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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Degeneração Macular



A degeneração macular, como o próprio nome indica, é a condição médica em que há uma degeneração da mácula, uma estrutura do olho situada no centro da retina e responsável pela visão central do campo visual. A perda parcial da mácula torna difícil ou impossível ler ou reconhecer rostos, por exemplo, embora a visão periférica permaneça suficiente.

A grande maioria das degenerações é dita atrófica (ou seca), se deve ao envelhecimento e evolui lentamente provocando perda gradual da visão. Há também degenerações exsudativas (ou úmidas), que costumam ser de instalação abrupta e podem provocar perda rápida da visão.

As degenerações atróficas da mácula geralmente estão associadas ao envelhecimento. As exsudativas são causadas por resíduos de células que formam as drusas (cristais no fundo do olho), as quais destroem os receptores celulares da luz e provocam a proliferação anormal de vasos sanguíneos na coroide, sob a retina. Não se sabe ainda as razões para que isso aconteça, mas alguns fatores de risco são conhecidos: predisposição genética; traumatismos; exposição excessiva à luz solar; hipertensão arterial; obesidade; diabetes; dietas pobres em zinco; deficiência de vitamina C, vitamina A, betacaroteno e luteína; fumo; inflamações; etc.

O maior de todos os fatores de risco talvez seja a idade avançada, porque a degeneração macular incide com maior frequência a partir dos 60 anos.

A degeneração macular produz uma perda indolor da visão e afeta tanto a visão de perto como a de longe. No início, a perda visual pode ser pouco perceptível. Aos poucos surgem visão borrosa, pontos luminosos inusitados, manchas escuras no centro do campo visual (escotomas), diminuição da percepção de contrastes, dificuldade de adaptação ao escuro, percepção das linhas retas como sinuosas, etc.

Ela pode acontecer apenas em um olho ou afetar os dois olhos ao mesmo tempo e pode ter uma progressão diferente em cada um deles.

Os pacientes não chegam a ficar completamente cegos porque ainda resta-lhes a visão periférica, mas a visão de detalhes fica grandemente prejudicada.

Além da história clínica, o exame de fundo de olho pode levantar a suspeita de degeneração macular, mas a confirmação do diagnóstico só pode vir com a retinografia, a angiofluoresceinografia (angiografia com fluoresceína) e outros exames especializados.

Um tratamento clínico de ordem geral deve garantir uma diminuição do consumo de gorduras; manutenção de um peso saudável; controle da pressão arterial; dieta rica em frutas, folhas verdes, grãos integrais, peixes, nozes, castanhas e amêndoas; abandono do cigarro, pelos fumantes.

A degeneração macular “seca” ou “úmida” merecem tratamentos diferenciados. A terapia fotodinâmica pode reduzir a proliferação de vasos sanguíneos e limitar a perda visual na degeneração exsudativa, embora não ajude a melhorar a acuidade visual já comprometida. A injeção intraocular de certos agentes antiangiogênicos pode reduzir a proliferação de vasos sanguíneos. A extração cirúrgica dos vasos sanguíneos acumulados na mácula é hoje empregada apenas em situações muito especiais.

A implantação de dispositivos intraoculares e os ensaios clínicos com novos agentes antiangiogênicos levantam novas expectativas em relação ao tratamento da enfermidade.

As pessoas brancas têm maior chance de desenvolver a doença que as pessoas negras.

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