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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Será que as terapias à base de plantas e sintomas da menopausa funcionam?


Entre 40% e 50% das mulheres nos países ocidentais usam terapias complementares na tentativa de reduzir os sintomas da menopausa. Revisão sistemática e meta-análise foi publicada pelo The Journal of the American Medical Association (JAMA) com o objetivo de determinar a associação de terapias à base de plantas e os sintomas da menopausa.

As bases eletrônicas de dados Ovid Medline, Embase e Cochrane Central foram sistematicamente analisadas para identificar estudos elegíveis publicados antes de 27 de março de 2016. A seleção de estudos incluiu os ensaios clínicos randomizados que avaliaram terapias à base de plantas e a presença de ondas de calor, suores noturnos e secura vaginal. Os dados foram extraídos por dois revisores independentes usando um formulário de coleta de dados previamente criado.

Os principais resultados e medidas avaliados foram os fogachos, suores noturnos e secura vaginal.

Foram identificados 62 estudos, incluindo 6653 mulheres. O uso de fitoestrogênios foi associado a uma diminuição no número de ondas de calor ao dia e redução da secura vaginal entre os grupos em tratamento, mas não no número de episódios de suores noturnos.

As intervenções com fitoestrógeno, como a introdução na dieta e a suplementação com isoflavonas de soja, foram associadas à melhora nas ondas de calor e na secura vaginal.

Vários remédios à base de plantas, mas não de plantas medicinais chinesas (fitoterapia chinesa), foram associados a uma diminuição global na frequência dos sintomas vasomotores. Havia heterogeneidade considerável na qualidade dos estudos disponíveis e 46 (74%) dos ensaios clínicos randomizados incluídos demonstraram um elevado risco de viés dentro de três ou mais áreas de qualidade do estudo.

Concluiu-se que a suplementação de fitoestrogênios foi associada a reduções modestas na frequência das ondas de calor e na secura vaginal, mas nenhuma redução significativa nos suores noturnos.



Fonte: The Journal of the American Medical Association (JAMA), de 21 de junho de 2016


PS: em minha experiência clínica vejo resultados muito superiores aos citados por esta fonte de pesquisa.

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