Pesquisar este blog

terça-feira, 18 de julho de 2017

Dismenorreia 



Nas aulas de biologia, aprendemos que a cólica menstrual também pode ser chamada de dismenorreia. Esse termo de origem grega significa menstruação difícil ou dolorosa, o que vai dificultar o ciclo menstrual e causar desconforto na mulher pode ser a produção de prostaglandinas, o que é normal nesse período, ou até mesmo alguma doença associada. Por isso, classificamos esta cólica em dismenorreia primária e dismenorreia secundária respectivamente¹.

A dismenorreia primária faz parte do ciclo menstrual e é totalmente comum às mulheres. Sua causa é a produção de substâncias chamadas de prostaglandinas, que fazem o útero contrair-se para eliminar o conteúdo do endométrio¹ (a camada mais interna do útero). Já a dismenorreia secundária está relacionada a alterações do sistema reprodutivo, por exemplo: endometriose, mioma e doença inflamatória pélvica. 

Por isso, dizemos que a dismenorreia secundária é extrínseca ou adquirida, ou seja, não faz parte de um ciclo menstrual saudável, já que é causada por alguma anormalidade.

Na dismenorreia secundária, assim como na primária, há o aumento da produção de prostaglandinas, pois o útero precisa contrair-se para liberar o endométrio na menstruação. 

Porém, o que ocorre na dismenorreia secundária é que temos as prostaglandinas atuando concomitantemente com o fator etiológico – nesse caso uma doença orgânica pélvica – potencializando os fenômenos inflamatórios e dolorosos.

Na dismenorreia primária, a dor é aguda e espaçada, ao contrário da dismenorreia secundária, cuja dor é pesada e contínua. 

Outra diferença é o período de duração das cólicas: 

Na dismenorreia primária, a dor tem duração típica de dois a três dias, e está associada ao início do fluxo menstrual. 

Nos casos de dismenorreia secundária, a dor pode iniciar até duas semanas antes da menstruação e persistir durante todo o ciclo.

Ocorre que, na maioria das vezes, as mulheres nem imaginam que têm alguma doença pélvica, e acham que os sintomas estão associados somente à menstruação quando, na verdade, há um fator agravante. 

Por isso, é muito importante estar atenta à intensidade das dores e procurar um ginecologista se alguma anormalidade for constatada. 

Com o diagnóstico, é possível eliminar a doença de base e, consequentemente, tratar as cólicas excessivamente dolorosas.

Nenhum comentário: