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sábado, 9 de abril de 2016

Pé de atleta


O pé de atleta, micose do pé, tinea pedis ou frieira, é uma infecção comum nos pés causada por fungos. Na verdade é, dentre todas as doenças fúngicas que acometem a pele, a mais comum delas.

A infecção é causada por diferentes fungos dos gêneros Tricophyton, Epidermophyton e Microsporum, os mesmos tipos que causam a micose. Esses fungos crescem principalmente em ambientes úmidos e, por isso, meias ou sapatos molhados favorecem o desenvolvimento desses microrganismos. A infecção é contagiosa e pode ser transmitida pelo contato direto com uma pessoa infectada ou por contato com alguma superfície contaminada como toalhas, pisos e calçados ou, ainda, por outros animais. Uma pessoa está em maior risco de contrair pé de atleta se for do sexo masculino, usar meias ou calçados úmidos, compartilhar esteiras, tapetes, roupas de cama ou sapatos com alguém que tem a infecção, andar descalço em áreas onde a infecção possa ter se espalhado, como vestiários, saunas, piscinas, banheiras e chuveiros ou ter um sistema imunológico fragilizado.

A primeira área a ser normalmente afetada pela infecção é o espaço entre os dedos dos pés, apresentando-se com uma comichão intensa, descamação e formação de cutículas. O mais comum do paciente com pé de atleta é que ele apresente pele rachada, descamada e dolorosa entre os dedos ou na parte lateral do pé e a área mais afetada a seguir é a parte inferior do pé (planta ou sola do pé).

Além disso, pode ocorrer pele vermelha, sensação de queimação ou dor e surgimento de bolhas cheias de líquido. A infecção pode afetar um ou ambos os pés e pode se espalhar para as unhas, que ficam descoloridas, grossas e quebradiças. Quando deixada sem tratamento, a infecção pode se espalhar para as mãos, especialmente se a pessoa arranhar ou pegar nas partes infectadas de seus pés.

Na maioria dos casos, o médico é capaz de diagnosticar o pé do atleta simplesmente por meio da inspeção clínica. Para ajudar a confirmar o diagnóstico e descartar outras condições ele pode, também, recolher amostras da área infectada e visualizá-las ao microscópio, examinar os pés sob a luz negra (lâmpada de Wood) ou enviar uma pequena amostra de pele para um laboratório para ser testada.

Em micoses recentes, de pouca intensidade ou causadas por um fungo não resistente, o tratamento tópico sob a forma de pomada, loção ou pó pode ser suficiente. Se a infecção não responder a esse tipo de tratamento, podem ser necessários comprimidos antifúngicos usados por via oral. Se houver infecções bacterianas associadas, em geral motivadas por coçar demais, os antibióticos podem ser necessários.

O pé de atleta responde bem aos cuidados caseiros, embora ele possa voltar, se os cuidados não forem mantidos e se a pessoa voltar a ser exposta aos fatores de risco.

Algumas medidas caseiras podem ajudar a evitar o pé de atleta, acelerar o tratamento e garantir recuperação mais rápida, como manter os pés limpos e secos, principalmente entre os dedos, lavar bem os pés e secá-los por completo, manter as unhas curtas e usar meias de algodão. Deve-se usar sandálias ou chinelos em chuveiros públicos ou ao sair de piscinas de clubes ou academias, trocar as meias com frequência, usar pós secativos ou antifúngicos e usar calçados bem ventilados, de preferência os de couro, evitando os de plástico.

A doença conhecida como pé de atleta não é um problema grave, mas se não for tratada pode causar algumas complicações, como retorno da doença, infecções bacterianas da pele, como erisipela, linfangite e linfadenite.

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