Pesquisar este blog

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Indutores da ovulação 


A ovulação é o processo natural mediante o qual o corpo da mulher (os ovários) libera o óvulo para que ele possa migrar pelas trompas e, eventualmente, encontrar o espermatozoide e ser fecundado, para gerar uma nova vida.

Em mulheres que têm ciclos menstruais regulares de 28 dias, a ovulação acontece entre o 11º e 15º dia antes de cada menstruação, no chamado período fértil da mulher. 

Se o óvulo for penetrado por um espermatozoide, ocorre a fecundação e isto marca o início da gravidez, mas se o óvulo não for fecundado, alguns dias depois ocorrerá a menstruação, dando início a um novo ciclo menstrual.

Indutores de ovulação são medicamentos que induzem quimicamente a ovulação em mulheres que tem ovulação irregular ou que não ovulam naturalmente. 

Há indutores da ovulação à base de citrato de clomifeno, geralmente indicados para casos mais simples, ou à base de gonadotrofinas, para casos mais complexos. 

Os medicamentos para indução da ovulação podem ser tomados por via oral ou em injeções intramusculares ou subcutâneas.

A anovulação (falha nos ovários em liberar óvulos) é uma das principais causas de infertilidade. 

A indução da ovulação (liberar óvulos) deve ser feita em mulheres que tenham dificuldades de ovular naturalmente, como aquelas portadoras da síndrome do ovário policístico, por exemplo. 

Ela deve ser reservada para aqueles casos em que a mulher não tenha problemas físicos que impeçam a ovulação ou a concepção. 

Também se pratica a indução da ovulação quando um casal não possui explicação para a sua infertilidade, o homem possui espermatozoides normais e a mulher não apresenta alterações no sistema reprodutor. Ou seja, uma infertilidade inexplicada.

Os medicamentos indutores da ovulação agem na hipófise, estimulando-a a produzir uma quantidade maior de hormônio folículo estimulante (FSH), que atua na maturação dos óvulos e sua ulterior liberação e também no hipotálamo, estimulando a produção do hormônio luteinizante (LH), que “avisa” os ovários de que está na hora de liberar óvulos maduros. 

Os indutores da ovulação devem ser usados por até seis ciclos menstruais, embora, bastem três para que a ovulação ocorra. 

O tratamento não deve se estender por mais de doze ciclos seguidos. 

Nesse período, o monitoramento dos ovários pode ser feito por meios de ultrassonografias que detectem se a ovulação está ou não próxima de ocorrer. 

Nas mulheres com síndrome dos ovários policísticos, a medicação pode não fazer efeito e, nas obesas, ele também é bem menos eficiente.

Se houver suspeita de gravidez durante o tratamento ele deve ser imediatamente interrompido, sob o risco de provocar aborto.

Os remédios indutores da ovulação podem ter como efeitos colaterais alterações de humor, inchaço nos ovários, dor abdominal, dor nos seios, insônia, enjoos, vômitos, visão embaçada, dor de cabeça, cansaço, irritabilidade, depressão e ganho de peso.

Tendo em conta a gravidez, a indução da ovulação pode ser associada a algumas técnicas de fertilização assistida, como coito programado, inseminação intrauterina ou inseminação “in vitro”, por exemplo.

Habitualmente, os indutores da ovulação são muito eficientes. 

Cerca de 70% das mulheres atingem o objetivo almejado nos primeiros três meses de tratamento e delas 15 a 50% engravidam, quando esse é o objetivo.

Um dos riscos dos indutores da ovulação é a síndrome de hiperestimulação ovariana, com desenvolvimento de líquido no abdome, edema generalizado, aumento dos ovários, múltiplos cistos ovarianos. 

Essa síndrome acontece quando os ovários respondem "bem demais" aos indutores e produzem um excesso de óvulos.

Se não for rápida e adequadamente tratada, pode levar à insuficiência renal grave, insuficiência respiratória e mesmo à morte.

Com o uso dos indutores da ovulação podem ocorrer alguns efeitos indesejados, como gestação múltipla, hiperestímulo ovariano, dor nas mamas, náuseas, vômitos, dores de cabeça e inchaço abdominal. 

Os indutores da ovulação podem causar também certa "secura" na vagina e, em casos mais raros, cistos no ovário. 

As contraindicações para o uso dos indutores da ovulação ocorrem nos casos de mulheres com cistos ovarianos, doenças no fígado, problemas tireoidianos não tratados ou tumores na hipófise.


 

Nenhum comentário: