Pesquisar este blog

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Células Tronco e as Novidades


O futuro se tornou um pouco mais presente, depois que cientistas americanos e japoneses anunciaram ter conseguido transformar células da pele em células embrionárias – as quais, por sua vez, foram reprogramadas para se tornar células cardíacas e neurônios (foto acima).

As embrionárias são um dos dois tipos de células-tronco. O outro é formado pelas adultas, encontradas, sobretudo, no cordão umbilical e na medula óssea. Células-tronco são indiferenciadas.

Ou seja, podem adquirir as características dos variados tecidos do corpo humano.

Quando for possível direcionar, sob total controle, a metamorfose de uma célula-tronco numa célula especializada, distúrbios degenerativos, como a doença de Parkinson, o Alzheimer e disfunções cardiovasculares, por exemplo, poderão ser curados.

Bastará, para tanto, substituir os tecidos doentes por aqueles novinhos em folha.

Dos dois tipos de células-tronco, as embrionárias demonstram ser mais versáteis do que as adultas. Elas são capazes de se transformar em qualquer tecido.

Já as adultas podem converter-se apenas em músculos, ossos, cartilagens e gordura. A grande questão nessa área de pesquisa é de natureza ético-religiosa.

A manipulação de células-tronco originalmente embrionárias significa descartar um sem-número de embriões humanos – o que, do ponto de vista cristão, representa um atentado à vida. Por esse motivo, a possibilidade de transmutar células diferenciadas em embrionárias foi saudada pelo presidente George W. Bush, o falcão-mor do conservadorismo americano, e pelo papa Bento XVI como um atestado de que as pesquisas com embriões humanos, além de moralmente inaceitáveis, são desnecessárias.

Do lado estritamente científico, porém, trata-se de um contra-senso. O que as equipes americana e japonesa fizeram, em 2007, foi abrir uma terceira via para os estudos sobre o assunto. Quanto mais caminhos, melhor para a medicina.

Nenhum comentário: