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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Úlceras do aparelho digestório


A úlcera é uma ferida que pode ocorrer em diversas partes do organismo, como na pele e no cólon (colite ulcerativa), por exemplo.

Quando se fala em úlcera, porém, quase sempre as pessoas se referem às úlceras pépticas, isto é, às úlceras gástricas que surgem no estômago, às úlceras do duodeno, na junção do estômago com o intestino delgado, e mesmo às do esôfago que são mais raras.

Os ácidos estomacais, especialmente o clorídrico, são muito fortes.

Num estômago normal e saudável, sua ação restringe-se somente aos alimentos, mas, em determinadas situações, eles podem atacar o revestimento do trato digestivo e provocar o aparecimento de uma úlcera que destrói a parede estomacal e do duodeno.

Estudos epidemiológicos mostraram que as úlceras podem atingir diferentes grupos étnicos, independentemente da idade, do sexo ou da ocupação profissional.

Causas

* Histórico familiar – fatores genéticos podem justificar o aparecimento de úlceras pépticas;

* Bactéria Helicobacter pylori – esse micro-organismo pode atacar a parede estomacal de pessoas com predisposição para a doença. Erradicada a infecção, a úlcera tende a desaparecer;

* Aspirina e anti-inflamatórios: o uso constante desses medicamentos pode provocar o aparecimento de úlceras;

* Estresse: o estresse, além de outros efeitos prejudiciais, pode estimular a secreção de ácidos que atacam o revestimento do estômago e do duodeno.

O principal exame para diagnosticar úlceras é a endoscopia, exame realizado sob sedação que permite visualizar diretamente o esôfago, o estômago e o duodeno.

Raios X e análise dos ácidos gástricos são métodos úteis em certos casos, mas pouco empregados atualmente.

Os sinais e sintomas mais comuns são:

* Sensação de dor e/ou queimação na área entre o esterno e o umbigo que se manifesta especialmente com o estômago vazio, pois a ausência de alimentos para digerir permite que os ácidos irritem a ferida;

* Dor que desperta o paciente à noite e tende a desaparecer com a ingestão de alimentos ou antiácidos;

* Dor característica da úlcera do duodeno que desaparece com a alimentação reaparecendo depois (ritmo dói-come-passa-dói-come-passa-dói) ;

* Vômitos com sinais de sangue;

* Fezes escurecidas ou avermelhadas que indicam a presença de sangue.

Para tentar reduzir as chances de desenvolvê-las, orienta-se o seguinte:

* Anos atrás, acreditava-se que uma dieta leve, à base de leite, com pouca fibra e poucos temperos, era eficiente para o controle da úlcera. Hoje está provado que essa indicação não procede. No entanto, se você tem úlcera ou predisposição para desenvolvê-la, alguns cuidados podem ajudá-lo a controlar as crises:

* Não fume. Fumantes estão mais propensos a desenvolver úlceras;

* Faça refeições menores, mais leves e mais próximas umas das outras. Isso ajuda a diminuir a dor e a queimação;

* Evite chá, café, refrigerantes e bebidas alcoólicas, substâncias que estimulam a produção de ácidos;

* Suspenda o uso de aspirina e anti-inflamatórios. Converse com seu médico que irá indicar medicamentos menos prejudiciais à mucosa estomacal, antiácidos que podem ajudar a diminuir os sintomas ou antibióticos, no caso de infecção por Helicobacter pylori;

* Procure controlar, na medida do possível, o nível de estresse a que está exposto.

* Não se automedique.

Procure imediatamente assistência médica:

* se notar presença de sangue no vômito ou nas fezes;

* se sentir dor abdominal repentina e incessante, sinal de que a úlcera pode ter perfurado a parede gástrica ou do duodeno.

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