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sábado, 30 de janeiro de 2016

Polimialgia reumática


Polimialgia é uma dor sentida ao mesmo tempo em vários músculos. A polimialgia reumática é uma doença inflamatória que causa dor e rigidez muscular, especialmente nos ombros, mas também em outros músculos.

A causa exata da polimialgia reumática permanece desconhecida. Duas ordens de fatores parecem estar envolvidas no desenvolvimento desta condição:

(1) certos genes e variações genéticas podem aumentar a susceptibilidade à doença e

(2) um fator ambiental, tal como um vírus, embora nenhum vírus específico tenha sido demonstrado. A polimialgia reumática tende a ocorrer em ciclos sazonais.

Os sintomas da polimialgia reumática começam de forma rápida e são piores na parte da manhã. Eles costumam ocorrer simetricamente em ambos os lados do corpo e podem incluir dores nos ombros, pescoço, braços, nádegas, quadris ou coxas, rigidez nas áreas afetadas, especialmente na parte da manhã ou depois de estar inativo por um longo tempo, restrição de movimentos nas áreas afetadas, dor ou rigidez dos pulsos, cotovelos ou joelhos. Pode haver também sinais e sintomas mais gerais, como febre baixa, fadiga, sensação mal-estar, perda de apetite e de peso e depressão.

A polimialgia reumática está relacionada com outra doença inflamatória chamada arterite de células gigantes e compartilha com ela muitas semelhanças clínicas. Ambas podem causar dores de cabeça, dificuldades de visão, dor na mandíbula e no couro cabeludo. É possível que ambas as condições ocorram ao mesmo tempo.

A maioria das pessoas que desenvolve polimialgia reumática tem mais de 65 anos. Raramente afeta pessoas com menos de 50 anos.

A história clínica, o exame físico geral e os resultados de exames de laboratórios podem ajudar o médico a determinar a causa da dor e da rigidez na musculatura. Este processo também ajuda a descartar outras doenças que têm sintomas semelhantes aos da polimialgia reumática. Estudos mostram que 2 a 30% das pessoas com um diagnóstico inicial de polimialgia reumática foram mais tarde reclassificadas como tendo artrite reumatoide.

O médico deve empreender exames para ter uma ideia da saúde geral do paciente, identificar as possíveis causas subjacentes e descartar outras possíveis doenças. Exames de sangue poderão verificar as contagens completas dos glóbulos e dos indicadores de inflamação. Exames de imagem, como a ultrassonografia ou a ressonância magnética, por exemplo, podem ser usados para diferenciar a polimialgia reumática de outras condições que causam sintomas semelhantes.

O tratamento da polimialgia reumática envolve medicamentos para ajudar a aliviar os sintomas. Geralmente é tratada com uma dose baixa de corticosteroides orais. É provável que o paciente comece a sentir alívio da dor e da rigidez muscular nos primeiros dois ou três dias. A maioria das pessoas com polimialgia reumática precisa continuar o tratamento com corticosteroides durante pelo menos um ano.

As pessoas que interrompem a medicação muito rapidamente são mais propensas a terem uma recaída, embora 30 a 60% das pessoas com polimialgia reumática terá pelo menos uma recaída quando da redução gradual e planejada dos corticosteroides.

O médico provavelmente irá prescrever também doses diárias de cálcio e vitamina D para ajudar a prevenir a perda óssea induzida pelo tratamento com corticosteroides. As recaídas devem ser tratadas com aumento da dose da medicação por algum tempo, diminuindo-a novamente em seguida. A fisioterapia pode beneficiar o paciente que tenha sua atividade física limitada.

Se não tratada, a polimialgia reumática pode levar a um acidente vascular cerebral ou cegueira.

Os sintomas desta patologia podem afetar significativamente a capacidade de realizar atividades cotidianas, como sair da cama, levantar-se de uma cadeira, sair de um carro, tomar banho, pentear o cabelo, vestir-se ou colocar um casaco. As pessoas com polimialgia reumática parecem ser mais propensas a desenvolver doença arterial periférica. O uso de corticosteroides em longo prazo pode resultar num certo número de efeitos secundários graves como ganho de peso, osteoporose, hipertensão arterial, diabetes mellitus e catarata.

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