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terça-feira, 12 de julho de 2016

Pílulas anticoncepcionais


Pílulas anticoncepcionais são comprimidos que geralmente combinam os hormônios estrogênio e progesterona sintéticos, os quais inibem a ovulação e modificam o muco cervical, tornando-o hostil ao espermatozoide. O uso dessas pílulas deve ser prescrito pelo médico, pois como existem vários tipos de pílulas, somente ele é capaz de indicar qual pílula é mais adequada para cada paciente. Esses hormônios, sintetizados a partir de várias matérias primas, têm estrutura química idêntica aos produzidos naturalmente pelo organismo, podendo, pois, substituí-los no controle do ciclo menstrual e do metabolismo, no tratamento da menopausa e como um método contraceptivo.

Os anticoncepcionais orais presentes têm quatro mecanismos de ação que atuam simultaneamente:

(1) produzem a suspensão da ovulação e, consequentemente, a fecundação;
(2) alteram o estado do muco cervical dificultando a passagem dos espermatozoides;
(3) determinam mudanças no endométrio (parede interna do útero) impedindo a nidação do embrião e
(4) alteram a movimentação do óvulo nas trompas.

Tipos de pílulas anticoncepcionais


Pílula monofásica:

A pílula monofásica possui em sua fórmula estrogênio e progesterona com a mesma dosagem. É o comprimido anticoncepcional mais conhecido e utilizado pelas mulheres.

Pílula multifásica:

A pílula multifásica contém uma combinação de hormônios com diferentes dosagens, para ser tomada conforme a fase do ciclo reprodutivo em que a mulher esteja no momento.

Minipílula:

A minipílula é uma pílula sem estrogênio, que possui em sua base somente progesterona.

Mais recentemente foi lançada no Brasil a pílula anticoncepcional que contém em sua fórmula drospirenona e etinilestradiol, que causa menores sintomas físicos e emocionais que os causados pelos hormônios femininos.

Há, ainda, a “pílula do dia seguinte”, que deve ser usada somente em situação de emergência, quando a mulher manteve uma relação sexual desprotegida em seu período fértil, se ela não deseja engravidar. Este tipo de contracepção não foi desenvolvida para ser usado de rotina.

Classicamente, as pílulas anticoncepcionais são usadas durante o período fértil das mulheres que mantêm uma vida sexual ativa, mas não desejam engravidar naquele momento. Na prevenção da gravidez o índice de falha das pílulas anticoncepcionais é de 0,1%. A minipílula é indicada para mulheres que estão amamentando e querem evitar uma nova gravidez. Para essas mulheres, a pílula deve ser tomada todos os dias, sem interrupção. Os contraceptivos são usados também para o tratamento de sangramentos irregulares, cólicas menstruais, tensão pré-menstrual, diminuição do fluxo menstrual, síndrome dos ovários policísticos, acne, hirsutismo (aumento de pelos nas mulheres) e endometriose.

A pílula monofásica (a mais comum) deve ser iniciada entre o primeiro e o quinto dia da menstruação e interrompida 21 dias depois, quando a cartela acabar. É necessário fazer um intervalo de sete dias antes de iniciar nova série. As pílulas multifásicas possuem cores diferentes, para diferenciar a dosagem e o ciclo. A ordem da cartela deve ser rigorosamente respeitada. A minipílula deve ser tomada todos os dias, sem interrupção. A pílula contendo drospirenona e etinilestradiol deve ser tomada durante 24 dias e interrompida por 4 dias de intervalo.

Em alguns casos, têm-se adotado um regime contínuo, quando a mulher não para de usar o anticoncepcional, ou um regime estendido, quando ela o usa por períodos prolongados, geralmente por 84 dias seguidos de 7 dias de pausa. O primeiro comprimido da “pílula do dia seguinte” deve ser tomado até 72 horas depois da relação sexual desprotegida. O segundo, 12 horas após o primeiro. Também existem versões em dose única.

Os hormônios sintéticos podem gerar mais efeitos colaterais que os hormônios naturais bioidênticos. Um dos efeitos colaterais do uso do anticoncepcional é a perda de sangue em pequena quantidade durante todo o mês, conhecida como “escape” ou “sangramento em borra de café”; mas também existem outros efeitos indesejáveis, tais como, distúrbios circulatórios, câncer de mama, câncer cervical, tumores hepáticos, malformação fetal, etc.

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