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quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Empatia


Empatia (do grego: em = em + pathos = emoção, sentimento) é a capacidade psicológica para perceber e sentir o que sente outra pessoa numa situação específica vivenciada por ela. Consiste em tentar compreender o que sente outro indivíduo em cada situação.

O primeiro requisito para ser uma pessoa empática é deixar de lado a fração egocêntrica de sua personalidade e reconhecer que as ideias e soluções que são boas e que adota para si podem não ser boas para as demais pessoas.

O contrário da empatia é o autoritarismo, porque as pessoas autoritárias acham que todas as outras devem adotar e seguir suas próprias ideias e sentimentos, que elas acham ser as únicas “verdadeiras” e que, por isso, devem impô-las aos demais. Além de que elas possam estar erradas, há de haver compreensão pelos sentimentos e reações das outras pessoas.

Indivíduos empáticos sabem que nem sempre o que pensam e sentem deve também ser pensado e sentido pelos demais. Cada pessoa lucraria muito se examinasse o motivo pelo qual o outro, que é diferente e que diverge de si, pensa e sente nas mais diversas experiências de vida. Tentar compreendê-lo, ao invés de simplesmente rechaçá-lo, seria benéfico para ambos. Empatia não significa concordar com a outra pessoa, mas compreendê-la e respeitá-la em suas ideias e sentimentos.

A empatia é uma forma de comunicação afetiva com outra pessoa e é um dos fundamentos da identificação e compreensão psicológica dos outros indivíduos. É conseguir de fato ouvir os outros, compreender os seus problemas e emoções ao modo delas e não a seu próprio modo. Não quer dizer concordar obrigatoriamente com o que o outro sente, mas compreender esse sentimento, inclusive para fazer suas próprias decisões.

Esse contato afetivo com outra pessoa quase sempre gera prazer, alegria e satisfação recíprocas. A empatia também é diferente da simpatia, que é majoritariamente uma resposta intelectual e implica numa certa aceitação. A simpatia motiva uma vontade de estar na presença de outra pessoa e de agradá-la, a empatia é a vontade de conhecer e compreender a outra pessoa. Nesse contexto, a empatia também pode ser considerada o oposto da antipatia, da qual decorrem julgamentos e impulsos aversivos.

Na psicanálise, empatia significa a capacidade do terapeuta de se identificar com o seu paciente e compreendê-lo e não de interpretá-lo segundo as próprias concepções e sentimentos. A empatia geralmente leva as pessoas à tendência de ajudarem umas às outras, nos casos de sentimentos penosos. Assim, a empatia está intimamente ligada ao altruísmo.

Quando uma pessoa consegue sentir a dor ou o sofrimento do outro, ao se colocar virtualmente no seu lugar, desperta a vontade de ajudar e de agir seguindo princípios morais. Essa capacidade de se colocar no lugar do outro ajuda a compreender melhor o comportamento das pessoas em determinadas circunstâncias e a forma como elas tomam as suas decisões.

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