Pesquisar este blog

terça-feira, 14 de março de 2017

O que são os "parabenos"?



Produtos de beleza e de higiene pessoal são cada vez mais utilizados. De acordo com dados da ABIHPEC, o mercado de cosméticos brasileiro já superava os R$ 30 bilhões em 2012, com histórico de crescimento anual sucessivamente superior ao da média industrial do país, o que significa alto e crescente nível de consumo desse tipo de produto pela população.

Mas nem todos estão atentos à composição dos produtos que compram e, muitas vezes, não sabem dos riscos que podem estar correndo. Um bom exemplo disso são os parabenos, compostos químicos presentes não apenas em produtos de beleza, mas também em alimentos e medicamentos.

De acordo com o Food and Drugs Administration (FDA) do Departamento de Saúde e Serviços Humanos do governo dos EUA, os parabenos são uma classe de compostos químicos, normalmente utilizados como conservantes, principalmente em cosméticos. Os tipos mais comuns são o metilparabeno, o propilparabeno, o etilparabeno e o butilparabeno.

Segundo o FDA, entre os produtos que podem conter parabenos estão maquiagens, desodorantes, hidratantes, loções, esmaltes, óleos e loções infantis, produtos para o cabelo, perfumes, tinta para tatuagens e até mesmo cremes de barbear. Além de cosméticos, podemos encontrar esses compostos em certos tipos de alimentos e remédios.

Os parabenos oferecem proteção contra micróbios e outros microrganismos, com o intuito de garantir tanto a integridade do produto quanto a saúde do indivíduo que o usa. Mas não é bem assim que as coisas realmente acontecem.

Os impactos sobre a saúde humana do uso de produtos que contêm parabenos é tema bastante polêmico. O principal motivo disso é a discussão sobre tais compostos químicos serem ou não carcinogênicos (causarem câncer).

udo começou com uma série de e-mails virais informando que o uso de desodorantes estaria ligado ao desenvolvimento de câncer de mama. Essa declaração teve origem em uma pesquisa de 2004 que correlacionaria o desenvolvimento de câncer de mama com os parabenos. Nesse artigo, eram levados em conta os xenoestrogênios fracos, encontrados em desodorantes.

Atualmente, tanto a Sociedade Americana de Câncer (ACS), quanto a Agência Internacional pelo Estudo do Câncer (IARC), que faz parte da Organização Mundial da Saúde (OMS), afirmam que não existem provas contundentes que possam relacionar os compostos químicos parabenos com o desenvolvimento de câncer.

Ainda assim, outros estudos apontam que o consumo de produtos que possuem parabenos pode causar alergias cutâneas e o envelhecimento precoce da pele.

O parabeno interfere no sistema endócrino de humanos e animais - ele possui uma atividade estrogênica - por conta disso ele é considerado um disruptor endócrino. Atualmente, essas substâncias vêm ganhando relevância, pois mesmo em doses pequenas podem causar malefícios à saúde e ao meio ambiente.

O controle sobre a quantidade de parabenos presentes em cosméticos é bastante rígida. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceu como limite as concentrações máximas de 0,4% de cada parabeno e um máximo de 0,8% de parabeno total, no produto cosmético.

A escolha sobre consumir ou não produtos que levem parabenos em sua composição é exclusiva do consumidor, mas na existência de alternativas é sempre prudente não correr riscos ao consumir compostos químicos que possam causar, mesmo que eventualmente, problemas à saúde.

Existem diversas opções no mercado que são totalmente livres de parabenos - portanto, são alternativas óbvias e mais seguras aos cosméticos comuns. A ideia é estar sempre atento à embalagem dos produtos. Dê preferência aos cosméticos naturais e que não contenham essa substância. Consumo responsável, em primeiro lugar.

Nenhum comentário: