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sexta-feira, 14 de julho de 2017

Depressão no idoso 


Na terceira idade, típicas do envelhecimento, existem normalmente poucas queixas de tristeza que, por sua vez, é muitas vezes substituída por hipocondria e preocupações somáticas. 

No entanto, a depressão tem vindo a aumentar, reduzindo a qualidade de vida, aumentando incapacidades físicas – sendo uma das principais causas da dependência funcional de cuidadores para atividades da vida diária como a higiene e a alimentação, e é um dos maiores prenúncios de suicídio na terceira idade.

Muitas das vezes, a depressão na terceira idade vem acompanhada de perdas cognitivas, sendo nestes casos denominada de pseudodemência depressiva, o que dificulta o diagnóstico diferencial entre depressão e demência. 

Muitos dos sintomas depressivos, como a desmotivação, apatia, embotamento afetivo, dificuldades de concentração, discurso e psicomotricidade mais lentos são também sintomas de quadros demenciais.

A ordem de ocorrência dos sintomas ajuda a distinguir depressão de demência, pois normalmente os doentes cujas alterações cognitivas precedem os sintomas depressivos parecem ter maior probabilidade de estarem a desenvolver uma “verdadeira” demência do que aqueles em que a sintomatologia depressiva precede as alterações cognitivas.

Pessoas com depressão "catastrofizam" as suas dificuldades e podem até ter resultados inferiores à média nos testes de memória, mas isto apenas acontece não por dificuldades cognitivas reais mas por pouca motivação para o desempenho de tarefas.

Normalmente apresentam maiores dificuldades na memória a longo prazo, o que poderá ser confirmado através de uma avaliação de neuropsicologia, que escrutina as várias memórias. 

É também fundamental avaliar se as dificuldades cognitivas se instalaram súbita ou gradualmente e se o idoso tem historial familiar de depressão ou demência.

No entanto, muito frequentemente, um quadro clínico de demência pode ser acompanhado de depressão, o que dificulta o diagnóstico diferencial.

O diagnóstico diferencial deverá ser realizado preferencialmente por um médico especialista, nomeadamente de neurologia ou psiquiatria.

De entre os vários exames complementares que poderão ser requisitados, tais como a T.A.C. (Tomografia Axial Computorizada) ou R.M. (Ressonância Magnética) crânio-encefálicas, é também aconselhável a realização de uma avaliação neuropsicológica.

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