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domingo, 17 de junho de 2012

DIVERTICULOSE E DIVERTICULITE





Definição

Divertículos são evaginações da mucosa e submucosa localizadas na parede dos cólons, com predomínio no lado esquerdo, principalmente no sigmóide. Tais herniações geralmente são acompanhadas de espessamento da camada muscular e depósito de colágeno e elastina em todas as camadas de parede intestinal.

A presença de divertículos no cólon, sem sintomas, denomina-se diverticulose.

Diverticulite trata-se da inflamação ou infecção do divertículo.

Classificação

A doença diverticular dos cólons compreende três tipos:

Divertículo Isolado: Geralmente no ceco, conhecido também como divertículo congênito (ocorre evaginação (a parede do tubo intestinal forma uma estrutura "sacular", para fora) de todas as camadas da parede intestinal, e não somente da mucosa e submucosa). Mais comum em indivíduos jovens.

Doença Diverticular Difusa dos Cólons: Mais comum acima dos 50 anos, conhecida também como doença diverticular hipotônica, estando provavelmente relacionada a processos degenerativos dos tecidos; divertículos distribuem-se de maneira difusa por todo cólon.

Doença Diverticular do Sigmóide: Também chamada de doença diverticular hipertônica, acomete indivíduos mais jovens e tem evolução mais grave. Paciente apresenta quadros de cólica abdominal e alteração do ritmo intestinal (diarréia alternada com obstipação).

O aumento da pressão intraluminal favorece a herniação da mucosa e submucosa em áreas naturais de fraqueza da parede cólica, gerando os divertículos. Esse aumento da pressão ocorre comumente devido ao aumento da motilidade cólica. A baixa ingestão de fibras contribui para elevação da pressão.

Alterações na parede intestinal também são responsáveis pelo surgimento de divertículos, com a idade há depósito de fibras colágenas e elastina na parede do cólon, o que reduz a complacência cólica.

A diverticulite pode ser originada a partir da obstrução de um divertículo por um fecalito, como resultado ocorre aumento da pressão intraluminal e subseqüente perfuração do divertículo, porém tal origem é pouco comum. Admite-se que grande parte dos casos de diverticulite decorrem do supercrescimento bacteriano, do aumento da pressão cólica e excessiva produção de mucina.

Ressalta-se que pacientes imunossuprimidos possuem fatores de risco para desenvolvimento de divertículos; A ingestão de sementes em geral não constitui fator de risco para surgimento de divertículos ou diverticulite.

Manifestações Clínica

Dor abdominal (geralmente no quadrante inferior esquerdo) que tende a piorar após a ingestão de alimentos e aliviar com a eliminação de gases e/ou fezes; náuseas; cólicas abdominais; constipação ou diarréia; estufamento abdominal; flatulência.

Em casos de diverticulite pode ocorrer febre alta e sepse. Sangramento retal é ocorrência incomum.

Complicações da diverticulite: constrição colônica, hemorragias, formação de fístula para intestino delgado, cólon, bexiga ou vagina.

Exames e Diagnóstico

Leucocitose (elevação do número de glóbulos brancos) é achado comum, embora inespecífico; Radiografias abdominais podem indicar deslocamento de cólon, gases extraluminais (fora da parte interna dos intestinos), ou anormalidades da mucosa colônica.

Tomografia Computadorizada do abdome (exame de escolha) pode demonstrar espessamento da parede intestinal, formação de abscesso e divertículos; Exame Endoscópico pode ser contra-indicado em casos de diverticulite por causa da possibilidade teórica de perfuração.

Tratamento

Recomenda-se uma dieta rica em fibras; Inicialmente uso de antibióticos de amplo espectro; Se a TC identificar abscesso de grandes dimensões, a drenagem percutânea por sonda pode ser uma medida temporária antes da terapia cirúrgica definitiva.

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