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quinta-feira, 3 de novembro de 2016
Ileostomia e Colostomia
Ostomia é o termo genérico que descreve a abertura de um órgão oco do interior do organismo (digestivos, respiratórios, urinários) na superfície da pele, criando um estoma (do grego: stóma = boca). Ileostomia ou colostomia são derivações intestinais em que o íleo (intestino delgado) ou o cólon (intestino grosso) se exteriorizam na parede abdominal, formando um novo local para a saída das fezes.
Em geral, uma ileostomia ou colostomia integram um tratamento de doenças que afetam o intestino, tais como doenças inflamatórias, câncer, obstrução e/ou perfuração do intestino, outras lesões várias do intestino (inclusive traumáticas), abscesso intestinal ou defeito de nascença. A ileostomia frequentemente é realizada para tratamento de colite ulcerativa, doença de Crohn e carcinoma de cólon.
A ileostomia ou a colostomia podem ser definitivas ou provisórias, na dependência do tipo de intervenção realizada no intestino. Se o ânus tem que ser removido, a ileostomia ou colostomia será permanente; se o ânus não necessita ser removido, pode-se voltar a ligar o intestino a ele, depois que o problema atual for resolvido. Nestes casos, a ileostomia ou a colostomia são ditas temporárias.
Após uma ileostomia ou uma colostomia, o paciente deve usar uma bolsa especial aderida à pele, para que suas fezes sejam coletadas e recolhidas. Essa bolsa deve ser mantida permanentemente, pois a vontade de evacuar pode ocorrer a qualquer momento e não haverá meios de segurá-la, ao contrário do que acontece quando há um ânus normal.
Essa bolsa deve ser trocada a cada quatro dias e higienizada diariamente. O paciente deve ser acompanhado por um nutricionista que o aconselhará quanto aos alimentos que podem causar prisão de ventre ou amolecer as fezes, promover a formação de gases, produzir ou neutralizar odores fortes, etc.
Numa ileostomia, o estoma situa-se no nível do intestino delgado (íleo), suprimindo o intestino grosso na sua totalidade. Na preparação para a cirurgia, os pacientes devem parar de fumar pelo menos duas semanas antes da cirurgia (o ideal seriam seis semanas) e receber antibióticos profiláticos. O médico deve orientar o paciente quanto aos remédios que eventualmente esteja tomando.
Em geral, o paciente receberá uma dieta pobre em resíduos, apresentada em pequenas e frequentes porções. O abdômen é marcado para a alocação correta do estoma, normalmente no quadrante inferior direito, afastado de cicatrizes, proeminências ósseas, dobras cutâneas ou fístulas. Então, é feita uma anestesia geral. Durante o procedimento, o cirurgião fará uma incisão no abdômen do paciente, cortará seu intestino, anexando a ponta solta à nova abertura no abdômen e anexará uma bolsa coletora de fezes.
A drenagem dessas fezes sempre será bastante fluidificada, devido à não absorção de líquidos, já que esta fase aconteceria no intestino grosso, agora suprimida. As fezes eliminadas por meio da ileostomia costumam ser muito agressivas para a pele circundante ao estoma, o qual deve ser frequente e corretamente vigiado.
Também são significativamente diminuídas as absorções de gordura e de vitamina B, bem como são aumentadas as perdas de sódio e potássio. Os pacientes que passam por esse tipo de cirurgia devem receber reposições intensivas de líquidos, sangue e proteínas.
Se o cólon em sua totalidade ou apenas parte dele precisar ser removida, o procedimento é chamado de colostomia. A colostomia corresponde a um procedimento cirúrgico similar à ileostomia, praticado a nível do intestino grosso. Antes da cirurgia, o paciente precisa limpar seu cólon por meio de um enema ou beber uma solução laxativa que o limpe.
Para prevenir acidentes com a colostomia ou com a ileostomia deve-se evitar esportes ou atividades que possam traumatizar o estoma.
Como com qualquer cirurgia, há os riscos (raros) inerentes à anestesia geral, além dos riscos de infecção, hemorragia ou estreitamento do estoma. Aderências podem se formar no abdômen e causar uma obstrução no intestino.
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