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terça-feira, 28 de abril de 2015

Burnout


Síndrome de burnout (ou síndrome do esgotamento profissional) é um estado de esgotamento físico e mental ligada à vida profissional.

O distúrbio foi definido pelo médico psicanalista americano Freudenberger, em 1974, embora a condição já vinha sendo suspeitada desde os anos 60.

A síndrome deriva seu nome da expressão em inglês to burn out, que significa queimar por completo.

A sociedade atual, complexa e altamente competitiva, leva muitas pessoas a exagerar nas atividades profissionais.

Se a isso se aliam determinadas características pessoais favorecedoras estão dadas as condições para se estabelecer a síndrome de burnout.

Ela em geral é resultado de um período de esforço excessivo no trabalho com intervalos muito pequenos para recuperação e inclui também o desejo de ser o melhor entre os pares profissionais e sempre demonstrar alto grau de desempenho.

O desejo de se afirmar e o desejo desmedido de realização profissional se transformam em obstinação e compulsão.

Assim, o paciente sofre, além de problemas de ordem psicológica, desgaste físico que gera fadiga e exaustão.

A principal característica dos que sofrem da síndrome de burnout é o estado crônico de fadiga, estresse emocional e sensação de esgotamento físico e emocional provocados por condições de trabalho desgastantes.

Os principais sintomas físicos da síndrome de burnout são: dores de cabeça, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, crises de asma, tonturas, tremores e problemas digestivos.

Na esfera psicológica, pode-se ter sensação de falta de ar, oscilações de humor, alterações do sono, dificuldade de concentração, irritabilidade, lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo, baixa autoestima, etc.

Do ponto de vista comportamental, tem-se ausências no trabalho, agressividade, isolamento, perda do interesse pelo próprio trabalho e pelo relacionamento interpessoal.

Além disso, para o portador da síndrome de burnout, coisas importantes passam a ser descartadas como inúteis.

Apesar da dificuldade de diferenciar a síndrome de outros males, tem-se registrado o crescimento de ocorrência da síndrome de burnout.

Muitas vezes ela atinge profissionais que lidam direta e intensamente com pessoas e têm influências decisivas em suas vidas, como médicos e outros trabalhadores da área da saúde, estudantes, professores, policiais, agentes penitenciários, bombeiros, taxistas, bancários, controladores de tráfego aéreo, engenheiros, entre outros.

O diagnóstico da síndrome de burnout deve levar em conta a história do paciente, de seu trabalho e dos seus sintomas.

É importante diferenciar a síndrome de burnout e seu traço compulsivo da fadiga normal decorrente de um trabalho desgastante.

O tratamento básico da síndrome de burnout seria uma mudança no estilo de vida, para um modo mais moderado de viver.

Isso inclui cuidar da saúde, dormir e alimentar-se bem, praticar exercícios físicos regularmente e manter uma vida social ativa.

Num sentido terapêutico ele consiste em psicoterapia, coadjuvada por tranquilizantes, antidepressivos e exercícios de relaxamento, sempre que eles sejam necessários.

O apoio de um psicólogo e de um psiquiatra pode ajudar muito.

A pessoa acometida por esta condição pode se tornar progressivamente mais arredia, isolada, passa a ser irônica e sua produtividade no trabalho diminui bastante.

A repetição do mal-estar causado pela síndrome de burnout pode levar ao alcoolismo, ao uso de drogas e até mesmo ao suicídio.

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