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sábado, 8 de agosto de 2015

Alergias Respiratórias


As reações alérgicas em geral são causadas por substâncias às quais as pessoas alérgicas se tornaram sensibilizadas (alergenos).

Muitas pessoas podem ser alérgicas a alergenos contidos no ar respirado e, nesse caso, se fala em alergia respiratória.

Alguns desses alergenos podem causar doenças respiratórias diretamente ou exacerbar condições previamente existentes em pessoas susceptíveis, como as crianças e os idosos.

As alergias respiratórias mais comuns são a rinite alérgica (também conhecida como febre do feno) e a asma, que podem ocorrer juntas ou separadas.

A tendência de uma pessoa para se tornar alérgica é herdada, embora a doença seja também desencadeada por fatores externos. Cerca de 50% ou mais das crianças cujos pais têm doença alérgica também desenvolvem a doença.

As mudanças climáticas bruscas contribuem para o surgimento de crises alérgicas, em virtude do aumento dos casos de gripes e resfriados e dos ácaros que vêm de casacos e cobertores guardados há meses nos armários.

A febre do feno, geralmente desencadeada por pólen, é normalmente pior na primavera.

As doenças alérgicas se desenvolvem quando a pessoa fica exposta aos alergenos a que se tornou sensível, devido a uma predisposição genética.

Isso ocorre quando o corpo identifica como ameaça substâncias que, em geral, são inofensivas e, ao atacá-las, o organismo produz quantidades excessivas de anticorpos.

As alergias respiratórias podem se manifestar com mais intensidade mais tarde se houver proteção exagerada contra a exposição bacteriana na primeira infância.

Na asma, a irritabilidade dos brônquios é causada por inflamação nas paredes brônquicas, para onde se dirigem e se concentram eosinófilos e linfócitos.

A inflamação causa a perda de células epiteliais de proteção da mucosa, expondo as terminações nervosas sensíveis aos efeitos irritantes de poluentes químicos do ar.

A predisposição para a asma é herdada como resultado de vários fatores genéticos.

A inflamação alérgica prolongada nas paredes bronquiais pode conduzir a um espessamento da membrana de suporte sob o forro epitelial das vias respiratórias brônquicas e a uma perda da capacidade de responder aos fármacos.

Os sintomas da rinite se devem a secreções excessivas das glândulas mucosas no nariz, congestionamento de grandes veias da cavidade nasal, causando obstrução ao fluxo aéreo nasal e irritação dos nervos sensoriais no nariz, garganta e olhos por inflamação.

Assim, essa alergia nasal gera corrimentos e/ou congestionamentos nasais e espirros, tosse, aperto no peito, chiado, falta de ar, coceira, inflamação de ambos os olhos, erupções e pápulas cutâneas, seios paranasais congestionados, dor de cabeça, sono perturbado e falta de concentração. Esses sintomas são piores no início da manhã.

Os sintomas da asma são causados por secreções excessivas nos brônquios, espasmo do músculo liso na parede brônquica e inchaço inflamatório da mucosa brônquica.

Estas alterações causam obstrução ao fluxo de ar para dentro e para fora dos pulmões.

O aumento da obstrução durante a expiração leva à falta de ar, chiado e aprisionamento de ar no peito. A tosse é causada por secreções aumentadas e inflamação das vias aéreas.

O diagnóstico precoce das alergias respiratórias nem sempre é uma tarefa fácil.

Ele depende de um histórico médico detalhado do paciente, com levantamento de outras pessoas na família com histórico de alergias.

É esse histórico que ajudará a determinar a natureza alérgica do problema.

No caso da rinite, podem ser feitos testes cutâneos e de sangue.

Nos casos de asma, o médico também pode fazer a solicitação de exames específicos, como o teste de função pulmonar, como a espirometria, por exemplo, e radiografias do tórax e alguns testes cutâneos, em função da forte ligação entre alergia e asma.

As alergias respiratórias dificilmente têm uma cura definitiva.

As pessoas costumam recorrer aos descongestionantes nasais durante uma crise alérgica, no entanto, apesar do alívio momentâneo que essas medicações possam causar, elas pioram os sintomas quando o seu efeito passa.

A indicação melhor é usar soro fisiológico, em quantidades moderadas, para lavar as narinas.

Os anti-histamínicos podem controlar e minimizar os sintomas da alergia, mas também há a possibilidade de tratamento com vacinas que amenizam os sintomas das alergias.

Os pacientes devem evitar o tempo seco e a poluição, que pioram as alergias respiratórias.

As estações frias do ano podem aumentar o risco de complicações respiratórias, como a rinite e a asma, porque os alergenos permanecem suspensos no ar durante mais tempo, devido ao clima seco.

Uma boa maneira de evitar as alergias é garantir para o bebê o aleitamento materno e evitar a exposição de crianças de até um ano a pelos de animais e outros agentes alergênicos.

Também devem ser evitadas a poeira doméstica, peles mortas de pessoas e animais, fibras de tapetes, mofos, pelos de animais, esporos de fungos e ácaros.

Algumas medidas práticas podem ser colocar capas nas almofadas e colchões, manter a casa limpa e sem poeira, ventilar diariamente os cômodos da casa, evitar locais com fumaça, mofo e cheiros fortes e beber, pelo menos, dois litros de água por dia.

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