Uso de medicamentos psicoativos, como os antidepressivos e os ansiolíticos – estes também conhecidos como tranquilizantes – é tido como um meio das pessoas buscarem auxílio para superar conflitos pessoais e socioeconômicos e aumentar os limites do corpo diante dos problemas da vida cotidiana, conforme observou uma pesquisa desenvolvida na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP.
Durante a pesquisa e a coleta de dados, foi verificado que a maioria das mulheres entrevistadas relacionaram o contexto do ambiente doméstico com o uso dos medicamentos psicoativos.
Ao contrário das mulheres, os homens revelaram que o humor e a disciplina do corpo se tornam essenciais em relação tanto ao ambiente doméstico como fora deste. Alguns trabalhadores relataram que utilizavam os ansiolíticos para organizarem o sono e os antidepressivos para serem simpáticos em seus trabalhos. Nesse sentido, os homens buscam nesses medicamentos a superação dos limites do corpo, na tentativa de se manterem como provedores e “donos” da casa.
A tendência é que o uso dos medicamentos psicoativos aumente entre os homens, pois estão relacionados ao aumento da atenção e superioridade sobre os limites do corpo.
Um exemplo nesse caso são os homens que trabalham como vigias: usam o medicamento para controlar o sono e, com isso ter mais de um emprego.
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