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terça-feira, 31 de março de 2009

Pensamento



Funcionários da Honda fazem demonstração com capacete que permite que robô se movimente "pela força do pensamento". Foi desenvolvida uma técnica que lê os padrões das correntes elétricas pelo couro cabeludo da pessoa, bem como o fluxo sanguíneo cerebral, com isso o equipamento identifica quando a pessoa pensar quatro movimentos simples: mover a mão direita, a esquerda, trotar e comer. A Honda conseguiu analisar tais padrões de pensamento e, em seguida, transmitir-lhes como comandos sem fios para o robô Asimo Koji Sasahara.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Antidepressivos e Gravidez

“CATEGORIAS DE RISCO NA LACTAÇÃO

Hale (2002) desenvolveu um sistema de gradação de segurança de drogas durante a lactação chamado de Categorias de Risco na Lactação. Esse sistema vem sendo recentemente muito utilizado como diretriz para prescrição. A seguir, essas categorias estão sumarizadas:

L1 - Droga que foi estudada em um grande número de mulheres na lactação em estudos controlados sem qualquer aumento observado de efeitos adversos nos
lactentes;

L2 - Droga que foi estudada em um número limitado de mulheres na lactação sem aumento de efeito adverso nos lactentes;

L3 - Não há estudos controlados em mulheres na lactação, OU estudos controlados mostraram mínimos efeitos nos lactentes sem ameaça à vida;

L4 - Droga com evidência de risco para o lactente pu para a produção de leite, mas os benefícios para a lactante podem torná-la aceitável, a despeito do risco para o lactente;

L5 - Estudos em mulheres na lactação demonstraram que há risco significativo de dano para o lactente que claramente supera qualquer possível benefício para à
lactante.

AS DIVERSAS CLASSES DE PSICOFÁRMACOS NA GESTAÇÃO E NA LACTAÇÃO

A decisão quanto ao uso de psicofármacos durante a gravidez e a lactação deve ser embasada no conhecimento dos possíveis benefícios para a mãe e nas informações sobre os potenciais riscos para o concepto. Algumas dessas informações relevantes são resumidas nas Tabelas 33.1 a 33.4, baseadas nas revisões de Iqbal et al., 2001; Soares et al., 2001; Cott et al., 2003; Gjerdingen, 2003; Malone et al., 2004; American Academy of Pediatrics, 2000; e British Columbia Reproductive Care Program, 2003; além de outros artigos de relevância citados ao longo do texto.

ANTIDEPRESSIVOS

Pelo impacto negativo sobre a gestação e o concepto, a depressão e a ansiedade na gravidez tendem a ser tratadas com psicofármacos. A gravidez não protege a mulher desses transtornos nem de possíveis recaídas. Não é raro acontecer de um clínico se deparar com uma paciente com história de depressão, em uso de antidepressivo e eutímica quando recebe o exame positivo de gravidez.
Cohen et alo (2004) observaram, prospectivamente, 32 mulheres nessa situação, que optaram por descontinuar a droga. Dessas pacientes, 75% tiveram recaídas durante a gravidez, mais comumente no primeiro trimestre e naquelas com história de depressão mais crônica. Também é importante considerar que a depressão e a ansiedade na gravidez são fortes fatores de risco para o desenvolvimento de depressão pós-parto (Williams, 2005).
Em revisão realizada por nós para embasar dissertação de mestrado, observamos que a Depressão Pós-Parto causa danos para a mulher, seu parceiro e seu bebê. Parceiros cujas mulheres apresentam esse transtorno relatam maior insatisfação no casamento (após o parto) e perda de intimidade com suas parceiras.
Após serem acometidas de Depressão Pós-Parto, 31 % das mulheres mudam seus planos familiares reprodutivos e decidem não ter mais filhos. Mães deprimidas apresentam contato menos afetuoso com seus bebês e mostram-se mais hostis e introvertidas; e suas crianças mostram-se mais irrequietas, descontentes e esquivas, além de apresentarem menos expressões faciais e vocalizações positivas.
A depressão também interfere na lactação, fazendo com que as mães interrompam precocemente a amamentação. A depressão materna pós-natal não tratada pode ser um preditor de pobre competência social em seus filhos. Esses,dados mostram a importância do tratamento adequado (Cantilino, 2003).
Os antidepressivos têm sido utilizados há décadas e não há nenhum relato de malformação séria que esteja consistentemente associada ao seu uso. A maior quantidade de estudos na gravidez foi realizada com os tricíclicos e a fluoxetina. A nortriptilina é destacada entre os tricíclicos, por ter longa história de uso, relativamente poucos efeitos anticolinérgicos e uma faixa terapêutica de nível plasmático já bem conhecida. Este último fator é importante porque, com o aumento da volemia e do metabolismo ao longo da gestação, os níveis plasmáticos das drogas tendem a cair, podendo ser necessário o aumento das doses do antidepressivo em até 1,6 vez para manter a eutimia.
Contudo, pelo maior número de estudos mostrando segurança, facilidade posológica e baixo perfil de efeitos colaterais, grande parte dos autores sugere que o antidepressivo de escolha na gravidez seja a fluoxetina. Os outros ISRS também não parecem causar malformações. Nada tem sugerido que haja um aumento de defeitos congênitos quando da exposição a antidepressivos mais novos, como a venlafaxina, a mirtazapina e a nefazodona, mas os estUdos ainda são em pequeno número (Cott et al., 2003; Einarson et aI., 2004; Kallen, 2004).
Sintomas e complicações neonatais têm sido relatados em associação à exposição a antidepressivos no final da gravidez. Esses sintomas em geral são leves e transitórios, e acontecem em decorrência de efeitos diretos dos resíduos das medicações sobre o bebê ou de síndrome de retirada. A diminuição na dose das drogas nos últimos dias de gravidez poderia evitar esses sintomas, mas poria a mãe em risco de recaída.
Alguns antidepressivos deveriam ser evitados na gravidez. Os inibidores da monoaminoxidase podem exacerbar a hipertensão específica da gravidez e interagir com drogas tocolíticas, que são usadas para inibir trabalho de parto. A freqüência de convulsões é maior nas grávidas que recebem maprotilina quando comparadas àquelas que usam outros tricíclicos (American Academy of Pediatrics, 2000).
Durante a lactação, fluoxetina, citalopram e nefazodona devem ser usados com cuidado, uma vez que efeitos sobre o RN são descritos. Nesta fase devem-se preferir nortriptilina, sertralina e paroxetina; cada uma delas estudada em bom número de casos, sem efeitos observados no lactente.

TABELA 33.1 - Riscos relacionados ao uso de antidepressivos na gravidez e na lactação
Teratogênese (mal-formação fetal):

Nem os antidepressivos tricíclicos (ADT) nem os inibidores seletivos da recaptura de serotonina (ISRS) têm sido associados a efeitos teratogênicos sérios, mesmo depois de um número significativo de mães e conceptos terem sido estudados. A fluoxetina, a paroxetina e a sertralina estão na categoria B do FDA,os demais ISRS e tricíclicos estão na categoria C.

A exposição à fluoxetina ou a diversos ADT não afetou o QI global, o desenvolvimento comportamental nem a linguagem em estudo de acompanhamento de crianças até por mais de quatro anos de idade. Um estudo controlado relatou que, entre 150 mulheres estudadas prospectivamente usando venlafaxina, a incidência de malformações foi semelhante à da população geral. Existe pouca informação disponível acerca da segurança dos inibidores da monoaminoxidase, bupropiona, nefazodona, trazodona e outros antidepressivos mais novos na gravidez.

Toxicidade neonatal:
Neonatos expostos no útero a ADT podem apresentar sintomas usualmente leves e transitórios. Tratamento com ADT ao longo da gravidez pode ocasionar síndrome de retirada no neonato com mioclonias e convulsões transitórias, taquipnéia, taquicardia, irritabilidade e sudorese profusa. Podem acontecer constipação intestinal e retenção urinária em decorrência de efeitos anticolinérgicos. ISRS podem ocasionar hipotonia, dificuldade para alimentação, hipoglicemia, hipotermia e agitação. Apgar mais baixo tem sido associado ao uso de fluoxetina no 312 trimestre.

Lactação:
Paroxetina, sertralina e nortriptilina apresentam níveis plasmáticos no RN em geral extremamente baixos ou indetectáveis; também não se observam reações adversas nos lactentes com essas medicações, são todos da categoria L2 de Rale. Os demais ADT ea venlafaxina mostram também níveis baixos ou indetectáveis no RN, e ausência de efeitos adversos, mas o número de estudos é ainda baixo. A fluoxetina (L3)
pode atingir níveis plasmáticos altos no RN, causando vômitos, diarréia, cólicas e diminuição do sono. Existem evidências de que a fluoxetina via leite matemo pode causar diminuição da curva de peso-crescimento, com uma média de 392 gramas a menos no 6º. mês."

é isso aí!

quarta-feira, 25 de março de 2009

DEFINIÇÃO DE GASTRITE

Não há definição única para "gastrite".

O termo é usado por endoscopistas, que baseiam seus diagnósticos no que visualizam durante uma exame;

por patologistas, que o definem à base de apresentação histológica, isto é , o que enxergam no microscópio;

por radiologistas, por alterações grosseiras da silhueta da mucosa - o que veêm no RX;

e por clínicos, que não usando nenhum método objetivo, admitem a presença de gastrite quando existem evidências clínicas sugestivas (alcoolismo, uso de medicações que causam irritação gástrica, ou dor intensa), dispepsia ou sinais de sangramento digestivo.

Adesivos com medicamentos podem causar queimaduradas durante ressonância magnética

Bom, esta notícia é da Matriz (EUA), e deve demorar um pouco para chegar aqui, mas vamos adiantando mais precocemente...

Alguns adesivos transdérmicos contendo até mesmo pequenos vestígios de alumínio ou outros metais na parte posterior do adesivo podem causar queimaduras se utilizados durante o exame de ressonância magnética (RM), de acordo com o FDA (Food and Drug Administration).

Os adesivos de interesse incluem tanto produtos de marca registrada quanto genéricos e adesivos comprados sem prescrição médica, o FDA afirma em um aviso de saúde pública.

O FDA está no processo de revisão do rótulo e da composição de todos os adesivos com medicamentos para assegurar que aqueles produzidos com materiais que contenham metais providenciem um alerta sobre o risco de queimaduras em pacientes que utilizem os adesivos durante um exame de ressonância magnética, de acordo com um alerta do MedWatch, o programa do FDA de informação de segurança e relato de eventos adversos.

Até a conclusão desta revisão, os profissionais de saúde que encaminham pacientes para um exame de ressonância magnética devem aconselhá-los sobre os procedimentos de remoção e eliminação do adesivo antes da ressonância magnética e sobre a substituição do adesivo após o exame.

"O risco de usar um adesivo metálico durante uma ressonância magnética foi bem estabelecido, mas o FDA descobriu recentemente que nem todos os fabricantes incluem um aviso de segurança em seus adesivos", disse Janet Woodcock, MD, diretora do FDA's Center for Drug Evaluation and Research, em um comunicado do FDA à imprensa.

O superaquecimento ocorre porque pequenas quantidades de metal, embora invisíveis, podem conduzir eletricidade e gerar calor suficiente para provocar uma queimadura na pele.

Os pacientes devem informar os técnicos no local da ressonância magnética que estão usando um adesivo transdérmico quando os mesmos chamam para agendar sua consulta e novamente quando chegam e estão preenchendo o questionário de anamnese no momento do procedimento, disse Sandra Kweder, MD, vice-diretora do FDA's Office of New Drugs,Center for Drug Evaluation and Research.

Até o momento, o FDA recebeu apenas alguns relatos de pacientes com queimaduras por estes adesivos, as quais são, na maioria das vezes, caracterizadas como uma queimadura solar intensa. "Nenhuma delas era grave, mas até sermos capazes de instaurar uma rotulagem uniforme em todos estes adesivos, é importante alertar as pessoas sobre o risco de queimaduras ao usá-los em uma ressonância magnética", disse a Dra. Kweder em uma teleconferência.

O FDA se esforçará para informar todos os investidores sobre os adesivos, como uma medida de precaução, disse ela.

terça-feira, 24 de março de 2009

Um pouco de História da Humanidade...


Jean-Jacques Rousseau

Jean-Jacques Rousseau foi um dos mais considerados pensadores europeus no século XVIII. Sua obra inspirou reformas políticas e educacionais, e tornou-se, mais tarde, a base do chamado Romantismo. Formou, com Montesquieu e os liberais ingleses, um grupo de brilhantes pensadores e pais da ciência política moderna. Em filosofia da educação, enalteceu a educação natural conforme um acordo livre entre o mestre e o aluno, levando assim o pensamento de Montaigne a uma reformulação que se tornou a diretriz das correntes pedagógicas nos séculos seguintes. Foi um dos filósofos da doutrina que ele mesmo chamou materialismo dos sensatos, ou teísmo, ou religião civil. Lançou sua filosofia não somente através de escritos filosóficos formais, mas também em romances, cartas e na sua autobiografia.

PENSAMENTO:
Rousseau é o filósofo iluminista precursor do romantismo do século XIX. Foi característico do Iluminismo, o pensamento de que a sociedade havia pervertido o homem natural, o selvagem nobre que havia vivido harmoniosamente com a natureza, livre de egoísmo, cobiça, possessividade e ciúme. Este pensamento já está em Montaigne.

Pedagogia
Pressupostos básicos: Os pressupostos básicos de Rousseau com respeito à educação eram a crença na bondade natural do homem, e a atribuição à civilização da responsabilidade pela origem do mal. Se o desenvolvimento adequado é estimulado, a bondade natural do indivíduo pode ser protegida da influência corruptora da sociedade.

Conseqüentemente, os objetivos da educação para Rousseau, comportam dois aspectos: o desenvolvimento das potencialidades naturais da criança e seu afastamento dos males sociais. O mestre deve educar o aluno baseado nas suas motivações naturais. Logo que nos tornamos conscientes de nossas sensações, estamos inclinados a procurar ou evitar os objetos que as produzem, diz ele.

Teoria política
No Du contrat social Rousseau desenvolveu os princípios políticos que estão sumarizados na conclusão do Émile. Começando com a desigualdade como um fato irreversível, Rousseau tenta responder a questão do que compele um homem a obedecer a outro homem ou, por que direito um homem exerce autoridade sobre outro. Ele concluiu que somente um contrato tácito e livremente aceito por todos permite cada um ligar-se a todos enquanto retendo sua vontade livre. A liberdade está inerente na lei livremente aceita. Seguir o impulso de alguém é escravidão, mas obedecer uma lei auto-imposta é liberdade.

