem a uma grande quantidade e variedade de causas e embora a maioria delas seja inofensiva, há também as que constituem uma urgência médica e que podem levar à morte.

A propagação do estímulo elétrico a partir do nó sinusal para os átrios (câmaras superiores do coração) se faz célula a célula, mas para os ventrículos (câmaras inferiores do coração) eles são conduzidos por um feixe nervoso que se bifurca para atender ao ventrículo direito e ao esquerdo.

Para que o ritmo de batimentos do coração seja normal, todo esse mecanismo precisa funcionar em perfeita sincronia. Toda condição que altere a produção de impulsos nervosos ou a condução deles resulta numa mudança no ritmo cardíaco (arritmia ou disritmia). Arritmias simples podem ser causadas por fatores externos precipitadores como cafeína, bebidas alcoólicas, estresse, fumo ou drogas. Outras são sintomas de doenças cardíacas.

Algumas arritmias são muito brandas e sequer chegam a serem sentidas pelo paciente. As demais arritmias (muito baixas, bradicardias; muito altas, taquicardias ou as que causam irregularidades no ritmo de batimentos cardíacos) afetam de tal forma o fluxo sanguíneo que causam sinais e sintomas relacionados a ele. Elas podem ser sentidas como batidas anormais no tórax, na garganta ou no pescoço.

Em geral a pessoa percebe que seu coração “está batendo diferente” e sente palpitações (sensações de batidas anormais do coração) ou disparadas do coração, fadiga excessiva, quedas no nível da consciência ou desmaios. A fibrilação é um sintoma extremamente grave em que os batimentos cardíacos assumem uma tal desorganização que o coração já não é capaz de ejetar adequadamente o sangue (o coração já não pulsa, apenas tremula). Mais grave ainda é a parada cardíaca, que pode resultar na morte.

Mais frequentemente as arritmias ocorrem em pacientes com doenças isquêmicas do coração, insuficiência coronariana, miocardites ou outras miocardiopatias e nos que já tiveram infarto do miocárdio, por exemplo.

Em primeiro lugar o médico deve levantar uma detalhada história clínica e proceder a um exame clínico minucioso. Geralmente realiza também nesta fase um eletrocardiograma.

Em seguida, conforme a necessidade, pode solicitar um ecocardiograma para determinar o tamanho do coração, a espessura de suas paredes e as condições de suas cavidades. Pode ser pedido também um teste de esforço para verificar como o coração se comporta durante a atividade física.

Em geral, o Holter-24horas (um exame que registra o eletrocardiograma da pessoa ao exercer suas atividades rotineiras, durante todo o dia) também é utilizado porque fornece informações muito úteis. Outros exames que podem ser pertinentes, a juízo médico, incluem estudo eletrofisiológico do coração e angiografia coronariana.

Nas arritmias irreversíveis que causam diminuição dos batimentos cardíacos a solução é a colocação de um marca-passo (um microcomputador que gera impulsos elétricos na frequência necessária). Naquelas caracterizadas por um aumento dos batimentos isolados (extrassístoles) ou agrupados (taquicardias) podem ser tentados medicamentos que visem controlar as extrassístoles e taquicardias ou pode ser feita a ablação cirúrgica por cateter, a qual efetua a cauterização do local em que ocorre o distúrbio de formação do impulso nervoso.

Nas arritmias graves, que podem provocar a morte, é essencial o uso do desfribrilador, para tratar rapidamente as crises e impedir que elas provoquem danos neurológicos irreversíveis.

As arritmias não podem ser completamente prevenidas, mas podem ser minimizadas por algumas providências básicas:

•Evitar o estresse.
•Evitar o fumo, as drogas e as bebidas alcoólicas.
•Praticar exercícios regulares, desde que permitidos pelo cardiologista.
•Manter a pressão arterial e o colesterol sob controle.
•Tratar a enfermidade de base, se for o caso.

Um comentário:

Delma disse...

Olá, bom dia
muito boa as mateiras do seu blog, parabéns pelo conteúdo
estou seguindo seu blog, se puder me seguir de volta
http://eternamentedigital.blogspot.com.br/
Obrigado
Att..Rodrigo Marin Ferreira