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terça-feira, 20 de outubro de 2015

Melatonina


A melatonina é uma forma artificial de um hormônio produzido por algumas plantas e animais superiores. No homem, este hormônio é produzido pela glândula pineal ou hipófise, durante a noite, para ajudar a regular o sono e a vigília. Sua produção diminui com o envelhecimento e é por isso que os distúrbios de sono são mais frequentes em idosos.

A melatonina atua como mediadora entre os ciclos ambientais claro/escuro. Em humanos, a melatonina tem sua principal função de regular o sono. Ou seja, em um ambiente escuro e calmo, os níveis de melatonina do organismo aumentam, causando o sono. Outra função atribuída à melatonina é a de antioxidante, agindo na recuperação das células epiteliais expostas à radiação ultravioleta e ajudando na recuperação dos neurônios afetados pela doença de Alzheimer, episódios de isquemia cerebral e epilepsia. Acredita-se também em uma ação antitumoral.

A melatonina tem sido usada como um auxílio eficaz na dificuldade de adormecer e/ou manter o sono. É também provável que seja eficaz no tratamento de distúrbios do sono em pessoas cegas, no tratamento de jet lag (problemas de fuso horário em viagens aéreas longas), na hipertensão arterial, nos tumores, nas baixas das plaquetas, na insônia causada pela retirada de drogas ou na ansiedade causada por cirurgia.

Uma forma tópica de melatonina aplicada à pele é possivelmente eficaz na prevenção de queimaduras solares. A melatonina também tem sido usada para tratar a infertilidade, para melhorar os problemas do sono causados pelo trabalho por turnos ou para melhorar o desempenho atlético, mas nem sempre se tem mostrado eficaz no tratamento destas condições.

Outros usos, ainda não comprovados, incluem um adjuvante do tratamento da depressão, do transtorno bipolar, da demência, da degeneração macular, do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, do aumento da próstata, da síndrome da fadiga crônica, da fibromialgia, da síndrome das pernas inquietas, das úlceras de estômago, da síndrome do intestino irritável, da retirada da nicotina e de muitas outras condições. Não é certo que a melatonina sozinha seja eficaz no tratamento de qualquer condição médica. Ela é frequentemente vendida em farmácias, lojas de produtos naturais ou farmácias de manipulação, como um suplemento dietético.

A melatonina deve ser evitada por pessoas com diabetes mellitus, depressão, distúrbios de coagulação do sangue, pressão arterial alta ou baixa, epilepsia ou que estiverem usando qualquer medicamento para prevenir a rejeição de órgãos transplantados. Não se sabe se a melatonina pode ser usada na gravidez ou se irá prejudicar o feto. Também não se sabe se ela passa para o leite materno e se poderia prejudicar o bebê. Por isso, este produto não deve ser usado por mulheres grávidas ou que estejam amamentando. As doses altas de melatonina podem comprometer a ovulação, tornando a gravidez mais difícil e devem ser usadas com cuidado por pessoas que estejam tomando antibiótico, aspirina, paracetamol, pílula anticoncepcional, insulina, medicamentos orais para o diabetes, medicamentos estupefacientes para dor, antiácidos, medicações para problemas cardíacos ou para pressão arterial, anticoagulantes, anti-inflamatórios ou esteroides. Embora vasta, nem todas as interações possíveis estão contidas nessa lista e mais outras medicações podem interagir com a melatonina.

A melatonina só deve ser usada com indicação e orientação médicas, pois a dose ideal varia bastante de uma pessoa para outra, assim como o horário no qual ela deve ser ingerida.

A melatonina é uma medicação segura, quando tomada por período curto de tempo (até 2 anos em algumas pessoas), mas pode ocorrer uma reação alérgica, com urticária, dificuldade respiratória, inchaço do rosto, lábios, língua ou garganta. Nesses casos, a pessoa precisará de ajuda médica de emergência.

Embora nem todos os efeitos colaterais sejam conhecidos, os mais comuns são sonolência diurna, humor deprimido, sentimento de irritabilidade, dor de barriga, dor de cabeça e tonturas. Esta não é uma lista completa dos efeitos secundários e outros mais podem ocorrer.

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