Religião
Rousseau conclui seu Contrato social com um capítulo sobre religião. Para começar, Rousseau é claramente não hostil à religião como tal, mas tem sérias restrições contra pelo menos três tipos de religião. Rousseau distingue a religião do homem que pode ser hierarquizada ou individual, e a religião do cidadão.

A religião hierarquizada do homem, é organizada e multinacional. Não é incentivadora do patriotismo, mas compete com o Estado pela lealdade dos cidadãos. Este é o caso do Catolicismo, para Rousseau. Tudo que destrói a unidade social não tem valor diz ele. Os indivíduos podem pensar que a consciência exige desobediência ao estado, e eles teriam uma hierarquia organizada para apoia-los e organizar resistência.

O exemplo de religião não hierarquizada do homem é o cristianismo do evangelho, ao contrário do catolicismo. É informal e não hierarquizada, centrada na moral e na adoração a Deus. Esta é, com certeza, para Rousseau, a religião em que ele nasceu e foi batizado, o calvinismo.

De início Rousseau nos diz que esta forma de religião é não somente santa e sublime mas, também, verdadeira. Por outro lado a considera ruim para o Estado.

Opinião sobre as ciências e as artes
No Discurso sobre as ciências e as artes, com o qual concorreu ao prêmio da Academia de Dijon, Rousseau argumenta que a restauração das artes e ciências não contribuíram para a purificação do gênero humano mas para sua corrupção. Ao ser a obra publicada, a censura cortou vários trechos do original: muitas passagens contra a tirania dos reis e a hipocrisia do clero foram eliminadas. O subtítulo Liberdade foi retirado. Porém, ele ataca as ciências e especialmente as artes e literatura como escravisadoras e corruptoras e como instrumento de propaganda e fonte de mais riqueza nas mãos dos ricos.

A civilização é vista por ele como responsável pela degeneração das exigências morais mais profundas da natureza humana e sua substituição pela cultura intelectual. A uniformidade artificial de comportamento, imposta pela sociedade às pessoas, leva-as a ignorar os deveres humanos e as necessidades naturais. Assim como a polidez e as demais regras da etiqueta podem esconder o mais vil e impiedoso egoísmo, as ciências e as artes, com todo seu brilho exterior, freqüentemente seriam somente máscaras da vaidade e do orgulho.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Antidepressivos e Gravidez

De acordo com o livro Manual de Psicofarmacologia Clínica, de Irismar Reis de Oliveira e Eduardo Ponde de Sena (2006), os antidepressivos são drogas seguras quando usadas durante a gravidez e lactação. A doença afetiva, notadamente a depressão, é muito mais danosa ao desenvolvimento da gravidez e da criança no pós-parto do que a utilização de antidepressivos.
Vamos transcrever aqui uma pequena parte desse capítulo, fruto da colaboração de Amaury Cantilino e Everton Botelho Sougey:

“CATEGORIAS DE RISCO NA LACTAÇÃO
Hale (2002) desenvolveu um sistema de gradação de segurança de drogas durante a lactação chamado de Categorias de Risco na Lactação. Esse sistema vem sendo recentemente muito utilizado como diretriz para prescrição. A seguir, essas categorias estão sumarizadas:
L1 - Droga que foi estudada em um grande número de mulheres na lactação em estudos controlados sem qualquer aumento observado de efeitos adversos nos
lactentes;
L2 - Droga que foi estudada em um número limitado de mulheres na lactação sem aumento de efeito adverso nos lactentes;
L3 - Não há estudos controlados em mulheres na lactação, OU estudos controlados mostraram mínimos efeitos nos lactentes sem ameaça à vida;
L4 - Droga com evidência de risco para o lactente pu para a produção de leite, mas os benefícios para a lactante podem torná-la aceitável, a despeito do risco para o lactente;
L5 - Estudos em mulheres na lactação demonstraram que há risco significativo de dano para o lactente que claramente supera qualquer possível benefício para à
lactante.

AS DIVERSAS CLASSES DE PSICOFÁRMACOS NA GRAVIDÊZ E NA
LACTAÇÃO
A decisão quanto ao uso de psicofármacos durante a gravidez e a lactação deve ser embasada no conhecimento dos possíveis benefícios para a mãe e nas informações sobre os potenciais riscos para o concepto. Algumas dessas informações relevantes são resumidas nas Tabelas 33.1 a 33.4, baseadas nas revisões de Iqbal et al., 2001; Soares et al., 2001; Cott et al., 2003; Gjerdingen, 2003; Malone et al., 2004; American Academy of Pediatrics, 2000; e British Columbia Reproductive Care Program, 2003; além de outros artigos de relevância citados ao longo do texto.

ANTIDEPRESSIVOS
Pelo impacto negativo sobre a gestação e o concepto, a depressão e a ansiedade na gravidez tendem a ser tratadas com psicofármacos. A gravidez não protege a mulher desses transtornos nem de possíveis recaídas. Não é raro acontecer de um clínico se deparar com uma paciente com história de depressão, em uso de antidepressivo e eutímica quando recebe o exame positivo de gravidez.
Cohen et alo (2004) observaram, prospectivamente, 32 mulheres nessa situação, que optaram por descontinuar a droga. Dessas pacientes, 75% tiveram recaídas durante a gravidez, mais comumente no primeiro trimestre e naquelas com história de depressão mais crônica. Também é importante considerar que a depressão e a ansiedade na gravidez são fortes fatores de risco para o desenvolvimento de depressão pós-parto (Williams, 2005).
Em revisão realizada por nós para embasar dissertação de mestrado, observamos que a Depressão Pós-Parto causa danos para a mulher, seu parceiro e seu bebê. Parceiros cujas mulheres apresentam esse transtorno relatam maior insatisfação no casamento (após o parto) e perda de intimidade com suas parceiras.
Após serem acometidas de Depressão Pós-Parto, 31 % das mulheres mudam seus planos familiares reprodutivos e decidem não ter mais filhos. Mães deprimidas apresentam contato menos afetuoso com seus bebês e mostram-se mais hostis e introvertidas; e suas crianças mostram-se mais irrequietas, descontentes e esquivas, além de apresentarem menos expressões faciais e vocalizações positivas.
A depressão também interfere na lactação, fazendo com que as mães interrompam precocemente a amamentação. A depressão materna pós-natal não tratada pode ser um preditor de pobre competência social em seus filhos. Esses,dados mostram a importância
do tratamento adequado (Cantilino, 2003).
Os antidepressivos têm sido utilizados há décadas e não há nenhum relato de malformação séria que esteja consistentemente associada ao seu uso. A maior quantidade de estudos na gravidez foi realizada com os tricíclicos e a fluoxetina. A nortriptilina é destacada entre os tricíclicos, por ter longa história de uso, relativamente poucos efeitos anticolinérgicos e uma faixa terapêutica de nível plasmático já bem conhecida. Este último fator é importante porque, com o aumento da volemia e do metabolismo ao longo da gestação, os níveis plasmáticos das drogas tendem a cair, podendo ser necessário o aumento das doses do antidepressivo em até 1,6 vez para manter a eutimia.
Contudo, pelo maior número de estudos mostrando segurança, facilidade posológica e baixo perfil de efeitos colaterais, grande parte dos autores sugere que o antidepressivo de escolha na gravidez seja a fluoxetina. Os outros ISRS também não parecem causar malformações. Nada tem sugerido que haja um aumento de defeitos congênitos quando da exposição a antidepressivos mais novos, como a venlafaxina, a mirtazapina e a nefazodona, mas os estUdos ainda são em pequeno número (Cott et al., 2003; Einarson et aI., 2004; Kallen, 2004).
Sintomas e complicações neonatais têm sido relatados em associação à exposição a antidepressivos no final da gravidez. Esses sintomas em geral são leves e transitórios, e acontecem em decorrência de efeitos diretos dos resíduos das medicações sobre o bebê ou de síndrome de retirada. A diminuição na dose das drogas nos últimos dias de gravidez poderia evitar esses sintomas, mas poria a mãe em risco de recaída.
Alguns antidepressivos deveriam ser evitados na gravidez. Os inibidores da monoaminoxidase podem exacerbar a hipertensão específica da gravidez e interagir com drogas tocolíticas, que são usadas para inibir trabalho de parto. A freqüência de convulsões é maior nas grávidas que recebem maprotilina quando comparadas àquelas que usam outros tricíclicos (American Academy of Pediatrics, 2000).
Durante a lactação, fluoxetina, citalopram e nefazodona devem ser usados com cuidado, uma vez que efeitos sobre o RN são descritos. Nesta fase devem-se preferir nortriptilina, sertralina e paroxetina; cada uma delas estudada em bom número de casos, sem efeitos observados no lactente.

TABELA 33.1 - Riscos relacionados ao uso de antidepressivos na gravidez e na lactação
Teratogênese:
Nem os antidepressivos tricíclicos (ADT) nem os inibidores seletivos da recaptura de serotonina (ISRS) têm sido associados a efeitos teratogênicos sérios, mesmo depois de um número significativo de mães e conceptos terem sido estudados. A fluoxetina, a paroxetina e a sertralina estão na categoria B do FDA,os demais ISRS e tricíclicos estão na categoria C.
A exposição à fluoxetina ou a diversos ADT não afetou o QI global, o desenvolvimento comportamental nem a linguagem em estudo de acompanhamento de crianças até por mais de quatro anos de idade. Um estudo controlado relatou que, entre 150 mulheres estudadas prospectivamente usando venlafaxina, a incidência de malformações foi semelhante
à da população geral. Existe pouca informação disponível acerca da segurança dos inibidores da monoaminoxidase, bupropiona, nefazodona, trazodona e outros antidepressivos mais novos na gravidez.
Toxicidade neonatal:
Neonatos expostos no útero a ADT podem apresentar sintomas usualmente leves e transitórios. Tratamento com ADT ao longo da gravidez pode ocasionar síndrome de retirada no neonato com mioclonias e convulsões transitórias, taquipnéia, taquicardia, irritabilidade e sudorese profusa. Podem acontecer constipação intestinal e retenção urinária em decorrência de efeitos anticolinérgicos. ISRS podem ocasionar hipotonia, dificuldade para alimentação, hipoglicemia, hipotermia e agitação. Apgar mais baixo tem sido associado ao uso de fluoxetina no 312 trimestre.
Lactação:
Paroxetina, sertralina e nortriptilina apresentam níveis plasmáticos no RN em geral extremamente baixos ou indetectáveis; também não se observam reações adversas nos lactentes com essas medicações, são todos da categoria L2 de Rale. Os demais ADT ea venlafaxina mostram também níveis baixos ou indetectáveis no RN, e ausência de efeitos adversos, mas o número de estudos é ainda baixo. A fluoxetina (L3)
pode atingir níveis plasmáticos altos no RN, causando vômitos, diarréia, cólicas e diminuição do sono. Existem evidências de que a fluoxetina via leite matemo pode causar diminuição da curva de peso-crescimento, com uma média de 392 gramas a menos no 6º. mês."

quarta-feira, 18 de março de 2009

Raios Ultra-Violeta...









O excesso de exposição à radiação solar ultravioleta pode ocasionar diversos efeitos nocivos, como o envelhecimento da pele, queimaduras, sardas, catarata e também o câncer da pele. Em relação a este e na tentativa de preveni-lo, inúmeros países desenvolvem campanhas de informação e prevenção, enfocando o banho de sol seguro e o uso do protetor solar.

Mais recentemente, em 2002, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou que se adotasse a divulgação do Índice Ultravioleta (IUV) para orientar as pessoas sobre os cuidados necessários para a correta exposição ao sol. De acordo com a OMS, o Índice Ultravioleta deve ser agrupado em categorias que medem a intensidade da radiação:

TABELA DE REFERÊNCIA PARA O ÍNDICE UV

CATEGORIA
ÍNDICE ULTRAVIOLETA

BAIXO MENOR QUE 2
MODERADO
3 A 5
ALTO
6 A 7
MUITO ALTO
8 A 10
EXTREMO
MAIOR QUE 11
Fonte: OMS

Quanto maior o IUV, maior o perigo da exposição ao sol. Desta forma, conforme o valor do IUV encontrado, diferentes precauções para a exposição ao sol são recomendadas, conforme pode ser visto na figura acima.

terça-feira, 17 de março de 2009

Óculos de Farmácia Podem Fazer Mal

No Brasil 26% da população tem 40 anos de idade ou mais segundo o último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Uma das conseqüências deste indicador é o crescimento do consumo de óculos prontos para corrigir presbiopia ou vista cansada que são facilmente encontrados em farmácias, supermercados e até em lojas de conveniência.

De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, a presbiopia, dificuldade para enxergar de perto, é inevitável. Surge por volta dos 40 anos em decorrência do envelhecimento que enrijece a musculatura ocular e o cristalino, diminuindo a capacidade de acomodação, ou foco. Ele diz que 6 em cada 10 présbitas chegam ao consultório usando os populares óculos de farmácia para corrigir o problema. São atraídos pelo baixo preço e por acreditarem que a doença é um mal menor. Resultado – Colocam a saúde dos olhos em risco. Isso porque, explica, é a partir desta idade que geralmente surgem o glaucoma e alterações na retina.

Para preservar a visão o recomendável é fazer um check-up ocular completo a cada dois anos nesta faixa etária. Além disso, comenta, a única forma segura de garantir correção visual adequada é através da prescrição médica. Os óculos de farmácia podem até melhorar a visão de perto, ressalta, mas por terem grau aproximado, exigem maior esforço visual. Por isso, explica, podem agravar a presbiopia e provocar dor de cabeça no final do dia.

