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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Vírus da hepatite E é detectado pela primeira vez no país.

O Instituto Oswaldo Cruz, da Fiocruz, conseguiu detectar pela primeira vez a presença do vírus da hepatite E em um paciente brasileiro.

Até então, a confirmação da doença era feita pela testagem da presença de anticorpos específicos contra ela - de 1999 a 2009, foram 810 testes sorológicos positivos no país, segundo o governo.

Além de dar mais segurança ao diagnóstico, a novidade permitiu comparar o sequenciamento genético do vírus encontrado no paciente com aquele encontrado em suínos criados no Brasil.

A semelhança reforçou a suspeita de pesquisadores de que a transmissão no país esteja ligada ao consumo de carne de porco mal passada.

Quando comparamos [geneticamente] as amostras do paciente e do animal, vimos que são relacionadas.

Na Ásia e na África, regiões em que a hepatite E é endêmica, o contágio se dá através de consumo de água e alimentos contaminados com fezes - mesma forma de transmissão da hepatite A.

Já no caso das hepatites B, C e D, a transmissão ocorre pelo contato com sangue e outros fluidos corporais de pacientes infectados.

Com tantas possibilidades, alguns episódios da doença acabam não tendo suas causas reveladas.

Os pesquisadores partiram então para a comparação com vírus que já tinham sido encontrados em suínos criados no Estado, seguindo a linha de estudos internacionais que já traçaram essa relação. Os resultados confirmaram a possibilidade.

O Ministério da Saúde disse que a detecção do vírus não altera a política de enfrentamento da doença. O ministério já desenvolve ações para a hepatite A, que são eficientes contra a hepatite E, afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa.

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