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domingo, 5 de novembro de 2017

Perda de memória 


A perda de memória é um dos motivos mais comuns para que as pessoas, especialmente mais idosas, procurem um médico. 

Muitas vezes, familiares notam e relatam a perda de memória. 

A principal preocupação para o indivíduo, familiares e médicos é se a perda de memória é o primeiro sinal da doença de Alzheimer, uma forma progressiva e incurável da demência (tipo de distúrbio cerebral). 

Pessoas com demência perdem a capacidade de pensar com clareza. 

Em geral, se a pessoa estiver ciente da perda de memória a ponto de se preocupar com ela, a pessoa não tem demência precoce.

As lembranças podem ser armazenadas na memória de curto prazo ou de longo prazo, dependendo de quais são e quão importantes são essas lembranças para a pessoa. 

A memória de curto prazo reserva algumas informações de que o indivíduo precisa temporariamente, como uma lista de compras do mercado. 

A memória de longo prazo, como o nome sugere, armazena lembranças (como o nome da escola em que o indivíduo estudou) por mais tempo. 

A memória de curto prazo e a memória de longo prazo são armazenadas em partes diferentes do cérebro. 

A memória de longo prazo é armazenada em muitas partes do cérebro. 

Uma parte específica do cérebro (hipocampo) ajuda a classificar informações novas e associá-las a informações semelhantes já armazenadas no cérebro. 

Esse processo torna memórias de curto prazo em memórias de longo prazo. 

Quanto mais as memórias de curto prazo são lembradas ou repetidas, mais provável é que se tornem memórias de longo prazo.

Causas comuns

As causas mais comuns de perda de memória são:

Alterações relacionadas com a idade (mais comuns)

Comprometimento cognitivo leve

Demência

Depressão


As alterações relacionadas à idade na memória referem-se ao declínio normal e leve do funcionamento do cérebro que ocorre conforme envelhecemos. 

A maioria das pessoas idosas apresenta alguns problemas de memória. 

Lembrar-se de coisas novas, como o nome de um vizinho novo ou como usar um novo programa de computador, demora mais.

Pessoas idosas também precisam repetir novas lembranças com mais frequência para que elas sejam guardadas. 

Pessoas com esse tipo de perda de memória ocasionalmente esquecem-se de coisas, como onde deixaram as chaves do carro. 

Mas para eles, ao contrário de pessoas com demência, a capacidade de executar as atividades diárias ou de pensar não está comprometida. 

Dado tempo suficiente, essas pessoas geralmente se lembram, embora, às vezes, mais tarde do que seria conveniente. 

Esse tipo de perda de memória não é um sinal de demência nem o início da doença de Alzheimer.

Deterioração cognitiva leve é um termo impreciso usado para descrever comprometimentos do funcionamento mental que são mais graves do que as alterações relacionadas à idade, mas menos grave do que alterações causadas por demência. 

A perda de memória é muitas vezes o sintoma mais óbvio. 

Pessoas com deficiência cognitiva leve têm dificuldade em lembrar de conversas recentes e podem esquecer compromissos ou eventos sociais importantes, mas eles normalmente se lembram de eventos passados. 

A atenção e a capacidade de executar tarefas diárias não são afetadas. 

Contudo, metade das pessoas com deficiência cognitiva leve desenvolvem demência em 3 anos.

Demência é um declínio muito mais grave do funcionamento mental ( Demência). 

A perda de memória, especialmente de informações adquiridas recentemente, é muitas vezes o primeiro sintoma e piora com o passar do tempo. 

Pessoas com demência podem esquecer eventos completos, não apenas detalhes. 

Elas têm dificuldade em lembrar como fazer coisas que já fizeram diversas vezes antes, e como chegar a lugares que já visitaram frequentemente. 

Elas já não conseguem fazer coisas que exigem muitas etapas, como seguir uma receita. 

Elas podem esquecer de pagar contas ou manter compromissos agendados. 

Elas podem esquecer de apagar o fogão, trancar a casa onde moram ou cuidar de uma criança que esteja sob sua responsabilidade. 

Elas não têm consciência sobre a perda de memória e muitas vezes negam que tenham esse problema. 

Encontrar a palavra certa, nomear objetos, compreender a linguagem e executar, planejar e organizar atividades diárias são tarefas cada vez mais difíceis. 

Pessoas com demência acabam ficando desorientadas, sem saber a data (mesmo o ano) em que estão, ou onde estão. 

Sua personalidade pode sofrer alterações. Elas podem ficar mais irritadas, ansiosas, paranoicas, inflexíveis ou perturbadas.

Há muitas formas de demência. A doença de Alzheimer é a mais comum ( Doença de Alzheimer). 

Muitas formas de demência pioram progressivamente até a morte da pessoa.

Alguns quadros clínicos que aumentam o risco de doenças cardíacas e dos vasos sanguíneos (como pressão arterial alta, níveis altos de colesterol e diabetes) parecem elevar o risco de demência.

A depressão pode causar um tipo de perda de memória (chamada pseudodemência) que se assemelha à perda de memória causada por demência. 

Além disso, a demência comumente causa depressão. 

Assim, é difícil definir se a causa da perda de memória é demência ou depressão. 

No entanto, pessoas com perda de memória causada por depressão, diferente daqueles com demência, estão cientes da perda de sua memória e reclamam disso. 

Elas também raramente se esquecem de eventos atuais ou questões pessoais importantes, e geralmente apresentam outros sintomas, como tristeza intensa, problemas de sono (dormem demais ou pouco), lentidão ou perda de apetite.

O estresse pode interferir na formação de uma memória e na tarefa de lembrar, em parte por preocupar as pessoas e, assim, desviar a atenção delas para outras coisas. 

Contudo, em certas circunstâncias, especialmente quando o estresse é leve a moderado e não dura muito, ele pode aprimorar a memória.

Causas menos comuns

Muitos distúrbios podem causar uma deterioração do funcionamento mental que se assemelha a demência.

Alguns desses distúrbios podem ser resolvidos com tratamento. 

Entre estes distúrbios estão a hidrocefalia de pressão normal (devido ao líquido em excesso ao redor do cérebro), hematoma subdural (bolsas de sangue sob a camada externa das membranas que revestem o cérebro), hipotireoidismo (glândula tireoide hipoativa) e deficiência de vitamina B12.

Outros distúrbios são apenas parcialmente reversíveis. 

Eles incluem distúrbios que interferem no suprimento de sangue ou nutrientes ao cérebro, como parada cardíaca, alguns tipos de acidente vascular cerebral, convulsões de longa duração, lesões na cabeça, uma infecção cerebral, infecção por HIV, tumores cerebrais e excesso de uso de algumas drogas (incluindo álcool). 

Em pessoas com esses distúrbios, o tratamento pode melhorar a memória e o funcionamento mental. 

Se o dano for mais extenso, o tratamento pode não melhorar o funcionamento mental, mas pode muitas vezes evitar mais deterioração.

No delirium ( Demência), a memória é afetada, mas a perda de memória não é o sintoma mais perceptível. 

Pessoas com delirium são muito confusas, desorientadas e incoerentes. 

A abstinência severa do álcool (delirium tremens), infecção grave da circulação sanguínea (sepse), falta de oxigênio (como em caso de pneumonia) e muitos outros distúrbios podem causar delirium, assim como o uso de drogas ilegais.

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