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quarta-feira, 13 de julho de 2016

Chupar o dedo e roer as unhas protege contra alergias...


Para quem se preocupa MUITO com o filho chupando o dedo o tempo todo...

A Hipótese da Higiene sugere que a exposição no início da vida a microrganismos reduz o risco de desenvolver alergias.

Chupar o dedo e roer as unhas são hábitos comuns da infância e que podem aumentar a exposição a estes estímulos microbianos.

Pesquisadores da Nova Zelândia testaram a hipótese de que as crianças que sugam seus polegares ou roem as unhas têm um menor risco para o desenvolvimento de atopias, asma e febre do feno, em uma coorte de nascimentos de base populacional seguidos até a vida adulta.

Os pais relataram os hábitos de crianças em relação a chupar o dedo e roer as unhas quando seus filhos tinham idades entre 5, 7, 9 e 11 anos.

A sensibilização atópica foi definida com um teste cutâneo positivo para um ou mais alérgenos comuns aos 13 e aos 32 anos. As associações entre chupar o dedo e roer as unhas na infância e a sensibilização atópica, asma e febre do feno nestas idades foram avaliadas por meio de regressão logística com ajustes para o sexo e outros fatores de confusão em potencial: atopia nos pais, amamentação, ter animais de estimação em casa, aglomeração domiciliar, status socioeconômico e tabagismo dos pais.

Exatos 31% das crianças eram sugadores frequentes do polegar ou roíam as unhas em mais de uma das idades avaliadas.

Estas crianças tiveram um menor risco de sensibilização atópica nas idades de 13 anos e de 32 anos.

Estas associações persistiram quando vários fatores de confusão foram ajustados.

As crianças que tinham ambos os hábitos tiveram um menor risco de sensibilização atópica do que aqueles que tinham apenas um dos hábitos.

Não foram encontradas associações entre roer as unhas, chupar o dedo e o desenvolvimento de asma ou febre do feno em qualquer idade.

Concluiu-se que as crianças que sugam seus polegares ou roem as unhas são menos propensas a ter sensibilização atópica na infância e na idade adulta.


Fonte: Pediatrics, publicação online, de 11 de julho de 2016

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