O médico afirma queprincipais diferenças entre óculos de farmácia e prescritos são:

ÓCULOS DE FARMÁCIA ÓCULOS PRESCRITOS

· Distância pupilar padrão

· Distância pupilar personalizada

· Mesmo grau nas duas lentes

· Graus diferentes para cada olho presente na maioria das pessoas

· Avaliação da leitura feita a diferentes distâncias

· Avaliação feita sempre na mesma distância

· Frequentes irregularidades na superfície das lentes que podem causar astigmatismo

· Lentes com superfície regular

· Grau aproximado que pode agravar a presbiopia

· São prescritos com grau correto

CORREÇÂO DE VÍCIOS DE REFRAÇÃO E PRESBIOPIA

Os problemas não param por aí. Queiroz Neto afirma que um levantamento do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) demonstra que 30% da população adulta têm hipermetropia, dificuldade de enxergar de perto que predispõe à presbiopia precoce. Outros 10% a 20% têm miopia pura ou associada ao astigmatismo que mascara a presbiopia e até permite a leitura sem óculos o que não é recomendado por forçar a visão. Significa que os óculos de farmácia não corrigem a visão de até 2 em cada 10 présbitas por serem monofocais.

As opções em óculos para correção simultânea da presbiopia associada à miopia, hipermetropia ou astigmatismo são:

Monofocais

Para quem nunca usou óculos e hipermétropes

Bifocais

Miopia e astigmatismo

Multifocais

Miopia e astigmatismo


SOLUÇÔES PARA SE LIVRAR DOS ÓCULOS DE LEITURA

Lentes de contato multifocais: Para quem não gosta de usar óculos, o médico diz que a presbiopia conjugada com miopia e/ou astigmatismo pode ser tratada com lentes de contato multifocais.

Monovisão: Quem nunca usou óculos pode usar lente para perto em um só olho ou fazer uma cirurgia pela técnica de Lasik em que é aplicado laser na córnea de um dos olhos para manter a visão de longe no outro. O problema comenta, é quelentes são de difícil adaptação. Quem opta pela monovisão cirúrgica precisa refazer a cirurgia após alguns anos por causa da progressão da presbiopia.

Preslasik: Présbitas com astigmatismo ou hipermetropia associada podem corrigir o problema com preslasik, uma técnica cirúrgica que molda a córnea, mas a correção também é temporária.

Lente intra-ocular: Queiroz Neto diz que única correção cirúrgica definitiva é o implante de lente intra-ocular multifocal para quem tem presbiopia com miopia ou hipermetropia, mas o procedimento só é feito quando a pessoa já apresenta catarata que geralmente surge após os 65 anos.

Problemas de coluna: algumas observações...




Escoliose, hiperlordose e hipercifose podem ser um fator de risco ou a origem da dor na coluna, mas só se tornam causa do problema quando associadas a outros aspectos.

Um exemplo é quando a musculatura flácida deixa de oferecer sustentação para a coluna, e isto pode acontecer por conta de um problema pré-existente, em função de um trauma, por exemplo ou por conta de vida sedentária. É isso mesmo: vida sedentária tammbém causa dores na coluna.

A escoliose é caracterizada como um desvio lateral da coluna. Pode ocorrer já na infância, com maior freqüência em meninas e, nesse caso, exige tratamento rápido para evitar deformidade óssea e artrose no futuro. Escolioses de até 10 graus de angulação ocorrem em até 3% da população.

O Instituto Nacional de Tráumato-Ortopedia (Into), órgão ligado ao Ministério da Saúde, alerta: crianças que carregam mochilas muito pesadas correm o risco de desenvolver postura incorreta e apresentar desvios na coluna vertebral. O peso das mochilas não deve ultrapassar o limite de 10% do peso da criança.

Já a hiperlordose é a lordose (curvatura normal da coluna) exagerada, isto é, um desvio do eixo da coluna no sentido ântero-posterior (sagital). É caracterizada pelo bumbum arrebitado e mais comum em mulheres, tanto que o salto alto é um agravante.

Hipercifose é aumento da curvatura da região dorsal, ou seja, é o aumento da convexidade posterior no plano sagital, podendo ser flexível ou irredutível. Podemos classificá-la como sendo postural, Scheuermann (osteocondrose espinhal), congênita, traumática , metabólica, inflamatória - mal de Pott (TBC), tumoral e outras.

O aumento da curvatura cifótica promove alterações anatômicas ocasionando o dorso curvo, gibosidade posterior, encurtamento vertebral e pode ocorrer déficit respiratório, por reduzir a capacidade de sustentação da coluna vertebral e também a diminuição da expansibilidade torácica.

Toda hipercifose, de um modo geral, tem sua lordose compensadora, cervical e lombar, para dessa forma poder manter a sustentação do corpo mesmo que descompensada.

A cifose postural é muito comum na adolescência, tanto nos meninos como nas meninas. Estes adquirem maus hábitos no sentar, andando, estudando e até mesmo em pé.

No adulto, em mulheres idosas, a cifose pode aparecer devido a osteoporose, cujas vértebras em conseqüência de uma rarefação ósseas, ficam fracas ou em forma de cunha.

Também localizamos a cifose na adolescência em meninos altos, como forma de inibir-esconder sua estatura, para não se destacar perante os colegas de mesma idade. As meninas com mamas muito grandes também adotam uma postura cifótica com o objetivo de escondê-las. No entanto, se estes adolescentes não receberem uma orientação a tempo e adequada, a cifose que inicialmente é postural, pode tornar-se estrutural.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Trânsito pesado pode triplicar o risco de infarto

Se você dirige, pega ônibus ou anda de bicicleta, estar em um tráfego pesado pode triplicar seu risco de infarto em uma hora, segundo estudo apresentado esta semana na conferência da American Heart Association. Os autores acreditam que o grande culpado por esse aumento no risco é a poluição emitida pelos veículos.

Em estudo anterior, especialistas alemães haviam descoberto que cerca de 8% dos ataques cardíacos poderiam ser atribuídos ao tráfego. E, avaliando mais de 1,4 mil sobreviventes de um infarto, eles observaram que muitos deles estavam no tráfego pesado uma hora antes do ataque. As análises mostraram que pessoas vulneráveis ao infarto eram 3,2 vezes mais propensas a ter um ataque cardíaco se tivessem pegado trânsito pesado uma hora antes.

Embora o estresse também possa estar envolvido nessa relação, os resultados mostraram que os riscos para os passageiros seriam os mesmos dos motoristas. Por isso, mais estudos estão sendo realizados para desvendar os fatores associados a essa relação.

fonte: Folha SP

quinta-feira, 12 de março de 2009

Drogas psicotrópicas para adolescentes: um risco?



A prescrição de medicamentos com ação em sistema nervoso central (psicotrópicos) é fato que tem preocupado autoridades de Saúde de todo mundo. Embora os recaptadores na serotonina (antidepressivos) possam ser úteis em casos de depressão para adolescentes, a sua prescrição tem se propagado particularmente entre os pré-adolescentes, pacientes com11 a 13 anos de idade, que apresentam sinais e sintomas de depressão clínica (particularmente a fluoxetina), mas, mesmo quando associado com a terapia cognitivo-comportamental, estatisticamente, não tem demonstrado qualquer benefício adicional para o paciente! (fonte desta informação: Health Tecnol Asses 2008; 12:1-80).

As razões para este fato estão sendo analisados em uma investigação meta-analítica, em um modelo de exercício de medicina baseada em evidências avançada, pelo pessoal do Jornal Americano de Psiquiatria Infanto-Juvenil.

A conclusão mínima desta citação é que é necessário questionar a validade da prescrição desta classe de medicamentos para os jovens: se não fazem efeito, para quê prescrever, não é mesmo?

quarta-feira, 11 de março de 2009

Doença Celíaca

É uma intolerância permanente ao Glúten que acomete indivíduos com
predisposição genética.
A Doença Celíaca geralmente se manifesta na infância, entre o primeiro e
o terceiro ano de vida (Na introdução de alimentação à base de papinhas engrossadas com cereais proibidos, com bolachas, pão, sopinhas de macarrão...), podendo
surgir em qualquer idade, inclusive no adulto.

criancaceliaca

O QUE É O GLÚTEN ?

É uma proteína presente no TRIGO, na AVEIA, na CEVADA (no subproduto
da cevada, que é o MALTE) e no CENTEIO (T.A.C.C.) e em todos os
alimentos e produtos preparados com esses cereais.
O Glúten não desaparece quando os alimentos são assados ou cozidos.
A fração tóxica do Glúten encontrada no TRIGO é chamada de Gliadina.
O Glúten agride e danifica as vilosidades do intestino delgado prejudicando
a absorção dos nutrientes dos alimentos.

 

mucosanormal

mucosaatrofiada

mucosa normal                                 mucosa atrofiada

 

Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa.
Em nosso meio, o quadro clínico mais comum é caracterizado por diarréia crônica acompanhada de barriga inchada e perda de peso, além de vômitos, anemia,
atraso no crescimento, irritabilidade e apatia.

 

FORMA CLÁSSICA:

  • Diarréia Crônica;

FORMA ATÍPICA:

  • Baixa estatura;
  • Anemia por deficiência de ferro refratária à ferroterapia oral, anemia por deficiência de folato e vitamina B12;
  • Osteoporose;
  • Hipoplasia do esmalte dentário;
  • Artralgias ou artrites;
  • Constipação intestinal refratária ao tratamento;
  • Atraso puberal, irregularidade do ciclo menstrual;
  • Esterilidade;
  • Aborto de repetição;
  • Ataxia, epilepsia (isolada ou associada a calcificação cerebral), neuropatia periférica, miopatia;
  • Manifestações psiquiátricas (depressão, autismo, esquizofrenia);
  • Úlcera aftosa recorrente;
  • Elevação das enzimas hepáticas sem causa aparente;
  • Fraqueza ou perda de peso sem causa aparente;
  • Edema de aparição abrupta após infecção ou cirurgia;

GRUPOS DE RISCO:

  • Familiares de primeiro grau de pacientes com doença celíaca;
  • Anemia por deficiência de ferro refratária à ferroterapia oral;
  • Redução da densidade mineral óssea;
  • Atraso puberal ou baixa estatura sem causa aparente;
  • Portadores de doenças auto-imunes como diabetes melito insulino dependente, tireoidite auto-imune, deficiência seletiva de IgA, síndrome de Sjögren, colestase auto-imune, miocardite auto-imune;
  • Síndrome de Down;
  • Síndrome de Turner;
  • Síndrome de Williams;
  • Infertilidade;
  • História de aborto espontâneo;
  • Dermatite herpetiforme

sábado, 7 de março de 2009

Conviver com fumantes pode aumentar risco de depressão.

 

O fumo passivo pode não apenas causar problemas cardíacos e respiratórios, como aumentar os riscos de depressão, segundo estudo apresentado esta semana no encontro científico da Sociedade Americana de Psicossomática. De acordo com os autores, pessoas que convivem com fumantes em casa ou no trabalho são duas vezes mais propensas a serem diagnosticadas com depressão maior do que aquelas não expostas ao fumo passivo.

Os pesquisadores confirmaram a exposição ao fumo passivo pela quantidade de nicotina no sangue – subproduto da nicotina após inspirar a fumaça – em mais de três mil adultos não-fumantes em um estudo federal de saúde. E cerca de 92 mil não-fumantes relataram se conviviam com fumantes. Além disso, todos preencheram um questionário sobre sintomas de depressão.

As análises mostraram que aqueles que tiveram o fumo passivo confirmado no sangue tinham muito mais chances de apresentarem sintomas de depressão grave. E apenas o fato de trabalhar em um local onde seria permitido fumar mais do que dobrava os riscos de depressão.

Os autores destacam que alguns estudos indicam que os fumantes apresentam maior nível de dopamina no cérebro, que está ligado à ansiedade e à depressão. Por isso, eles acreditam que o efeito possa ser o mesmo em relação ao fumo passivo. E defendem a adoção de políticas de restrição ao tabagismo em locais públicos.

Fonte: American Psychosomatic Society 67th Annual Scientific Meeting. 04 de março de 2009.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Estados Neuróticos e Psicóticos

Os estados psicóticos são mais graves e caracterizadas pela perda da noção de realidade (por meio de alucinações e delírios), como a esquizofrenia. Já no caso dos estados neuróticos, a pessoa não perde a consciência, sabe que está doente.

Confira abaixo as características de alguns estados neuróticos e psicóticos conhecidos:

Transtorno Bipolar: Estado psicótico caracterizado pela alternância de períodos longos de depressão ou de mania (agitação, delírios, aceleração do pensamento). Surge, normalmente, entre os 20 anos até pouco após os 30. Não há cura, mas o tratamento - que deve ser feito por toda a vida - pode chegar a eliminar os sintomas.

Transtorno delirante crônico: Psicose crônica, que surge entre os 40 e 50 anos. Os quadros de delírio são menos intensos que os de esquizofrenia e têm menos impacto social. Não há cura.

Autismo: Estado Psicótico infantil que costuma dar sinais antes dos 3 anos e é caracterizada por alterações na comunicação, na interação social e no uso da imaginação. Não há cura.

Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC): Estado Neurótico ou psicótico em que a pessoa apresenta gestos ou rituais repetitivos. Há momentos de perda de contato com a realidade e a cura pode ser complicada.

Depressão: Estado Neurótico com quadro que inclui tristeza ou irritabilidade, que dura ao menos duas semanas.

Síndrome do Pânico: Estado Neurótico ou Psicótico que causa sensação inesperada de morte iminente. A pessoa passa a evitar situações em que imagina causar os ataques de pânico.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Miliária ("Brotoeja")

miliaria2

A localização mais comum é o tronco e a região cervical. As lesões geralmente são acompanhadas por coceira. Formam-se "bolinhas avermelhadas" ou vesículas (pequeninas bolhas) sobre pele avermelhada, podendo, em alguns casos, formar lesões mais exuberantes (foto abaixo).

A miliária se apresenta como uma erupção cutânea relacionada com as glândulas sudoríparas (que produzem o suor). Afeta principalmente as crianças, mas também pode atingir os adultos.

O quadro está relacionado com o aumento do calor e da produção do suor que, extravasando dentro da pele, antes de atingir a superfície, provoca um processo inflamatório.

Devido à coceira, a pele pode apresentar sinais de escoriação e pequeninas crostas sobre as lesões, devido à ruptura das bolhas pela coçadura.

É comum a ocorrência de infecção secundária à doença, com o surgimento de pústulas (bolhas de pus) ou nódulos dolorosos.

Para evitar a miliária deve-se usar roupas frescas, tomar banhos frios e se proteger do calor, evitando o excesso de suor. O ar condicionado é um grande aliado no combate à doença.

Deve-se evitar o excesso de roupas nas crianças pequenas, principalmente nos recém-nascidos, hábito comum entre mães com preocupação excessiva em agasalhar seus filhos.

