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sábado, 15 de agosto de 2015

Artralgias


Artralgias (do grego: arthro = junção + algos = dor) são dores em uma ou mais articulações. Costuma-se falar em monoartralgia quando uma única articulação é afetada e em poliartralgia quando são comprometidas várias articulações.

Muitos médicos usam esse termo para referir-se a qualquer tipo de dor nas articulações, mas outras organizações fazem uma distinção entre artrite e artralgia e definem a artrite como "inflamação das articulações".

Contudo, a artrite pode também causar dor nas articulações, como as demais artralgias. Assim, alguns autores afirmam que se uma pessoa tem artralgia (dores nas articulações), não necessariamente tem artrite, embora o contrário não seja verdadeiro e se tem artrite (inflamação das articulações) pode ter artralgias.

Assim entendidas, as artrites são uma doença e as artralgias apenas um sintoma.

Há diversas razões pelas quais as articulações podem se tonar dolorosas.

Entre elas contam-se traumas, ferimentos, inflamações, infecções, transtornos imunes, reações alérgicas e doenças degenerativas.

As causas traumáticas mais comuns são fraturas ósseas, luxações, uso excessivo da articulação, entorses, distensões e ruptura de tendão muscular.

Entre as inflamações estão a gota, a osteoartrite, a artrite reumatoide e a artrite infecciosa.

Em pessoas idosas são comuns as causas degenerativas, com perda do coxim de cartilagem que reveste as extremidades dos ossos nas articulações, para permitir que os movimentos sejam suaves e não dolorosos.

A predominância dessa osteodistrofia como causa de dores articulares aumenta com o desgaste promovido pela idade ou devido a doenças.

É comum que enfermidades sistêmicas apresentem artralgias como sintomas. As artralgias de origem autoimune, por exemplo, ocorrem na artrite reumatoide, esclerodermia, síndrome de Sjögren, lúpus eritematoso sistemático e doenças do tecido conjuntivo.

Outras causas de artralgia podem ser bursites, efeitos colaterais ou reações alérgicas a medicamentos, osteomielite, lúpus eritematoso sistêmico, tendinites e tumores ósseos. Fatores como idade avançada, obesidade e atividades que colocam pressão repetitiva sobre a articulação e lesão articular anterior aumentam o risco de desenvolvimento de artralgia.

se fazem acompanhar de rigidez e inchaço nas articulações, mas podem vir sem eles. Elas podem ser agudas, maçantes, em pontadas, queimação ou latejantes e podem ser contínuas ou intermitentes. Junto com elas pode acontecer uma sensação de queimação ou comichão, hipersensibilidade, rubor, calor, inchaço e restrição da mobilidade articular.

Nos idosos, a perda progressiva da cartilagem das extremidades dos ossos faz com que eles se atritem uns contra outros, o que conduz à dor e restrição ou perda da mobilidade comum à articulação em causa. A dor dessa osteodistrofia é pior após alguma atividade e ao final do dia.

Pela manhã ou após uma inatividade prolongada ocorre uma rigidez, que pode perdurar por alguns minutos. Dependendo da causa, a artralgia pode afetar apenas uma ou várias articulações e ainda ser uni ou bilateral.

O diagnóstico das causas das artralgias nem sempre é fácil, porque muitas condições comuns compartilham sintomas semelhantes. Esse diagnóstico envolve fazer uma boa coleta de dados médicos e realizar um minucioso exame físico.

Algumas manobras semiológicas podem ajudar a determinar a natureza da artralgia.

A tomada de exames laboratoriais como o hemograma, por exemplo, e de imagens das articulações, por meio de radiografias, tomografia computadorizada ou ressonância magnética complementam o diagnóstico.

O tratamento das artralgias irá variar em função da articulação afetada, da gravidade da lesão, da dor e da causa subjacente e visa tanto tratar e solucionar a causa delas quanto aliviar os sintomas.

Algumas artralgias são transitórias, outras não. Os casos mais simples e passageiros podem ser tratados com repouso das articulações afetadas, analgésicos e aplicação de gelo, até que os sintomas terminem.

Casos mais graves podem exigir prescrição de medicamentos específicos, ou mesmo cirurgia, inclusive para a substituição de articulações severamente danificadas.

Medicações como imunossupressores para a disfunção do sistema imunológico, antibióticos quando há uma infecção, podem ser usados ou descontinuados quando uma reação alérgica for a causa.

As injeções de corticoides são um tratamento muito comum para a inflamação das articulações, mas não devem ser repetidas com muita frequência.

O manejo sintomático da dor pode incluir exercícios de alongamento, medicamentos de combate e tratamentos considerados apropriados para os demais sintomas.

As complicações das artralgias não tratadas, dependendo da sua causa, podem ser sérias, incluindo desde deformidades visíveis da articulação afetada até incapacidade funcional, gangrena e amputações de membro.

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