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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Notícias do Planalto Central


Capital estrangeiro na Saúde

Um fato marcante que merece debate é a aprovação, em dezembro, da Medida Provisória 656.

Inicialmente, tratava de matéria tributária e financeira, contudo foi enxertada com mais de trinta temas que não possuem qualquer pertinência à tributação.

Um deles é a autorização para o ingresso de capital estrangeiro nos hospitais e clínicas. Em 1988, nossa Constituição vedava a participação de empresa ou capital estrangeiro na assistência à saúde, com poucas exceções, como doações ou cooperação técnica. Progressivamente, foi liberada a participação em seguradoras, planos de saúde, laboratórios e agora se abre a possibilidade de atuar diretamente nas ações e serviços de saúde.

O tema é polêmico, pois de um lado traz novos recursos com a perspectiva de melhoria tecnológica e ampliação da capacidade de investimento.

Por outro, não há duvida de que estes recursos vêm em busca de lucro, o que pode levar a um viés no interesse de investir em áreas com maior potencial lucrativo, sem necessariamente estar alinhado às necessidades de nossa população.

Uma coisa parece certa: dificilmente estes recursos serão aplicados no Sistema Único de Saúde, cujos hospitais são altamente deficitários.

Mais uma vez, convivemos com a política de subfinanciar o SUS e estimular a aquisição de planos de saúde, na contramão daquilo que a população considera prioritário.

Fonte: Associação Paulista de Medicina

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