A miliária e as infecções secundárias que podem acompanhar a doença têm tratamento, que será determinado pelo médico dermatologista, de acordo com cada caso.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Agressão – é um artigo longo, mas vale a pena ler…

É habitual a questão do crime envolver uma série de reflexões e comentários que ultrapassam em muito o ato delituoso em si; são questões que resvalam na ética, na moral, na psicologia e na psiquiatria simultaneamente. Sempre há alguém atribuindo ao criminoso traços e características psicopatológicas ou sociológicas: porque Fulano cometeu esse crime? Estaria perturbado psiquicamente? Estaria encurralado socialmente? Seria essa a única alternativa? Ou, ao contrário, seria ele simplesmente uma pessoa maldosa? Portadora de um caráter delituoso, etc.

Atualmente, apesar da ciência não ter ainda algum consenso definitivo sobre a questão, sabe-se, no mínimo, que qualquer abordagem isolada do ser humano corre enorme risco de errar. Assim sendo, atualmente usamos o modelo bio-psico-social, na tentativa de compreender as pessoas e os fatores que influenciam seus comportamentos (Agra, 1986). Dentre esses três modelos (biológico, psicológico e social), sem dúvida a abordagem biológica da pessoa é um dos aspectos mais criticados e polêmicos.

A utilização do modelo biológico (personalidade) como justificativa do comportamento criminoso não é recente na história da medicina e da sociologia. A idéia parece ter vindo de encontro à crença popular de que "o criminoso já nasce assim", tendência pela qual se procura identificar traços de personalidade que o caracterizam como psicopata, sociopata ou criminoso, enfim, traços que o tornam diferente dos outros seres humanos (Mannheim, 1984).

Mas, modernamente considerando que qualquer tentativa de explicação biológica para o crime, geralmente desencadeia um juízo prévio de que seria difícil alterar o que é determinado biologicamente, foram sendo progressivamente realçadas as investigações sobre fatores psicológicos e/ou sociais.

Esta rejeição ao modelo biológico se mantém muito enfático ainda atualmente. É sempre importante cultivar um bom senso suficiente para evitar que o politicamente correto interfira no cientificamente constatado. As modernas pesquisas sobre alterações genéticas associadas ao comportamento violento (Bader, 1994), ainda são capazes de estimular debates inflamados sobre a validade e o interesse das abordagens biológicas.

Mesmo correndo o risco de suscitar críticas amargas sócio-psicológicas, cientificamente podemos agrupar a causalidade criminosa em quatro grandes categorias de fatores: genéticos, bioquímicos, neurológicos e psicofisiológicos.

1. Fatores genéticos
Os estudos incluídos nesta categoria utilizam como metodologia os estudos de gêmeos e de adoção. Nos estudos em gêmeos (Cloninger & Gottesman, 1987; Mednick, Gabrielli e Hutchings, 1987; Mednick e Kandel, 1988), foram encontrado o dobro da correlação para o comportamento criminoso entre estes, em oposição à menor concordância em irmãos não gêmeos.

Comparando a concordância de comportamento entre gêmeos monozigóticos e dizigóticos, os monozigóticos apresentam o dobro de correlações no comportamento criminoso, sugerindo a existência de fatores genéticos atrelados ao crime.

 

Para resolver a argumentação contrária de que os gêmeos geralmente teriam experiências vivenciais semelhantes, na mesma família, escola e sociedade e, por isso, tenderiam a ter o mesmo comportamento, foram estimulados os estudos de adoção.

Esses estudos de adoção utilizaram pessoas que não conheceram seus pais biológicos, bem como sujeitos que ignoravam serem adotivos, buscando separar melhor os efeitos ambientais dos efeitos genéticos. Esses trabalhos (Mednick, Gabrielli e Hutchings, 1984) demonstraram que existe uma elevada concordância entre comportamento criminoso dos pais biológicos com comportamento criminoso de seus filhos adotados por outras famílias.

Parece também existir uma relação maior entre o comportamento criminoso da mãe biológica com o comportamento criminoso de seu filho adotado (Baker e col., 1989), do que a mesma comparação entre pai e filho. Alguns autores consideram esse fato sugestivo de uma transmissão genética associada ao cromossomo X.

Apesar da evidência dos dados apontarem para a existência de importantes fatores genéticos associados à criminalidade, o papel do ambiente parece também ter importante influência. Cadoret e col. (1990), num estudo com crianças adotadas e filhas de pais biológicos com comportamentos criminosos, verificaram que quando os pais adotivos pertenciam a meio sócio-economicamente desfavorecido, as crianças apresentavam mais comportamentos criminosos do que aquelas cujos pais adotivos pertenciam a classes de estatuto socioeconômico superior.

Diante disso, será sensato acreditarmos que, apesar de existir um fator genético capaz de aumentar a suscetibilidade da criança para comportamentos criminosos, esta suscetibilidade estará sujeita às condições ambientais.

 

2. Fatores bioquímicos
Os estudos neste grupo causal procuram dosar algumas substância possivelmente envolvida com o comportamento violento, como por exemplo, o colesterol, a glicose, hormônios e alguns neurotransmissores.

Virkkunen, em 1987, procurou demonstrar a diminuição nos níveis séricos de colesterol em pessoas com comportamento criminoso, da mesma forma como também se associava os baixos níveis de glicose.

Como o álcool é freqüentemente relacionado com o comportamento violento, foi também estudada a sua associação com glicose e colesterol. Fisiologicamente se demonstra que, de fato, o álcool diminui o açúcar na corrente sanguínea por inibição da produção de glucose hepática. Deste modo, o álcool ao fazer diminuir a quantidade de açúcar no sangue pode ser apontado como um fator facilitador do crime.

Quanto ao colesterol a situação é mais curiosa ainda. Virkkunen mostrou que a relação entre o colesterol e o álcool pode ter até uma finalidade discriminante. Ele conseguiu isolar dois grupos de pessoas envolvidas com o alcoolismo; um grupo representado por pessoas que ficam agressivas quando bebem e outro, por pessoas que bebem mas não ficam agressivos. Os primeiros mostraram menor nível de colesterol do que os segundos. e, estes, menor nível ainda do que os sujeitos não delinqüentes, verificando-se que a maior violência aparece associada a menor quantidade de colesterol.

 

No que diz respeito ao nível neuroendócrino, a hormônio mais relacionado à agressividade é a testosterona. A pesquisa verifica os níveis desse hormônio tomando por base três comparações; entre criminosos, entre criminosos e não criminosos (grupo controle) e entre não criminosos relacionando-se com a agressividade e não agressividade.

Nas investigações entre pessoas não criminosas os resultados são muito variáveis e até contraditórios, concluindo-se por vezes que não há correlações entre testosterona e potencial para agressividade (Rubin, 1987). Entre criminosos e não criminosos (Olweus, 1987; Rubin, 1987; Schalling, 1987) os resultados são mais consistentes, mas nem sempre são significativos. Alguns desses resultados mostram criminosos apresentando maior nível de testosterona do que os não criminosos.

Sobre as influências neuroquímicas no comportamento agressivo, algumas das substâncias mais estudadas (Rubin, 1987; Magnusson, 1988; Bader, 1994) são a serotonina, que existiria em menor quantidade, o ácido fenilacético e a norepinefrina, que existiriam em maior quantidade nos criminosos.

