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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Arritmias Cardíacas



O coração geralmente pulsa num ritmo regular e a uma frequência considerada normal, a qual se mede em batimentos cardíacos por minuto (bpm).

Os batimentos cardíacos são comandados por impulsos elétricos emitidos pelo nó sinusal (grupo de células localizadas no alto da aurícula direita), estabelecendo assim um ritmo de batimentos cardíacos (contrações e dilatações) que, em repouso, varia de 60 a 100 bpm (nos atletas pode chegar a 55 bpm) e que pode aumentar, de acordo com a maior ou menor necessidade de oxigênio do coração.

Arritmias cardíacas são alterações do ritmo normal dos batimentos cardíacos devido a alterações na emissão dos impulsos nervosos a partir desse nó ou da condução deles até os músculos cardíacos. As arritmias se devem a uma grande quantidade e variedade de causas e embora a maioria delas seja inofensiva, há também as que constituem uma urgência médica e que podem levar à morte.

A propagação do estímulo elétrico a partir do nó sinusal para os átrios (câmaras superiores do coração) se faz célula a célula, mas para os ventrículos (câmaras inferiores do coração) eles são conduzidos por um feixe nervoso que se bifurca para atender ao ventrículo direito e ao esquerdo.

Para que o ritmo de batimentos do coração seja normal, todo esse mecanismo precisa funcionar em perfeita sincronia. Toda condição que altere a produção de impulsos nervosos ou a condução deles resulta numa mudança no ritmo cardíaco (arritmia ou disritmia). Arritmias simples podem ser causadas por fatores externos precipitadores como cafeína, bebidas alcoólicas, estresse, fumo ou drogas. Outras são sintomas de doenças cardíacas.

Algumas arritmias são muito brandas e sequer chegam a serem sentidas pelo paciente. As demais arritmias (muito baixas, bradicardias; muito altas, taquicardias ou as que causam irregularidades no ritmo de batimentos cardíacos) afetam de tal forma o fluxo sanguíneo que causam sinais e sintomas relacionados a ele. Elas podem ser sentidas como batidas anormais no tórax, na garganta ou no pescoço.

Em geral a pessoa percebe que seu coração “está batendo diferente” e sente palpitações (sensações de batidas anormais do coração) ou disparadas do coração, fadiga excessiva, quedas no nível da consciência ou desmaios. A fibrilação é um sintoma extremamente grave em que os batimentos cardíacos assumem uma tal desorganização que o coração já não é capaz de ejetar adequadamente o sangue (o coração já não pulsa, apenas tremula). Mais grave ainda é a parada cardíaca, que pode resultar na morte.

Mais frequentemente as arritmias ocorrem em pacientes com doenças isquêmicas do coração, insuficiência coronariana, miocardites ou outras miocardiopatias e nos que já tiveram infarto do miocárdio, por exemplo.

Em primeiro lugar o médico deve levantar uma detalhada história clínica e proceder a um exame clínico minucioso. Geralmente realiza também nesta fase um eletrocardiograma.

Em seguida, conforme a necessidade, pode solicitar um ecocardiograma para determinar o tamanho do coração, a espessura de suas paredes e as condições de suas cavidades. Pode ser pedido também um teste de esforço para verificar como o coração se comporta durante a atividade física.

Em geral, o Holter-24horas (um exame que registra o eletrocardiograma da pessoa ao exercer suas atividades rotineiras, durante todo o dia) também é utilizado porque fornece informações muito úteis. Outros exames que podem ser pertinentes, a juízo médico, incluem estudo eletrofisiológico do coração e angiografia coronariana.

Nas arritmias irreversíveis que causam diminuição dos batimentos cardíacos a solução é a colocação de um marca-passo (um microcomputador que gera impulsos elétricos na frequência necessária). Naquelas caracterizadas por um aumento dos batimentos isolados (extrassístoles) ou agrupados (taquicardias) podem ser tentados medicamentos que visem controlar as extrassístoles e taquicardias ou pode ser feita a ablação cirúrgica por cateter, a qual efetua a cauterização do local em que ocorre o distúrbio de formação do impulso nervoso.

Nas arritmias graves, que podem provocar a morte, é essencial o uso do desfribrilador, para tratar rapidamente as crises e impedir que elas provoquem danos neurológicos irreversíveis.

As arritmias não podem ser completamente prevenidas, mas podem ser minimizadas por algumas providências básicas:

•Evitar o estresse.
•Evitar o fumo, as drogas e as bebidas alcoólicas.
•Praticar exercícios regulares, desde que permitidos pelo cardiologista.
•Manter a pressão arterial e o colesterol sob controle.
•Tratar a enfermidade de base, se for o caso.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Poliomielite



A poliomielite (polio = cinzenta; mielos = medula, ite = sufixo que indica inflamação), também conhecida como paralisia infantil, é resultante de uma infecção viral que afeta principalmente crianças pequenas, mas que pode também acometer adultos. Em geral transmite-se de pessoa a pessoa, por via fecal-oral, mas pode transmitir-se também por secreções bucais da pessoa contaminada. Quando ataca o sistema nervoso pode causar paralisias musculares e deformidades no corpo. A maioria das pessoas infectadas não apresenta sintomas, mas continua contaminando outras pessoas.

Graças à simplicidade das vacinas atualmente existentes (Salk – 1955; Sabin - 1962) e às eficientes campanhas de vacinação, a poliomielite quase foi erradicada em todo o mundo, embora ainda seja comum em certos países da África e da Ásia. Há tempos atrás, anteriormente às vacinas, os hospitais pediátricos viviam repletos de casos graves, muitas vezes dependendo de recursos mecânicos para sobreviver, sobretudo os chamados “pulmões de aço”, recurso a que muitas crianças lúcidas se viam presas para poderem respirar.

A poliomielite é causada pelo enterovírus poliovírus. Esse vírus é transmitido principalmente por alimentos e pela água contaminados ou pelas fezes e se multiplica na garganta e no intestino.

Daí passa à corrente sanguínea e chega ao sistema nervoso, onde destroi as células motoras e causa paralisia flácida dos músculos por elas inervados. Os músculos mais afetados são os dos membros inferiores, mas também podem ser outros, inclusive músculos da respiração e deglutição, gerando quadros graves e até mortais.

Essa forma de transmissão faz com que os maus hábitos de higiene facilitem a sua propagação. O ser humano é o único hospedeiro da doença.

O período de incubação do vírus (que vai desde a contaminação pelo vírus até a eclosão dos primeiros sintomas) varia de uns poucos dias (dois ou três) até pouco mais de um mês (35 dias). Existem diferentes quadros clínicos de poliomielite, desde formas assintomáticas (cerca de 90% dos casos) até formas paralíticas graves, (cerca de 0,1-0,2% dos casos).

Nas formas não paralíticas da doença, os sintomas mais comuns são febre, mal-estar, dor de cabeça, dor de garganta, dores generalizadas no corpo, vômitos, diarreia, constipação, espasmos, rigidez da nuca e meningite. Na forma paralítica, além desses sintomas, há a flacidez muscular, mais comum em músculos dos membros inferiores.

A poliomielite causa paralisias musculares flácidas, ao contrário de outras paralisias, que são rígidas. A paralisia pode afetar um ou vários músculos e, em consequência, causar deformações corporais várias. Em geral, a sensibilidade é conservada.

O diagnóstico deve ser suspeitado sempre que houver paralisia flácida de surgimento agudo, com diminuição ou abolição dos reflexos tendinosos. O exame do líquor (cultura) e a eletromiografia são recursos diagnósticos importantes. O diagnóstico de certeza será dado pela detecção do DNA viral ou do próprio vírus, ao microscópio eletrônico, a partir de fluidos corporais.

A poliomielite não tem tratamento específico. Nos primeiros dias da doença recomenda-se repouso absoluto e tratamento sintomático para a febre, dores, náuseas, etc. Os pacientes devem ser submetidos a programas fisioterápicos de reforço dos músculos atingidos e de outros compensatórios. Pacientes atingidos nos músculos respiratórios podem depender de pulmões mecânicos para respirar.

A melhor maneira de prevenir a poliomilite é a vacinação. A vacina Sabin (“gotinha”) é de fácil aplicação e bastante eficaz. Ela deve ser aplicada aos 2, 4, 6 e 15 meses e a criança deve receber doses de reforço anuais, até os cinco anos.

No Brasil, há campanhas anuais de vacinação, atingindo crianças dessa idade, as quais praticamente erradicaram a doença entre nós. No entanto, o fato de não haver novos casos não é motivo para descuidar-se da vacinação, uma vez que no mundo globalizado de hoje em dia o vírus continua circulante, muitas vezes de forma assintomática, e só não causa a doença por causa da vacinação.

Uma pessoa que contraia o vírus pode não desenvolver a doença. A doença estabelecida pode causar paralisia flácida (transitória ou mais frequentemente permanente) em um ou em vários músculos e mesmo evoluir para a morte. O indivíduo infectado, sintomático ou não, elimina o vírus pelas fezes e pode contaminar outras pessoas.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Resfriado X Gripe



O resfriado comum, também conhecido como rinofaringite, e a gripe, são enfermidades diferentes. Os resfriados comuns são comumente causados por rinovírus ou coronavírus, enquanto a gripe é causada pelo vírus influenza. Existem mais de 200 vírus causadores do resfriado comum, mas o rinovírus é o mais comum deles. Trata-se de uma infecção viral aguda, menos grave e mais frequente que a gripe, mas de sintomas parecidos, ocorrendo mais de um bilhão de vezes a cada ano, nos Estados Unidos, sendo a principal causa de falta às aulas, pelas crianças e, ao trabalho, pelos adultos.

Embora possa acontecer em qualquer época do ano, o resfriado comum é mais incidente nos períodos de clima frio, em que o vírus é mais resistente. Também especula-se o fato de que durante o frio as pessoas se aglomerem mais e permaneçam um maior tempo em ambientes fechados, o que também facilitaria a transmissão da doença.

A principal maneira de transmissão do resfriado comum é inalatória, através da absorção de gotículas de saliva ou secreções, expelidas pela pessoa contaminada quando tosse, espirra ou assoa o nariz. Os vírus do resfriado comum podem ser transmitidos também pelo contato direto com secreções nasais infectadas ou por objetos contaminados. O período de incubação do resfriado comum é de apenas alguns poucos dias (dois ou três). A transmissão é mais comum em locais de aglomeração de pessoas, sendo frequente em creches e escolas, devido a pouca imunidade das crianças e, frequentemente, a maus hábitos higiênicos.

Os sintomas mais frequentes do resfriado comum duram de cinco a sete dias e são tosse, garganta inflamada, coriza nasal, perda do apetite e, por vezes, febre. Pode haver também dor de cabeça e mal-estar geral. A febre é mais rara em adultos e mais comum em crianças. Quanto menor a idade, mais frequente a febre. A coriza nasal pode ser translúcida, esbranquiçada ou esverdeada, na dependência dos fatores etiológicos, sem que isso indique graus de gravidade da situação. Em geral, as regiões corporais mais afetadas são o nariz (rinites), a garganta (faringites) e os seios paranasais (sinusites).

Uma vez estabelecido, o resfriado comum não tem um tratamento específico. Deve-se tratar sintomaticamente a febre, a tosse e as dores porventura existentes e cuidar da hidratação. A congestão nasal pode ser aliviada com antihistamínicos ou outros descongestionantes nasais. A doença geralmente é autorresolutiva, mas deve-se observar um relativo repouso e evitar excessos físicos.

A melhor maneira de prevenir o resfriado comum é evitar as aglomerações, uma vez que a enfermidade se transmite principalmente por via inalatória. A lavagem frequente das mãos é uma medida importante para evitar a contaminação direta. A vacinação é ineficaz devido à grande variedade de vírus transmissores e a frequente mutação deles.

Normalmente, a doença evolui para a cura em cinco a sete dias, mas pode evoluir para uma pneumonia, especialmente em pessoas idosas, imunodeprimidas ou debilitadas. Outras complicações possíveis são infecções da garganta ou dos ouvidos.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Lanchinhos no trabalho: engordam?



Hoje a informação é bem curtinha.

Um estudo da Inglaterra demonstra que aquele lanchinho simpático que as pessoas fazem no meio da manhã e da tarde, muitas vezes em frente à tela do computador, enquanto trabalham, tem o potencial de aumentar o peso de quem tem tal hábito.

De acordo com esse estudo, as mulheres podem aumentar seu peso em até 3 Kg por ano e os homens em cerca de 2,5 Kg no mesmo período!

A "fominha" que dá nesses períodos faz até com que as pessoas tenham uma programação mental para comprar os tais lanches, que são com frequência "engordativos" mesmo, como, por exemplo, batatas fritas - aquelas fatiadas, bolos, sanduíches, bolachas recheadas, refrigerantes, chocolares, etc. Todos hipercalóricos.

Mas os dedos trabalhando nos teclados não dão conta de queimar a quantidade de calorias ingeridas nesses lanchinhos inocentes!

Take care, people!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Mais sobre fibromialgia



É um quadro de dores crônicas esparsas pelo corpo, mais proeminente na região cervical e membros superiores.

Atinge cerca de 2,5 % da população mundial, sendo na maioria das vezes atingidas as pessoas do gênero feminino.

Não apresenta causas orgânicas bem definidas, nem mesmo lesões em tecidos ou alterações laboratoriais e, em função disso, não é reconhecida por muitos médicos, embora seja, de acordo com os catálogos de doenças, uma "entidade nosológica".

O tratamento é baseado em antidepressivos (?), analgésicos e fisitoerapia.

Mas, um estudo da Universidade Virginia Comminwealth, da Escola de Enfermagem, sugere firmemente que as visualizações terapêuticas - técnicas de meditação guiada por instruções gravadas podem auxiliar bastante na percepção das dores e melhorar o quadro geral.

Setenta mulheres foram submetidas aos testes com gravações, diariamente. Estas gravações conduzem a imaginar cenas agradáveis e situações favoráveis e a média das pacientes apresentou melhoras significativas de seus quadros.

Aí está mais um recurso para o tratamento da Fibromialgia!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Degeneração Macular



A degeneração macular, como o próprio nome indica, é a condição médica em que há uma degeneração da mácula, uma estrutura do olho situada no centro da retina e responsável pela visão central do campo visual. A perda parcial da mácula torna difícil ou impossível ler ou reconhecer rostos, por exemplo, embora a visão periférica permaneça suficiente.

A grande maioria das degenerações é dita atrófica (ou seca), se deve ao envelhecimento e evolui lentamente provocando perda gradual da visão. Há também degenerações exsudativas (ou úmidas), que costumam ser de instalação abrupta e podem provocar perda rápida da visão.

As degenerações atróficas da mácula geralmente estão associadas ao envelhecimento. As exsudativas são causadas por resíduos de células que formam as drusas (cristais no fundo do olho), as quais destroem os receptores celulares da luz e provocam a proliferação anormal de vasos sanguíneos na coroide, sob a retina. Não se sabe ainda as razões para que isso aconteça, mas alguns fatores de risco são conhecidos: predisposição genética; traumatismos; exposição excessiva à luz solar; hipertensão arterial; obesidade; diabetes; dietas pobres em zinco; deficiência de vitamina C, vitamina A, betacaroteno e luteína; fumo; inflamações; etc.

O maior de todos os fatores de risco talvez seja a idade avançada, porque a degeneração macular incide com maior frequência a partir dos 60 anos.

A degeneração macular produz uma perda indolor da visão e afeta tanto a visão de perto como a de longe. No início, a perda visual pode ser pouco perceptível. Aos poucos surgem visão borrosa, pontos luminosos inusitados, manchas escuras no centro do campo visual (escotomas), diminuição da percepção de contrastes, dificuldade de adaptação ao escuro, percepção das linhas retas como sinuosas, etc.

Ela pode acontecer apenas em um olho ou afetar os dois olhos ao mesmo tempo e pode ter uma progressão diferente em cada um deles.

Os pacientes não chegam a ficar completamente cegos porque ainda resta-lhes a visão periférica, mas a visão de detalhes fica grandemente prejudicada.

Além da história clínica, o exame de fundo de olho pode levantar a suspeita de degeneração macular, mas a confirmação do diagnóstico só pode vir com a retinografia, a angiofluoresceinografia (angiografia com fluoresceína) e outros exames especializados.

Um tratamento clínico de ordem geral deve garantir uma diminuição do consumo de gorduras; manutenção de um peso saudável; controle da pressão arterial; dieta rica em frutas, folhas verdes, grãos integrais, peixes, nozes, castanhas e amêndoas; abandono do cigarro, pelos fumantes.

