Pesquisar este blog

terça-feira, 10 de maio de 2016

Bartolinite



Bartolinite é a inflamação de uma ou ambas as glândulas de Bartholin, inclusive com a formação de cistos ou abscessos.

As glândulas de Bartholin são duas glândulas que se localizam na vulva, na entrada da vagina, uma de cada lado, que têm como função produzir um fluido lubrificante da genitália feminina. Elas se exteriorizam para o interior da vagina através de um ducto, para lubrificá-la principalmente durante o ato sexual.

A abertura de uma ou de ambas as glândulas pode ficar obstruída, fazendo com que o líquido produzido por elas volte para dentro delas, resultando num cisto indolor ou num abscesso, quando este cisto sofre uma invasão bacteriana com formação de pus. Não se sabe ao certo a verdadeira causa dessa obstrução, mas conjectura-se que ela possa se dar por bactérias da flora intestinal ou em virtude de doenças transmitidas sexualmente.

Numa primeira fase da doença, o escoamento da glândula é bloqueado, resultando no acúmulo de fluidos no interior da própria glândula, formando um “caroço” que logo se torna palpável. Essa obstrução torna-se altamente susceptível ao desenvolvimento de infecção, o que constituirá, então, a bartolinite.

Os principais sintomas da bartolinite em sua forma aguda são a rápida eliminação de pus e sinais de inflamação (vermelhidão, calor, dor e inchaço), semelhante a um furúnculo. Em casos mais avançados, a paciente pode perceber um nódulo próximo à abertura da vagina. Algumas pacientes sentem a sensação de uma "bola" ou "caroço" na vagina e desconforto ao caminhar ou sentar, dor durante a relação sexual e febre. À palpação, a glândula pode emitir uma pequena quantidade de pus. Em estágios mais avançados, pode haver uma forte dor na região dos grandes lábios; uma rejeição para andar, sentar e evacuar; aumento da temperatura corporal até 39°C; fraqueza; calafrios; inchaço dos grandes lábios; vermelhidão da pele; dor à palpação dos grandes lábios. Se houver um abscesso, ocorrerá deterioração do estado geral da paciente, temperatura de até 40°C e aumento da intensidade dos sintomas de intoxicação. Às vezes, o abscesso se abre por conta própria e logo melhora o mal-estar da paciente, a temperatura cai, diminui o inchaço e a dor desaparece. Outras vezes, o médico tem que drená-lo ativamente. No que diz respeito à bartolinite crônica, os sintomas têm menor intensidade e ela é caracterizada por períodos de exacerbação e melhora. Na maioria das vezes, a patologia é unilateral, mas pode também ser bilateral. A bartolinite é bastante frequente no período gestacional.

O diagnóstico da bartolinite a partir da história clínica da paciente não causa qualquer dificuldade a um ginecologista experiente. Para maior precisão no diagnóstico, podem ser necessários também a inspeção local e testes para a detecção de outras doenças sexualmente transmissíveis. Podem ser feitos também um esfregaço em lâmina, uma cultura bacteriana que vise identificar o germe patogênico e uma análise da urina.

O tratamento da bartolinite pode ser feito por meio de antibióticos, banhos de assento, drenagem cirúrgica e, por fim, bartolinectomia (remoção cirúrgica da glândula de Bartholin).

A bartolinite pode ser prevenida através do uso de preservativo nas relações sexuais e boas práticas de higiene. No entanto, não existe uma maneira de evitar definitivamente um cisto de Bartholin. Além disso, deve-se evitar:
•Microtraumas locais.
•Presença no corpo de focos de infecções crônicas.
•Múltiplos parceiros sexuais.
•Uso de roupas muito apertadas.
•Declínio da imunidade.

Quais são as complicações possíveis da bartolinite?

A complicação mais comum da bartolinite crônica não tratada é o surgimento de um grande cisto da glândula.

Nenhum comentário: