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terça-feira, 21 de junho de 2016

Polimialgia Reumática


A polimialgia reumática é um distúrbio inflamatório que causa dor, fraqueza e rigidez em várias partes do corpo, principalmente ombros, pescoço, braços, coxas, quadris e região lombar inferior.

As causas da polimialgia reumática ainda não são totalmente esclarecidas. Entretanto, sabe-se que este problema ocorre duas vezes mais nas mulheres que nos homens. Além disso, é mais comum em pessoas do norte da Europa e da Escandinávia. Alguns pacientes com polimialgia reumática também sofrem de arterite de células gigantes, indicando uma associação entre as duas condições.

Este distúrbio é mais comum em pessoas com mais de 55 anos de idade. Os sinais mais comuns da polimialgia reumática são dor e rigidez no pescoço e nos ombros, as quais gradualmente afetam outras áreas, como quadris e coxas. Ocasionalmente, a dor pode acometer também pulsos e mãos e geralmente afeta os dois lados do corpo de maneira simétrica. A dor e a rigidez tendem a ser pior pela manhã, diminuir com o passar do dia e pioram se a pessoa fica muito tempo numa mesma posição.

Outros sintomas são fadiga, anemia, perda de apetite e de peso, depressão, febre baixa e limitação da amplitude dos movimentos. Se houver, concomitantemente, sinais de inflamação nos vasos sanguíneos, podem ocorrer dor de cabeça persistente, visão turva ou dupla, dolorimento do couro cabeludo e dor no maxilar.

Não existe um exame de laboratório específico para diagnosticar a polimialgia reumática e sua aparência clínica pode ser semelhante a outras doenças, o que dificulta o diagnóstico. Entretanto, o médico pode fazer um exame físico e pedir exames que o ajudem a averiguar inflamação e outras anormalidades do sangue. Dois deles costumam ser solicitados para acompanhamento da doença: velocidade de hemossedimentação (VHS) e proteína C reativa (PCR).

Como existe uma relação entre polimialgia reumática e arterite de células gigantes, o médico pode solicitar biópsia de uma artéria das têmporas. Essas biópsias sempre serão necessárias se for suspeitada uma inflamação concomitante dos vasos sanguíneos.

Não existe cura definitiva para esta doença, mas existem medicamentos que podem aliviar os sintomas. O tratamento básico da polimialgia consiste essencialmente na administração de corticoides.

Alguns pacientes já mostram melhora dos sintomas após uma única dose, mas, para outros, a melhora é demorada e difícil. Após o controle dos sintomas, a dose de corticoide pode ser reduzida para chegar a uma dose mínima ou à suspensão do tratamento. O médico deve monitorar o paciente durante todo o tratamento, porque essas medicações possuem efeitos colaterais importantes, como elevação dos níveis de colesterol e da glicemia e osteoporose.

Apesar de não haver cura definitiva para a doença, ela costuma desaparecer após dois a seis anos de tratamento sintomático. Em razão dos seus sintomas, o paciente com polimialgia reumática tende a ficar acamado, o que diminui muito sua qualidade de vida. No entanto, depois que o enrijecimento muscular regride, o paciente pode voltar às suas atividades normais. Nos casos em que a doença esteja associada à arterite temporal, o não tratamento pode levar à cegueira irreversível.

Não há como prevenir a polimialgia reumática.

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