A degeneração macular “seca” ou “úmida” merecem tratamentos diferenciados. A terapia fotodinâmica pode reduzir a proliferação de vasos sanguíneos e limitar a perda visual na degeneração exsudativa, embora não ajude a melhorar a acuidade visual já comprometida. A injeção intraocular de certos agentes antiangiogênicos pode reduzir a proliferação de vasos sanguíneos. A extração cirúrgica dos vasos sanguíneos acumulados na mácula é hoje empregada apenas em situações muito especiais.

A implantação de dispositivos intraoculares e os ensaios clínicos com novos agentes antiangiogênicos levantam novas expectativas em relação ao tratamento da enfermidade.

As pessoas brancas têm maior chance de desenvolver a doença que as pessoas negras.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Gripe



A gripe é o resultado de uma infecção viral aguda por vírus da família influenza, que normalmente podem contaminar aves e mamíferos. Trata-se de uma infecção mais grave que a do resfriado comum, embora muitas vezes seja confundida com ele. Seja por sua ação direta, seja pelas complicações que pode acarretar (principalmente pneumonias), a gripe mata milhares de pessoas todos os anos em todo o mundo. Embora casos esporádicos possam acontecer em qualquer época do ano, ela é mais comum nos períodos de clima frio (no hemisfério sul, entre abril e outubro, com picos entre junho e setembro), em que o vírus é mais resistente. Os vírus são organismos que necessitam penetrar nas células para sobreviver e os vírus da gripe têm predileção pelas células do sistema respiratório.

A gripe é transmitida de pessoa a pessoa por gotículas de saliva expelidas quando a pessoa contaminada tosse, espirra ou assoa o nariz, podendo ser transmitida também de forma direta pela saliva, secreções nasais, sangue, fezes ou superfícies contaminadas. Os ambientes fechados (escolas, casas de shows, transportes coletivos, etc.), favorecem a transmissão. O período de incubação da gripe é muito pequeno (de um a dois dias) e o período de contágio de cerca de cinco dias. A cada novo surto da doença o vírus apresenta mutações e requer novas formas de vacinação. Recentemente os surtos mais graves partiram de animais que transmitiram o vírus ao homem (gripe aviária, chamada “gripe do frango” e gripe suína).

Os sintomas da gripe aparecem rapidamente e habitualmente são muito mais intensos que os do resfriado comum. A recuperação é rápida e se dá em torno de cinco dias. Os mais comuns são: febre alta (superior a 38ºC), calafrios, dores pelo corpo, especialmente nas articulações, dores de garganta, dores de cabeça, tosse, espirros, irritação nos olhos, fadiga e mal-estar geral. Pode causar também dor abdominal, náuseas e vômitos, sobretudo nas crianças.

Na maioria das vezes a gripe caminha para a autorresolução, mas pode complicar-se com uma pneumonia, muitas vezes fatal, sobretudo em pessoas idosas ou debilitadas. As complicações mais comuns são a pneumonia (viral, primária, ou bacteriana, secundária) e a traqueobronquite, podendo ocorrer também agravamento das condições cardiovasculares anteriormente existentes e complicações neurológicas, mais raras.

Uma vez estabelecida, a gripe não tem um tratamento específico. Deve-se tratar sintomaticamente a febre e as dores porventura existentes e cuidar da hidratação e demais condições de sustentação. Recomenda-se o máximo de repouso possível, atenção e tratamento das possíveis complicações.

Hoje existem vacinas de vírus morto, mas essas vacinas devem ser repetidas periodicamente (em geral, anualmente), uma vez que os vírus sofrem frequentes mutações.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Ecocardiograma



Ecocardiograma é um exame de ultrassonografia do coração que fornece imagens obtidas através dos diferentes graus de refração de ondas sonoras de alta frequência (acima de 20.000 ciclos por segundo), muito além, portanto, da capacidade humana de audição. Um transdutor deslizado sobre o peito do paciente direciona essas ondas para estruturas do coração do paciente e capta o eco delas, transformando-o em imagens. Assim, a ecocardiografia pode fornecer imagens estáticas e em movimento dos músculos e das valvas cardíacas e o mapeamento em cores do fluxo sanguíneo pela técnica Doppler, permitindo identificar a direção e velocidade do fluxo sanguíneo no interior das cavidades cardíacas.

Há várias modalidades de ecocardiograma, mas as mais evoluídas, em associação com o Doppler, oferecem imagens coloridas em 3D, capazes de possibilitar a visualização de detalhes anatômicos e funcionais mínimos do coração. O exame também pode ser realizado no feto em gestação, permitindo um diagnóstico muito precoce de eventuais anomalias cardíacas e possibilitando intervenções ainda no interior do útero. Por tratar-se de um exame que não apresenta efeitos colaterais, ser de custo relativamente baixo e de fácil operacionalidade e transporte, além de seu excelente alcance diagnóstico, o ecocardiograma tem grande destaque na cardiologia moderna.

Quais são os tipos de ecocardiograma?

•Ecocardiograma unidimensional: primeira versão do ecocardiograma, utilizada principalmente para medir os diâmetros das câmaras cardíacas e a espessura miocárdica.

•Ecocardiograma bidimensional: permite a transformação das imagens em figuras dimensionais possibilitando uma melhor avaliação anatômica.

•Ecocardiograma transtorácico: é o tipo tradicional e mais comum de ecocardiograma em que o transdutor, que emite e capta as ondas sonoras para a formação de imagens, é deslizado sobre a região cardíaca do peito do paciente.

•Ecocardiograma transesofágico: o transdutor de ultrassom, de alta frequência, é colado no interior do esôfago, na altura do coração, por meio de uma sonda de fibra óptica. A técnica permite o exame mais apurado de certas estruturas cardíacas específicas, em virtude da maior proximidade do transdutor com o coração.

•Ecocardiograma com estresse farmacológico: ultrassonografia do coração com a infusão venosa de drogas “estressoras” cardíacas, que aumentam o consumo de oxigênio do órgão e cujas respostas são adequadamente monitoradas.

•Ecocardiograma fetal: realizado através da parede abdominal da grávida e dirigido ao coração do feto em gestação, permite avaliar o coração intra-útero.

•Ecocardiograma com Doppler: permite avaliar as condições circulatórias no interior do coração.

O exame padrão é simples, não invasivo, indolor e geralmente rápido, não exigindo preparo prévio. O ecocardiograma transesofágico exige apenas um jejum de seis horas e o paciente é submetido a uma sedação leve. O paciente deve deitar-se numa maca, de barriga para cima, tendo ao lado o ecocardiógrafo. O médico colocará sobre o seu peito alguns eletrodos estrategicamente localizados, fixados na pele de maneira indolor por “ventosas” de borracha e fará deslizar pelo seu peito um transdutor que emite ondas sonoras de alta frequência, refratadas no coração, que um computador transformará em imagens. No exame, o médico procurará direcionar o feixe sonoro para as estruturas cardíacas que deseja examinar.

O ecocardiograma é hoje um dos principais e mais utilizados recursos da cardiologia. Ele permite ao médico avaliar aspectos anatômicos e funcionais tanto das paredes quanto das cavidades cardíacas (tamanho das cavidades, espessura das paredes, movimentação das válvulas cardíacas, etc.), bem como de aspetos funcionais do coração. Quase sempre associado ao Doppler, permite também avaliar o fluxo sanguíneo através das válvulas do coração e entre as cavidades cardíacas. É utilizado para estabelecer o diagnóstico e o grau de gravidade de quase todas as afecções cardíacas e para o planejamento terapêutico e prognóstico delas. Quase sempre o exame é empregado na avaliação dos pacientes com sopro cardíaco, sintomas de palpitação, síncope, falta de ar, dor torácica ou nos portadores de diversas doenças cardíacas, tais como doenças do músculo cardíaco, insuficiência cardíaca, doenças das válvulas do coração, anomalias congênitas, entre outras.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O eletrocardiograma



O eletrocardiograma, como o próprio nome sugere, é um exame que permite a avaliação elétrica da atividade cardíaca (potenciais elétricos) e da sua condução, registrada em gráficos que são comparados com gráficos padrão e que indicam, assim, o estado de normalidade ou de alteração dos músculos e nervos do coração.

A atividade elétrica cardíaca é dada pela variação da quantidade de íons de sódio dentro e fora das células musculares cardíacas, a qual gera diferenças de concentrações desses íons na periferia do corpo. São essas diferenças, captadas por eletrodos sensíveis colocados em pontos específicos do corpo, que são registradas nos gráficos do eletrocardiograma. Apesar de ser de execução muito simples, o eletrocardiograma é um exame muito importante em cardiologia, pois ele permite diagnosticar desde condições ligeiras até outras muito graves, como os infartos do miocárdio, por exemplo.

