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quarta-feira, 13 de maio de 2015

Síndrome de Sjögren


A síndrome de Sjögren é uma desordem crônica do sistema imunológico em que as células do sistema imune destroem as glândulas salivares e lacrimais, resultando em diminuição da produção de lágrimas e saliva.

Muitas vezes ela acompanha outras desordens do sistema imune, tal como artrite reumatoide e lúpus eritematoso.

A síndrome de Sjögren é uma desordem autoimune. Isso significa que o sistema imunológico ataca erroneamente as células e tecidos do próprio corpo.

Não se sabe ao certo o motivo pelo qual algumas pessoas desenvolvem a síndrome de Sjögren e outras não.

Certos genes parecem colocar algumas pessoas em alto risco de contrair a doença, mas verifica-se que um mecanismo de disparo, como uma infecção, por exemplo, é necessário para produzir esta condição.

Embora qualquer pessoa possa desenvolver a síndrome de Sjögren, ela normalmente ocorre em pessoas com um ou mais fatores de risco conhecidos.

Ela incide mais em pessoas com mais de 40 anos.

As mulheres são muito mais propensas a esta doença que os homens.

É comum que as pessoas que tenham a síndrome de Sjögren também tenham uma doença reumática, como a artrite reumatoide ou o lúpus eritematoso, por exemplo.

O alvo principal da síndrome de Sjögren são as glândulas da boca, secretoras de umidade, mas ela também pode danificar outras partes do corpo, como as articulações, a tireoide, os rins, o fígado, os pulmões, pele e nervos.

Normalmente, a síndrome é identificada por seus dois sintomas mais comuns:

1.Olhos secos, como se houvesse areia neles.
2.Boca seca, dificultando a deglutição e a fala.

Outros sintomas podem estar presentes como dores articulares, secura vaginal, vergões na pele, pele seca, tosse seca e fadiga.

A síndrome de Sjögren pode ser difícil de diagnosticar porque os sinais e sintomas variam de pessoa para pessoa e podem ser semelhantes aos causados por outras doenças.

Os efeitos secundários de alguns medicamentos também podem imitar sinais e sintomas desta patologia.

Os exames de sangue podem ajudar o médico a avaliar os níveis de diferentes tipos de células sanguíneas, a detectar a presença de anticorpos comuns na síndrome de Sjögren e de condições inflamatórias, assim como problemas no fígado ou nos rins.

Em um exame oftalmológico, o médico pode medir a secura dos olhos, usar uma lâmpada de fenda ou dilatar as pupilas para um exame mais acurado.

Para avaliar a saliva pode ser solicitado um sialograma ou uma cintilografia salivar.

Por último, o médico pode ver a necessidade de se fazer uma biópsia.

Como a síndrome de Sjögren não tem cura, o tratamento visa aliviar os sintomas. Muitas pessoas podem gerenciar o olho seco e a boca seca usando colírios ou lágrimas artificiais, além de fazer uma hidratação mais intensa ingerindo água em abundância.

Podem ser usados medicamentos para aumentar a produção de saliva.

Se ocorrem complicações como artrite ou infecções secundárias, outros medicamentos podem ser necessários.

Às vezes são prescritas medicações que suprimem o sistema imunológico.

Algumas pessoas podem precisar até mesmo de cirurgia, mas ela só estará indicada em poucos casos, para selar os canais lacrimais que drenam as lágrimas.

Alternativamente, o médico pode usar um laser para selar permanentemente os canais lacrimais.

As complicações mais comuns da síndrome de Sjögren são cáries dentárias frequentes, infecções fúngicas e problemas de visão.

Complicações menos comuns podem afetar os pulmões, rins ou fígado.

Uma pequena porcentagem de pessoas com síndrome de Sjögren desenvolve câncer dos gânglios linfáticos (linfoma).

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