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segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Bócio nodular tóxico


A "doença de Plummer", ou bócio nodular tóxico, é uma forma de hipertireodismo que leva à produção excessiva de hormônios tireoidianos, causada pela presença de um adenoma tóxico. Trata-se da segunda forma mais comum de hipertireoidismo nos países desenvolvidos, perdendo somente para a doença de Graves (bócio difuso tóxico). Em locais onde há deficiência de iodo, esta patologia consiste na causa mais comum de hipertireoidismo.

O bócio nodular tóxico foi primeiramente descrito por Henry S. Plummer, em 1913.

As causas do bócio nodular tóxico não são inteiramente conhecidas. Esse transtorno afeta pessoas idosas e nunca se apresenta em crianças. Em alguns casos, pacientes com bócio nodular tóxico desenvolvem níveis hormonais tireoidianos altos depois de receberem contrastes iodados para a realização de uma tomografia computadorizada ou um cateterismo cardíaco, por exemplo.

O adenoma (nódulo) consiste em um tumor benigno bem encapsulado mostrando diferenciação das células foliculares. Ele é geralmente solitário e apresenta uma cápsula fibrosa bem definida, que o delimita. Quase sempre o nódulo autônomo está associado à tireotoxicose, mas muitos pacientes com nódulo ativo são clinicamente eutireoidianos (tem taxas normais de hormônio tireoidiano).

Se parte ou a totalidade destes pacientes se tornaria hipertireoidiana ao longo do tempo, isso é objeto de considerável especulação, uma vez que a grande maioria deles acaba sendo tratada, de tal forma que poucas informações sobre o que seria um seguimento futuro destes pacientes estão disponíveis.

Esta doença é mais frequente em mulheres acima de 60 anos de idade, embora possa aparecer com menor frequência também em homens e em qualquer época da vida. Na maioria dos casos, observa-se um grande bócio (crescimento da glândula tireoide), juntamente com a função normal da glândula, que frequentemente precede o hipertireoidismo por muitos anos.

Os sintomas da doença de Plummer compreendem:

•Intolerância ao calor
•Fraqueza muscular
•Déficit de atenção e hiperatividade
•Irritabilidade
•Tremor
•Perda de peso
•Osteoporose
•Aumento do apetite
A tireoide aumentada pode levar à dificuldade de deglutição e de respiração e taquicardia.

O primeiro sinal da doença de Plummer costuma ser um caroço no pescoço, na altura da tireoide. Diante da suspeita desta patologia, alguns exames laboratoriais devem ser realizados para determinar o nível dos hormônios relacionados à tireoide (T3, T4 e TSH). Se o paciente apresentar tireotoxicose, o T3 e T4 podem apresentar-se elevados e o TSH baixo.

A ultrassonografia pode ajudar a detectar e dimensionar os nódulos. A cintilografia da tireoide utilizando o iodo radioativo também é útil na identificação de nódulos na tireoide. Um diagnóstico diferencial deve ser estabelecido com outros tipos clínicos de nódulos tireoidianos.

Inicialmente, o tratamento pode ser feito com fármacos, visando regularizar a função tireoidiana, se ela estiver alterada, mas o tratamento definitivo deve ser a erradicação dos nódulos, através da irradiação com iodo radioativo ou ressecção cirúrgica. O tratamento cirúrgico pode ser realizado por razões puramente estéticas, uma vez que nem sempre há uma correlação estreita entre o tamanho do nódulo e a sua hiperfunção.

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