O aparelho que realiza o exame é o eletrocardiógrafo. Esse aparelho registra as alterações de potencial elétrico entre dois pontos do corpo, gerando uma imagem linear, em ondas de padrão rítmico, as quais têm significações clínicas particulares reconhecidas pelo cardiologista e que recebem denominações específicas: ondas P, ondas T, complexo QRS, intervalo ST, etc.

O exame é simples, indolor e geralmente muito rápido. O paciende deve deitar-se numa maca, de barriga para cima, tendo ao lado o pequeno aparelho que constitui o eletrocardiógrafo (usualmente portátil). O médico colocará eletrodos justapostos à pele dos braços (faces anteriores dos punhos), pernas (faces antero-mediais) e tórax do paciente, que captarão os estímulos elétricos do coração ou as repercussões deles à distância. A pele deve estar bem limpa e desengordurada nos locais de fixação dos eletrodos.

Para facilitar a captação desses estímulos geralmente é aplicado sobre a pele um gel condutor. Os eletrodos dos membros são fixados por braceletes e os do tórax por uma espécie de ventosa de borracha, permitindo aderência à pele sem o uso de agulhas ou outros instrumentos invasivos.

Se o corpo do paciente tiver muitos pelos, uma depilação deve ser feita e se a pele for especialmente oleosa deve ser promovida uma limpeza local com álcool.

Cada uma das derivações em que são colocados eletrodos capta a atividade elétrica das várias partes do coração (anterior, posterior, lateral esquerda, lateral direita). Acionada pelos estímulos elétricos, uma agulha com tinta movimenta-se no sentido vertical sobre uma tira de papel termosensível que corre horizontalmente numa velocidade padrão constante e deixa nela um registro gráfico que, analisado pelo cardiologista, indica a normalidade ou sugere as diversas patologias cardíacas presentes.

O exame pode detectar arritmias, aumento de cavidades cardíacas, patologias coronarianas, infarto do miocárdio, entre outros diagnósticos. O eletrocardiograma deve ser executado periodicamente, a partir dos 40 anos. A partir dele podem ser solicitados outros exames, mais específicos, se necessário.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Audiometria



A audiometria é um exame que avalia a capacidade do paciente para ouvir sons. Geralmente esse exame é pedido quando, numa consulta médica, o paciente ou seus familiares alegam que ele está “ouvindo pouco”, mas pode servir também para complementar outros diagnósticos (traumas, infecções, condições hereditárias, etc.).

O grau da perda auditiva pode ser verificado em cada ouvido isoladamente e pode se dever a perdas provenientes do ouvido externo, ouvido médio ou ouvido interno, bem como do nervo e das vias auditivas sensoriais ou serem perdas mistas.

Há, basicamente, dois tipos de audiometria:

• Audiometria tonal: avalia as respostas do paciente a tons puros, emitidos em diversas frequências, detectando assim o grau e o tipo de perda auditiva. É considerado um teste subjetivo porque depende da resposta do examinando aos estímulos auditivos fornecidos pelo examinador. Pode ser feito por via aérea comum ou por via óssea.

• Audiometria vocal: avalia a capacidade de compreensão da voz humana. O examinando demostrará sua percepção e compreensão da voz humana emitida pelo examinador.

• O exame não requer preparo prévio nem suspensão da medicação em uso. Ele é simples, inócuo e indolor e geralmente é feito por um fonoaudiólogo ou por um otorrinolaringologista, que são profissionais mais habilitados a realizá-lo e avaliar seu resultado.

• O examinando é colocado numa cabine acústica que visa isolá-lo dos sons ambientais, a qual tem uma parede de vidro através da qual o examinador pode vê-lo. Quase todo o exame transcorre em silêncio, salvo as comunicações entre o paciente e o examinador, para o quê o examinando deverá colocar um fone de ouvido, acoplado a um pequeno microfone, através do qual ouvirá certos sons emitidos pelo examinador e deverá responder a eles mediante sinais gestuais previamente combinados (levantar uma das mãos, por exemplo). Em uma parte do exame o examinando deverá repetir palavras emitidas pelo examinador. Nos exames de audiometria tonal, por via óssea, um vibrador é colocado sobre osso mastoide do examinando, o qual deverá acusar as percepções das vibrações do mesmo.

• A escala de medida da audição é feita em decibéis e o teste normalmente varia entre zero e 120 decibéis, sendo que a audição normal escuta até um mínimo de 25 decibéis (às vezes menos). Se o ouvido começa a ouvir apenas aos 50 decibéis, diz-se haver uma perda auditiva leve; se entre 55 e 70 decibéis, diz-se perda moderada; entre 75 e 90 decibéis, perda severa; acima de 90 decibéis, perda profunda.

• Certas técnicas e condições práticas especiais, bem como uma tabela própria de valores, têm de ser estabelecidas para o exame de crianças.

O resultado da audiometria geralmente é expresso num audiograma, um gráfico que informa sobre as respostas do examinando aos diversos sons emitidos. Em muitos casos de perda auditiva o exame ajuda a determinar a conveniência de usar ou não um aparelho auditivo e o tipo mais adequado dele. Em outros casos, ajuda a estabelecer o diagnóstico e o prognóstico, já que são inúmeras as causas possíveis, bem como pode sugerir medidas preventivas que evitem o agravamento das situações anômalas. Uma das grandes utilidades da audiometria é detectar deficiências auditivas em crianças pré-escolares ou escolares, muitas vezes inapercebidas, mas que são uma das causas de baixo rendimento escolar.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

DSTs



Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), antigamente mais conhecidas como doenças venéreas, são doenças infecciosas causadas por vírus, fungos, protozoários ou bactérias, que geralmente são passadas de uma pessoa infectada para outras principalmente por meio de contatos sexuais, embora também possam ser transmitidas por outros meios.

A transmissão dessas doenças ocorre principalmente através do contato íntimo com a pessoa infectada, porque os organismos causadores delas morrem rapidamente se forem removidos do corpo humano. Apesar de que o contágio normalmente se dê através dos genitais, essas infecções também podem ser contraídas por meio do sexo oral ou anal. A AIDS e a hepatite B, duas das doenças chamadas sexualmente transmissíveis, podem também ser transmitidas pela transfusão de sangue contaminado ou pelo compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente no uso de drogas injetáveis. Algumas delas, como por exemplo, a gonorreia, a sífilis e a clamídia podem ser passadas de uma portadora grávida ao filho em gestação, através do útero ou durante o parto e podem mesmo levar à interrupção da gravidez ou causar graves danos ao feto. As DSTs podem afetar pessoas de ambos os sexos, de todas as raças e de todos os níveis sociais.

As principais doenças sexualmente transmissíveis são:

• AIDS.

• Hepatite B.

• Gonorreia.

• Infecções não gonorreicas da uretra.

• Infecções pela Chlamydia trachomatis, Trichomas ou Monilia.

• Infecção vaginal causada pela bactéria Haemophilus.

• Herpes genital.

• Condilomas.

• Sífilis.

• Chato (Pediculosis pubis).

Apesar de que os sinais das doenças sexualmente transmissíveis em geral se manifestam externamente, elas também podem atingir a próstata, o útero, os testículos e outros órgãos internos. A maioria delas causa apenas manifestações locais, mas outras geram importantes alterações internas e algumas como a gonorreia ou a clamídia, por exemplo, podem até causar infertilidade. Além desses sintomas, são comuns:

• Secreção ou corrimento vaginal ou uretral.

• Dores de garganta após sexo oral ou no ânus após sexo anal.

• Lesões tipo cancro nas áreas dos genitais, ânus e boca.

• Urina frequente e escura.

• Fezes claras.

• Vesículas ou nódulos na área genital.

• Febre.

• Dor no corpo.

• Crescimento de gânglios linfáticos.

• Perda de peso.

• Suores noturnos.

• Cansaço inexplicável.

• Emergência de infecções raras.

• Verrugas genitais.

A maioria das doenças sexualmente transmissíveis pode ser diagnosticada pela simples inspeção visual local, associada a uma história clínica minuciosa. Uma cultura de sangue ou de secreções genitais pode ajudar a determinar a natureza da enfermidade, bem como seu agente causal.

