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quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Exposição do uso de álcool em filmes e etilismo entre adolescentes na Alemanha.


Um estudo recente do periódico International Journal of Epidemiology avaliou se a exposição do álcool se associa ao etilismo no início da adolescência.

Fez-se um questionário com adolescentes perguntando se assistiram a uma lista de 50 filmes, escolhidos aleatoriamente dentro de um conjunto de 398 filmes. Cada filme teve contabilizado o tempo de exposição do álcool.

Estudou-se a associação entre esta exposição e uso de álcool sem ciência dos pais (SCP) e abuso de álcool (≥5 drinques). Os resultados revelaram que o uso de álcool apareceu em 88% dos 398 filmes.

A exposição mediana ao uso de álcool foi 3,44h. No geral, 36,6% dos participantes ingeriam álcool SCP e 18,1% relataram abuso. A exposição do álcool nos filmes teve associação direta com uso de álcool SCP e abuso, após controle para múltiplos fatores de confusão.

A probabilidade de consumo de álcool SCP, comparando com o primeiro quartil de exposição ao uso de álcool, foi de 1.47, 2.12 e 2.95 para os quartis 2, 3 e 4, respectivamente; similarmente, a probabilidade ajustada de abuso de álcool foi 1.42, 1.84 e 2,59.

Este estudo pioneiro demonstra a associação entre exposição do uso de álcool e consumo entre adolescentes. A distribuição internacional de filmes pode influenciar comportamentos em diversos países.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Vacina contra a dengue será testada em janeiro


A partir de janeiro, o Instituto Butantã, em São Paulo, começará a testar uma nova vacina contra a dengue em seres humanos.

Ontem, pesquisadores do National Institute of Health (NIH), dos EUA, estiveram no Instituto para conferir os resultados dos testes pré-clínicos.

No estudo, que conta com apoio da Secretaria de Estado de Saúde, do Ministério da Saúde, do NIH e da Fundação Path (comandada por Bill Gates), a eficácia da vacina foi de 100% em macacos.

E o produto deve funcionar contra os quatro tipos de vírus da dengue, embora, no Brasil, só circulem até o momento, os tipos 1, 2 e 3.

A tecnologia é similar à aplicada nas vacinas contra a raiva e o rotavírus, produzidas no Butantã, que é a instituição em estágio mais avançado da vacina contra a dengue.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Obesidade reduz expectativa de vida em até 13 anos, diz estudo.


O relatório, que foi endossado pelo governo britânico e compilado por 250 especialistas do Foresight Programme (ligado ao departamento governamental para Ciências), está sendo considerado o maior estudo já feito no país sobre obesidade.

O estudo Combatendo a obesidade: escolhas futuras aponta que a Grã-Bretanha está imersa numa crise que pode levar até 30 anos para ser revertida.

Um estudo paralelo do British Medical Journal indica que fumantes podem viver 10 anos menos do que o desejado, uma expectativa que indica que o problema da obesidade pode ser ainda mais grave.

Impactos

Se o número de obesos continuar crescendo, estima-se que 60% dos homens, 50% das mulheres e 25% das crianças britânicas serão obesas em 2050. Atualmente, um quarto da população adulta sofre de obesidade.

O impacto sobre o sistema público de saúde também será drástico, aponta o levantamento.

De acordo com cálculos feitos pelos pesquisadores, serão necessários 46 bilhões de libras adicionais para cobrir gastos com tratamentos de doenças como diabetes, infartos e outras doenças ligadas à obesidade.

“A obesidade está aumentando a cada ano e há o risco de que não nos reste muito tempo para agir”, avalia David King, conselheiro-chefe do governo britânico para assuntos científicos e líder da pesquisa.

O relatório conclui que os indivíduos não são os culpados por desenvolverem obesidade, mas sim “uma sociedade que prioriza o consumo de comidas baratas, ricas em açúcar e gordura, o uso de transportes motorizados e trabalhos sedentários”.