Esses estudos procuram estabelecer uma correlação entre alterações bioquímicas capazes de desencadear comportamentos criminosos, bem como as associações entre tais alterações, ingestão de álcool e criminalidade.

 

. Fatores neurológicos
Esses estudos (Buikhuisen, 1987; Hare & Connolly, 1987; Nachshon & Denno, 1987; Pincus, 1993) associam desordens do comportamento com eventuais alterações cerebrais, essencialmente no hemisfério esquerdo.

Os estudos parecem apontar na identificação das disfunções neuropsicológicas relacionadas ao comportamento violento estar presente no lobo frontal e nos lobos temporais. O Lobo Frontal se relaciona à regulação e inibição de comportamentos, a formação de planos e intenções, e a verificação do comportamento complexo, suas alterações teriam como conseqüência dificuldades de atenção, concentração e motivação, aumento da impulsividade e da desinibição, perda do autocontrole, dificuldades em reconhecer a culpa, desinibição sexual, dificuldade de avaliação das conseqüências das ações praticadas, aumento do comportamento agressivo e aumento da sensibilidade ao álcool (sintomas positivamente correlacionados com o comportamento criminoso), bem como incapacidade de aprendizagem com a experiência (sintoma correlacionado positivamente com a alta incidência de recidivas entre alguns tipos de criminosos).

 

Os Lobos Temporais regulam a vida emocional, sentimentos, instintos, comandam as respostas viscerais às alterações ambientais. Alterações nesses lobos resultam em inúmeras conseqüências comportamentais, das quais se destacam a dificuldade de experimentar algumas emoções, tais como o medo e outras emoções negativas e, conseqüentemente, uma incapacidade em desenvolver sentimentos de medo das sanções, postura esta freqüente em criminosos. Esses estudos procuram associar o crime com alterações cerebrais específicas. (Cristina Queirós, A importância das abordagens biológicas no estudo do crime)

4. Fatores psicofisiológicos
O enfoque psicofisiológico se baseia essencialmente na avaliação da função cerebral (fisiopatologia), como por exemplo a Atividade Elétrica da Pele, o Eletroencefalograma e o Eletrocardiograma, trabalhando sobretudo em contexto laboratorial. Falta, no momento, uma metanálise de outros tipos de investigação da função cerebral, como por exemplo, os estudos com PET e SPECT .

Os estudos demonstraram que, tanto a ativação tônica (reação global do sujeito na ausência de estimulação específica) quanto a ativação fásica (reação a estimulação específica), é menor nos criminosos. Também apresentam, os criminosos, uma média menor do ritmo cardíaco, menor nível de condutância da pele e maior tempo de resposta na atividade elétrica da pele, bem como registros eletroencefalográficos com maior incidência de anormalidades (Fowles, 1980; Hemming, 1981; Satterfield, 1987; Volavka, 1987; Hodgins & Grunau, 1988; Milstein, 1988; Venables, 1988; Buikhuisen, Eurelings-Bontekoe & Host, 1989; Patrick, Cuthbert & Lang, 1994).

Alguns estudos trabalharam também com crianças e adolescentes (Magnusson, 1988), e demonstraram que as crianças com comportamentos considerados desviantes apresentam maior ativação do sistema nervoso. No entanto estudos longitudinais (Raine, Venables & Williams, 1990 e 1995) demonstraram que adolescentes com comportamentos anti-sociais e que posteriormente vieram a cometer crimes apresentavam significativamente menor ativação cardiovascular e eletrodérmica, do que os que não cometeram crimes.

Final
Através da apresentação das quatro categorias citadas é possível constatar que foram realizados diferentes estudos. Apesar das metodologias utilizadas e dos resultados serem por vezes questionados, a maior parte dos trabalhos podem ser considerados científicos e metodologicamente corretos, demonstrando que de fato, podem existir fatores biológicos implicados no crime, sejam estes identificados como genes, hormônios, neurotransmissores, etc.

Constata-se também que, apesar de alguns estudos não referirem apenas as variáveis biológicas, mas também as variáveis psicológicas e contextuais, a divulgação dos seus dados é efetuada segundo uma lógica reducionista e determinista, tentando estabelecer uma causalidade linear entre fatores biológicos e o crime e, contribuindo deste modo para a rejeição das abordagens biológicas no estudo do crime.

Funcionando de acordo com esta perspectiva linear, se um sujeito cometeu um crime porque as suas características biológicas assim o determinam, e se estas são fáceis de identificar (ex.: medir a quantidade de glicose, colesterol, EEG, etc), porque não prevenir o crime em pessoas, digamos, "de risco". Avançando um pouco mais, porque não efetuar terapias genéticas no embrião para os sujeitos que apresentam a este nível alterações identificadas como características do criminoso?

Perante estas questões levanta-se uma outra, que é do arbítrio individual, anulando esta liberdade através da certeza do comportamento ser desse jeito porque é determinado unicamente por fatores biológicos. Essas questões são de primordial importância na Psiquiatria Forense porque dizem respeito à imputabilidade, culpabilidade e responsabilidade. De qualquer forma, parece que a idéia da biologia ser a única e/ou principal determinante do comportamento é universalmente rejeitada.

Assim sendo, tentar explicar o comportamento e as atitudes humanas, apenas a partir de fatores biológicos não parece ser um bom método, pois qualquer comportamento, incluindo o comportamento criminoso, é considerado como um conjunto de inúmeros processos em complexa interação. Em nosso caso, essa interação se dá através do vocábulo tríplice; bio-psico-social.

Segundo Cristina Queirós, a perspectiva biológica utilizada pelos vários estudos descritos pode ser considerada como uma "biologia das causas". A alternativa a esta perspectiva mecanicista seria a "biologia dos processos", que começa a ser utilizada atualmente, através da abordagem bio-psico-social, a qual tenta articular os fatores biológicos com os restantes níveis do comportamento humano.

Na avaliação da biologia do crime, mesmo reconhecendo ser necessário perscrutar as bases biológicas do crime, esta deverá considerar, obrigatoriamente, a interação com outros fatores envolvidos (Farrington, 1987; Raine & Dunkin, 1990; Farrington, 1991), não esquecendo que o todo o indivíduo é um ser biológico em interação com o meio (Karli, 1990).

Em suma, pode-se concluir que as abordagens biológicas, apesar de serem geralmente vistas como polêmicas e discricionárias, também são importantes no estudo e na compreensão do crime e do criminoso, não devendo nem ser negadas nem supervalorizadas.

Interpretando os fatores biológicos como representantes da personalidade da pessoa, será possível articular este aspecto constitucional com outros níveis da personalidade, bem como com os níveis do ato transgressivo e com o significado deste.

terça-feira, 3 de março de 2009

DOENÇA DE PARKINSON

Ali Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, lentamente progressiva, idiopática (sem causa conhecida), raramente acontecendo antes dos 50 anos, comprometendo ambos os sexos igualmente, se caracterizando por:

Rigidez muscular

Tremor de repouso

Hipocinesia (diminuição da mobilidade)

Instabilidade postural.

A anomalia principal consiste numa perda de neurônios de uma área específica do cérebro que produzirá a diminuição de uma substância chamada dopamina, alterando os movimentos chamados extrapiramidais (não voluntários).