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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Alimentos Funcionais





O estudo dos alimentos tem se tornado cada vez mais profundo, como é sempre em todos os setores da ciência, assim, a composição e identificação das moléculas ou dos pequenos organismos presentes nos alimentos mais variados, como frutas, verduras, cereais, alimentos à base de leite, etc.

Todos eles podem colaborar para melhorar a saúde e prevenir doenças. Por esta razão são chamados de alimentos funcionais, conceito surgido no Japão, nos anos oitenta do século passado, por conta da necessidade de elevar a qualidade de vida das pessoas de modo mais natural, já que a perspectiva de vida tem se elevado com o avanço da tecnologia na área da saúde.

O foco principal certamente é reduzir custos na manutenção da qualidade de vida, mas ainda assim é um ramo de pesquisas que tem seus aspectos interessantes.

De acordo com algumas determinações normativas, o alimento funcional deve satisfazer algumas características, como:

• ter propriedades nutricionais e efeitos benéficos para o organismo;
• favorecer o estado de saúde e bem-estar;
• ser alimento tradicional e não apresentado sob a forma de comprimido ou pílula;
• pode ser um alimento natural, enriquecido por algum componente ou ter extraído algum componente;
• deve ser ingerido como alimento que integra uma dieta normal;
• efeitos obtidos devem ser fornecidos ingerindo uma quantidade próxima ao que seja recomendado em uma dieta habitual;
• destinado a um indivíduo saudável, para manter o bom estado de saúde;
• as informações sobre ele devem ser claras.

Os principais alimentos funcionais mais conhecidos são os iogurtes (que contêm fitosteróis ou são enriquecidos com substâncias pré-bióticas e pró-bióticas), o leite e os ovos com fator Ômega 3, mas não são os únicos, pois também temos o tomate, melão, mamão papaia, cenoura, frutas cítricas, alface, ervilhas, abobrinha, espinafre, farelo de trigo, aveia, centeio, cevada, milho, arroz integral, nozes, peixes, uva escura, maçã, brócolis, pêra, etc.

Eles representam uma grande família de alimentos que são úteis para prolongar o estado de saúde, cada um deles com características e propriedades específicas, sendo úteis até mesmo no controle de algumas doenças.

As doenças cardiovasculares, como a hipertensão, os problemas de coronárias, infartos cardíacos e acidentes vasculares cerebrais são resultados de problemas circulatórios primariamente e são das mais comuns causas de morte no mundo todo, sendo agravados ou provocados por tabagismo, abusos alimentares, obesidade, diabetes, e, enfim, maus hábitos do cotidiano.

Os alimentos funcionais ricos em elementos importantes para reduzir estes problemas contêm Ômega três, fibra solúvel e antioxidantes.

Para citar exemplo, o iogurte enriquecido de fitosteróides pode auxiliar em algo próximo de dez por cento na redução do colesterol ingerido, embora não baixe o colesterol que já está em circulação sanguínea.

Alguns desses alimentos funcionais são adequados para auxiliar o fortalecimento do sistema digestório, sendo que seu uso é muito encorajado no tratamento particular de alterações intestinais. Os mecanismos mais comuns envolvem a flora bacteriana, promovendo um ambiente desfavorável para o desenvolvimento de bactérias patogênicas, causadoras de doenças; a presença de microfibra intestinal, que contribui para o adequado funcionamento intestinal.

Lembrando sempre que o funcionamento inadequado do intestino pode comprometer o organismo e fazer parte da geração de várias doenças, como cistites, gastrenterites, problemas hemorroidários e outros.

Alimentos pró-bióticos, cuja expressão significa “a favor da vida”, são os que contêm micro-organismos vivos adicionados ao alimento ou derivados de sua fermentação.

Para ser considerado assim, o alimento deve respeitar algumas regras:

• deve estar presente normalmente no intestino humano;
• não deve dar reações imunológicas ou nocivas;
• deve resistir à ação do aparelho digestório, no processo de digestão;
• deve aderir às células intestinais e colonizá-las;
• deve ter efeito benéfico para a saúde, por conta de combater os micro-organismos patogênicos e por produzir substâncias antimicrobianas.

Pré-bióticos são alimentos de fibras digeríveis especiais que conseguem chegar ao intestino e que servem para “nutrir” os pró-bióticos. São as alcachofras, as batatas, o almeirão, o aspargo e os tubérculos.

Entre os frutoglisacarídeos há a inulina, um ingrediente de sabor neutro e solúvel em água que é acrescentado a muitos alimentos e bebidas

Simbióticos são os alimentos que contêm tanto os pró como os pré-bióticos e têm como objetivo melhorar mais intensamente a sobrevivência dos micro-organismos pró-bióticos e simultaneamente fornecer substâncias úteis à nutrição dos próprios pró-bióticos.

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