Algumas das doenças sexualmente transmissíveis são de resolução rápida e são facilmente tratáveis, mas há as que têm tratamento mais difícil e que podem persistir apesar de uma enganosa sensação de melhora. Algumas delas, quando não tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves e mesmo para a morte.

As melhores maneiras de prevenir o espalhamento das doenças sexualmente transmissíveis são:

• Localizar o parceiro transmissor (muitas vezes assintomático) e induzi-lo a se tratar.

• Escolher parceiros confiáveis.

• Evitar as relações com pessoas portadoras de doenças sexualmente transmissíveis e, ainda assim, usar camisinha em todas as relações sexuais.

• Limitar o número de parceiros (as) sexuais (o ideal é ser estritamente monogâmico).

• Evitar manter relações sexuais se estiver em tratamento de uma doença sexualmente transmissível.

• Usar a camisinha mesmo para sexo oral ou anal.

• Usar um espermicida juntamente com outros métodos de proteção.

• Lavar os genitais com água e sabão.

• Urinar logo após a relação sexual.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Atividade Fìsica Regular e Neuroproteção



Todo mundo sabe que atividade física faz bem para a saúde, mas será que, além disso, também tem um efeito "neuro-protetor", isto é, será que ajuda a proteger as células do sistema nervoso, os neurônios?

Na semana passada, um estudo da Revista Annals of Internal Medicine demonstrou que é muito provável que sim: a atividade física regualar e bem planejada pode realmente proteger contra a chamada neuro-degeneração.

O estudo teve como base dois grupos de pacientes, um que mantém atividade física regularmente, com disciplina, e outro que não mantém atividade física regular, ambos de indivíduos de aproximadamente 65 anos, e chegaram à conclusão de que realmente o índice do surgimento de demência é significamente menor no primeiro grupo.

O jornal The New York Times publicou uma matéria divulgando a mesma pesquisa.

Um grupo de cerca de vinte mil pessoas com idade aproximada de 65 anos, com atividade física regular, foi relatado em uma pesquisa iniciada em 1979 e concluída em 2009, e que apresentava índice baixíssimo de indícios de doenças degenerativas do sistema nervoso central.

Como se vê, o exercício físico não é somente bom para o corpo, protegendo coração, pulmões, artérias, veias e músculos, mas também protege as células nervosas, os neurônios e prevenindo doenças que podem compreender as questões chamadas cognitivas.

Então, náo fique aí parado! Comece suas atividades físicas, mas sempre com orientação de um profissional bem preparado para isso.





Fonte das informações: Revista Neurology Today

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Asperger



A Síndrome de Asperger faz parte dos distúrbios do chamado espectro autista e se caracteriza por um acentuado comprometimento da interação social e das relações com os outros, além de interesses repetitivos e movimentos estereotipados, sem alteração do desenvolvimento cognitivo, das hanilidades motoras e da linguagem.

Esta síndrome atinge 2,5 crianças em cada 10 mil e está presente em cerca de um por cento da população adulta.

Como muitas pessoas com este problema têm bom nível de adaptação, muitas vezes o diagnóstico não é feito e aparece apenas quando a pessoa é internada por alguma outra razão.

Um estresse mais intenso causado por situações de trabalho ou de relacionamento pode tornar mais evidente a rigidez, as dificuldades interpessoais e a incapacidade de adminstrar as frustrações, mas, ainda assim, sem as informações adequadas, pode ser difícil de se fechar o diagnóstico.

Um grupo de pesquisas da Universidade de Cambridge - Inglaterra, desenvolveu alguns instrumentos para o diagnóstico adaptados para pacientes adultos, o Autism Spectrum Quotient e o Adult Asperger Assessment, que podem auxiliar em uma entrevista com o paciente.

Há indícios de que 3% a 6% dos casos de Asperger estão presentes em paciente portadores da síndrome do X frágil (já citado neste blog em um post anterior), que pode se manifestar com alterações do desenvolvimento cognitivo e comportamental.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Você é ciumento (a)?




Os pesquisadores do Laboratório dos Transtornos do Impulso (PRO-AMITI) do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP) elaboraram um teste simples, com cinco questões que avaliam o nível de ciúme de uma pessoa.

Resposta afirmativa à maioria delas pode significar problemas de ciúme excessivo e a necessidade de procurar ajuda de um profissional da área da psicologia e da psiquiatria.

Aí vão as perguntas, divirta-se:

1. Você pensa frequentemente que seu (sua) parceiro (a) pode ser ou é infiel a você?

2. Você costuma mexer nos pertences dele (a) procurando informações que confirmem as suspeitas sobre infidelidade?

3. Já agrediu ou foi agredido (a) fisicamente por causa do ciúme?

4. Evita situações nas quais ele (a) possa conhecer alguém por quem possa se interessar, como jantares ou festas?

5. Já pensou em espinoná-lo (a)?

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Programa de computador ensina crianças a melhorar suas dietas




Como a obesidade tem se elevado entre as crianças brasileiras, há quem se preocupe em tentar transformar o quadro de saúde pública, que certamente gerará gastos elevados no futuro, em algo mais equilibrado.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a elevação de sobrepeso e obesidade é da ordem de duzentos por cento (!) em crianças entre 5 e 9 anos de idade.

Uma das causas é o apelo de imagens usadas nas propagandas de "fast-food".

Vários cientistas têm se preocupado em tentar mudar o comportamento das crianças e alunos da UNEPS (Universidade Estadual Paulista) criaram um jogo de computador que ajuda as crianças a descobrir o valor nutritivo dos alimentos, através do programa "Lanche Saudável", a partir do qual a criança monta uma refeição ao seu gosto e submete a uma avaliação do programa, que aponta o que é necessário para complementar o aquilo que está em excesso no prato montado.

O link para o programa é:

sábado, 9 de fevereiro de 2013




O sangue é levado aos tecidos pelas artérias e trazido de volta pelas veias, ajudadas pela musculatura. Pode-se imaginar o esforço que o organismo tem de fazer para que o sangue retorne dos pés e pernas até o coração, contra a ação da gravidade. As veias contêm válvulas que impedem o refluxo do sangue, que circula nelas num único sentido, o do coração.

Se essas válvulas não funcionarem, o sangue se acumula nas veias e pressiona suas paredes, provocando a dilatação e deformação delas. Isso pode ocorrer por uma continuada e excessiva ação da gravidade (como nos barbeiros ou sentinelas, por exemplo, que ficam de pé por muito tempo).

Os músculos da panturrilha constituem-se numa verdadeira bomba que impulsiona o sangue em direção ascendente mas, nesse trabalho, as veias superficiais ou profundas podem sofrer dilatações e deformações e, assim, constituírem as varizes. Varizes também podem ocorrer, por outros motivos, nas paredes de órgãos internos (estômago, esôfago, ânus, etc.), mas as que surgem nas pernas são, de longe, as mais comuns e conhecidas e os leigos costumam usar o termo varizes sem adjetivação para se referirem a elas. Por essa razão este artigo será focado nelas.

As varizes ligadas às vísceras são estudadas em relação às doenças que as causam. As varizes nas pernas ocorrem mais em pessoas que necessitam ficar em pé por longos períodos e podem causar dor e inchaço nas pernas.

Nem todo mundo tem varizes, mesmo quando estão expostos às situações que, em outras condições, as causariam. Estima-se que no Brasil 18% das pessoas tenham varizes, a maioria delas do sexo feminino. Com o passar do tempo e devido a fatores hereditários, as veias diminuem a sua elasticidade normal e as válvulas venosas perdem sua eficiência. Com isso, o sangue passa a ficar parado ou mesmo a refluir dentro das veias, provocando a dilatação delas.

Outros fatores que favorecem o aparecimento de varizes:

•Obesidade.

•Traumatismos nas pernas.

•Sedentarismo.

•Gravidez.

•Tabagismo.

•Exposição ao calor.

•Pílulas anticoncepcionais e reposição hormonal feminina.

Na maioria das vezes as varizes não provocam sintomas e o principal problema que causam é de natureza estética. No entanto, alguns sinais e sintomas podem ser mencionados:

•Presença de veias tortuosas, azuladas, visíveis sob a pele.

•Grupamento de finos vasos avermelhados, também visíveis sob a pele.

•Sensação de queimação nas pernas e planta dos pés.

•Inchação predominante nos tornozelos e ao final do dia.

•Prurido ou coceira.

•Sensação de fadiga nas pernas.

•Sensação de peso nas pernas.

•Cãibras.

Nas mulheres, esses sintomas tendem a piorar durante a menstruação e a gravidez.

O diagnóstico de varizes pode ser feito pelo simples exame local. Através de algumas manobras clínicas o médico pode verificar quais veias estão comprometidas. O mapeamento dos segmentos varicosos pode ser feito com a ajuda do Doppler, um exame de imagem, que também pode auxiliar no encontro de trombos e na localização de alterações do fluxo sanguíneo venoso. Em casos mais sérios e que exigem maior precisão diagnóstica, podem ainda ser feitos exames mais sofisticados.

As varizes de perna podem ser tratadas pela remoção cirúrgica das veias comprometidas ou esclerose delas por meios químicos ou por raios Laser. O procedimento cirúrgico é rápido, o tempo de hospitalização é curto e a recuperação pode ser feita em casa. As veias superficiais podem ser necrosadas pela injeção de drogas, a fim de que não mais conduzam sangue e se estabeleça uma circulação colateral não varicosa e se criem novos vasos. Esse procedimento, no entanto, não é indicado para tratar varizes maiores, nem para as que sejam profundas. Depois da recuperação, deve-se caminhar diariamente para estimular a circulação do sangue e o crescimento de novos vasos. Quando pisamos, o sangue acumulado nos pés é bombeado para cima e o mesmo acontece quando exercitamos os músculos da panturrilha. Por isso, caminhar é muito importante para prevenir ou tratar as varizes.

Advertências úteis a pessoas com varizes nas pernas:

•Evite ficar de pé ou parado numa mesma posição, por muito tempo. Movimente os pés e as pernas regularmente.

•Procure elevar as pernas acima do nível do coração (colocar os pés para cima), diversas vezes por dia.

•Use meias elásticas, desde antes de levantar-se da cama.

•Procure andar a pé. Caminhar ajuda a prevenir as varizes das pernas.

•Se ferir uma veia com varizes, deite-se imediatamente e eleve a perna ferida.

•As varizes podem dar origem a coágulos que podem se desprender e alcançar o cérebro ou o pulmão, por exemplo.

•No caso de ocorrer qualquer inflamação dolorida, procure um médico imediatamente.


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Comportamento




Expectativa da compra pode ser mais prazerosa que a própria compra!

Você já desejou muito alguma coisa e, no quando finalmente a conseguiu, aquilo pareceu não ter mais a mesma graça? Pois saiba que isso é mais comum do que você imagina.

Segundo pesquisadores da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, pensar sobre as compras aumenta a felicidade momentânea nas pessoas materialistas, e como elas tendem a pensar um bocado sobre comprar, esses pensamentos fornecem injeções de ânimo frequentes.

Contudo, essas injeções de ânimo e melhoria de humor são momentâneas. Isso ocorre porque a ilusão de felicidade criada pela expectativa da compra se esvai logo que essa é realizada. Os pesquisadores ressaltam que as pessoas ainda sentem emoções positivas após fazerem as compras, mas essas são, geralmente, menos intensas do que no momento do desejo.

O estudo mostrou, também, que quanto mais materialista a pessoa for, maior será sua satisfação na expectativa pela compra. Além disso, essas pessoas são mais propensas a se endividarem.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Aftas (relembrando)




Aftas (ou estomatite aftosa) são áreas de pequenas ulcerações da mucosa da cavidade da boca que acontecem por um rompimento do seu epitélio e exposição do tecido conjuntivo.

As aftas são erosões dolorosas, com fundo claro-amarelado e circundado por uma aréola avermelhada. Elas geralmente desaparecem em um intervalo de sete a dez dias sem deixar sequelas podendo, em alguns casos, durar mais tempo. Afetam a parte interior dos lábios e das bochechas, a língua e, mais raramente, a garganta.

Variam em número e intensidade, mas costumam aparecer reunidas em pequenos grupos, o que faz com que as áreas afetadas sejam mais delimitadas. Podem raramente estar generalizadas.

Elas podem ser uma manifestação de diversas doenças, sobretudo imunológicas. Certos alimentos, frutas ácidas ou temperos picantes podem funcionar como indutores da formação de aftas. Outros fatores que podem causar ou contribuir para a eclosão delas são:

Traumatismos ou mordeduras nos lábios ou bochechas.

Uso de aparelhos de ortodontia.

Algumas doenças sistêmicas.

Imunopatias.

Deficiências nutricionais.

Alergias.

Estresse.

Reações a determinados tipos de medicamentos.

Erro na higiene oral

Falta de higiene oral

Prática de sexo oral


As aftas podem ser causadas por um processo infeccioso e, portanto, podem ser transmissíveis de uma pessoa a outra.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Inflamação de ovários ou Ooforite




Ooforite (ou ovarite) é uma inflamação de um ou de ambos os ovários. A grande resistência da estrutura dos ovários e a sua localização de difícil acesso aos germes patogênicos, torna raro o aparecimento de uma inflamação autóctone desses órgãos. Por isso, a ooforite isoladamente é uma condição pouco comum e mais frequentemente ela é uma extensão do comprometimento da trompa de Falópio (tubo que liga os ovários ao útero e a cuja infecção se denomina salpingite).

As ooforites, quando acontecem, geralmente são causadas por bactérias como os estreptococos, estafilococus, gonococos (sim, gonorréia)ou bacilos do grupo coli (bactérias intestinais que migram para o aparelho reprodutor, por conta de algum fator imunológico). A endometriose, pela possibilidade que tem de gerar glândulas ou estromas de endométrio nos ovários torna-o mais suscetível a inflamações.

Os principais sinais e sintomas da ooforite são:

•Dor aguda na região pélvica que pode se estender a todo o abdome.

•Febre, mal-estar, vômitos.

•Disúria.

•Sangramento vaginal.

Nenhum desses sintomas, contudo, é específico, o que torna o diagnóstico mais difícil.

Como não há sintomas clínicos específicos que permitam um diagnóstico de certeza apenas pela história clínica, a presença ou ausência de certos sinais comuns a toda Doença Inflamatória Pélvica (DIP) podem ser de ajuda no exame físico:

•Dor à palpação na região abdominal inferior.

•Dor à palpação e percussão no hipocôndrio direito, geralmente exacerbada pela tosse e pela inspiração.

•Febre.

•Dor à palpação nas regiões anexiais.

•Dor à mobilização do colo do útero.

•Secreção vaginal ou cervical anormal.

•Sinais de irritação peritoneal.

O diagnóstico deve ser complementado com um hemograma completo; exame de urina; velocidade de hemossedimentação; avaliação microbiológica, se possível; ultrassonografia pélvica; radiografia simples do abdome e, por fim, laparoscopia. Esses exames tanto ajudam a precisar o diagnóstico como afastar outras possíveis patologias, uma vez que a ooforite pode ser confundida com outras situações médicas importantes como gravidez ectópica; apendicite aguda; litíase ureteral; rotura de cisto ovariano; endometriose, etc.

O tratamento deve ser feito com medicações específicas para combater os agentes infecciosos (antibióticos) e com medicações sintomáticas para dor, febre ou vômitos, conforme o caso.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Creatina: para matar curiosidade!




A Creatina é uma combinação de três aminoácidos: arginina, glicina e metionina. Foi descoberta, extraída e isolada da carne de mamíferos em 1832. Humanos produzem a creatina no rim, fígado e pâncreas, mas aloja a maior parte nos músculos, inclusive no coração.

Apesar da creatina ter sido descoberta no início do século XVIII, foi apenas no final do século XX que os cientistas descobriram que quando usada como suplemento, a creatina pode ajudar de forma significativa no aumento da massa muscular.

Mais de 500 estudos confiáveis demonstram que os suplementos de creatina podem ajudar a todos: homens e mulheres, em qualquer faixa etária, a manter a boa forma muscular. Cuidam ainda de alguns dos efeitos debilitantes do envelhecimento, como a sarcopenia, que é a perda da força e massa muscular relacionada com o avanço da idade. Um estudo publicado em fevereiro de 2003, examinou o efeito de 250 suplementos para aumentar a massa muscular magra e a força, junto a exercícios de resistência com pesos: de todos os suplementos, a creatina foi um dos poucos que constantemente aumentou a massa muscular magra e a força em jovens e idosos.

Outro estudo publicado em 2003, fez uma revisão bibliográfica de mais de 300 estudos sobre o potencial valor ergonômico da suplementação com creatina, concluiu que a suplementação com creatina fornece certa ajuda nutricional, geralmente sendo efetiva para uma grande variedade de exercícios.

A Creatina aumenta a capacidade de realizar exercícios e hipertrofia a massa muscular pelo seu papel regenerador da Adenosina Trifosfato(ATP). O ATP é a molécula de energia primária do corpo que é usado pelas células como o primeiro e principal substrato energético na produção de energia. Uma analogia que fazemos é imaginar o ATP como o combustível natural do corpo, um "gás natural", que é queimado rapidamente em uma poderosa usina para produzir eletricidade.

No corpo o ATP é quebrado para produzir energia bioquímica e durante este processo bioquímico, o ATP perde uma de suas moléculas de fosfato e se transformando na Adenosina Difosfato(ADP), e é nesse momento que a creatina entra em ação. A Creatina, que é armazenada no corpo como fosfato de creatina ou fosfocreatina, recarrega o ADP doando uma molécula de fosfato para o ADP produzir novamente o ATP, para que este então possa ser usado para fornecer mais energia. Portanto, sem a Creatina para recarregar o ATP, nós ficaríamos literalmente famintos por energia.

Na próxima vez que você assistir aos jogos de futebol, dê uma olhada nos grandes jogadores das linhas ofensivas ou defensivas. Então tente imaginar qual parte do corpo deles que consome mais energia. Serão suas enormes pernas? Ou o incrível volume de seu tórax? Suas pernas, que mais parecem um tronco de árvore que têm que carregar o peso corporal por todas as partes do campo?

A resposta surpreendente não está em nenhuma das opções anteriores. À parte do corpo humano que precisa da maior quantidade de energia é pequena; pesa por volta de 1,5 kg, é também conhecida como massa cinzenta e se aloja em nosso crânio, ou seja, é o cérebro. Enquanto o cérebro humano tem somente de 1-3% do peso total do corpo de uma pessoa, seus bilhões de neurônios (as células nervosas ativas do cérebro) usam de 15 - 20% do total energético de nosso corpo, ou seja 15 – 20% do total de ATP produzido em nosso organismo.

A energia fornecida pelo ATP é usada pelo cérebro para reparar os neurônios, produzir, armazenar e secretar os neurotransmissores, e para gerar as descargas bioelétricas que acontecem quando os neurônios se comunicam entre eles. Esse processo bioelétrico, o qual é ativo a cada segundo todos os dias, acontece por uma troca contínua e rápida dos íons de sódio e potássio pelas membranas dos neurônios, um processo que depende de bombas bioquímicas dentro das membranas para mover os íons de sódio e potássio para frente e para trás. Foi calculado que por volta de 45% do ATP de um neurônio pode ser usado para dar poder a estas importantes bombas de sódio e potássio.

Quando você percebe o quanto o ATP é importante para a função cerebral, logo associa a creatina nesse processo. Não deveria ser nenhuma surpresa que certas desordens genéticas, caracterizadas por erros inatos do metabolismo da creatina no cérebro, pudessem causar defeitos neurológicos significantes. O primeiro erro inato do metabolismo da creatina no cérebro foi descrito clinicamente em 1994; é a deficiência de "GAMT" (metiltransferase guanidinoacetato). A deficiência de "GMAT" é uma desordem recessiva autossomal, na qual o nível de creatina no cérebro é quase indetectável. Esta deficiência genética se manifesta logo ao nascer e provoca uma parada no desenvolvimento , ocasionando retardo mental, inaptidão da fala, e fraqueza muscular.

Estudos mostraram que a suplementação oral com creatina em pacientes com esta desordem pode ajudar a diminuir ou até mesmo reverter alguns de seus sintomas mais debilitantes.

A deficiência "AGAT" (arginina: glicina amidinotransferase), é outra desordem genética autosomal, na qual um mínimo ou nenhum metabolismo de creatina no cérebro resulta em retardo mental, fala desordenada, e habilidade motora comprometida.
Em um estudo de duas irmãs com quatro e seis anos que envelheceram com deficiência de AGAT, a suplementação com creatina provocou um progresso rápido na habilidade motora e um aumento geral no desenvolvimento cognitivo.

Recentes estudos mostraram que a creatina não só pode ajudar em desordens genéticas do metabolismo da creatina no SNC, mas também em desordens não genéticas. É postulado agora por muitos pesquisadores de doenças neurológicas que as desordens neurológicas devastadoras como Parkinson, Huntington, e as doenças de Alzheimer, compartilham processos bioquímicos fundamentais nas suas patogêneses, como o stress oxidativo acentuado e a deterioração do metabolismo da creatina, o que impede a renovação do ATP e conseqüentemente a falta de energia para as células nervosas. Para dar suporte a essa teoria, vários modelos de estudos com animais e também com humanos, mostraram que a suplementação com creatina pode melhorar significativamente vários sintomas comuns de muitas doenças neurológicas. Acredita-se que a creatina possa realizar esta tarefa, agindo como um propulsor para regenerar o ATP e melhorar a oferta de energia celular com comportamento de um antioxidante.

Parkinson é uma doença neurológica crônica que foi primeiramente descrita em 1817 por um médico de Londres chamado Dr. James Parkinson. Desde aquele tempo, não se sabiam as causas de tal enfermidade. O que se sabe é que os neurônios na área do cérebro conhecida como substância nigra, se degeneram e morrem, produzindo níveis reduzidos de dopamina, que é um neuroquímico vital para o cérebro. Os sintomas mais comuns da doença de Parkinson incluem tremores durante o descanso, rigidez, problemas de equilíbrio e depressão.

Enquanto os cientistas continuam procurando a causa para a doença de Parkinson, alguns médicos pesquisadores estão postulando que a deterioração do ATP e a agressão causada pelo stress oxidativo danificam os neurônios e podem representar papéis chaves na patogênese dessa doença que afeta 1.5 milhões de pessoas.

Suplementos como a creatina, podem ajudar a impulsionar os níveis de ATP e também trabalhar como antioxidantes, agindo como possíveis agentes seguros e efetivos contra a doença de Parkinson. Recentes estudos em animais, estão mostrando que a suplementação com creatina pode proteger contra ambas as causas da doença de Parkinson, ou seja, a depleção de dopamina e a perda dos neurônios. Enquanto nenhum estudo com humanos for publicado, faz sentido pensar que a creatina age eficazmente como um potente antioxidante cerebral e melhora os níveis e a função do ATP nos neurônios, provando ser valiosa no combate à doença de Parkinson.

Existem muito mais informações a respeito da creatina - não conunda com "creatinina", que é um produto do metabolismo renal - nada a ver uma coisa com a outra.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Boca seca ou Xerostomia




A xerostomia (boca seca) (xeros = seco, stoma= boca) não é uma doença, mas um sintoma que na maioria das vezes (mas nem sempre) se deve à diminuição ou falta da saliva que normalmente umedece a mucosa da boca e da língua e banha os dentes. Ela pode afetar os hábitos alimentares, a fala, o paladar, a saúde dentária e gerar mau hálito. Normalmente, cada indivíduo secreta de 1000 a 1500 ml/dia de saliva, quantidade que é regulada pelo sistema nervoso autônomo.

A saliva ajuda na fala e na deglutição, além de ter uma função antisséptica e um papel importante no primeiro passo da digestão dos alimentos. A falta ou deficiência de saliva pode causar também rachaduras na língua, proliferação de bactérias na boca e aumento significativo de cáries dentárias.

Existem várias causas de xerostomia (boca seca): desidratação; respiração predominantemente bucal, uso excessivo de fumo, várias doenças sistêmicas e metabólicas, uso de certos medicamentos (antialérgicos, anticolinérgicos e antidepressivos, entre outros), lesão dos nervos que inervam as glândulas salivares, má higiene bucal e doenças das glândulas salivares (inflamações, tumores, etc.). A xerostomia (boca seca) também pode ocorrer devido à radioterapia em região próxima às glândulas salivares bem como a situações emocionais de estresse.

Em resumo, a xerostomia (boca seca) pode ser causada por um ou mais de três grupos de fatores:

1.Fatores que comprometem o sistema produtor de saliva.

2.Fatores relacionados com a estimulação nervosa das glândulas salivares.

3.Fatores relacionados às glândulas salivares.

Os principais sinais e sintomas da xerostomia (boca seca) são:

•Maior vulnerabilidade da mucosa bucal às infecções.