“Temos de lutar contra a noção de que a epidemia atual de obesidade surge da indulgência e da preguiça dos indivíduos. Nós vivemos numa sociedade de consumo que nos encoraja a comer e ter uma vida sedentária. É um ambiente em que só de nos comportamos de forma normal, podemos engordar”.

Os estudiosos cobram maior envolvimento do governo na questão e apontaram algumas políticas que poderiam ser aplicadas, como planejar cidades para que acomodem mais locais para a prática de exercícios físicos e fazer maior pressão sobre as mães para amamentarem seus bebês - o que poderia diminuir o ganho de peso durante a infância.

A secretária de Saúde Pública britânica, Dawn Primarolo, disse que o governo esta analisando como proceder diante das informações divulgadas pelo relatório.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Vivendo com a acne: um estudo com as experiências pessoais de adolescentes


A acne pode ter importantes repercussões psicológicas.

Diante desta questão, um estudo publicado recentemente no periódico Dermatology avaliou a percepção de adolescentes com acne, num contexto não-médico.

Entre novembro de 2004 e janeiro de 2005, foi apresentado um questionário para adolescentes.

Ele focava nas percepções sobre acne e, para os participantes com experiência pessoal de acne, argüia sobre sua severidade e tratamento.

Fez-se divisão entre participantes com acne, que já tiveram acne e que nunca tiveram.

O questionário foi completado por 1.566 adolescentes.

Os resultados mostraram que 51% dos participantes com acne não procuraram ajuda médica; acne tem um impacto psicológico proporcional à severidade da doença; muitos dos que não possuíam história de acne relataram receio de desenvolver este afecção cutânea.

Este estudo, portanto, enfatiza o importante impacto psicológico da acne e mostra que os jovens devem ser informados acerca da possibilidade de tratamento.

domingo, 21 de outubro de 2007

A Bengala Inteligente


Um estudante de design da Muthesius Academy of Art and Design na Alemanha, Sebastian Ritzler, criou uma bengala inteligente para deficientes visuais. A Mygo usa uma câmera-sensora para medir e analisar o chão e mandar as informações coletadas para o fone de ouvido sem fio do usuário.

A bengala tem uma pequena roda na ponta que ajuda na direção indicando o caminho. A Mygo tem altura ajustável, é resistente a impactos e à prova d’água. A bengala funciona durante 6 horas usando uma bateria de lithium-ion.

A Mygo, por enquanto, é um conceito e ainda não está sendo produzida. O criador quer produzir ela por volta de U$200 para que esteja ao alcance de todos.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Consumo de cigarro light prejudica as funções microvasculares coronarianas tanto quanto consumo de cigarro comum!

O tabaco é o fator de risco mais prevalente e evitável para doenças cardiovasculares.

Espera-se que o uso de cigarros com baixo teor de nicotina e alcatrão (cigarros light) seja menos prejudicial que o consumo de cigarros comuns.

Um estudo do periódico Heart comparou efeitos crônicos e agudos de cigarros light e comuns sobre a velocidade do fluxo de reserva coronariano (CFVR).

Cada fumante foi submetido a ecocardiograma, incluindo medida do CFVR, após 12 horas de jejum e sem fumar.

Dois dias depois, cada um fumou 2 cigarros numa sala fechada por 15 minutos e, 20-30 minutos após, fez-se ecocardiograma.

Um grupo de indivíduos saudáveis não fumantes serviu de controle. Segundo os resultados, os valores de CFVR médios foram similares entre usuários de cigarros light e comuns e, significativamente, menores que os controles.

O consumo de 2 cigarros light reduziu agudamente a CFVR de 2,68 para 2,05, e o consumo de 2 cigarros comuns reduziu de 2,65 para 2,18, segundo um teste t (p=0,001).

Portanto, fumar cigarros com baixo teor de nicotina e alcatrão afeta a CFVR com a mesma gravidade que fumar cigarros comuns.

