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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Stents: próteses para as coronárias


Um stent é um pequeno dispositivo expansível de forma tubular, assemelhado a uma mola, geralmente feito de metal ou de ligas metálicas como as de cromo e cobalto. Ele é inserido em um vaso, canal ou ducto do corpo para prevenir ou corrigir a constrição dos mesmos. No caso das artérias, o stent tem o objetivo de evitar o entupimento dessas vias de passagem.

A principal utilização do stent é desfazer as diminuições significativas no diâmetro das artérias ocasionadas pelo depósito de substâncias como o colesterol e o cálcio e, com isso, repor o fluxo sanguíneo nos órgãos, sobretudo no coração.

Embora mais comumente os stents sejam colocados nas artérias (carótidas, coronárias e ilíacas), eles também são utilizados em veias centrais, ductos biliares, esôfago, cólon, traqueia e ureteres. Há vários tipos diferentes de stents, a serem escolhidos pelo médico de acordo com as especificidades de cada caso clínico. Atualmente, tem sido usado um novo tipo de stent, feito com ácido polilático, um material absorvível pelo organismo. Assim, em vez de permanecer para sempre dentro do corpo, esse novo stent desaparece em até dois anos após sua colocação.

Embora os stents sejam muito utilizados em cardiologia, eles foram inventados por um urologista.

O stent serve para abrir vasos ou outros ductos orgânicos que tenham seu diâmetro reduzido, melhorando o fluxo de sangue e de outros materiais que devem passar por eles. Mais comumente, o stent feito de uma liga de aço e cobalto, é utilizado quando há obstrução das artérias coronárias e, então, é expandido no interior delas. Ele está indicado quando o fluxo do sangue diminui 70% ou mais, visto que uma obstrução desse porte pode comprometer a irrigação da artéria afetada, podendo causar um infarto.

Alguns stents têm suas estruturas metálicas revestidas por medicamentos que ajudam na cicatrização e liberam medicação por tempo suficiente para não haver formação de fibroses ou cicatrizes. Há ainda uma prótese reabsorvível sendo testada, mas seu uso ainda não foi liberado no Brasil.

A colocação do stent é rápida e o paciente pode receber alta do hospital em 24 horas. Trata-se de um procedimento invasivo, mas muito menos agressivo que uma cirurgia convencional de revascularização, já que não requer abertura do tórax. O tamanho do stent a ser colocado depende do tamanho da artéria lesionada.

A prótese é inserida através de uma artéria periférica da perna ou do braço e guiada até o local obstruído. Ali, um balão que o carrega é inflado, de modo a expandir o vaso sanguíneo. Imediatamente, o fluxo sanguíneo para a área afetada se normaliza. O risco da cirurgia é pequeno e as contraindicações para a instalação do stent normalmente ocorrem quando os vasos são muito pequenos, as lesões são muito extensas ou então a artéria coronária afetada se situa perto de uma bifurcação. Pode haver ainda um problema de vasos calcificados, que impeçam a expansão das artérias.

Os stents são aplicados a pacientes que apresentam doença coronariana em que se descobre um vaso entupido ou com lesões obstrutivas de grande porte (mais de 70%). Também é comum que os médicos o utilizem em outros locais como artérias carótidas e ilíacas, dutos biliares, esôfago, cólon, traqueia, pâncreas, duodeno e uretra.

Os stents mais comumente são colocados para o tratamento de doença cardíaca, durante o procedimento de angioplastia. Algumas vezes, os stents são usados para reparar fissuras numa aorta enfraquecida, reforçando-a.

Mesmo com a colocação de um stent, pode haver re-estenose do ducto comprometido, ocorrendo novamente o estreitamento dele. Em alguns casos é necessário o implante de um segundo stent dentro do que fechou.

As artérias dilatadas por stents, sobretudo pelos stents convencionais, têm risco de se fecharem novamente. Os stents absorvíveis evitam esses inconvenientes e, além disso, o vaso sanguíneo recupera sua capacidade natural de se contrair ou de relaxar, conforme as necessidades.

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