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domingo, 22 de agosto de 2010

Estresse diminui chance de gravidez

Foram analisadas 274 mulheres com idades entre 18 e 40 anos; nervosismo reduz chances em 12%

A idade, o hábito de fumar, a obesidade e o consumo de bebidas alcoólicas interferem nas chances de gravidez. Agora, um estudo realizado pela Universidade de Oxford junto com o Instituto Nacional de Saúde dos EUA sugere que as mulheres mais estressadas também têm menos chances de engravidar.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores avaliaram 274 mulheres entre 18 e 40 anos que tentavam uma gravidez natural. Eles fizeram um registro diário da menstruação das participantes, assim como estilo de vida e frequência sexual.

No sexto dia do ciclo menstrual, os especialistas coletaram uma amostra de saliva para a análise dos níveis de cortisol e adrenalina, marcadores biológicos para medir o estresse - o cortisol está ligado ao estresse crônico, e a adrenalina é liberada pelo organismo quando a pessoa está em situações ameaçadoras ou perigosas.

O estudo constatou que mulheres com níveis mais elevados de adrenalina tiveram 12% menos chances de engravidar na fase fértil do que aquelas com níveis mais baixos desse hormônio.

De acordo com os pesquisadores da Universidade de Oxford, apenas os níveis de adrenalina tiveram relação com menores chances de engravidar. A taxa de cortisol não teve efeito sobre a gravidez.

Limitações

Apesar da conclusão, o estudo apresenta limitações, já que não foi controlado e reuniu várias idades em um único grupo, o que pode ter influenciado os resultados obtidos.

Para os pesquisadores, técnicas de relaxamento talvez ajudem algumas mulheres a conseguir engravidar, mas ainda são necessárias mais pesquisas sobre isso.

Sendo assim, mesmo que o estresse possa dificultar a gravidez, não é possível ligá-lo, pelo menos por enquanto, à infertilidade por falta de evidência científica.

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