Os valores de CVFR são similares entre usuários de cigarros light e comuns e significativamente menores do que nos controles.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Ah,as rinites!


Rinite é um defeito de fabricação, com o qual vc precisará aprender a viver. E não adianta reclamar no departamento de produção, pois não há mais peças de reposição, já que a data de fabricação é relativamente antiga.

O clima seco e poluído favorece ao ressurgimento da rinite com seus sintomas característicos e nem tanto. Dores de cabeça, coceira nas narinas, na garganta, dor de garganta, pressões no ouvido, mal-estares, estado febril e outros sinais ou sintomas podem surgir a qualquer momento, sem qualquer aviso prévio.

A exposição a alguns fatores é fator predisponente para o ressurgimento da rinite, tais como: ingestão de sorvete, bebidas geladas, ambiente com pó, poeira ou bolor; perfumes marcantes, produtos de higiene com aroma marcante, alguns alimentos, alguns medicamentos, todos podem provocar a nova crise de rinite.

Difícil pernanecer o tempo todo sem ela, particularmente em determinadas épocas do ano. Não há como isolar-se em uma bolha que afaste todos os agentes causadores destas crises.

Mas as medidas básicas podem ser tomadas, como descrito anteriormente.

Aliás, as viroses - resfriados e gripes, às quais estamos sujeitos, em média 3 a 4 vezes por ano, também são fatores predisponentes. A vacina da gripe resolveria em parte, mas a expressão correta é, mesmo, resolveria, por não haver certeza de que quem receba a vacina irá ficar imunizado verdadeiramente.

Tenho assistido muito gente que toma a vacina ficar doente, algumas vezes, com muita intensidade, do aparelho respiratório. Então não aconteceu a proteção esperada.

O tratamento é prolongado, o paciente fica sujeito a recaídas, não há cura, somente controle com os cuidados devidos.

A acupuntura tem ajudado muito neste controle. A homeopatia também. Porém, nenhuma das duas promete cura. Seria leviandade prometer isto.

A rinite pode ficar sob controle décadas e depois voltar com toda a carga ou com carga parcial, na dependência de fatores não bem conhecidos pela ciência, ainda.

Há relações relativamente compreendidas entre a rinite e as dermatites (doenças alérgicas de pele): sabe-se que o tecido embrionário do aparelho respiratório e da pele são os mesmos - o que, talvez, justifique muitas pessoas terem rinite/dermatite alternada ou simultaneamente.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Pesquisa sugere que tênis mais baratos podem ser melhores


Tênis caros, muitas vezes, podem não ser garantia de mais conforto e melhor proteção contra o impacto de pés e joelhos, segundo um estudo realizado na Grã-Bretanha.

Em pesquisa com três grandes marcas de tênis, especialistas da Universidade de Dundeen constataram que o impacto sobre a sola do pé foi menor quando os participantes estavam usando tênis de baixo e médio custo.

Eles testaram pares de tênis de três faixas de preços: entre 40 e 45 libras (R$150) 50 e 65 (R$220) e 60 e 75 libras (R$255). Os calçados receberam uma sola eletrônica que media pressão do calcanhar, sola do pé e dedão.

E foram testados 43 voluntários enquanto corriam na esteira. Além da pressão na sola ser melhor nos tênis mais baratos, o conforto também não deixou a desejar, podendo proteger pés e joelhos contra dores e contusões.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Vitamina D reduz as quedas de pacientes?


A deficiência de vitamina D é comum em idosos e pode elevar o risco de quedas e fraturas.

Pacientes hospitalizados estão sob risco particular de cair. Estudos prévios sugerem que vitamina D melhora a função neuromuscular e reduz quedas.

Um estudo do periódico Age and Ageing, com pacientes >65 anos hospitalizados, comparou um grupo que recebeu suplementação de vitamina D mais cálcio com outro que recebeu apenas cálcio.

Os grupos eram similares, com mediana de idade de 84 anos e tempo de internação de 30 dias. Não houve elevação significativa de vitamina D sérica no grupo tratamento versus controle.

A adesão às drogas foi de 88%, sem diferença entre os grupos. Embora tenham ocorrido quedas no grupo vitamina D, não houve significância estatística. O número médio de quedas nem o tempo para a primeira queda diferiu entre os grupos.

Nesta população de pacientes geriátricos hospitalizados, vitamina D não reduziu o número de quedas, portanto a suplementação de rotina não pode ser recomendada.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Bebês que freqüentam a piscina correm mais risco de infecções


Bebês que nadam em piscinas públicas durante o primeiro ano de vida correm mais risco de infecções, especialmente de diarréia, segundo pesquisadores alemães.

Em um estudo publicado na revista científica "International Journal of Hygiene and Environmental Health" os especialistas sugerem que, apesar de não aumentar o risco de inflamações alérgicas, colocar o bebê menor de um ano na piscina não é tão inofensivo em relação a infecções como se pensava.

O estudo avaliou 2191 bebês, que foram reexaminados com seis anos de idade, examinando o hábito deles de freqüentar a piscina, além da saúde da criança e seu estilo de vida.

E aqueles bebês que não praticavam natação apresentaram menores taxas de infecção, principalmente em casos de diarréia e otite média (inflamação no ouvido) no primeiro ano de vida

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Acupuntura para tratamento de dor lombar crônica


A acupuntura verum nunca foi comparada diretamente à acupuntura sham e à terapia convencional no manejo da dor lombar crônica.

O periódico Archives of Internal Medicine traz um estudo conduzido com 1.162 indivíduos com história de dor lombar crônica por 8 anos em média.

Os pacientes foram divididos em 3 grupos, sendo submetidos a sessões semanais de acupuntura verum (acupuntura tradicional chinesa), sham (agulhas superficiais em pontos não tradicionais de acupuntura) ou terapia convencional (combinação de drogas, terapia física e exercício).

Foram oferecidas 5 sessões adicionais a pacientes com resposta parcial ao tratamento (10-50% de redução da dor).

Após 6 meses, as taxas de resposta foram 47,6% com acupuntura verum, 44,2% com acupuntura sham e 27,4% com terapia convencional.

Portanto, a dor lombar crônica melhora após tratamento por pelo menos 6 meses com acupuntura.

A efetividade da acupuntura verum ou sham é quase duas vezes superior à terapia convencional.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Tomate: fonte de antioxidante que previne câncer.


O tomate é a segunda hortaliça de maior consumo no Brasil, perdendo apenas para a batata, e a relação de suas qualidades é extensa: baixo teor de gordura e de energia, fonte importante de vitaminas A e C, de sais minerais, de fósforo e potássio. Além disso, um tomate de 100 gramas possui 24 calorias, 0,30 gramas de gordura, 60 microgramas de retinol e 3,1 miligramas de licopeno.

“Muito estudado nos últimos tempos, o licopeno é um pigmento que age como antioxidante, auxiliando na prevenção de diversos tipos de câncer, principalmente o de próstata”, afirma a nutricionista Liliana Bricarello, da diretoria do Departamento de Nutrição da SOCESP.

Os mais conhecidos são os tomates vermelhos, mas há também os amarelos, verdes e roxos. Os vermelhos e amarelos possuem essa cor em função da presença de carotenóides específicos: licopeno e b-caroteno, respectivamente.

Nos tomates verdes, a clorofila, que constitui o pigmento verde essencial à fotossíntese, é retida com o amadurecimento. A cor dos tomates roxos deve-se a outra classe de pigmentos, as antocianinas.

Ao comprar tomates, é preciso levar em conta a forma como serão preparados. Para molhos, sopas ou cremes, precisam ser bem maduros, vermelhos, sem machucados ou manchas. Para saladas, cor uniforme, firmes e lisos.

fonte: SOCESP - Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo