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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Dores nas costas





Em geral, fala-se de “dor nas costas” quando há dores localizadas nas regiões cervicais (pescoço), torácicas (peito) ou lombares (parte baixa das costas) que não podem ser atribuídas a doenças conhecidas ou a traumas e fraturas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80% das pessoas sofrem de dores nas costas em alguma fase da vida. As “dores nas costas” são também chamadas pelas pessoas de “dores lombares”, “lombalgias”, “lumbago”, “espinhela caída”, etc.

Embora elas sejam muito freqüentes, não representam um problema grave de saúde. Na verdade, há também casos em que elas expressam um problema mais importante como malformações congênitas, osteoporose, tumores, hérnia de disco, cálculos renais ou distúrbios neurológicos dentre outros. No entanto, essas eventualidades são minoria.

Muito frequentemente as dores nas costas são devidas apenas a uma postura incorreta. Quase sempre elas estão ligadas à coluna vertebral e podem provir de nervos, ossos, articulações, músculos ou ligamentos.

As dores nas costas podem assumir várias características, descritas como dor lancinante, dor em picada, ardor, dor leve, etc. e podem ser localizadas ou difusas, ocasionais, intermitentes ou contínuas. Conforme o caso, as dores na parte alta das costas ou do pescoço podem irradiar para os braços e para as mãos e as da parte baixa das costas podem irradiar para as pernas e para os pés.


Alguns sinais que se associam às “dores nas costas” devem ser vistos como indicadores de problemas mais sérios. São eles:

1. Incontinência intestinal ou urinária.
2. Fraqueza progressiva nas pernas.
3. Dor aguda, acompanhada de febre e/ou perda de peso.
4. Dor que ocorre após um trauma.
5. Dor em indivíduos com alto risco de fraturas.

Além disso, várias doenças viscerais podem gerar dores que são referidas nas costas, como as infecções urinárias e pulmonares, o infarto do miocárdio, o herpes zoster, os tumores dos ovários e da próstata.

Cada caso é um caso, mas em geral as “dores nas costas” iniciam-se lentamente e vão aumentando gradativamente. Pioram com os movimentos e melhoram quando a pessoa se deita, mas são mais intensas pela manhã e mais brandas durante o dia.

Às vezes, a dor aparece como uma pontada e as pernas parecem “falhar”. Outras vezes, ela aparece quando a pessoa fica algum tempo sentada ou de pé e a pessoa tende então a procurar um lugar para se recostar. Em algumas ocasiões, as dores surgem ou aumentam quando a pessoa faz determinados movimentos ou carrega peso. Enfim, cada pessoa acaba “aprendendo” o que melhora ou piora suas dores e passa a se comportar segundo esse entendimento.

Além das possíveis causas específicas, devem ser valorizadas as posturas incorretas, o sentar-se ou levantar-se incorretamente, o dormir em colchão inadequado, o uso de travesseiros muito altos, o levantar pesos dobrando a coluna e não os joelhos, o esticar-se para colocar objetos em lugares altos e o executar tarefas diárias em posição errada, coisas que em geral as pessoas chamam de “mal jeito”.

Outro fator comum é a obesidade, por levar a uma sobrecarga dos discos intervertebrais. Também o estresse e a depressão, por levarem à contratura muscular e a compressões das raízes nervosas, podem ser causas de dores nas costas.

Evidentemente, o tratamento depende das causas. Há dores eventuais que acabam em poucos dias, mesmo sem tratamento e outras permanentes e resistentes às medicações e demais providências terapêuticas.

Em geral os analgésicos, miorrelaxantes e anti-inflamatórios são utilizados para alívio sintomático, na fase aguda. Deve-se seguir com fisioterapia convencional, ginástica planificada, reorientação postural, condicionamento físico, hidroterapia, etc. Alguns casos podem requerer a ajuda de um nutricionista ou de um psicólogo. Quando há causas específicas conhecidas, elas devem ser removidas ou tratadas.

Não posso deixar de citar a ACUPUNTURA como uma das modalidades de tratamento mais eficazes para aliviar e muitas vezes curar as dores nas costas.

Muito cuidado com massagens. Embora existam massoterapeutas muito competentes, as massagens podem com relativa facilidade lesionar músculos, articulações e ossos durante o procedimento.

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