•Ardência e queimação na língua, bem como atrofia de suas papilas, inflamação, fissuração e rachaduras da mesma. Eventualmente, dor na língua.

•Mau hálito.

Além dos sinais e sintomas clínicos há um teste instrumental capaz de medir a quantidade de saliva produzida, avaliando se há ou não diminuição da salivação (hipossalia). A análise da composição da saliva também auxilia o diagnóstico.

O tratamento da xerostomia (boca seca) deve ser orientado pela sua etiologia. Na maioria dos casos o tratamento é apenas sintomático, envolvendo métodos mecânicos e farmacológicos de aumento da produção de saliva (pilocarpina, sprays umidificadores, certas gomas de mascar, etc.), uso de substâncias substitutas da saliva e maior atenção com os cuidados bucais. Nos casos em que a xerostomia (boca seca) seja consequência de uma doença sistêmica, ela dependerá do tratamento da patologia de base.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Dá vontade de apertar




Animais fofinhos te fazem perder o controle e ficar com vontade de apertar o bichinho? Saiba que sua reação é totalmente normal.

De acordo com uma nova pesquisa, a agressividade que surge em nossas respostas a coisas fofas não significa que somos psicopatas ou que realmente queremos machucar o animal. A reação, apesar de estranha, pode ser apenas uma vontade de cuidar do cachorro ou gatinho.

A vontade de dar carinho e amor para o animal pode ser uma sensação positiva tão forte que, quando não conseguimos realizar nosso desejo, ficamos frustrados. Assim, a agressividade seria derivada dessa vontade.

“Pode ser que a forma como nós lidamos com emoções positivas fortes seja dar um tom negativo de alguma forma. Isso nos regula, nos mantém equilibrados e libera energia.”, explica a pesquisadora Rebecca Dyer, da Universidade Yale (EUA).

A pesquisa foi apresentada na reunião anual da Society for Personality and Social Psychology

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Inalação de fumaça e de toxinas




A fumaça é uma mistura de partículas sólidas, vapores e gases, formada a partir da decomposição de algum material combustível. A composição química da fumaça depende do material queimado, mas sempre contém monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio e dióxido de enxofre, dentre outras substâncias geralmente tóxicas. São vários os efeitos da fumaça sobre as pessoas:

• Diminuição da visibilidade.

• Lacrimejamento e irritações dos olhos.

• Aceleração da respiração e das batidas do coração.

• Intoxicação e asfixia.

• Vômitos e tosse.

• Morte.

A propagação da fumaça se dá a uma velocidade muito grande, maior às vezes que a capacidade de fuga das pessoas. Ao impedir a visibilidade, ela ocasiona medo e desorientação, dificultando ainda mais a retirada de pessoas de um ambiente enfumaçado. Em um incêndio, em geral, morrem mais pessoas pelo efeito da fumaça que do fogo, diretamente.

A inalação continuada de pequenas quantidades de fumaça, como acontece nos fumantes, por exemplo, leva a um processo inflamatório crônico dos alvéolos pulmonares e mau funcionamento, dilatação e destruição dos mesmos. A inalação massiva, por sua vez, pode causar danos sérios imediatos e até letais ao aparelho respiratório. Mesmo dias depois da inalação as pessoas podem desenvolver sintomas e doenças respiratórias graves (falta de ar, chiado no peito, febre, tontura ou enjoo, bronquite, pneumonia química) ou ficar com sequelas permanentes. Como a fumaça geralmente está aquecida (às vezes a temperaturas muito altas), a combinação do calor com a fumaça causa danos ainda maiores ao sistema respiratório. Nos alvéolos deteriorados, as trocas gasosas que ocorrem normalmente (absorção de oxigênio, eliminação de gás carbônico) não podem acontecer, parcial ou totalmente. Sem oxigenação, os tecidos morrem em 5 a 7 minutos e o tecido nervoso ainda mais rapidamente.

Os sintomas da intoxicação pela fumaça são decorrentes de diferentes efeitos:

• Ação térmica direta: eritema (vermelhidão), edema (inchaço) e ulcerações (feridas) de mucosa das vias aéreas superiores. Estes sintomas são causados pela inalação de fumaça quente, o que leva a queimaduras internas, fechamento dos brônquios e a consequente obstrução da passagem do ar.

• Inalação de gases tóxicos: falta de ar, tontura, confusão mental, torpor, coma e até mesmo óbito.

• Inalação de toxinas: alterações de permeabilidade capilar, de fluxo linfático e de clareamento mucociliar, aparecimento da síndrome de desconforto respiratório agudo e de infecções secundárias.

Das toxinas sistêmicas a mais deletéria é o monóxido de carbono. Sua afinidade pela hemoglobina é 200 a 250 vezes maior que a do oxigênio e assim ele ocupa o lugar deste, impedindo o transporte normal de oxigênio e sua liberação aos tecidos.

As partículas veiculadas pela fumaça podem ficar depositadas na árvore respiratória, obstruido-a ou causando broncoespasmos.

Quando se depositam nas cavidades nasais, podem causar sinusites. Os gases, por sua vez, podem ser divididos em irritantes e asfixiantes. Os gases irritantes podem causar broncoespasmo, traqueobronquite química ou edema pulmonar. Os gases asfixiantes são definidos como aqueles que retiram oxigênio do ambiente. Os sintomas provocados pelos gases em geral são: sensação dolorosa na boca, nariz, faringe e olhos.

O diagnóstico das consequências da inalação de fumaça pode ser feito por exames de imagens, broncoscopia, análise de gases arteriais, pesquisas com radioisótopos e testes de função pulmonar.

O tratamento envolve a manutenção da permeabilidade das vias respiratórias, a administração de oxigênio, suporte ventilatório (respiração por máscara ou entubação, conforme o caso), administração preventiva ou curativa de antibióticos e medidas médicas específicas conforme tenham sido as consequências da inalação. Como é comum que as pessoas que inalaram fumaça tenham também sofrido queimaduras, essas devem ser adequadamente tratadas, quando for o caso.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Miosite





Miosite é uma miopatia inflamatória (inflamação de tecido muscular).

Ela pode afetar qualquer região do corpo e causar a degeneração progressiva dos tecidos musculares, afetando também as artérias e demais vasos sanguíneos.

Como em geral atinge simultaneamente vários músculos, é também chamada polimiosite e no caso de afetar também a pele, dermatomiosite.

Há desde formas simples, pós-virais, que remitem sem sequelas, até outra graves, como a Miosite Ossificante Progressiva, que leva a uma total incapacitação ou mesmo à morte do paciente.

A miosite é uma inflamação dos músculos devido a um trauma, infecção bacteriana ou virótica, doença autoimune, certos medicamentos ou mesmo a esforços físicos excessivos.

Acredita-se que, além desses fatores, haja também uma predisposição genética para a doença. Ela incide mais em mulheres que em homens, numa proporção de 3:1.

Na miosite os músculos tornam-se fracos e não conseguem desempenhar os movimentos que lhes são próprios: subir escadas, levantar os braços, ficar de pé, caminhar, levantar de uma cadeira, etc.

Esses atos se tornam difíceis muito mais pela fraqueza muscular que pela dor.

Em alguns casos, até mesmo os atos de engolir e respirar ficam difíceis.

Alguns dos sintomas menos graves de miosite são perda de peso, dor muscular e rigidez, febre, irritação, perda de voz ou voz anasalada, etc.

Além das queixas de dor, fraqueza muscular e quedas, deve ser feito um exame físico detalhado.

O exame de sangue poderá mostrar alteração nas enzimas produzidas nos músculos; o eletroneuromiograma avaliará a atividade elétrica muscular; uma biópsia do músculo afetado fará a análise e realizará um diagnóstico definitivo.

Alguns exames de imagens (radiografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética ou eletromiografia) podem ajudar na avaliação das consequências da miosite.

Grande parte das miosites não tem cura, mas os sintomas da doença podem ser tratados sintomaticamente (imunossupressores, corticosteroides, anti-inflamatórios, terapia física, reabilitação, etc.) e o indivíduo poderá levar uma vida aparentemente normal.

O tratamento poderá variar de pessoa para pessoa, de acordo com o quadro clínico, e numa mesma pessoa pode mudar ao longo do tempo. Nas crianças pode haver uma forma benigna, autolimitada, pós-viral, de início agudo e evolução rápida.

Outras vezes, principalmente na criança, o quadro pode ser de evolução lenta e aparecerem, após algum tempo, calcificações nos músculos e tecidos abaixo da pele.