O que é infecção urinária?
Ela é caracterizada pela a presença de micro-organismos na urina. O líquido que enche a bexiga é estéril – ou seja, livre de bactérias. Mas, quando esses bichinhos se multiplicam ao redor da uretra e conseguem se infiltrar no canal da urina até chegar à bexiga, desencadeiam uma infecção. Em 85 % dos casos, o problema é provocado pela bactéria Escherichia coli, que integra a flora intestinal.
Existem tipos diferentes?
Sim. O mais comum é a infecção na bexiga, a famosa cistite. Mas os micro-organismos também podem atacar os rins, o que é chamado de pielonefrite.
Quais são os sintomas?
Os clássicos são dor e ardor na hora de urinar. Pode haver também um aumento da frequência de idas ao banheiro, sensação de bexiga cheia, sangramento ou um simples mal-estar acompanhado de febre.
A doença é transmissível?
Não, mas é mais comum que ela aconteça depois de relações sexuais, porque o pH da região fica alterado. Entre mulheres que variam muito de parceiro, a incidência é comprovadamente maior.
Por que esse tipo de infecção é mais frequente em mulheres?
Elas têm o canal da uretra mais curto e, por isso, é mais fácil as bactérias chegarem aonde não devem. Além disso, elas costumam ter o péssimo hábito de segurar a urina por mais tempo que os homens – um prato cheio para as bactérias se proliferarem.
Por que algumas pessoas têm o problema com mais frequência?
Isso envolve fatores hereditários e imunológicos. A atenção com a higiene é essencial, mas a infecção pode aparecer mesmo em quem toma todo o cuidado do mundo.
Por que as grávidas ficam mais sujeitas a esse tipo de infecção?
Estima-se que de 15% a 20% das gestantes terão ao menos uma vez esse tipo de infecção. Isso acontece porque, durante esse período, o aumento da circulação sanguínea na região pélvica faz a umidade vaginal aumentar, facilitando a passagem das bactérias do ânus para a uretra.
Os homens estão livres da doença?
Não é bem assim. É verdade que esse é um problema tipicamente feminino, mas a infecção também acomete a ala masculina.
Ela é mais frequente em pessoas idosas?
A resistência diminui com a idade e, no caso das mulheres, há uma queda de hormônios que deixam a região pélvica mais sensível.
Existe alguma forma de prevenir?
A recomendação é beber muita água para que as idas ao banheiro não fiquem muito espaçadas. Assim você vai limpando o trato urinário. Urinar depois das relações sexuais e evitar banhos de imersão também ajudam.
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2 comentários:
Doutor,
Meu filho procurou urologista com sintomas de dor e ardência ao urinar. Ele suspeitou de Clamídia e pediu vários exames que ficaram prontos daqui uns 3 dias. Enquanto isso receitou 1 g Azitromicina , que segundo meu filho melhorou quase 90 por cento os sintomas . Só que a febre de 38 não passa . O que pode ser isso? Ele já não sente mais dor ao urinar!
A febre pode ter outra origem que não a infecção urinária.
É necessário investigar outras causas de febre, através de outros exames e mesmo uma avaliação física.
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